Segundo
um novo estudo, o afrouxamento das leis sobre maconha no estado do Colorado,
nos EUA, causou um aumento significativo no número de crianças tratadas contra
a ingestão acidental de biscoitos, balas, bolos e bebidas feitas com a droga.
A
pesquisa foi publicada na segunda-feira (27/05) na revista científica JAMA Pediatrics. Os cientistas compararam o número de crianças com menos de 12 anos
atendidas no pronto-socorro de um hospital infantil por terem consumido maconha
acidentalmente antes e depois da modificação das leis de drogas do Estado.
No
total, 1.378 pacientes atendidos no período por ingestões não intencionais de
produtos diversos - 790 antes de 30 de setembro de 2009 e 588 depois de 1º de
outubro de 2009, quando o número de pessoas com autorização para comprar
maconha para uso médico aumentou muito.
No
caso do primeiro grupo, nenhuma das crianças havia ingerido maconha. No segundo
grupo, 14 haviam consumido a droga, oito delas na forma de comida. Problemas
respiratórios, sonolência excessiva, dificuldade para andar e letargia estavam
entre os sintomas apresentados por elas.
Muitas
delas precisaram passar por uma bateria de exames custosos para diagnosticar o
problema.
Segundo
o cientista que liderou o estudo, George Sam Wang, os produtos comestíveis feitos
com maconha têm aparência e sabor parecidos aos dos doces tradicionais, o que
aumenta o risco de serem ingeridos pelas crianças. Para ele, à medida que mais
estados do país legalizarem a droga, o problema tende a aumentar.
Wang,
que é pediatra do Children's Hospital Colorado e professor da Faculdade de
Medicina da Universidade de Colorado, afirma que é preciso educar os usuários,
a comunidade e os profissionais de saúde sobre os potenciais danos desse tipo
de ingestão.
Ele
acredita que a melhor solução é obrigar os fabricantes a embalarem esses
produtos comestíveis em pacotes mais resistentes, que não possam ser abertos
pelas crianças pequenas. A medida já é adotada, por exemplo, em relação à
aspirina, o que reduziu em 40% a 95% o número de intoxicações pelo medicamento.
Fonte: G1. Leia mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário