
O CIATox-BA, denominado de Centro de Informações Antiveneno - CIAVE até novembro de 2019, atua na orientação, diagnóstico, terapêutica e assistência presencial de pacientes intoxicados, além de realizar atendimentos às pessoas com risco para tentativas de suicídio,análises toxicológicas de urgência, identificação de animais peçonhentos e plantas venenosas, manutenção e distribuição de antídotos e de soros antipeçonhentos para todo o estado. Contato: (71) 3103-4343.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
Em Visita ao HGRS, Ministro da Saúde Conversa sobre Escorpionismo na Bahia
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Diretor do CIAVE conversa com ministro sobre escorpionismo. |
O
ministro da Saúde Alexandre Padilha esteve no Hospital Geral Roberto Santos –
HGRS na tarde da última quarta-feira, 21/12, quando assinou o termo de adesão desse
Hospital à ação SOS Emergências.
O HGRS
é um dos 11
hospitais que integram o S.O.S
Emergências, os quais receberão um repasse de R$ 39,6 milhões destinados
ao seu custeio e qualificação. Esta ação estratégica do governo federal –
executada em parceria com estados e municípios – visa melhorar a gestão dessas
unidades e ampliar o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) aos
serviços de emergência. Cada unidade receberá, por ano, R$ 3,6 milhões para
serem investidos em melhorias.
Acompanhado
do secretário estadual da Saúde Jorge Solla e da diretora-geral do HGRS, Dra. Delvone
Almeida, o ministro visitou as emergências de adultos e a pediátrica do
Hospital, quando anunciou à imprensa a liberação do recurso para custear a
ampliação e qualificação da assistência de emergência.
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Ministro recebe kit de divulgação do CIAVE. |
Com seis habilitações em alta complexidade, o Hospital Roberto Santos realiza entre 1.600 e 1.800 internações por mês, das quais 90% procedentes da emergência. Esse Hospital é a referência no Estado para atendimento a envenenamentos, uma vez que o Centro Antiveneno da Bahia - CIAVE ali encontra-se instalado.
Após a
assinatura do termo de adesão, o diretor do CIAVE, Dr. Daniel Rebouças,
cumprimentou o ministro Alexandre Padilha - que trajava um jaleco do HGRS presenteado por Dra. Delvone - e lhe ofertou um kit de material de divulgação do
Centro. Na oportunidade, o ministro afirmou conhecer a importância do CIAVE e questionou sobre a ocorrência de acidentes por escorpiões no
Estado.
O
diretor do CIAVE informou ao ministro que a espécie de escorpião mais freqüentemente
envolvida em acidentes na Bahia é o Tityus
serrulatus, conhecido como escorpião amarelo, e que são notificados
anualmente cerca de 7.500 casos, o que corresponde a 65% dos acidentes por
animais peçonhentos.
Fonte: CIAVE. Leia mais.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Ministério da Saúde Investe em Laboratórios Públicos
O Ministério da Saúde vai repassar aos
laboratórios de saúde pública estaduais, municipais e do Distrito Federal
recurso financeiro de R$ 18 milhões para execução de ações laboratoriais de
vigilância sanitária. A medida é regulamentada pela Portaria 2.982,
publicada no Diário Oficial do dia 16/12.
Para receber os incentivos financeiros,
os laboratórios deverão encaminhar à Gerência
Geral de Laboratórios de Saúde Pública da Anvisa, em até 90 dias (contados a
partir da publicação da portaria) o Plano de Trabalho, aprovado na CIB. Desse
modo, a data limite prevista é 16 de março de 2012.
Foram selecionados 19 laboratórios para receber o repasse financeiro e priorizados aqueles que atuam em
grandes eventos e que apresentam dificuldades para desenvolver as atividades. A
escolha foi realizada durante reunião do Grupo de Trabalho da Anvisa.
Dentre eles está o Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz
- LACEN-BA, que deverá receber R$ 947.368,00.
O plano de trabalho deve contemplar as ações e
atividades para o fortalecimento da gestão da qualidade nos laboratórios, dando
maior agilidade e segurança nos resultados, objetivando o atendimento às
necessidades sanitárias dos produtos e serviços sob regime de vigilância
sanitária, tais como, alimentos, medicamentos, cosméticos, saneantes,
agrotóxicos, água, entre outros.
