terça-feira, 31 de outubro de 2017

Envenenamento é tema de palestras do Ciave para Militares do Corpo de Bombeiros

Nessa segunda-feira (30/10) 60 cabos do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), alunos do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos – CAS, tiveram palestra sobre animais peçonhentos e atendimento ao paciente intoxicado ministrada por Edilúcia Salomão, enfermeira do Centro de Informações Antiveneno (Ciave), no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças – CFAP-BM, em Simões Filho.

O CAS possui uma carga horária 600 horas e visa atualizar esses militares nos conhecimentos de combate a incêndio, modalidades de  salvamento (terrestre, aquático, etc.) e socorrismo.
Já na manhã de hoje (31/10), o Ciave recebeu a visita de 47 alunos do Curso de Formação de Oficiais Auxiliares do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, que tiveram a oportunidade de conhecer as instalações do Centro, considerado referência para a Região Nordeste.

Às 9 horas foi iniciada palestra sobre animais peçonhentos e plantas tóxicas para esses alunos, ministrada por Jucelino Nery, farmacêutico e coordenador técnico do Ciave, no auditório principal do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). Na abertura do evento, o Tenente-Coronel Antônio Júlio Nascimento Silva, coordenador de saúde do Corpo de Bombeiros, ressaltou a importância do Ciave, serviço da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), na orientação à população e aos profissionais de saúde no que diz respeito à prevenção, diagnóstico e tratamento de envenenamentos.

O TC Júlio relatou experiência vivida por ele quando da condução de uma criança vítima de ingestão de bolinhas de naftalina a uma unidade de saúde, quando foi feito contato com o Ciave e este orientou o médico da unidade de emergência quanto à adequada conduta para aquela situação. A naftalina tem rápida absorção por via oral e pode provocar intoxicação grave.

A palestra foi iniciada abordando os mitos que permeiam o imaginário da população no que diz
respeito aos acidentes por animais peçonhentos como a morte nas primeiras horas após picada; o uso de torniquete; a sucção no local da picada; a utilização de fumo, alho, querosene e outras condutas. Jucelino Nery alertou que estas medidas são contraindicadas e podem levar um risco maior para a vítima do acidente.

Com mais de 10.000 casos por ano na Bahia, os acidentes por animais peçonhentos constituem um problema de saúde pública e o conhecimento adequado quanto às medidas preventivas, de primeiros socorros, diagnóstico e tratamento corretos podem reduzir significativamente o número de ocorrências e sequelas. Segundo o farmacêutico do Ciave, só com a utilização de botas de cano alto ou de perneiras é possível reduzir em mais de 60% a probabilidade de picada por serpentes.
Abordou-se também os acidentes por escorpiões, aranhas, abelhas e outros animais venenosos, além de plantas tóxicas como a espirradeira, comigo-ninguém-pode, mamona, coroa-de-cristo e outras.

Ao final do evento, o TC Júlio agradeceu a realização da palestra e ressaltou que os 47 alunos ali presentes serão multiplicadores destas importantes informações. Agradeceu também ao diretor do HGRS por ter cedido o auditório para a realização do evento. Logo após, os militares tiveram a oportunidade de conhecer alguns exemplares de animais venenosos, que estavam expostos no auditório e, em seguida, foram visitar o Ciave.

O Ciave completou, no dia 30 de agosto, 37 anos de existência e tem recebido, ao longo desse período, o reconhecimento da importância e qualidade do seu serviço por diversas instituições. A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) o considerou como modelo de centro de informação e assistência toxicológica para os países em desenvolvimento. Recentemente, através da Moção nº 20.894/2017, da Assembléia Legislativa da Bahia (ALBA), a Deputada Fabíola Mansur congratulou o Centro pelo seu aniversário e o parabenizou pelo “trabalho sério e comprometido com a saúde pública ao longo destes 37 anos”.

Fonte: Ciave.

domingo, 29 de outubro de 2017

Consumo de metanol mata sete pessoas no Equador

Sete pessoas morreram e duas permanecem em estado crítico após a ingestão de álcool para uso industrial em Quito, informou o ministério equatoriano da Saúde.
O ministério informou em um comunicado que um alerta sobre casos suspeitos de intoxicação por consumo de álcool metílico (metanol) permitiu estabelecer nove casos, com sete mortes em 24 horas e dois pacientes em estado crítico com prognóstico reservado.
"Ficou evidente que os pacientes consumiram o álcool nas últimas 72 horas", afirma o comunicado. As autoridades presumem que a bebida foi adquirida em um comércio ilegal, no centro da capital equatoriana.
As autoridades investigam se outras duas pessoas morreram pelo mesmo motivo, segundo o texto.
O ministério pediu à população que não consuma licor de procedência duvidosa.
Em 2011 foram registrados pelo menos 164 casos de intoxicação metanol no Equador, com 50 vítimas fatais.

Fonte: JC Online.

Estudantes de colégio estadual em Salvador são picados por abelhas

Estudantes do Colégio Estadual Professor Carlos Santana, no bairro de Amaralina, em Salvador, foram atacados por abelhas na tarde da sexta-feira (27). De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), nove adolescentes ficaram feridos. No entanto, a Secretaria de Educação do Estado (SEC) informou que oito alunos foram picados pelas abelhas. O avô de uma das vítimas disse que o neto de 14 anos foi atacado quando estava em sala de aula. "Ele ficou com cinco ferrões no corpo. Já foram tirados e ele passa bem", disse Alberto Possas.

Ainda segundo o Samu, oito dos adolescentes foram atendidos no local e tiveram os ferrões retirados. Os estudantes foram medicados e liberados. Conforme o Samu, apenas uma adolescente de 13 anos foi encaminhada para o Hospital Naval para receber atendimento médico e ficar em observação, mas ela passa bem.

