Foto: Anvisa |
O
Carnaval é um período de festa e folia. Neste período costuma-se exagerar no consumo de bebidas alcoólicas,
muitas vezes resultando em intoxicação, a conhecida bebedeira. A ingestão de
álcool etílico (etanol) é seguida de rápida absorção gastrointestinal,
provocando vários níveis de depressão do sistema nervoso central e alterações
do comportamento. Altas doses podem levar à coma alcoólico.
Para
aproveitar esta folia e retornar das festas com segurança é importante
controlar os abusos durante o Carnaval. O álcool é o principal responsável
pelos acidentes neste período.
Algumas atitudes práticas
ajudam bastante os foliões a não terem
problemas com as bebidas em meio à festa. Deve-se evitar misturar
bebidas, principalmente as fermentadas, como cerveja e vinho, com as
destiladas, como cachaça, vodka e uísque. Essas combinações atacam facilmente o
organismo. O ideal para quem estiver bebendo é alternar o consumo de bebidas
alcoólicas com as não alcoólicas.
Caso esteja tomando cerveja,
deve-se beber um pouco de água nos intervalos. Isso ajuda a reidratar o corpo.
A alimentação também é fundamental. Nunca se deve beber de estômago vazio, pois
isso faz com que o álcool aja mais depressa no organismo e aumente a rapidez da
intoxicação.
O folião deve saber que se ele ficar bêbado vai aproveitar pouco a
festa. Procure aumentar os intervalos de tempo entre uma dose e outra,
intercalando com água. Evite tomar bebidas clandestinas, vendidas na rua. Elas
podem conter ingredientes muito tóxicos. Prefira as bebidas industrializadas,
em que você abre a lata ou a garrafa e conhece o conteúdo. Busque evitar
situações de conflito, pois você estará com seu autocontrole afetado pela
bebida. E, principalmente, jamais dirija se bebeu álcool. Essas e outras
medidas fazem parte do conceito de “redução de danos”, que é muito importante
para a abordagem dos problemas com álcool e outras drogas.
As bebidas alcoólicas
apresentam diferentes teores de etanol. Como percentagem aproximada em alguns
produtos, temos:
·
Cerveja – 4 a 6%
·
Uísque – 40 a 50%
·
Vodka – 40 a 50%
·
Vinho – 10 a 20%
Na relação da determinação
da concentração do álcool no sangue, no ar exalado ou na urina com os efeitos
clínicos – respeitando-se as tolerâncias individuais, a regularidade e a
quantidade de ingestão alcoólica - tem-se que:
- níveis baixos (50-150 mg%) provocam leves sintomas de intoxicação, com desinibição, euforia, incoordenação motora leve a moderada — estes níveis geralmente não exigem a intervenção do médico;
- níveis moderados (150 a 300 mg%) acometem o sistema límbico e o cerebelo, originando sonolência, instabilidade emocional, fala arrastada, ataxia e diminuição das respostas motoras;
- níveis acima de 300 mg% acompanham-se de depressão mais acentuada das áreas anteriormente citadas e mais do sistema reticular ativador ascendente. Aumentam as disfunções motoras e cognitivas; há diminuição progressiva do estado de consciência, com letargia, estupor e coma;
- com níveis muito altos (em torno de 500 mg%), predominam o acometimento bulbar com aprofundamento do coma, hipotermia, hipotensão e depressão respiratória. A morte ocorre raramente, estando associada à ingestão concomitante de outros depressores e aos comas prolongados (8-10 h); ao ocorrer, geralmente sobrevém a morte por parada respiratória.
Em alguns indivíduos hipersensíveis, pode
ocorrer o que se denomina intoxicação alcoólica patológica, provavelmente
associada à epilepsia do lobo temporal. Após uso de pequenas quantidades de
álcool, manifesta-se agitação extrema, acompanhada de confusão mental,
desorientação e, às vezes, grande violência. Geralmente segue-se amnésia.
Fontes: Ciave, Brasil Medicina e Manual de Urgências em Pronto-Socorro - 5a. Ed. - 1996. Leia mais.
informações necessárias!!! muitos precisam saber disso'!"!"
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