quinta-feira, 21 de maio de 2015

Inscrições abertas para o XIX Congresso Brasileiro de Toxicologia

As inscrições para o 9th Congress of Toxicology in Developing Countries (9th CTDC) e o XIX Congresso Brasileiro de Toxicologia (XIX CBTox) já estão abertas. O evento ocorrerá no período de 7 a 10 de novembro de 2015, em Natal (RN).
As inscrições poderão ser feitas no site do congresso (www.cbtox.com.br) até o dia 23 de outubro de 2015. Após esta data, serão aceitas apenas inscrições no local do evento. As inscrições feitas até o dia 30 de junho terão descontos em suas diversas categorias.
O prazo final para o envio de resumos para apresentação no Congresso é 30 de junho de 2015 e só serão aceitos após a inscrição no Congresso. Para enviar um resumo (permitido até 2 por inscrição) basta acessar o site do evento (www.cbtox.com.brna área reservada, utilizando o login e senha fornecidos.
Os sócios da Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTox) podem usufruir dos descontos concedidos aos sócios que estiverem em dia com a anuidade de 2015. Em caso de dúvidas sobre sua situação junto à SBTox, o sócio pode entrar em contato com a funcionária Nancy através do e-mail admsecretaria@sbtox.org.br ou através do telefone (11) 3031-1857. Aqueles que desem se associar, pode fazê-lo preenchendo o formulário que se encontra no site www.sbtox.org.br ou acessando http://www.sigeventos.com.br/sbtox/servicos/cadastro.asp.
Fonte: SBTox

quarta-feira, 20 de maio de 2015

ENFISA 2015: Seminário sobre Agrotóxicos traz assuntos atuais e relevantes para a agricultura brasileira

No dia 21 de maio, acontecerá o Seminário sobre Agrotóxicos, em Salvador/BA, que é aberto ao público, durante a programação do 13º Encontro de Fiscalização e Seminário de Agrotóxicos (ENFISA 2015). 

O Seminário terá início com a palestra de José Guilherme Tollstadius Leal, Secretário de Agricultura do Distrito Federal, com o tema “Assistência Técnica e Extensão Rural – impacto sobre o uso adequado de agrotóxicos no Brasil”, que terá como moderador o Coordenador-geral de agrotóxicos e afins do MAPA, Júlio Sérgio Britto. Nesta palestra será discutido o papel da assistência técnica na promoção do uso correto e seguro de agrotóxicos, de forma a evitar a contaminação de alimentos, a intoxicação do trabalhador e poluição do meio-ambiente. "Não se trata de promover o uso de agrotóxicos e, sim, de garantir que ao optar pelo uso dessas tecnologias, o produtor o faça de modo seguro para si, para o meio-ambiente e a população", explica Britto.

Em seguida, o diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), João Rando, realizará a palestra “Logística reversa de agrotóxicos impróprios”. Neste momento, será abordada uma nova resolução do CONAMA, que autoriza as unidades de recebimento de embalagens vazias a receber também embalagens contendo produtos impróprios. 

A parte da tarde começará com a mesa-redonda “Boas Práticas no Uso de Agrotóxicos”, que será moderada por Rosilene Souto (MAPA/SDC), e mostrará que a produção integrada é um sistema agrícola de produção com gestão racional dos recursos naturais e privilegiando a utilização dos mecanismos de regulação natural em substituição de fatores de produção, contribuindo, deste modo, para uma agricultura sustentável. A produção integrada procura mitigar o risco no uso de agrotóxicos, fomentando as boas práticas agrícolas. A mesa-redonda será dividida em quatro partes com os seguintes temas: “Situação atual da Produção Integrada de Frutas e Hortaliças no Brasil”, “Programa de certificação de pulverizadores”, “Armazenamento de pequenas quantidades de agrotóxicos em propriedades rurais” e "Importância das medidas legislativas como ferramenta de manejo da resistência de pragas".

Também serão apresentadas as palestras “Aproximação entre academia e órgãos regulatórios”, por Francisco Laranjeira (UFRB) e  “Indisponibilidade de produtos registrados para controle de pragas de interesse nacional - estudos de caso”, pelo Coordenador Geral de Proteção de Plantas do MAPA, Marcus Vinícius Segurado Coelho. Na palestra de Laranjeira, será abordada a necessidade de maior aproximação entre academia e regulação pois a primeira pode aportar conhecimento científico e tecnologias inovadoras no diagnóstico e controle de pragas. Já, na palestra de Coelho, será abordada a situação de algumas pragas agrícolas que, em função da falta de produtos registrados têm causado perdas expressivas ao agricultor brasileiro, tais como  a mosca-das-frutas, a broca-do-café e a ferrugem-asiática-da-soja.