Por meio de nota, SEC informou que prestou assistência imediata aos estudantes, acionando o Samu e convocando familiares. Informou ainda que conforme orientação do Corpo de Bombeiros, contratou uma empresa para a retirada da colmeia e disse que o serviço deve ser realizado imediatamente.

Não há detalhes se os estudantes estavam em sala de aula ou em algum pátio da escola quando foram picados.

Fonte: G1.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Anvisa reitera razões para proibir aditivos em cigarros

Está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta (25/10), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4874, que questiona a legitimidade da Anvisa para a proibição do uso de aditivos nos produtos fumígenos derivados do tabaco.

Deve-se ressaltar que o que está em debate nesta ADI não é o banimento do cigarro, mas se a Anvisa, no estrito cumprimento de sua função legal, pode proibir que a indústria do tabaco utilize aditivos que têm um único objetivo: disfarçar o sabor do tabaco e, assim, facilitar a iniciação de adolescentes ao tabagismo.

Tais aditivos têm tão somente a função de mascarar sabores, odores e sensações ruins em cigarros e outros produtos fumígenos, com o objetivo de fazer com que os usuários utilizem cada vez mais estes produtos.

Ao longo dos anos, o Brasil tem avançado no controle dos produtos fumígenos derivados do tabaco e também no combate ao tabagismo. Este avanço foi possível por meio da adoção de diversas medidas normativas, sendo uma das primeiras a Lei 9.294, de 15 de julho de 1996, que restringiu a propaganda e uso destes produtos.

Em 2003, o Brasil tornou-se signatário da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) da Organização Mundial da Saúde (OMS), cuja internalização no país ocorreu por meio do Decreto nº 5.658/2006. Esta Convenção, que conta atualmente com 181 Estados-Partes, objetiva a adoção de medidas conjuntas para o controle dos produtos derivados do tabaco e combate mundial ao tabagismo.

O Decreto estabelece a necessidade de se tomar medidas para combater a iniciação e apoiar a cessação do consumo do tabaco e reforça que estas ações sejam embasadas em provas científicas, tendo por objetivo a redução do tabagismo.

O Brasil e os demais países que aderiram ao CQCT firmaram o compromisso que “não se justifica permitir o uso de ingredientes, tais como agentes flavorizantes, o que ajuda a tornar os produtos de tabaco atraentes” e há recomendações para que os países proíbam ou restrinjam o uso, nos produtos de tabaco, de ingredientes que aumentem a palatabilidade, que atribuam coloração, que causem falsa impressão de benefício à saúde e que sejam estimulantes.

Em cumprimento às determinações da CQCT, a Anvisa publicou a RDC nº 14, de 15 de março de 2012, que dispôs sobre os limites máximos de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono nos cigarros, proibiu o uso de palavras como “light”, “suave”, “soft”, dentre outras, e restringiu o uso de substâncias aditivas nos produtos fumígenos derivados do tabaco, permitindo somente a utilização dos aditivos indispensáveis ao processo produtivo.

Apesar da publicação do regulamento da Anvisa, o uso de aditivos ainda é permitido no país por força de liminar concedida mediante a solicitação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da ADI a ser julgada no STF.

Para justificar a RDC nº 14/2012, a Anvisa publicou a Nota Técnica nº 10/2013, que apresenta argumentos detalhados para todas as alegações feitas por meio da ADIN. Dentre elas, é possível destacar:

·         O uso de substâncias broncodilatadoras com o objetivo de aumentar a absorção de nicotina pelos brônquios e, consequentemente, o seu potencial de causar dependência;

·         O emprego de substâncias que inibem o metabolismo da nicotina, deixando-a mais tempo presente na circulação sanguínea e fazendo com que o seu efeito seja intensificado;

·         A utilização de substâncias anestésicas para a diminuição da irritação das vias aéreas; e

·         O uso de substâncias que mascaram o sabor e odor ruim do produto, bem como a irritação causada pela fumaça do cigarro, tornando-o mais palatável.

Corroborando com as informações já apresentadas pela Anvisa, a Organização Mundial da Saúde publicou, em 2014, um documento no qual reafirma e apresenta evidências científicas de que o uso de algumas substâncias aditivas tem como finalidade o aumento do poder de causar dependência dos produtos derivados do tabaco.

São elas: a amônia (aumenta a nicotina livre e mascara o gosto ruim do produto), o eugenol e o mentol (provocam analgesia e menor irritabilidade para que haja uma maior aspiração da fumaça e disponibilidade de nicotina nos pulmões).

Menciona também os aditivos como substâncias intencionalmente adicionadas aos produtos com o objetivo de aumentar a palatabilidade, melhorar a aparência, criar falsa sensação de benefício à saúde, bem como de aumentar a energia e vitalidade.

Do STF, a Anvisa espera o reconhecimento de que tais medidas contra o uso de aditivos nos produtos fumígenos objetivam a proteção à saúde, dentro das prerrogativas legais da Agência, e que se possa, nesse caso concreto, impedir que crianças e adolescentes sejam atraídas para o cigarro.

Fonte: Anvisa.

