A Secretaria da Saúde do estado do Paraná determinou na última
quarta-feira, dia 22/02, a interdição cautelar de todos os lotes do Salsichão
Piquiri em nylon, fabricado pela Indústria e Comércio de Carnes e Frios Richter
Ltda de Alto Piquiri, e alerta aos consumidores que possuem o produto em casa
para que não o consuma.
Segundo investigação da Secretaria, o produto está
relacionado com quatro casos de botulismo nos municípios de Alto Piquiri e
Iporã, sendo que em três deles há confirmação clínica e histórico de ingestão
do produto.
Dois pacientes morreram e dois encontram-se em
recuperação, após receberem o soro antibotulínico. O primeiro apresentou
sintomas em 14 de janeiro, recebeu tratamento, mas morreu em 25 de janeiro, não
sendo à época diagnosticado como caso de botulismo. O segundo demonstrou
sintomas no dia 25 de janeiro e após receber o soro antibotulínico apresentou
resposta terapêutica positiva, com estabilização do quadro e melhora até obter
alta hospitalar na semana passada. O terceiro caso apresentou sintomas no dia
12 de fevereiro, sendo internado em 15 de fevereiro, tendo o quadro se agravado
por ser portador de outras patologias (anemia e problemas renais) e morreu em
20 de fevereiro. O quarto caso apresentou sintomas graves em 21 de fevereiro e
encontra-se internado em um hospital do município paranaense de Umuarama.
Desde a semana passada, equipes da vigilância
sanitária estadual e dos municípios estão percorrendo o comércio da região para
a interdição do produto. Amostras do salsichão também foram colhidas para
análise laboratorial. A empresa informou à Secretaria que paralisou a produção
e irá recolher o produto do mercado.
O botulismo é uma doença grave causada pela
ingestão da toxina botulínica presente em alimentos embutidos, enlatados e em
conserva produzidos em condições sanitárias precárias, o que permite a germinação
do esporo da bactéria Clostridium
botulinum. Os principais sintomas são visão turva, visão dupla, saliva
grossa, insuficiência respiratória, dificuldade para falar e engolir, náusea,
vômito, diarréia, dor abdominal, vertigem, tontura e paralisia, que podem
ocorrer entre 12 horas e 10 dias após a ingestão do alimento contaminado. O
tratamento ocorre em regime hospitalar com soro específico. 60% dos casos sem
tratamento evoluem para a morte.
Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Paraná. Leia mais.
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