O ENFISA 2015 é coordenado pelo MAPA em conjunto com a ADAB. Além disso, conta com o apoio das seguintes instituições: SBDA – Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária, ANDEF, Associação Nacional de Defensivos Genéricos (AENDA), Associação Nacional de Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV), Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV), Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG), Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina (ABIFINA), União dos Fabricantes Nacionais de Produtos Fitossanitários (UNIFITO), Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio) e CREA-BA. 

Para mais informações e realizar a sua inscrição acesse www.enfisa.net ou envie uma mensagem para eventos@defesaagropecuaria.com. O prazo para inscrições antecipadas encerra no dia 12 de maio, com valores diferenciados.

Fonte: Agropec.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Laboratório brasileiro recebe credencial mundial



Prédio do LBCD.  Foto: Ministério do Esporte




A acreditação do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) pela Agência Mundial Antidopagem (AMA ou Wada, sigla em inglês) , nesta quarta (13), impulsiona a pesquisa científica no Brasil. A acreditação foi resultado de reunião do conselho de fundadores da entidade internacional, em reunião na manhã desta quarta (13), na cidade de Montreal (Canadá). Com ela, o laboratório brasileiro planeja realizar 2.500 exames em 2015.

Além de fazer análises de sangue e urina para identificar dopagem, o laboratório brasileiro reforça estudos científicos e tecnológicos, no ensino acadêmico e na formação de profissionais especializados.

"O que a Wada, a Agência Mundial Antidopagem faz, é acreditar todos os laboratórios no mesmo patamar, com um certo número de procedimentos, mas ela mesma exige que os laboratórios estejam continuamente investindo em pesquisa. Então, com isso, alguns laboratórios, que estão investindo em certas pesquisas, começam a desenvolver novos métodos de análises", explica o coordenador do LBCD, Francisco Radler.

O Comitê Olímpico reúne iniciativas que ainda não foram disseminadas e determina que as análises de metodologia nova já estejam sendo realizadas pelo laboratório olímpico, durante os jogos. Portanto, procedimentos não comuns em laboratórios serão implementados no Brasil.

A partir de agora, também já pode realizar análise de amostras para controle antidopagem de eventos-teste para os Jogos Olímpicos e os Jogos Paraolímpicos de 2016. Serão 44 eventos deste tipo, de agosto de 2015 até o início das competições, em agosto do próximo ano.

"O sistema antidoping será um dos principais legados, mas ainda faltam alguns passos complementares para manter o nível de excelência na garantia de jogo limpo no esporte. Nós vamos lutar para implementá-los o mais brevemente possível. Estes pontos são a criação de um tribunal de apelação e o empoderamento da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) como única responsável pelo controle de dopagem no Brasil”, afirma o ministro do Esporte, George Hilton.

O processo de autorização para voltar a atuar na análise de amostras antidoping, chamado reacreditação, começou em agosto de 2014, com um teste pró-pobatório, com quatro lotes de amostras enviadas pela Wada-AMA e três visitas de auditoria da agência. Também foram realizadas consultorias de especialistas estrangeiros. Hoje existem 32 laboratórios semelhantes em todo mundo.

O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem pertence ao Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro e seu prédio fica na Ilha da Cidade Universitária da UFRJ. Para construir um novo prédio foram investidos R$ 134 milhões, sendo R$ 106 milhões do Ministério do Esporte e R$ 28 milhões do Ministério da Educação.

Fonte: Portal Brasil.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Abertas inscrições para o processo seletivo para estágio no Ciave

Encontram-se abertas, até o dia 29 de maio, as inscrições para o processo seletivo do programa de estágios não obrigatórios da SESAB, que inclui o Centro Antiveneno da Bahia (Ciave). O processo é coordenado pela Escola Estadual de Saúde Pública (EESP) e é composto de prova sobre conhecimentos relacionados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e questões de conhecimento especifico, de acordo com a área escolhida.

São 35 vagas destinadas ao Ciave: Ciências Biológicas (2), Enfermagem (4), Farmácia (6), Medicina (18), Medicina Veterinária (1) e Psicologia (4), cujo início de estágio está previsto para o mês de julho deste ano.


