Segundo o farmacêutico, os medicamentos constituem a segunda principal causa de intoxicação na Bahia, com cerca de 20% dos casos registrados pelo Ciave anualmente, seguidos pelos produtos de limpeza doméstica (domissanitários), sendo os animais peçonhentos a principal causa.
Em 2017, o Ciave registrou mais de 1.500 casos de intoxicação medicamentosa no Estado. Segundo dados preliminares do Centro, as principais causas foram as tentativas de suicídio (47%), os acidentes (37%), os erros de medicação (dose, preparação, troca de embalagem, etc.) e a automedicação.
Segundo Jucelino Nery, a maioria dos acidentes ocorre no ambiente doméstico (mais de 60%) e envolvem principalmente as crianças menores de 5 anos de idade.
Um outro grupo de risco que merece muita atenção são os idosos, que se tornam mais susceptíveis em virtude das mudanças biológicas decorrentes da idade, como na composição corpórea (aumento do pH gástrico, aumento do tecido adiposo, diminuição das proteínas plasmáticas, diminuição da capacidade de filtração pelos rins, diminuição da capacidade de metabolização, etc), além do fato de, comumente, fazerem uso crônico de vários medicamentos.
Jucelino Nery alerta ainda para os domissanitários, principalmente de produção caseira como os desinfetantes, em especial a água sanitária, que causaram mais de 300 intoxicações em 2017. Os principais fatores para estas ocorrências é o acondicionamento em embalagens reaproveitadas de refrigerantes e o fácil alcance das crianças.
Ouça a entrevista clicando aqui.
Fonte: Ciave.
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