Os recursos serão utilizados na capacitação de
profissionais, aquisição de novos equipamentos, de insumos, entre outros. O
repasse financeiro também pretende auxiliar os laboratórios de saúde pública a
se adequarem as normas estabelecidas pela regulamentação internacional, ABNT
NBR ISO/IEC 17.025/2005, que prevê normas a serem atendidas pelos laboratórios
para manter a qualidade no trabalho.
Fonte: Ministério da Saúde.
Leia mais.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Retenção de Receita de Medicamento Controlado Pode Virar Lei
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou
no dia 14 projeto que regulamenta na forma de lei a retenção da receita de
medicamentos sujeitos a controle sanitário especial. As regras para os
medicamentos controlados são definidas hoje em regulamento da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O projeto, apresentado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), foi aprovado com aperfeiçoamentos sugeridos pelo relator, senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Ele manteve a exigência da retenção da receita, mas deixou a critério do órgão sanitário competente a adoção de regulamento sobre aspectos específicos, como as substâncias sujeitas a controle especial e as condições para a venda e entrega do medicamento ao paciente.
Para o senador, as normas atuais são frágeis, mas seria excessivo trazer para uma lei nacional detalhes operacionais que ficam mais apropriados em uma norma infralegal. O projeto original determinava, por exemplo, que a receita seria em duas vias, uma para ser retida no estabelecimento e a segunda para servir como comprovante do atendimento. Além disso, previa atendimento do pedido apenas quando a receita fosse legível e sem rasuras, contendo dados do profissional que prescreveu e também do usuário.
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) argumentou na justificação que a aprovação de lei sobre o tema pode contribuir para um cenário de consumo mais racional de medicamentos.
A proposta recebeu decisão terminativa e deve seguir para exame na Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado. Leia mais.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Webconferência sobre Acidente por Lonômia
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Foto: CIT-SC |
Seguindo a sua programação, a Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica e Toxicologistas Clínicos (ABRACIT) realizará hoje, 22/09/2011, às 10h30min, a webconferência do grupo de Toxicologia Clínica. A apresentação terá como tema “Acidente Lonômico” e será ministrada pela equipe do Centro de Informação Toxicológica (CIT) de Santa Catarina.
Durante o evento serão abordados pontos como o diagnóstico e tratamento dos acidentes provocados por lagartas do gênero Lonomia. O contato com esses animais podem provocar acidentes graves e fatais, sendo duas as espécies envolvidas: Lonomia oblíqua e Lonomia achelous.
Durante o evento serão abordados pontos como o diagnóstico e tratamento dos acidentes provocados por lagartas do gênero Lonomia. O contato com esses animais podem provocar acidentes graves e fatais, sendo duas as espécies envolvidas: Lonomia oblíqua e Lonomia achelous.
Os técnicos e estagiários dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica do Brasil participarão da formação continuada promovida pela ABRACIT, através da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE).
Fonte: CIAVE-BA.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Mais Sete Grupos de Alimentos Terão Redução de Sódio
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, juntamente com representantes da indústria alimentícia, assinou, na última terça-feira (13/12), nova fase do acordo que prevê a redução gradual de sódio em 16 categorias de alimentos. Nesta etapa, serão detalhadas as metas para os alimentos que estão entre os mais consumidos pelo público infanto-juvenil, incluindo sete categorias: batatas fritas e batata palha, pão francês, bolos prontos, misturas para bolos, salgadinhos de milho, maionese e biscoitos (doces ou salgados). O documento define o teor máximo de sódio a cada 100 gramas em alimentos industrializados. As metas (ver no fim do texto) devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2014 e aprofundadas até 2016.
A redução do consumo de sódio no Brasil é uma das estratégias do governo federal para o enfrentamento às doenças crônicas, como hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. “Esta segunda etapa do acordo reforça o projeto conjunto entre governo e indústrias para respeitar a recomendação de consumo máximo da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de menos de 5 gramas de sal diários por pessoa, até 2020”, considera o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A hipertensão arterial atinge 23,3% da população adulta brasileira (maiores de 18 anos), de acordo com o estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel/2010). Já as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 319 mil óbitos em todo o país, em 2009.