O Ciave oferece estágio a estudantes da área de saúde há 35 anos, onde aprendem a realizar a identificação de intoxicações, diagnósticos, sintomatologias clínicas e terapêuticas das principais intoxicações exógenas, bem como o conhecimento dos princípios básicos do atendimento aos pacientes que tentam suicídio.


Para verificar o edital e fazer a inscrição, basta acessar o site da empresa organizadora do processo seletivo, a Fundação de Apoio à Educação e Desenvolvimento Tecnológico (CEFET-BAHIA).


Fonte: Ciave.

domingo, 10 de maio de 2015

Núcleo do Ciave ajuda a evitar morte por intoxicação

O que até 2007 era apenas um serviço de psicologia oferecido no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, hoje é a principal alternativa para a redução dos casos de suicídio na Bahia - 30% dos pacientes do Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (Neps), que ainda funciona no hospital, são resultado de tentativas de suicídio por intoxicação, o que corresponde, segundo a coordenadora do Neps, Soraia Carvalho, a 1.500 casos por ano no estado.

“Na faixa etária de 15 a 29 anos, o suicídio é a primeira causa de morte em muitos países e a terceira de morte no Brasil. No nosso País, o suicídio só perde para os homicídios e os acidentes de trânsito. Na Bahia, o número também é grande. Por isso [é] importante trabalhar não apenas com quem já tentou tirar a própria vida, mas também fazer um trabalho de prevenção”, explica Soraia.
A primeira etapa do acompanhamento do Neps é a avaliação psicológica para identificação do estado de saúde do paciente. Também é realizado, no local, sessões de psicoterapia individual e atendimento com psiquiatria, além de terapia ocupacional em grupo. Nesta última atividade, é estimulada a inclusão da pessoa com a sociedade.


Jornal

No primeiro semestre de 2015, os próprios pacientes passaram a escrever um jornal sobre temas discutidos na atualidade e estudar poetas consagrados. A equipe de saúde do Neps é formada por enfermeiras, psicólogas, terapeutas ocupacionais, psiquiatras e estagiários de Medicina.

Ainda de acordo Soraia Carvalho, o núcleo, que é um anexo do Centro de Informação Antiveneno da Bahia (Ciave), atende pacientes de todas as idades. É possível ter acesso aos serviços de saúde por dois caminhos diferentes - por demanda espontânea ou por casos de tentativa de suicídio identificadas na emergência do Roberto Santos, como aconteceu com a técnica de edificações Suelilde Rodrigues.

Há quatro anos, a paciente de 49 anos frequenta o Neps. Ela tentou tirar a própria vida após uma série de traumas sofridos na família. “Perdi meu pai e alguns amigos. Meu marido me ignorava e até meu trabalho havia sido afetado. Aos poucos, passei a seguir um caminho escuro, onde não tinha mais esperanças. Nessa época já tinha sido diagnosticada com depressão em uma clínica. Usei os próprios remédios para me matar”.

Somente na emergência do Hospital Roberto Santos, Suelildes conheceu o núcleo. Na época, ela não imaginava, mas essa seria uma chance de recomeçar. “Não existe comparação entre o meu passado e o meu presente. Eu não tinha como imaginar que minha vida ficaria tão boa como está sendo agora. Voltei a me apegar à religião, retomei meu trabalho e agora estou construindo três casas”.


Ciave

Além de ceder espaço para o Neps, o Centro de Informação Antiveneno da Bahia (Ciave) oferece serviços importantes para a saúde da população. No local, funcionam consultórios, laboratórios de toxicologia e sala de biologia. A estrutura é utilizada para a identificação de toxinas que, por meio de plantas e animais como cobras e escorpiões, contaminam as pessoas.

”Aqui os biólogos têm condições de identificar o tipo de veneno e o de animal peçonhento. Nós temos antídotos armazenados para cada tipo de situação”, explica o coordenador de Apoio e Diagnóstico Terapêutico do Ciave, Jucelino Nery. Também funciona no local uma sala de veterinária. A principal utilidade do espaço é o fornecimento de orientações para outros profissionais da área e donos de animais.

“Profissionais veterinários que trabalham com animais de grande e pequeno porte ligam para o Ciave em caso de intoxicação dos animais e nós passamos orientações para eles. Às vezes acontece do proprietário do animal entrar em contato conosco. A gente passa informações para que eles saibam agir e indicamos outros veterinários para contratarem seus serviços. Nós fazemos ainda o monitoramento dos animais de pequeno porte que precisem ser internados”, explica a veterinária do Ciave, Adriana Cavalcanti.


