O conhecimento da Toxicologia transpõe os diferentes contextos de uso das substâncias químicas propugnando pela segurança, seja no planejamento de formas de uso, seja no planejamento de intervenções em emergências. Numa situação em que há uma emergência química, para que seja realizada uma intervenção efetiva é essencial o conhecimento sobre a substância, suas características físico-químicas e toxicológicas, informações sobre a toxicidade (toxicodinâmica). Tais informações nem sempre estão disponíveis para todos os agentes químicos.
Entre as situações emergenciais tem sido crescente a preocupação quanto ao emprego de agentes químicos em atentados terroristas, como, também, em confrontos de guerra. Os agentes químicos de guerra são definidos como qualquer substância química cujas propriedades tóxicas são utilizadas com a finalidade de matar, ferir ou incapacitar algum inimigo na guerra ou associado a operações militares. A guerra química talvez seja tão antiga quanto a própria história das guerras na humanidade, mas foi a partir da Primeira Guerra Mundial que estas armas ganharam a conotação de armas de destruição em massa, pois foram amplamente utilizadas com a finalidade de provocar injúrias e/ou mortes.
Nos Estados Unidos, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), incluiu em seu plano a utilização da tecnologia (Q)SAR (Quantitative Structure-Activity Relationship) para a avaliação de substâncias para as quais não há informação disponível, tendo organizado uma lista de substâncias críticas (chamada de Chemical Terrorism List). A tecnologia (Q)SAR pode fornecer, em poucas horas, resultados que, por outras vias, demorariam meses ou anos, sendo importante ferramenta em situações emergenciais, tais quais atentados ou acidentes químicos.
Em reposta a uma solicitação urgente do congresso americano, quanto à toxicidade do 2-cloro-fluorofenol (agente químico liberado em uma fábrica de Nova York), foi realizada uma análise (Q)SAR pela ATSDR (Agency for Toxic and Disease Registry), que trouxe informações de que o agente tinha potencial de sensibilização dérmica, mas sem potencial de carciongenicidade ou de toxicidade para reprodução, sendo tais resultados fornecidos ao Departamento de Estado de Nova York.
A ATSDR tem assumido os mais recentes avanços da Toxicologia Computacional para a proteção da saúde pública, para o fornecimento de informações para a prevenção de substâncias tóxicas, incluindo agentes potencialmente utilizados em atentados e situações de guerra. Estes compostos podem provocar a morte das pessoas expostas e também injúrias, tanto físicas quanto psíquicas. A pesquisa de cunho toxicológico pela busca de novos agentes químicos de guerra prossegue e tende a se avolumar.
FONTES:
1- ATSDR - Agency
for Toxic and Disease Registry. Computational Toxicology and
Methods Development Laboratory (CompTox Lab). Disponível em: <http://www.atsdr.cdc.gov/dtem/programs/comptox/index.html>
acesso em 25 de novembro de 2011.
2- CDC-Centers for Disease Control and Prevention. ATSDR Studies How Chemicals Affect Our Health.Disponível em:
<http://www.cdc.gov/Features/Chemicals/> acesso em 25 de novembro de 2011.
2- CDC-Centers for Disease Control and Prevention. ATSDR Studies How Chemicals Affect Our Health.Disponível em:
<http://www.cdc.gov/Features/Chemicals/> acesso em 25 de novembro de 2011.
Fonte: Intertox. Leia mais.
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