Importação de padrões analíticos ganha regra mais ágil

Já estão publicadas as novas regras para importação e exportação de padrões analíticos à base de substâncias controladas. A nova resolução estabelece que a importação e a exportação de padrões analíticos de algumas substâncias sujeitas a controle somente nacional não precisar da Autorização de Importação (AI) e Autorização de Exportação (AEX).
A regulamentação está na RDC 186/2017.
Nos casos de dispensa de autorização de importação ou de exportação, a quantidade do ativo sujeito a controle especial não pode passar de 500mg por unidade, à base das substâncias sujeitas a controle somente nacional. Isso inclui aquelas que são controladas no Brasil, mas que não são objeto de controle internacional por não constarem nas listas de controle da ONU, que inclui os textos das Convenções de 1961, 1971 e 1988.
A importação continua sujeita aos Procedimentos 1 e 1A descritos na RDC n° 81/2008, inclusive no que diz respeito aos pontos de entrada no Brasil. Porém, com a nova regra, não será mais necessário apresentar a Autorização de Importação (AI) para conclusão do processo de importação e nem realizar peticionamento no sistema de Autorização de Importação para os padrões analíticos isentos.
Caso o país exportador exija a apresentação de documento, deve-se solicitar à Anvisa uma declaração informando sobre a isenção.
Amostras de qualquer natureza, bem como padrões analíticos à base das demais substâncias não estão cobertas pela isenção e devem continuar seguindo os ritos já estabelecidos para os procedimentos de importação e exportação.
A decisão simplifica os processos de exportação e importação de padrões analíticos, permitindo acesso mais fácil a produtos necessários para as análises em pesquisas, identificação de drogas, controle de dopagem, dentre outras atividades.

Fonte: Anvisa.

Trump vai declarar crise de opioides emergência nacional

Foto: AFP/Yahoo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira que reunirá seus conselheiros para declarar oficialmente a crise dos opioides uma "emergência nacional".

"Vamos ter uma grande reunião sobre os opioides amanhã", disse Trump a jornalistas na Casa Branca.

"Teremos uma importante reunião em algum momento em breve sobre os opioides para declarar uma emergência nacional, o que nos dará o poder para fazer coisas que agora não podemos fazer".

Uma comissão designada por Trump para investigar a situação realizou uma "recomendação urgente" para que o presidente declarasse emergência nacional sob a Lei do Serviço de Saúde Pública, também conhecida como Lei Strafford.

"Esta declaração dará poder ao gabinete para adotar medidas audazes e forçará o Congresso a se dedicar a conseguir verbas e a empoderar o Executivo para que possa evitar esta perda de vidas".
A Lei Stafford concede ao governo federal a autoridade para oferecer ajuda aos Estados para enfrentar grandes desastres e emergências.

Segundo a comissão, 142 americanos morreram diariamente de overdose em 2015, superando o número de óbitos em acidentes de trânsito ou por crimes com armas de fogo nos EUA.
Dois terços destas mortes por overdose em 2015 foram decorrentes do uso de opioides como Percocet, OxyContin, heroína e fentanil, revelou a comissão.

Fonte: Yahoo.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

10º Congresso de Toxicologia em Países em Desenvolvimento

A Serbian Society of Toxicology (SETOX) e a International Union of Toxicology (IUTOX) anunciam a disponibilidade de prêmios de bolsa para participar do 10º Congresso de Toxicologia em Países em Desenvolvimento (CTDC10). A reunião será realizada em Belgrado, Sérvia, de 18 a 21 de abril de 2018.

Os premiados podem ser cientistas juniores ou seniores de um país onde a Toxicologia está sub-representada e que tenha um programa de pesquisa ativo ou atualmente ativo na prática da Toxicologia.

 Os pedidos de prêmios devem ser recebidos até 15 de novembro de 2017. Os beneficiários dos prêmios anteriores de 2014, 2015, 2016, 2017 ou 2018 TIC, CTDC ou outras Bolsas da IUTOX não são elegíveis para candidatar-se. Os premiados serão notificados em dezembro de 2017. Os prêmios serão emitidos na reunião do CTDC10.

A submissão de resumos de trabalhos encontra-se aberta e o Programa Científico Preliminar já está disponível, podendo ser conferido clicando aqui.

Fonte: SBTox e SETOX.

Novas drogas ilícitas em discussão na ONU


Conferência sobre NSP e Consulta de Especialistas terão a presença da Agência.
A Anvisa participa, nos dias 23, 24 e 25 de outubro, de dois eventos para discutir novas drogas: a V Conferência Internacional sobre Novas Substâncias Psicoativas (NSP) e a IV Consulta de Especialistas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC/OMS). 
A V Conferência Internacional sobre NSP visa compartilhar, a nível internacional, conhecimento acerca do assunto. A ONU enviou convite para a Anvisa palestrar sobre a experiência brasileira com a legislação relacionada às NSPs, especialmente no que diz respeito à classificação genérica de substâncias, adotada no Brasil desde 2016, em alinhamento às principais estratégias internacionais. 
Já a IV Consulta de Especialistas do UNODC/OMS reúne especialistas na classificação de produtos controlados. Sua produção subsidia as proposições do Expert Committee on Drug Dependence (ECDD/OMS), que é responsável por avaliar e recomendar à Comissão de Narcóticos (CND/ONU) a classificação de novas substâncias em tratados internacionais. 
As reuniões acontecerão na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Viena-AUT. A participação da Anvisa nos eventos vai preparar a Agência para organizar o próximo encontro regional sobre NSP, que ocorrerá em Brasília-DF. 

O que são NSP? 
Novas Substâncias Psicoativas (NSP) são moléculas desenhadas, na maioria das vezes, para fins ilícitos e com o objetivo de evadir as medidas de controle nacional e internacionalmente aplicadas às substâncias já controladas, das quais derivam ou mimetizam os efeitos. 
Mais de 100 países e territórios de todas as regiões do mundo já reportaram o aparecimento de pelo menos uma NSP ao Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). De 2009 a 2016, foi reportada a identificação de 739 substâncias, o que leva à média de aparecimento de uma nova substância por semana.