Fonte: Secom-BA.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Ciave participa de evento em alusão ao uso racional de medicamentos

Foto: CRF-BA.
No dia 05 de maio é comemorado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, data esta escolhida para conscientizar a população sobre os riscos da automedicação. Segundo dados preliminares do Centro de Informações Antiveneno (Ciave), em 2014 ocorreram 1.704 casos de intoxicação por medicamentos na Bahia, com seis óbitos.

Em alusão a essa data, o Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF-BA) promoveu na manhã de hoje o I Seminário Baiano sobre Uso Racional de Medicamentos. Na mesa de abertura do evento estiveram presentes o presidente do CRF-BA, Dr. Mário Martinelli; o assessor da Diretoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Dasf-Sesab), Anderson Oliveira;  a farmacêutica do Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) do CRF-AB, Maria Fernanda Barros, e o farmacêutico Jucelino Nery, coordenador de apoio diagnóstico e terapêutico do CIAVE.

O presidente do CRF-BA ressaltou a importância do farmacêutico como um aliado do paciente no uso seguro do medicamento, devendo estar presente em todas as farmácias e drogarias, e ressaltou o risco da automedicação, hábito muito comum entre a população brasileira.

Jucelino Nery, por sua vez, proferiu a palestra “Intoxicações por medicamentos. Como podemos prevenir.” Segundo o farmacêutico, os medicamentos constituem o principal agente causador de intoxicação em todo o mundo, correspondendo a cerca de 25% de todas as intoxicações registradas pelo Ciave, centro de estadual de referência em Toxicologia e integrante da rede nacional de centros de informação e assistência toxicológica.

Só em Salvador foram 825 casos, correspondendo a 44% das intoxicações por medicamentos no Estado. Aproximadamente 37% destes agravos acontecem de forma acidental e 31% por tentativa de suicídio. O erro de administração e a automedicação correspondem, respectivamente, a 6% e 2%.

As principais vítimas destes acidentes são as crianças menores de 5 anos de idade e ocorrem no ambiente domiciliar, afirma Nery. Além disso, ele alerta para os cuidados necessários para evitar a sua ocorrência, como:
  • Não tomar e nem dar medicamentos sem orientação médica/farmacêutica e não exceder as doses prescritas;
  • Se não entender a receita do médico, pedir para que ele reescreva de forma legível;
  • Ler a bula e o rótulo dos medicamentos antes de utilizá-los;
  • Evitar tomar ou administrar medicamentos em ambiente sem luz (no escuro);
  • Descartar sobras de medicamentos vencidos e em local adequado;
  • Se mesmo com essas medidas ocorrer uma intoxicação, manter a calma, ter em mãos a embalagem do produto envolvido no acidente, entrar em contato com o CIAVE (0800 284 4343) e encaminhar a vítima para a unidade de saúde mais próxima.
      Fonte: CIAVE.


sexta-feira, 1 de maio de 2015

O Ciave e a Rede de Consumo Seguro e Saúde na Bahia

Técnicos do Centro de Informações Antiveneno – Ciave participaram nesta quarta-feira (29/04) da sessão técnico-científica mensal promovida pelo Centro, a qual contou com a presença de representantes da Rede de Consumo Seguro e Saúde na Bahia (RCSS-BA), Randerson Leal (Diretor-Geral do Ibametro), Gustavo Mercês (Coordenador da Rede de Consumo Seguro e Saúde - Bahia e técnico do Ibametro) e Keila Guerra (técnica da Vigipós – Vigilância da Pós-Comercialização/Divisa/Sesab).

Na abertura do evento, Jucelino Nery (farmacêutico e diretor em exercício do Ciave) deu boas vindas aos convidados e ressaltou a relevância da Rede e a convergência do objetivo de ambas as instituições em promover a redução dos riscos de acidentes, o que motivou aquele encontro.

Randerson Leal fez uma breve apresentação da RCSS-BA e ressaltou a importância da inserção do Ciave como uma fonte de informações relativas aos acidentes de consumo por diferentes agentes, entendendo como acidentes de consumo aqueles que ocorrem quando um produto ou serviço prestado provoca dano ao consumidor, quando utilizado ou manuseado de acordo com as instruções de uso do fornecedor. Em outras palavras, consiste no acidente decorrente de uma falha/defeito do produto, ou quando ele não atende ao nível de segurança que dele se espera. 

