Cerca de 60 pessoas, entre crianças e adultos, contaminaram-se com mercúrio no município de Rosana, a 730 km da capital paulista. O caso teve início em junho, quando crianças encontraram em um terreno da região utilizado como depósito público uma sacola plástica com frascos contendo mercúrio metálico. Este produto foi levado pelas crianças para casa e para a escola, que brincaram com as bolinhas prateadas do metal.
Doze pessoas da família das crianças encontram-se contaminadas sendo que os casos mais graves são os de duas meninas, de 2 e 3 anos de idade, que foram internadas duas vezes, sendo que a última foi no dia 1º de outubro.
Há suspeita de que o mercúrio descartado irregularmente pertencia, provavelmente, a uma clínica odontológica, uma vez que junto com a sacola havia também próteses dentárias.
Autoridades locais investigam se houve contaminação do solo e lençol freático. Enquanto isto, o local encontra-se isolado e preservado.
O mercúrio é o único metal que se mantém em estado líquido e é volátil à temperatura ambiente. É o mesmo encontrado em termômetros. O mercúrio na forma líquida, não é absorvido pelo organismo, entretanto, quando submetido ao calor sofre volatilização e pode ser absorvido pelo organismo humano, principalmente através da via respiratória.
As pessoas expostas ao mercúrio estão sendo acompanhadas pelos diversos serviços municipais e pela Secretaria de Estado da Saúde. De acordo com o secretário municipal de saúde, David Rodrigues, os pacientes contaminados estão sendo submetidos semanalmente a exames de sangue e urina. Nos casos mais graves, como o das duas meninas de 2 e 3 anos de idade, foram utilizados antídotos quelantes para eliminar o metal do organismo.
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