Fonte: Anvisa.

sábado, 21 de outubro de 2017

O tema “Acidentes com animais peçonhentos” é abordado em seminário da Uneb

O tema animais peçonhentos integrou a programação do I Simpósio de Emergências e Primeiros Socorros da LAEPS (Liga Acadêmica de Emergências e Primeiros Socorros), nessa sexta-feira (20/10), evento este promovido pela LAEPS, da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), com apoio da Pró-reitoria de Extensão (Proex).

A enfermeira Edilúcia Salomão, do Centro de Informações Antiveneno, abordou em sua palestra intitulada “Acidentes com animais peçonhentos: o que há de novo?” um pouco sobre  a epidemiologia desses agravos no Estado, as características dos acidentes, as noções de primeiros socorros e as condutas gerais no atendimento às vítimas em unidades de urgência e emergência.

Segundo Edilúcia Salomão, “é muito importante capacitar os estudantes para os primeiros cuidados a uma vítima de acidente por animal peçonhento, assim como os demais agravos/doenças, pois isto permitirá que eles possam contribuir para a diminuição de sequelas e óbitos decorrentes desses eventos”.

Em 2016 foram registrados na Bahia a ocorrência de 15.251 casos de acidentes por animais peçonhentos, onde 68,5% foram por escorpiões, as serpentes contribuíram com 17,9%, e as abelhas e aranhas com 4,9% e 3,6%, respectivamente. O Ciave, no mesmo ano, atendeu 2.712 casos desse tipo de agravo, o que correspondeu a 52,6% de todos os atendimentos do Centro.

Além da palestra, foi feita uma exposição de espécimes dos animais peçonhentos mais frequentemente envolvidos em acidentes, o que permitiu aos acadêmicos e profissionais visualizarem as características desses animais, o que pode contribuir para a sua identificação quando do atendimento de uma ocorrência, contribuindo para uma conduta mais adequada a cada caso.

O Simpósio, que iniciou ontem (20/10) e vai até hoje (21/10), acontece no auditório do Departamento de Ciências da Vida (DCV I), no Campus I da UNEB, em Salvador, tem como objetivo ampliar e aprofundar debates e compartilhar experiências vivenciadas no campo dos atendimentos pré-hospitalares, visando a capacitação de estudantes e profissionais da saúde.

Fonte: Ciave.

O Ciave promove o II Curso de Intervenção Multidisciplinar na Atenção a Pessoas em Risco de Suicídio

O Centro de Informações Antiveneno (Ciave), através do seu Núcleo de Estudo e Prevenção de Suicídio (NEPS), realizou na quarta-feira (18/10) o II Curso de Intervenção Multidisciplinar na Atenção a Pessoas em Risco de Suicídio, no auditório da Faculdade Baiana de Medicina e Saúde Pública, no Campus do Cabula.

Este curso faz parte da primeira etapa do Projeto de Prevenção do Suicídio/Bahia, elaborado pelo NEPS/CIAVE, que tem como principais ações previstas a implantação de 10 Núcleos Regionais de Estudo e Prevenção do Suicídio - NEPS/Regional, seguindo o modelo do NEPS Estadual, e a implantação de um Programa de Educação Permanente. O evento teve como público alvo os profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da capital. Para os profissionais do interior do Estado, o treinamento ocorrerá a partir do próximo ano.

Segundo a psicóloga e psicanalista Soraya Carvalho, idealizadora e coordenadora do NEPS, a capacitação tem como principal objetivo oferecer informações teóricas e práticas sobre o suicídio e discutir manejos técnicos do paciente em risco de suicídio nas diversas áreas da assistência: psicologia, psiquiatria, terapia ocupacional, enfermagem, serviço social, dentre outras, visando instrumentalizar os profissionais da saúde mental a desenvolverem uma abordagem com esses pacientes, "baseada em valores técnicos e éticos, livre dos tabus e preconceitos que envolvem a temática do suicídio em nossa sociedade".

O Programa de Prevenção do Suicídio prevê também a realização de cursos para profissionais da saúde geral e da atenção básica, com o objetivo de capacitá-los a identificar as pessoas em situações de risco, através da identificação dos fatores de risco, bem como dos sinais e sintomas envolvidos no suicídio, possibilitando o diagnóstico precoce e encaminhamento para tratamento especializado. Em um segundo momento esses cursos serão disponibilizados para educadores, policiais, bombeiros, etc.


O CIAVE, que é o centro de referência estadual em Toxicologia, registrou no primeiro semestre desse ano a ocorrência de 434 casos de tentativa de suicídio na Bahia, dos quais seis resultaram em óbito.

De acordo com a coordenadora do NEPS, metade das pessoas que cometem suicídio realiza anteriormente ao menos uma tentativa de suicídio, sendo esta um dos principais fatores de risco de suicídio. Por essa perspectiva, a abordagem, o tratamento e o cuidado dispensados ao sujeito que atenta contra a própria vida se configuram como estratégias determinantes na prevenção de novas tentativas e do ato consumado.

Fonte: Ciave.

Prevenção do câncer de mama é tema de palestra no Ciave

Como parte das ações referentes à campanha Outubro Rosa, o Centro de Informações Antiveneno (Ciave) promoveu nessa quinta-feira (19), no auditório da Unidade, a palestra ministrada por Maristela Viana Maciel, tendo como público alvo os servidores, estagiários, usuários e convidados.

Maristela começou a fazer trabalho voluntário depois de conhecer o Núcleo de Apoio às Pessoas com Câncer (NASPEC), pois enfrentou os problemas decorrentes da doença. A partir de então, ela tem participado ativamente da campanha “Outubro Rosa” com suas palestras, através do relato da sua história e alertando para a importância do diagnóstico precoce do câncer, considerada uma doença silenciosa.