O coordenador da Rede, Gustavo Mercês, apresentou o Sistema de Informação sobre Acidentes de Consumo (SIAC) desenvolvido para os hospitais notificarem a ocorrência destes eventos, bem como o acesso através do site do Inmetro (http://www.ibametro.ba.gov.br) para que o próprio consumidor possa fazê-lo, clicando no ícone “ACIDENTE DECONSUMO – RELATE O SEU CASO”. 

Gustavo pormenorizou os objetivos e composição da Rede, exemplificou os acidentes de consumo – destacando o risco de alguns brinquedos importados da China – e apresentou dados da OMS, segundo os quais o envenenamento contribuiu com 6% dos óbitos decorrentes de lesões em todo o mundo, em 2000. Já de acordo com o Observatório Nacional da Primeira Infância, no Brasil, o envenenamento foi responsável por 2,2% das mortes entre crianças de 1 a 9 anos de idade em 2012. Por fim, respondeu aos questionamentos dos técnicos do Ciave.

Após uma breve apresentação sobre o Ciave para os convidados, Jucelino Nery abordou sobre a importância da Toxicovigilância – conjunto de ações que buscam eliminar ou diminuir os riscos à saúde dos indivíduos decorrentes da exposição às substâncias químicas – e os registros das intoxicações pelo Centro. Segundo o farmacêutico, o Ciave registra uma média anual de 7.100 casos de exposição com risco tóxico por diferentes agentes como animais peçonhentos, agrotóxicos, cosméticos, domissanitários, medicamentos, raticidas, etc.

Segundo dados preliminares do Ciave, em 2014 foram registrados 6.783 casos em humanos, onde 25% foram causados por medicamentos. Os domissanitários corresponderam a 7%, os raticidas participaram com 6% (predominando o conhecido “chumbinho”, raticida clandestino e de elevada toxicidade para o ser humano, inclusive). Os agrotóxicos de uso agrícola e os cosméticos foram responsáveis por 2% dos registros, cada um deles.

Jucelino ressaltou ainda que as grandes vítimas dos acidentes tóxicos são as crianças menores de 5 anos de idade e o ambiente de maior frequência destes eventos é a residência (64%). Corroborando com a preocupação da Rede em relação à alta frequência de eventos envolvendo medicamentos com o princípio ativo ciproeptadina (utilizado para abrir o apetite em crianças e comercializado sem necessidade de prescrição médica) atendidos pelo Hospital do Subúrbio, Nery afirmou que só no ano passado o Ciave registrou 65 casos deste tipo. Outro agente frequente com crianças tem sido as pilhas / baterias, com 20 casos registrados pelo centro.

Dentre os domissanitários (7%), destacam-se a água sanitária (principalmente a produzida de forma caseira e com maior risco à saúde) e os produtos à base de soda cáustica. Por outro lado, as bolinhas de naftalina (30 casos em 2014) são frequentes entre os inseticidas de uso doméstico. Outros agentes menos comuns também foram citados como pulseiras de “neon” (utilizadas em aniversários infantis) e bolinhas de gel que crescem ao absorverem água e utilizadas para hidratar e manter a umidade de plantas.

Ao final das apresentações, foi ressaltada a contribuição do Ciave para a Rede enquanto centro de referência estadual em Toxicologia e fonte de informações sobre a ocorrência de acidentes de consumo no Estado. Além disso, o Centro busca promover a prevenção destes agravos através da orientação de profissionais de saúde e à população em geral.



A Rede de Consumo Seguro e Saúde na Bahia (RCSS-BA)

A criação da RCSS na Bahia foi uma iniciativa do Ibametro e consiste na articulação interinstitucional com o objetivo de enfrentar os acidentes de consumo e contribuir para maior segurança de produtos e serviços aos consumidores. Integram também a Rede a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia – Sesab (através da Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa/Sesab), Hospital do Subúrbio, Lacen e agora o Ciave), Anvisa, Defensoria Pública do Estado, Ministério Público, Procon-BA, OAB-BA, dentre outros. O termo de adesão à rede inclui cooperação técnica, articulação interinstitucional e compartilhamento de informações referentes ao consumo seguro e à saúde.


Seu objetivo é desenvolver ações em rede que contemplem, além do aspecto da fiscalização, a importância da educação e da disseminação de informações relevantes para que a população possa usufruir do consumo seguro e saudável de produtos e serviços.


Fonte: Ciave e Inmetro.