Uma nova iniciativa está em andamento para discutir a possibilidade de desenvolver soluções inovadoras que possam abordar os problemas associados à envenenamento por serpentes.
O evento interdisciplinar, que se realizará em Leiden, Países Baixos, em 21 e 22 de junho de 2018, tem como objetivo despertar a atenção para essa doença tropical devastadora e negligenciada e buscar soluções e ações internacionais sobre prevenção e tratamento decorrentes de envenenamento por picada de cobra (ofidismo).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recentemente adicionou o ofidismo em sua lista de doenças tropicais negligenciadas e está trabalhando com especialistas internacionais para desenvolver uma estratégia objetivando reduzir e controlar o ônus das lesões e as mortes causadas por esse agravo.
A estratégia da OMS visa priorizar ações e intervenções chaves com recursos adequados que possam melhorar substancialmente os resultados para os pacientes e suas comunidades. A estratégia está prevista para o final deste ano.
O envenenamento por picada de cobra é uma doença tropical negligenciada que causa a morte de 81.000-138.000 pessoas em todo o mundo a cada ano. Os acidentes por serpente afetam cerca de 5,5 milhões de pessoas por ano, principalmente em comunidades pobres de países de baixa a média renda em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Segundo a OMS, mais de metade das vítimas de ofidismo provavelmente precisarão de tratamento médico específico, incluindo a administração de antivenenos, cirurgias corretivas, próteses e reabilitação.
A OMS estima que cerca de 400 mil pessoas por ano permaneçam permanentemente incapacitadas após picadas de cobras, com muitas cicatrizes psicológicas, incapacitadas para o trabalho, se sustentar ou à sua família e, muitas vezes, com dívidas e estigmatização social.
A reunião de junho de 2018 em Leiden, Países Baixos, é intitulada "Snakebite - from Science to Society" (Picada de cobra - Da Ciência à Sociedade), e está sendo organizada pelo Naturalis Biodiversity Center. Ao invés de ser uma reunião científica formal, está sendo projetada como um fórum onde idéias inovadoras e soluções científicas podem ser discutidas e desenvolvidas entre um amplo grupo de partes interessadas das ciências, agências governamentais, sociedade civil e organizações de ajuda humanitária.
Fonte: OMS.
O CIATox-BA, denominado de Centro de Informações Antiveneno - CIAVE até novembro de 2019, atua na orientação, diagnóstico, terapêutica e assistência presencial de pacientes intoxicados, além de realizar atendimentos às pessoas com risco para tentativas de suicídio,análises toxicológicas de urgência, identificação de animais peçonhentos e plantas venenosas, manutenção e distribuição de antídotos e de soros antipeçonhentos para todo o estado. Contato: (71) 3103-4343.
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