Segundo Maristela, além do câncer, já enfrentou muitos problemas de saúde, tendo sido submetida a 12 cirurgias, mas ainda assim não perde o ânimo pela vida. Além disso, ela ressalta que durante todo o ano deve-se lembrar da realização dos exames para diagnóstico do câncer de mama. Lembra que o seu câncer foi descoberto no estágio inicial, o que possibilitou a cura.

Ao longo do mês, o Ciave tem distribuído material informativo sobre a prevenção do câncer de mama, não só na Unidade mas, também, em todos os eventos por ele realizado.

Fonte: Ciave.

PARA é incluído em programa de monitoramento da OMS

Dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos da Anvisa serão utilizados por sistema global de monitoramento e avaliação da exposição de contaminantes em alimentos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu os dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da Anvisa no programa Gems Food, responsável por manter o sistema global de monitoramento e avaliação da exposição de contaminantes em alimentos. O sistema recebe informações de 35 centros de colaboração, distribuídos em 28 países, referentes ao consumo de alimentos e exposição a resíduos de agrotóxicos, contaminantes, drogas veterinárias e outras substâncias presentes nos alimentos. A Anvisa é um desses centros de colaboração.

A OMS destacou em mensagem encaminhada à Agência que com esta inclusão dos dados do Brasil, as Américas passaram a ser os primeiros provedores de dados da Gems, antes mesmo da Europa.

Por intermédio dessas informações, o sistema oferta dados para países e órgãos de assessoria científica dos Comitês do Codex Alimentarius. Esses órgãos são responsáveis pela condução da avaliação do risco com a finalidade de garantir que os limites máximos de resíduos em alimentos comercializados no mercado internacional são seguros para o consumo.

Em fevereiro de 2017, os países membros do Codex foram convidados a submeterem dados sobre a ocorrência de 64 substâncias em alimentos, entre as quais, 49 são agrotóxicos com Dose de Referência Aguda estabelecida no âmbito do Codex e seis têm uso como agrotóxico e droga veterinária.

A Anvisa encaminhou dados de resíduos de 32 agrotóxicos referentes a 19.230 amostras de 25 alimentos diferentes coletados pelo PARA entre 2010 e 2015. No total foram encaminhados à OMS 404.059 resultados analíticos, sendo que, em 6.445 amostras, foram quantificados resíduos.

O PARA é resultado de uma ação entre Anvisa, Vigilâncias Sanitárias locais e Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). O objetivo do programa é monitorar resíduos de agrotóxicos nos alimentos que chegam à mesa do consumidor, visando reduzir eventuais riscos à saúde. Os resultados do PARA subsidiam medidas a serem tomadas quanto às irregularidades encontradas e possibilitam a avaliação e mapeamento das situações em que os resíduos de agrotóxicos nos alimentos possam representar risco à saúde da população brasileira.

Fonte: Anvisa.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Anvisa reitera razões para proibir aditivos em cigarros

Foto: Anvisa.
Está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta (19/10), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4874, que questiona a legitimidade da Anvisa para a proibição do uso de aditivos nos produtos fumígenos derivados do tabaco.

Deve-se ressaltar que o que está em debate nesta ADI não é o banimento do cigarro, mas se a Anvisa, no estrito cumprimento de sua função legal, pode proibir que a indústria do tabaco utilize aditivos que têm um único objetivo: disfarçar o sabor do tabaco e, assim, facilitar a iniciação de adolescentes ao tabagismo.

Tais aditivos têm tão somente a função de mascarar sabores, odores e sensações ruins em cigarros e outros produtos fumígenos, com o objetivo de fazer com que os usuários utilizem cada vez mais estes produtos.

Ao longo dos anos, o Brasil tem avançado no controle dos produtos fumígenos derivados do tabaco e também no combate ao tabagismo. Este avanço foi possível por meio da adoção de diversas medidas normativas, sendo uma das primeiras a Lei 9.294, de 15 de julho de 1996, que restringiu a propaganda e uso destes produtos.

Em 2003, o Brasil tornou-se signatário da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) da Organização Mundial da Saúde (OMS), cuja internalização no país ocorreu por meio do Decreto nº 5.658/2006. Esta Convenção, que conta atualmente com 181 Estados-Partes, objetiva a adoção de medidas conjuntas para o controle dos produtos derivados do tabaco e combate mundial ao tabagismo.

O Decreto estabelece a necessidade de se tomar medidas para combater a iniciação e apoiar a cessação do consumo do tabaco e reforça que estas ações sejam embasadas em provas científicas, tendo por objetivo a redução do tabagismo.

O Brasil e os demais países que aderiram ao CQCT firmaram o compromisso que “não se justifica permitir o uso de ingredientes, tais como agentes flavorizantes, o que ajuda a tornar os produtos de tabaco atraentes” e há recomendações para que os países proíbam ou restrinjam o uso, nos produtos de tabaco, de ingredientes que aumentem a palatabilidade, que atribuam coloração, que causem falsa impressão de benefício à saúde e que sejam estimulantes.

Em cumprimento às determinações da CQCT, a Anvisa publicou a RDC nº 14, de 15 de março de 2012, que dispôs sobre os limites máximos de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono nos cigarros, proibiu o uso de palavras como “light”, “suave”, “soft”, dentre outras, e restringiu o uso de substâncias aditivas nos produtos fumígenos derivados do tabaco, permitindo somente a utilização dos aditivos indispensáveis ao processo produtivo.

Apesar da publicação do regulamento da Anvisa, o uso de aditivos ainda é permitido no país por força de liminar concedida mediante a solicitação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da ADI a ser julgada no STF.