Estudo Mostra Risco de Uso do Paracetamol com Dose Acima da Recomendada
O
uso de doses elevadas repetidas de paracetamol pode ser fatal, de acordo com os
resultados obtidos em um grande estudo de coorte publicado on line em 22 de
novembro no British Journal of Clinical Pharmacology.
De
acordo com Kenneth J. Simpson, da Division of Clinical and Surgical Sciences,
Universdade de Edimburgo (Reino Unido) e um dos autores do estudo, "na
admissão, esses pacientes com overdose escalonada eram mais propensos a terem
problemas de fígado e cérebro, requeriam diálise renal ou auxílio respiratório
e apresentavam um risco maior de morrer do que as pessoas que tomaram overdose
única".
Os
pacientes avaliados não fizeram ingestão de sobredose única e sim em doses
continuadas e, nestes casos, os danos se acumularam ao longo do tempo, podendo
ser fatal.
No
Reino Unido, a hepatotoxicidade devido ao uso de paracetamol é a principal
causa de insuficiência hepática aguda. No entanto, o efeito de um padrão de
overdose escalonada ou a demora na busca de atendimento médico sobre a
mortalidade ou necessidade de transplante hepático de urgência era até então
desconhecida.
De
663 pacientes internados com lesão hepática grave induzida por paracetamol,
entre 1992 e 2008, 161 (24,3%) tinham tomado uma overdose escalonada. Em
comparação com pacientes que tomaram uma overdose de uma única vez, os
pacientes com overdose escalonada eram significativamente mais velhos e mais
propensos ao abuso de álcool.
Quando
questionados por que eles ingeriram repetidamente o paracetamol mais do que a
dose recomendada, a maioria dos pacientes com overdose escalonada citou o
alívio da dor como sua justificativa (58,2%).
Em
comparação com pacientes que tomaram uma overdose de uma única vez, aqueles que
tomaram overdoses escalonadas tiveram uma dose total ingerida menor do
medicamento e níveis séricos mais baixos de alanina aminotransferase (ALT) na
admissão. No entanto, eles eram mais propensos a apresentarem encefalopatia e
exigirem terapia de transplante renal ou ventilação mecânica.
Embora
a mortalidade tenha sido maior nos caos de overdoses escalonadas do que em um
único tempo de overdoses (37,3% vs 27,8%, P = 0,025), o padrão de overdose
escalonada não foi um fator preditivo independente de mortalidade.
Tanto
os pacientes que fizeram uso de overdose escalonada quanto aqueles que
utilizaram sobredose única e demoraram em procurar o atendimento médico
precisam ser monitorados de perto e deve ser considerada a terapia com o uso do
antídoto N-acetilcisteína (NAC), independentemente da concentração de
paracetamol no sangue, de acordo com o Dr. Simpson, uma vez que ambos os grupos
apresentam elevado risco de desenvolver falência múltipla de órgãos.
O
estudo conclui que tanto a procura tardia de atendimento médico (> 24 horas)
quanto a overdoses escalonada estão fortemente associados com lesões de
múltiplos órgãos e da necessidade de transplante de fígado. Pacientes com esses
padrões de sobredosagem devem ser tratados como de alto risco de progressão
para insuficiência hepática aguda e devem ser tratados com NAC, enquanto
aguarda os níveis séricos de ALT e a determinação do tempo de protrombina (TP).
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Agrotóxicos: Perigo Constante
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Foto: Anvisa. |
Através da mídia e da divulgação de informações dos órgãos públicos estamos conhecendo a verdadeira dimensão dos problemas decorrentes do uso de agrotóxicos. Não podemos desprezar a importância da sua utilização, contudo, o uso desmedido e muitas vezes irresponsável tem trazido sérios problemas para a população.
Para se somar aos problemas de contaminação recentemente divulgado na mídia, agora nos defrontamos com inconformidades na produção dos próprios agrotóxicos. Fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitário (Anvisa) em inspeção realizada na semana passada nas fábricas das empresas de agrotóxico Ouro Fino Agronegócio, DVA Agro e Prentiss Química, encontraram várias irregularidades, entre elas agrotóxicos produzidos com formulação adulterada e sem comprovação de origem da matéria-prima.
