Técnicos da Sesab e da Secretaria
de Saúde de Santo Amaro. |
A Secretaria
da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), através de diversos órgãos, acompanha
as ações referentes à implantação do Protocolo de Vigilância e Atenção à Saúde
da população exposta ao chumbo e outros metais no município de Santo Amaro, em
decorrência da contaminação pelos resíduos gerados na produção de uma fábrica
que funcionou, por mais de 30 anos, no município.
No dia 27/03, quarta-feira, técnicos do Centro
Antiveneno (Ciave), Diretoria de Vigilância Sanitária da (Divisa),
Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), Diretoria de Informação em
Saúde (DIS), Diretoria de Vigilância à Saúde do Trabalhador (Divast) e Diretoria
de Atenção Básica (DAB), reuniram-se em Santo Amaro-BA com a nova secretária de
saúde daquele município, a Sra. Mary Rocha, e sua equipe.
Técnicos reuniram-se durante todo o dia. |
Além da
secretária de saúde, estiveram presentes também os secretários Edson Muniz, da
Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Recursos Hídricos, e Augusto Cesar
Lago, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Serviços Públicos.
A reunião
realizada faz parte de uma série de reuniões que o Grupo de Trabalho Setor
Saúde-Santo Amaro (GTSS), da Sesab, vem realizando ao longo dos últimos meses
para apoiar a implantação e implementação das ações em saúde à população exposta
aos metais pesados em Santo Amaro.
A FÁBRICA
A fábrica, desativada em 1993, pertencia à Plumbum Comércio e Representações de Produtos Minerais
e Industriais, antiga Companhia Brasileira de Chumbo -
Cobrac (subsidiária de uma empresa francesa), e realizava o beneficiamento de
minérios, além de produzir barras (lingotes) de chumbo. Os rejeitos da produção
eram descartados de maneira inadequada, sendo que parte da escória ainda hoje está presente na área da antiga fábrica e outra foi utilizada na
pavimentação da cidade.
Alguns
estudos desenvolvidos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e outras
instituições nacionais e internacionais revelam que Santo Amaro é a cidade mais
poluída por chumbo no mundo e com vários ecossistemas degradados.
DECISÃO DA
JUSTIÇA FEDERAL
No dia 28
de fevereiro deste ano, a pedido do Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) através da ação civil pública nº 2003.33.00.000238-4,
a Justiça Federal determinou que a União e a Fundação Nacional de Saúde
(Funasa) promovam a implantação de um Centro de Referência para tratamento de
pacientes vítimas de contaminação por metais pesados, no prazo de seis meses, a
fim de reparar os danos sofridos por moradores – a partir da exposição a metais
como chumbo e cádmio – por causa do descarte indevido de resíduos.
No
entendimento do MPF, a União e a Funasa são corresponsáveis pelos danos, já que
foram omissas em relação aos problemas de saúde que acometeram 80% dos
habitantes de Santo Amaro, principalmente os ex-trabalhadores da mineradora.
O local onde ela funcionava a fábrica não foi
devidamente isolado, o que possibilita o acesso de pessoas e de animais na área
contaminada. Para evitar que a área seja acessada, a Justiça decretou a
intimação pessoal dos representantes da Plumbum para que, no prazo de 15 dias,
comprovassem providências para cercar a área, colocar avisos para a população
sobre o perigo de contaminação e elaborassem plano de permanência e revezamento
de vigilantes na entrada da antiga fábrica. Além disso, a empresa deverá
cumprir determinações que constam no relatório de inspeção, desenvolvido pelo
Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) a pedido do MPF/BA, a
fim de evitar que a escória contaminada se disperse.
Fonte:
Ciave e Justiça Federal. Leia mais.
Prezados Senhores e Senhoras,
ResponderExcluirÉ possível desintoxicar a população por meios bem simples, baratos e eficazes, sem efeitos colaterais com produtos naturais.
Eu estudei livros da alemanha que comprovem isso e já estou usando produtos adequados com maior sucesso aqui no Brasil. Sou Suíço e moro em Natal/RN a 13 anos. Se tiver Interesse pode entrar em contato para maiores explicações.
Atenciosamente
Thomas Zahnd
Prezado Thomas Zahnd, gostaríamos de conhecer estes recursos terapêuticos citados. Você poderia mandar-nos por e-mail (ciaveba.blog@gmail.com) informações a respeito? Ficaremos agradecidos pela colaboração.
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