Para justificar a RDC nº 14/2012, a Anvisa publicou a Nota Técnica nº 10/2013, que apresenta argumentos detalhados para todas as alegações feitas por meio da ADIN. Dentre elas, é possível destacar:

·         O uso de substâncias broncodilatadoras com o objetivo de aumentar a absorção de nicotina pelos brônquios e, consequentemente, o seu potencial de causar dependência;

·         O emprego de substâncias que inibem o metabolismo da nicotina, deixando-a mais tempo presente na circulação sanguínea e fazendo com que o seu efeito seja intensificado;

·         A utilização de substâncias anestésicas para a diminuição da irritação das vias aéreas; e

·         O uso de substâncias que mascaram o sabor e odor ruim do produto, bem como a irritação causada pela fumaça do cigarro, tornando-o mais palatável.

Corroborando com as informações já apresentadas pela Anvisa, a Organização Mundial da Saúde publicou, em 2014, um documento no qual reafirma e apresenta evidências científicas de que o uso de algumas substâncias aditivas tem como finalidade o aumento do poder de causar dependência dos produtos derivados do tabaco.

São elas: a amônia (aumenta a nicotina livre e mascara o gosto ruim do produto), o eugenol e o mentol (provocam analgesia e menor irritabilidade para que haja uma maior aspiração da fumaça e disponibilidade de nicotina nos pulmões).

Menciona também os aditivos como substâncias intencionalmente adicionadas aos produtos com o objetivo de aumentar a palatabilidade, melhorar a aparência, criar falsa sensação de benefício à saúde, bem como de aumentar a energia e vitalidade.

Do STF, a Anvisa espera o reconhecimento de que tais medidas contra o uso de aditivos nos produtos fumígenos objetivam a proteção à saúde, dentro das prerrogativas legais da Agência, e que se possa, nesse caso concreto, impedir que crianças e adolescentes sejam atraídas para o cigarro.

Fonte: Anvisa.

Toxina provoca interdição no cultivo de moluscos em SC e consumo e venda são proibidos

Retira, venda e consumo de moluscos estão proibidos
(Foto: Epagri/Divulgação)
A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca interditou o cultivo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões em todo o litoral de Santa Catarina nesta quinta-feira (19). O motivo foi a presença de uma toxina paralisante, encontrada em Porto Belo, no Litoral Norte. Com a interdição, ficaram proibidas a retirada, venda e o consumo de moluscos.

A toxina paralisante foi detectada em exames laboratoriais tanto da água quanto de moluscos em cultivos da localidade de Ilha João da Cunha. Segundo a secretaria, o litoral catarinense foi interditado como forma de prevenção. A presença da toxina na água não representa risco aos banhistas.

Toxina
De acordo com a pasta, a toxina pode causar diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais e perda de sensibilidade nas extremidades do corpo. Em casos mais graves, pode causar paralisia generalizada e morte por falência respiratória.

A Secretaria de Agricultura alerta que essas toxinas não são degradadas com o cozimento ou o processamento dos alimentos. Como os moluscos são filtradores, independentemente de serem cultivados ou não, podem acumular as toxinas.

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) faz coletas de monitoramentos das áreas de produção de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões. Os resultados dessas análises vão definir a liberação ou não das interdição das áreas afetadas.

Microalgas
O representante do Laboratório Oficial de Análise de Resíduos e Contaminantes em Recursos Pesqueiros (Laqua-Itajaí/IFSC) Luis Proença explicou que microalgas que vivem na água são a principal fonte de alimento para seres vivos marinhos. Em condições ambientais favoráveis, elas podem se tornar numerosas.

A maioria das microalgas é benéfica, porém alguns espécies produzem toxinas que podem ser acumuladas por seres filtradores, como os moluscos bivalves. Neste caso, algumas espécies do gênero Alexandrium produzem neurotoxinas causadoras da toxina paralisante. Quando elas são acumuladas pelos moluscos, podem causar intoxicação em humanos que os consumirem.
Conforme o representante do Laqua-Itajaí, a presença da toxina paralisante em moluscos no litoral de Santa Catarina é relativamente rara e a primeira detecção ocorreu em 1997.

Em 2013, 2014 e 2016, houve interdições do cultivo de moluscos no litoral catarinense. Em 2013, por causa de um vazamento de óleo no bairro Tapera, em Florianópolis. Em 2014 e 2016, por causa da presença de uma toxina produzida por algas do gênero Dinophysis, que pode causar intoxicação alimentar.


Fonte: G1.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Anvisa conclui reavaliação toxicológica do Carbofurano

Na Reunião Ordinária Pública da terça-feira passada (10/10), a Diretoria Colegiada da Anvisa (Dicol) finalizou a reavaliação toxicológica do ingrediente ativo Carbofurano, iniciada em 2008 e, desde então, estudada exaustivamente pela Agência e discutida com o setor regulado e a sociedade. A deliberação é pelo banimento do produto após seis meses de prazo para sua descontinuação nas culturas de banana, café e cana-de-açúcar.

O Carbofurano é inseticida, cupinicida, acaricida e nematicida com uso agrícola para aplicação em diversas hortaliças, frutas e grãos. O modo de ação do Carbofurano não é espécie-específico, afetando também espécies não-alvo, incluindo os seres humanos.

Proibição

Após publicação da resolução da Dicol, ficarão proibidos imediatamente todos os usos do Carbofurano, exceto para as culturas de banana, café e cana-de-açúcar, que terão um período de descontinuação de seis meses. Como medida de descontinuação, a produção, importação e comercialização de produtos à base do ingrediente ativo ficam proibidas após três meses, contados da data de publicação da resolução.