Na fábrica da empresa Ouro Fino Agronegócio, em Uberaba (MG), foram interditados cerca de 230 mil kg do agrotóxico glifosato ácido e 790 mil litros do produto Sucesso BR. Isso porque os produtos eram formulados sem comprovação do fabricante de origem.
“Trata-se de um risco para a saúde, principalmente dos trabalhadores rurais, pois, sem comprovação de origem, não temos como assegurar que esses agrotóxicos possuem os requisitos necessários para serem utilizados na lavoura”, explica o diretor da Anvisa, Agenor Álvares. Segundo a Ouro Fino Agronegócio, o fabricante de origem dos produtos técnicos utilizados na formulação dos agrotóxicos interditados é a empresa Monsanto do Brasil.
Entretanto, não há comprovação do fabricante nem da unidade fabril em que o produto técnico foi fabricado. A empresa foi notificada a apresentar os certificados de análise com a comprovação da unidade fabril de origem do produto técnico.
Já na fábrica da Prentiss Química, em Campo Largo (PR), a empresa recebeu auto de infração e ocorreu a interdição da linha de produção do agrotóxico Flexin. A fiscalização da Anvisa constatou alteração de formulação do referido produto.
Além disso, foi verificado que os agrotóxicos Pren-D e Prend-D 806 foram formulados com matéria-prima com teores de pureza inferiores e com a presença de impureza toxicologicamente relevante em quantidade maior do que a autorizada. “Isso significa que os produtos eram fabricados com características diferentes das autorizadas pelo Governo Federal e, nestas condições, significa que o agrotóxico pode, por exemplo, ter repercussões inaceitáveis para a saúde”, afirma Álvares.
A fiscalização constatou, ainda, que os agrotóxicos Shadow, Gliato, Gly-up e Tupan eram formulados com produtos técnicos de fabricantes não autorizados para estes agrotóxicos. A Prentiss Quimica foi autuada por todas as irregularidades verificadas.
No caso da empresa DVA Agro, a fiscalização na fábrica da empresa em Ituverava (SP) identificou adulteração na formulação do agrotóxico Zaphir. A empresa também foi autuada.
Agrotóxicos são produtos com alto risco para saúde e meio ambiente e, por isso, sofrem restrito controle de três órgãos de governo: Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura. Alterações na fórmula desses produtos aumentam significativamente as chances do desenvolvimento de diversos agravos à saúde, como câncer, toxicidade reprodutiva e desregulação endócrina, em trabalhadores rurais e em consumidores de produtos contaminados.
Agrotóxicos são produtos com alto risco para saúde e meio ambiente e, por isso, sofrem restrito controle de três órgãos de governo: Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura. Alterações na fórmula desses produtos aumentam significativamente as chances do desenvolvimento de diversos agravos à saúde, como câncer, toxicidade reprodutiva e desregulação endócrina, em trabalhadores rurais e em consumidores de produtos contaminados.
Fonte: ANVISA. Leia mais.
Anvisa Reúne Lacens e Visas para Promover mais Integração
Promover mais integração entre os componentes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) no âmbito laboratorial. Este é o principal objetivo do 4º Encontro dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) e do 2º Encontro dos Lacens, Vigilâncias Sanitárias (Visas) e Anvisa. Os encontros terão início nesta quinta-feira (8/12) e prosseguem na sexta-feira (9/12), no auditório da sede da Agência, em Brasília.
Participam da reunião três representantes de cada um dos 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública dos estados e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), dois representantes das 27 Vigilâncias Sanitárias estaduais, um representante de cada um dos sete Laboratórios Municipais de Saúde Pública e um representante de cada uma das sete Vigilâncias Sanitárias municipais que possuem Laboratório Municipal de Saúde Pública.
Além disso, estarão presentes palestrantes e convidados do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Na pauta de discussão constam temas como sistemas gerenciais para laboratórios, análise crítica de certificados de calibração, auditoria interna, garantia da qualidade e validação de desempenho de métodos qualitativos e quantitativos, além da interface da Anvisa e as ações laboratoriais nas atividades de monitoramento.
