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Taturana (Lonomia obliqua). Foto: CIT-SC. |
Um jovem de 22 anos do município de
Eldorado, da província de Misiones, na Argentina, foi envenenado por uma
taturana e espera a chegada de um andídoto para salvar a sua vida. O remédio,
no entanto, é produzido apenas no Instituto Butantã, na zona oeste da capital
paulista, no Brasil. As informações são do jornal Clarín.
Segundo a publicação, Cristian García
estava no quintal de sua casa, durante a noite de segunda-feira, quando a
lagarta caiu de uma árvore e ficou grudada em uma de suas pernas, causando
queimaduras e envenenamento. A vítima foi levada imediatamente ao Hospital de
Puerto Iguazú (Samic).
O chefe do Programa de Animais
Venenosos do Ministério de Saúde Pública de Misiones, Roberto Stetson, explicou
que o antídoto é fabricado apenas no Instituto Butantã e que, sempre que há
incidentes como esse, a Argentina precisa pedir socorro ao país vizinho.
No entanto, no Brasil, o remédio não
é facilmente liberado, pois precisa ser cadastrado como se o paciente fosse
brasileiro. Isso, porque não existe nenhum convênio oficial entre os dois
países.
Stetson afirmou que já apresentou
três projetos às autoridades sanitárias de Misiones para solucionar o problema
da falta de antídotos no país. Taturanas e aranhas de bananeira, duas espécies
venenosas, existem apenas nesta província em toda a Argentina e, por isso, não
há políticas públicas que dêem atenção à ausência do remédio.
A opção mais rápida seria firmar um
acordo com o Instituto Butantã. Outra forma de resolver o problema seria fabricar
o antídoto no Instituto Malbrán, na Argentina. Além disso, Stetson sugere ainda
que a província criasse seu próprio instituto e produzisse tais antídotos.
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