Após todas as análises realizadas, a Anvisa concluiu que o uso regular de Carbofurano resulta em níveis de resíduos em alimentos - e principalmente na água - que representam risco dietético agudo à população brasileira, de efeitos neurotóxicos, e tem potencial de causar toxicidade para o desenvolvimento de seres humanos nas condições reais de exposição, que incluem efeitos teratogênicos funcionais e comportamentais. Essas características se enquadram nos critérios proibitivos de registro da Lei 7802/1989, conhecida como a Lei dos Agrotóxicos, além da Lei 9782/1999, de criação da Anvisa.

Destaca-se que o risco inaceitável do Carbofurano à saúde da população a partir da exposição pela alimentação e pela água também foi o motivo da proibição desse ingrediente ativo no Canadá, nos Estados Unidos e na Europa, entre outros países. Portanto, a sugestão de proibição do uso do Carbofurano no Brasil está alinhada às conclusões das agências reguladoras mundiais sobre esse produto.

Fonte: Anvisa.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Projeto ajuda população a lidar com abelhas

Profissionais  treinados  estão  à  disposição  para  atender  a 
população.        (Foto: Projeto SOS Abelhas)
O projeto SOS Abelhas, uma iniciativa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), está oferecendo a moradores da zona urbana ou rural o serviço de captura de enxames nos municípios do Recôncavo sul. Com equipamentos e técnicas próprias para a atividade, a proposta é proteger as comunidades, bem como preservar as colmeias.

Segundo a professora Maria das Graças Vidal, coordenadora da iniciativa do Setor de Apicultura do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da UFRB, no município de Cruz das Almas (a 137 km de Salvador), a primavera e o verão são as principais estações de produção das colmeias.

Isto acontece nesta época, segundo a professora, por causa de maior disponibilidade de flores nativas e exóticas na região do Recôncavo baiano.

Floração
O pico da floração ocorre entre os meses de julho e outubro, fase também de reprodução das abelhas e do aparecimento de novos enxames.

Por vezes isso está sujeito a ocorrer em áreas urbanas e em locais muito próximos dos humanos, representando perigo de ataques com ferroadas.

"Sem experiência, muitas pessoas usam produtos impróprios para lidar com o surgimento de colmeias, como inseticidas e até fogo, visando espantar os insetos e, com isso, matam o enxame", disse a coordenadora do projeto, salientando que a formação de novos enxames ocorre em decorrência do instinto reprodutor das abelhas.

Maria das Graças Vidal ressalta que é preciso ficar atento aos sinais que indicam a presença de enxames. "Grupos de abelhas voando indicam que há pelo menos um enxame nas proximidades, bem como abelhas entrando e saindo de pequenas aberturas em paredes, telhados, armários ou troncos de árvores", ela ensina.

Ao confirmar a existência de um enxame, de acordo com a especialista, a população deve acionar serviço especializado.

Na região, além de espécies nativas encontradas em menor escala, a maioria dos enxames é formada por abelhas híbridas, resultado do cruzamento de europeias com africanas, que chegam a produzir até 20 kg de mel por safra, dependendo da disponibilidade de flores.

Serviço gratuito
As cidades atendidas pelo projeto são Cruz das Almas, Sapeaçu, Conceição do Almeida, Governador Mangabeira, Muritiba, São Félix e Cachoeira. Entretanto, desde que acionado previamente, para que a equipe planeje o deslocamento, o projeto também pode atender a outras localidades da região.

Fonte: A Tarde.

domingo, 15 de outubro de 2017

Atividades são realizadas pelo Ciave na "Semana da Criança"

Na Semana da Criança, o Centro de Informações Antiveneno (Ciave) participou de diversas ações
como parte da Campanha “Semana Criança Segura”.

No período de 09 a 11/10, técnicos do Centro realizaram, junto aos usuários do Hospital Geral Roberto Santos (ambulatório, enfermaria e emergência pediátrica), orientações sobre prevenção de acidentes envolvendo crianças, com distribuição de material informativo.

Na tarde do dia 10, representando o Ciave, a Dra. Carli Ventura participou do Seminário Criança Segura, realizado na Escola Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia, no Canela.

Já no dia 11 ocorreu a Audiência Pública sobre o tema “A Segurança das Crianças no Consumo de Produtos Infantis”, no auditório Emerson José, do Anexo da Câmara dos Veadores de Salvador. Neste evento, o farmacêutico Jucelino Nery explanou sobre “A Intoxicação Aguda em Crianças”. Segundo o representante do Ciave, a maioria (58%) das intoxicações registradas pelo Ciave ocorreu no ambiente doméstico. Destas ocorrências, 34% envolveram crianças, tendo como principais agentes os medicamentos, animais peçonhentos, domissanitários e produtos químicos.

A “Semana Criança Segura” foi instituída pela Rede de Consumo Seguro e Saúde (RCSS) com o objetivo de alertar a população para os riscos de acidentes envolvendo as crianças e promover a prevenção dessas ocorrências. Geralmente, as atividades antecedem o dia das crianças. Este ano, diversos órgãos e entidades integrantes desenvolveram ações relacionadas ao tema no período de 4 a 11 desse mês.

A Rede de Consumo Seguro e Saúde (RCSS) é resultado de um trabalho integrado dos países membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), constituindo-se uma ferramenta a serviço dos consumidores e autoridades da região para troca de experiências, difusão de informações e educação sobre segurança dos produtos e seu impacto na saúde.

A Bahia foi o primeiro estado da federação a implantar a RCSS, denominada RCSS-BA. Trata-se de uma articulação interinstitucional com o objetivo de promover o compartilhamento de informações referentes ao consumo seguro e a saúde, de modo a criar as bases de um sistema unificado, relacionado ao tema, no território do Estado da Bahia, além de estimular a disseminação da Educação para o Consumo seguro, fortemente influenciado pela cultura da prevenção.