Na sexta-feira (9/12), será realizada uma reunião paralela, no turno da manhã, com os diretores dos Lacens e coordenadores de Visas. A reunião terá a participação da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) do Ministério da Saúde, do Núcleo de Assessoramento em Descentralização das Ações de Vigilância Sanitária (Nadav) e da Gerência-Geral de Laboratórios de Saúde Pública (GGLAS).
Fonte: ANVISA. Leia mais.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Contaminação por Agrotóxicos Persiste em Alimentos Analisados pela Anvisa
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Foto: ANVISA. |
Na edição de ontem, terça-feira (06/12), o Jornal Nacional iniciou uma série especial de reportagens sobre os perigos do uso descontrolado de agrotóxicos. Ela tem como base os dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cujo relatório de atividades referentes ao ano de 2010 foi divulgado nesta quarta-feira (7/12).
O pimentão, o morango e o pepino
lideram o ranking dos alimentos com o maior número de amostras contaminadas por
agrotóxico, durante o ano de 2010. De acordo com o relatório, mais de 90%
das amostras de pimentão analisadas pelo Programa apresentaram problemas. No
caso do morango e do pepino, o percentual de amostras irregulares foi de 63% e
58%, respectivamente. Os dois problemas detectados na análise das amostras
foram: teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e o uso de
agrotóxicos não autorizados para estas culturas.
A alface e a
cenoura também apresentaram elevados índices de contaminação por agrotóxicos.
Em 55% das amostras de alface foram encontradas irregularidades. Já na cenoura,
o índice foi de 50%. Na beterraba, no abacaxi, na couve e no mamão foram
verificadas irregularidades em cerca de 30% das amostras analisadas. “São dados
preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode
contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a
desregulação endócrina e o câncer”, afirma o diretor da Anvisa, Agenor Álvares.
Por outro lado, a batata obteve
resultados satisfatórios em 100% das amostras analisadas. Em 2002, primeiro ano
de monitoramento do programa, 22,2% das amostras de batata coletadas
apresentavam irregularidades.
No balanço geral, das 2.488 amostras
coletadas pelo Para, 28% estavam insatisfatórias. Deste total, em 24, 3% dos
casos, os problemas estavam relacionados à constatação de agrotóxicos não
autorizados para a cultura analisada.
Já em 1,7% das
amostras foram encontrados resíduos de agrotóxicos em níveis acima dos
autorizados. “Esses resíduos indicam a utilização de agrotóxicos em
desacordo com as informações presentes no rótulo e bula do produto, ou seja,
indicação do número de aplicações, quantidade de ingrediente ativo por hectare
e intervalo de segurança”, evidencia Álvares. Nos 1,9% restantes, as duas
irregularidades foram encontradas simultaneamente na mesma amostra.
Para reduzir o consumo de agrotóxico em
alimentos, o consumidor deve optar por produtos com origem identificada. Essa
identificação aumenta o comprometimento dos produtores em relação à qualidade
dos alimentos, com adoção de boas práticas agrícolas.
É importante, ainda, que a população
escolha alimentos da época ou produzidos por métodos de produção integrada (que
a princípio recebem carga menor de agrotóxicos). Alimentos orgânicos também são
uma boa opção, pois não utilizam produtos químicos para serem produzidos.
Os procedimentos de lavagem e retirada
de cascas e folhas externas de verduras ajudam na redução dos resíduos de
agrotóxicos presentes apenas nas superfícies dos alimentos. “Os supermercados
também tem um papel fundamental nesse processo, no sentido de rastrear,
identificar e só comprar produtos de fornecedores que efetivamente adotem boas
práticas agrícolas na produção de alimentos”, afirma Álvares.
Simpósio Sobre Animais Peçonhentos Promovido pela UFBA
No período de 5 a 9
de março de 2012 acontecerá o XXIX Congresso Brasileiro de Zoologia (CBZ), no
Centro de Convenções da Bahia, em Salvador. O evento, que tem como presidente a
bióloga e professora da UFBA Rejâne Maria Lira-da-Silva, será realizado pela
Sociedade Brasileira de Zoologia (SBZ) e Instituto de Biologia da Universidade
Federal da Bahia (UFBA) .