A RCSS-BA foi formalizada através do Acordo de Cooperação Técnica nº 001 SJCDH/2014, assinado em 06 de Junho de 2014, fruto do compromisso inicialmente assumido pelo Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (IBAMETRO), Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) e Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (DIVISA) e, posteriormente, pelas adesões dos parceiros.

O Centro de Informações Antiveneno da Bahia (CIAVE-BA) passou a integrar a RCSS-BA em 2015 e atua como serviço sentinela para os casos de intoxicação envolvendo situação de consumo.

Confira as fotos da audiência pública clicando aqui.

Fonte: Ciave.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Ciave participa do IV Fórum dos CIATox em Goiânia

Neste domingo (08/10), ocorreu o IV Fórum dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) em Goiânia (GO), que teve como tema a “Avaliação do impacto dos Centros na qualificação da assistência toxicológica na Rede de Atenção à Saúde. O evento se deu no âmbito do XX Congresso Brasileiro de Toxicologia e foi promovido pela Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Abracit), com o apoio da Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTox).

Estiveram presentes representantes de diversos CIATox do país e do Ministério da Saúde (SAS e SVS). O Centro de Informações Antiveneno da Bahia (Ciave-BA) esteve representado por seu coordenador técnico e farmacêutico Jucelino Nery.

Após a abertura do Fórum pela atual presidente da Abracit, a farmacêutica Edna Maria Miello Hernandez (CCI São Paulo), diversos assuntos relevantes para os Centros foram discutidos: utilização pelos CIATox do sistema de registro DATATOX; elaboração das Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas para intoxicações por agrotóxicos no Brasil; protocolos de Acidentes por Animais Peçonhentos e a disponibilidade de Soro Antiveneno; a implementação dos CIATox como estabelecimentos de saúde integrantes da Rede de Atenção as Urgências e Emergências no âmbito do SUS; a construção dos parâmetros mínimos para o funcionamento dos CIATox e sua acreditação.

Fonte: CIAVE.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O Ciave leva o tema Acidentes por Animais Peçonhentos à CPRM

Nesta sexta-feira (06/10), técnicos do Serviço Geológico do Brasil (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM), empresa pública vinculada ao Ministério das Minas e Energia, tiveram a oportunidade de discutir sobre o tema "Acidentes por Animais Peçonhentos”, através da palestra do farmacêutico do Centro de Informações Antiveneno (Ciave), Jucelino Nery.

Foi realizada também uma exposição de exemplares de animais peçonhentos, coordenada pelo biólogo do Ciave, Alfredo Soares, com a participação de estagiárias da Unidade.

Como parte da Semana Interna de Prevenção de Acidentes – SIPAT da empresa, a apresentação foi realizada com o objetivo de capacitar o corpo técnico da CPRM para minimizar os riscos de acidentes por animais peçonhentos em suas atividades de campo.

Só em 2016 foram registrados na Bahia mais de 15.000 casos de acidentes envolvendo esse tipo de animal. Dentre estes casos, 1.356 (8,9%) foram relacionados ao trabalho. Os escorpiões constituem os principais agentes causadores destes acidentes (47,7%), seguidos das serpentes (42,6%), aranhas (3,2%) e abelhas (3,0%).

Fonte: Ciave.

Abordagem ao Paciente com Intoxicação Aguda é Discutida na I SAFAR

A “Abordagem ao Paciente com Intoxicação Aguda” foi um dos temas discutidos no âmbito da I Semana Acadêmica de Farmácia da UNEB (SAFAR-UNEB), nessa terça-feira (03/10).

O evento que aconteceu no período de 02 a 04 deste mês, no Campus I da UNEB, em Salvador, objetivou a integralidade e construção de novos conhecimentos na área Farmacêutica e teve como público alvo todos os estudantes do curso de Farmácia e áreas afins, profissionais, pesquisadores e técnicos administrativos da Universidade.

O Farmacêutico Jucelino Nery da Conceição Filho, coordenador técnico do Centro de Informações Antiveneno (Ciave), ressaltou a importância do primeiro atendimento ao intoxicado agudo na sobrevida e prevenção de complicações ou sequelas.

De acordo com Jucelino Nery, a intoxicação aguda constitui um importante problema de saúde pública, particularmente na faixa etária pediátrica. São registrados anualmente pelo Ciave cerca de 8.000 casos, onde os medicamentos constituem os principais agentes responsáveis por esse agravo, além dos animais peçonhentos.

Fonte: Ciave.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Exposição a agrotóxicos e acidentes por animais peçonhentos por trabalhadores agrícolas é discutido em Barreiras em evento da Renast-BA

O Centro de Informações Antiveneno (Ciave) esteve representado no Encontro Macrorregional Oeste da Renast-BA, realizado nos dias 27 e 28/10, em Barreiras. O evento foi promovido pela Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador (Divast), em parceria com os Núcleos Regionais de Saúde (NRS), Bases Regionais de Saúde (BRS), Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) e representantes do Controle Social da Macrorregional de Saúde do Oeste da Bahia.

O farmacêutico e coordenador técnico do Ciave, Jucelino Nery, foi um dos palestrantes e facilitadores do mini-curso “Vigilância de Ambientes e Processos de Trabalho Agrícola”, abordando a questão dos fatores de riscos nessa área, em especial os agrotóxicos e os acidentes por animais peçonhentos.

Participaram do Encontro técnicos dos NRS, BRS, Cerest, Divast, representantes da Vigilância em Saúde dos municípios da Macrorregião, Ministério do Trabalho e Emprego e do Controle Social, entre outros importantes atores integrantes de órgãos e instituições parceiras da Saúde do Trabalhador no âmbito macrorregional.

Fonte: CIAVE.