O Programa científico será abrangente e diversificado, com conferências, mesas-redondas, simpósios, cursos de atualização e apresentação de trabalhos científicos. Este evento tem como objetivo promover a cooperação entre profissionais, pesquisadores, acadêmicos de pós-graduação e graduação, além de empresas em um evento de relevância científica, refletindo a importância da área de zoologia, com seus contrastes e responsabilidades.
Dentro da programação do congresso ocorrerá o Simpósio sobre Animais Peçonhentos: Uma homenagem ao centenário de Alphonse Richard Hoge e de Oswaldo Vital Brazil, coordenado por Giuseppe Puorto (Instituto Butantan – SP) e Rui Seabra Ferreira Junior (Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos -CEVAP/UNESP – SP), nos dias 6 e 7 de março.
Informações sobre o congresso podem ser obtidas no endereço http://www.cbz2012.com.br. O Simpósio sobre animais peçonhentos terá a seguinte programação:
06 de Março de 2012
10h:30-11h:00 Palestra de abertura sobre Memória
Alphonse Richard Hoge e Oswaldo Vital Brazil no
Cenário da Construção do Conhecimento sobre os Animais Peçonhentos no Brasil –
Dra Julia Prado Franceschi (Universidade Estadual de Campinas, SP), 30min
11h:00h-12h:00 Mesa Redonda
Coleções Biológicas
de Produtos e Animais Peçonhentos
• As Coleções
Científicas de Animais Peçonhentos no Brasil – Renato Silveira Bérnils
(Universidade Federal do Espírito Santo, ES) 15min
• Banco de Tecidos de
Animais Peçonhentos no Brasil – Ana Lúcia da Costa Prudente (Museu Paraense
Emílio Goeldi, PA) 15min
• Banco Referência
Nacional de Veneno de Animais Peçonhentos – Rui Seabra Ferreira Júnior (Centro
de Estudos e Venenos de Animais Peçonhentos, Universidade de São Paulo,
Botucatu, SP), 15min
• Discussão – 15min
14h:00-15h:30 Mesa-Redonda
Divulgação Científica sobre Animais Peçonhentos em Espaços Não-Formais de Ensino
• A Experiência da Fundação Ezequiel Dias – Giselle Agostini Cotta (Fundação Ezequiel Dias, MG), 20min
• A Experiência do Instituto Vital Brazil – Anibal Rafael Melgarejo Gimenez (Instituto Vital Brazil), 20min
• A Experiência do Instituto Butantan – Giuseppe Puorto (Instituto Butantan), 20min
• A Experiência do Núcleo de Ofiologia e Animais Peçonhentos da Universidade Federal da Bahia – Rejâne Maria Lira da Silva (Universidade Federal da Bahia), 20min
• Discussão – 10min
15h:30-16h:00 Intervalo
16h:00h-17h:30 Mesa-Redonda
Educação em Animais Peçonhentos
• O Programa de Pós-Graduação em Animais Peçonhentos - Rui Seabra Ferreira Junior (Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP),20min
• O Programa de Pós-Graduação em Toxinologia – Norma Yamanouye (Instituto Butantan, SP), 20min
• A Produção de Materiais Educativos sobre Animais Peçonhentos – Giuseppe Puorto (Instituto Butantan, SP), 20min
• O Ensino dos Animais Peçonhentos nos Cursos de Graduação no Brasil – Tania Kobler Brazil (Universidade Federal da Bahia, BA), 20min
• Discussão - 10min
07 de Março de 2012
10h:30-11h:00 Palestra
A Produção de Soros Liofiolizados na América Latina
Palestrante: Maria
Gutiérrez (Instituto Clodomiro Picado,
Costa Rica)
11h:00h-12h:00 Mesa-Redonda
Envenenamento por Animais Peçonhentos
• O Reconhecimento da OMS dos Acidentes por Animais Peçonhentos como Doenças Negligenciadas: O que Deve Mudar na Política Nacional? – Guilherme Reckziegel (Ministério da Saúde), 15min
• Epidemiologia dos Acidentes por Animais Peçonhentos no Brasil – João Luís Costa Cardoso (Instituto Butantan), 15min
• Sistemas Nacionais de Informação de Acidentes por Animais Peçonhentos – Rosany Bochner (Fundação Osvaldo Cruz, Rio de Janeiro), 15min
• Discussão - 15min
Envenenamento por Animais Peçonhentos
• O Reconhecimento da OMS dos Acidentes por Animais Peçonhentos como Doenças Negligenciadas: O que Deve Mudar na Política Nacional? – Guilherme Reckziegel (Ministério da Saúde), 15min
• Epidemiologia dos Acidentes por Animais Peçonhentos no Brasil – João Luís Costa Cardoso (Instituto Butantan), 15min
• Sistemas Nacionais de Informação de Acidentes por Animais Peçonhentos – Rosany Bochner (Fundação Osvaldo Cruz, Rio de Janeiro), 15min
• Discussão - 15min
14h:00h-15h:00 Mesa Redonda
Venenos Animais
• Estado da Arte das Toxinas Animais: Perspectivas para a Saúde e para a Biotecnologia – Dra Maria Elena de Lima Perez Garcia (Universidade de Minas Gerais, MG), 15min
• Toxinas como Ferramentas Farmacológicas – Catarina de Fátima Pereira Teixeira (Instituto Butantan, SP), 15min
• Bioprospecção em Venenos Animais – Dra Yara Cury (Instituto Butantan, SP), 15min
• Discussão - 15min
15h:00-15h:30 Intervalo
15h:30-16h:30 Mesa Redonda
Produção de Soros
• Antivenenos e imunodiagnóstico – Kátia Barbaro (Instituto Butantan, SP), 15min
• Soro antilatrodéctico no Brasil - Cláudio Maurício Vieira de Souza (Instituto Vital Brazil, RJ), 15min
• Eficácia e biossegurança de antivenenos - Marcus Lima, 15min
• Discussão - 15min
16h:30-17h:15 Palestra de Encerramento sobre Ofidismo
Snake Bite In The World: Epidemiology, Clinical Presentation And Treatment
Palestrante: Jean-Philippe Chippaux (French Institute of Research for Development (IRD), França), 45min
17h:15-17h:30 Encerramento do Simpósio
Giuseppe Puorto (Instituto Butantan, SP) e Rui Seabra (CEVAP), 15min
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
CIAVE Participa de Reunião sobre a Criação de Fórum Baiano de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos

A reunião ocorrerá amanhã, 06/11, às 09h00, no CESAT. Participarão
diversos órgãos da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia como o CESAT, CIAVE,
DIVISA, DIVEP, docentes da Universidade Federal da Bahia (UFBA), representantes
da sociedade civil e outros.
Em Pernambuco funciona o Fórum Pernambucano de Combate aosEfeitos dos Agrotóxicos na Saúde do Trabalhador, no Meio Ambiente e naSociedade que tem como objetivo geral
proporcionar o debate das questões relativas aos efeitos nocivos dos
agrotóxicos no meio ambiente, na saúde do trabalhador e do cidadão em geral, a
fim de que a sociedade se conscientize da necessidade do controle efetivo na
utilização desses produtos, observado o cumprimento da legislação específica.
O Fórum tem ainda como objetivos específicos:
- Propor,
apoiar e acompanhar ações educativas que visem a produção, o transporte, o
armazenamento, a exposição ao consumo e o uso adequado dos agrotóxicos no
Estado;
- Promover
articulação entre os órgãos governamentais, entidades sindicais e organizações
não-governamentais, visando a eficácia das ações de controle, restrição e uso
inadequado dos agrotóxicos;
- Sugerir
disposições normativas para o aperfeiçoamento da legislação específica vigente
a nível Federal, Estadual e Municipal;
- Cobrar
dos órgãos competentes o cumprimento da legislação pertinente em vigor;
- Sugerir
a celebração de contratos, convênios, termos aditivos ou outros instrumentos
similares entre instituições, visando oferecer condições ao desenvolvimento dos
programas ou projetos que busquem o cumprimento dos objetivos deste Fórum;
- Sugerir
a realização de estudos e pesquisas relacionadas com o uso adequado dos
agrotóxicos e alternativas de substituição; e,
- Denunciar
fatos e receber denúncias relacionadas a danos à saúde do trabalhador, ao meio
ambiente e a sociedade causados pelos agrotóxicos, encaminhando-as aos órgãos
competentes.
Fonte: CIAVE. Leia mais.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Tem Início a 14ª Conferência Nacional de Saúde
Começou, nesta quinta-feira (1/12), a 14ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A Conferência é considerada o maior evento brasileiro na área da saúde e reúne mais de quatro mil pessoas, entre delegados e convidados. O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, representou a Agência durante a abertura do encontro. Confira o hotsite da 14ª Conferência Nacional de Saúde.
Os participantes vão debater os desafios e as perspectivas do Sistema Único de Saúde (SUS) e aprovar propostas de melhorias. As atividades começaram na noite desta quarta-feira (30/11), com um ato de Defesa do SUS, promovido pelos Movimentos Sociais, e com uma mesa de debate sobre o documentário “O veneno está na Mesa”, do cineasta Silvio Tendler.
Nesta quinta-feira (dia 1/12), o presidente da 14ª CNS, o ministro Alexandre Padilha, coordenará a Mesa Central “Acesso e Acolhimento com qualidade: um desafio para o SUS”. Logo depois, serão realizados 11 diálogos temáticos, em que serão discutidos os desafios para efetivar a participação social, a seguridade social, o acesso universal, as políticas públicas, a relação público x privado, entre outros temas. Durante o último dia da 14ª CNS (04/12), será realizada a Plenária Final, com a votação de diretrizes e propostas que devem nortear as políticas públicas para o Sistema Único de Saúde nos próximos anos.
Fonte: ANVISA. Leia mais.http://www.conselho.saude.gov.br/14cns/index.html
Encontradas Irregularidades em Fábricas de Agrotóxicos
Agrotóxicos produzidos com formulação adulterada e sem comprovação de origem da matéria-prima. Essas foram as principais irregularidades encontradas por fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitário (Anvisa) em inspeção realizada, ao longo desta semana, nas fábricas das empresas de agrotóxico Ouro Fino Agronegócio, DVA Agro e Prentiss Química.
Na fábrica da empresa Ouro Fino Agronegócio, em Uberaba (MG), foram interditados cerca de 230 mil kg do agrotóxico glifosato ácido e 790 mil litros do produto Sucesso BR. Isso porque os produtos eram formulados sem comprovação do fabricante de origem.
“Trata-se de um risco para a saúde, principalmente dos trabalhadores rurais, pois, sem comprovação de origem, não temos como assegurar que esses agrotóxicos possuem os requisitos necessários para serem utilizados na lavoura”, explica o diretor da Anvisa, Agenor Álvares. Segundo a Ouro Fino Agronegócio, o fabricante de origem dos produtos técnicos utilizados na formulação dos agrotóxicos interditados é a empresa Monsanto do Brasil.
Entretanto, não há comprovação do fabricante nem da unidade fabril em que o produto técnico foi fabricado. A empresa foi notificada a apresentar os certificados de análise com a comprovação da unidade fabril de origem do produto técnico.
Já na fábrica da Prentiss Química, em Campo Largo (PR), a empresa recebeu auto de infração e ocorreu a interdição da linha de produção do agrotóxico Flexin. A fiscalização da Anvisa constatou alteração de formulação do referido produto.
Além disso, foi verificado que os agrotóxicos Pren-D e Prend-D 806 foram formulados com matéria-prima com teores de pureza inferiores e com a presença de impureza toxicologicamente relevante em quantidade maior do que a autorizada. “Isso significa que os produtos eram fabricados com características diferentes das autorizadas pelo Governo Federal e, nestas condições, significa que o agrotóxico pode, por exemplo, ter repercussões inaceitáveis para a saúde”, afirma Álvares.
A fiscalização constatou, ainda, que os agrotóxicos Shadow, Gliato, Gly-up e Tupan eram formulados com produtos técnicos de fabricantes não autorizados para estes agrotóxicos. A Prentiss Quimica foi autuada por todas as irregularidades verificadas.
No caso da empresa DVA Agro, a fiscalização na fábrica da empresa em Ituverava (SP) identificou adulteração na formulação do agrotóxico Zaphir. A empresa também foi autuada.
Fonte: ANVISA. Leia mais.
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