Nesta terça-feira, 10 de setembro, comemora-se o Dia
Mundial de Prevenção do Suicídio. A data foi instituída pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) como forma de sensibilizar e convocar os países-membros
para a criação de estratégias para a prevenção do suicídio, que tem altas taxas
em todo o mundo.
Por ocasião da data, o Centro de Valorização da
Vida (CVV) de Salvador, em parceria com o Núcleo de Estudos e Prevenção do
Suicídio (NEPS) do Centro Antiveneno da Bahia (CIAVE) e Instituto de Saúde Coletiva (ISC), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), realiza na tarde de hoje,
às 14h, o 1º Seminário Baiano de Prevenção ao Suicídio, no ISC, Canela, em
Salvador-BA, com o objetivo de abrir essa discussão e levar esclarecimento à comunidade
baiana para a melhor prevenção ao suicídio.
Na Bahia, o NEPS foi criado em 2007 pelo CIAVE, órgão
da Secretaria da Saúde do Estado, que vem desenvolvendo um trabalho importante nessa
área. Além de manter o acompanhamento aos pacientes que tentaram suicídio, oferece
também tratamento àqueles que não tentaram, mas que correm risco de fazê-lo.
Desde sua criação, o NEPS já realizou mais de 12.000 atendimentos, com uma
média anual de 2.800 consultas.
O Serviço de Psicologia do Ciave existe desde
1991, com o objetivo de prestar acompanhamento psicológico a pacientes que
tentaram o suicídio, durante a internação hospitalar, desde a emergência até
depois da alta, através do tratamento ambulatorial, pelo tempo necessário.
Segundo a psicóloga Soraya Carvalho, idealizadora
e coordenadora do NEPS, as tentativas de suicídio representam 30% dos casos
atendidos no CIAVE. A criação desse Núcleo permitiu complementar as ações
desenvolvidas pelo Serviço. O NEPS, além do acompanhamento psicológico,
disponibiliza atendimento psiquiátrico ambulatorial, terapia ocupacional e
reuniões informativas para familiares dos pacientes.
"Ao longo dos anos pôde-se verificar uma
taxa de reincidência de tentativa de suicídio muito baixa (menor que 2%) entre
os pacientes que se submeteram ao tratamento, mostrando a necessidade e a
importância da ampliação do serviço, visando oferecer à comunidade um
ambulatório para atender, preventivamente, pacientes com depressão grave e
risco de suicídio, daí a implantação do NEPS", explica a psicóloga.
A OMS considera o suicídio um grave problema de saúde pública, correspondendo a mais da metade das mortes violentas no planeta. Estudos desenvolvidos pela OMS revelaram que os gastos com o suicídio representaram, em 2011, aproximadamente 1.8% do que foi gasto com as doenças no mundo. Para 2020, a projeção é para um crescimento significativo, atingindo 2.4% dos gastos.
Ainda de acordo com dados da OMS, em 2004 foram contabilizados mais de um milhão de suicídios no mundo, o que representa uma média de um suicídio a cada 35 segundos. Para cada suicídio consumado, estima-se de 15 a 25 tentativas.
No Brasil, embora a taxa média de suicídio - 6,6 suicídios por 100 mil/hab - seja considerada pouco expressiva em relação a outros países, deve-se atentar que devido ao seu vasto território, essas taxas podem apresentar uma acentuada oscilação, como pode ser verificado nos índices entre as capitais brasileiras que variam de 1,9 a 15 suicídios por 100 mil/hab, em Salvador e Boa Vista respectivamente. "Em números absolutos, o Brasil está entre os 10 países com o mais elevado número de suicídios no mundo, registrando 24 suicídios por dia, ou seja, uma média de um suicídio a cada hora", conta a coordenadora do NEPS.
A OMS considera o suicídio um grave problema de saúde pública, correspondendo a mais da metade das mortes violentas no planeta. Estudos desenvolvidos pela OMS revelaram que os gastos com o suicídio representaram, em 2011, aproximadamente 1.8% do que foi gasto com as doenças no mundo. Para 2020, a projeção é para um crescimento significativo, atingindo 2.4% dos gastos.
Ainda de acordo com dados da OMS, em 2004 foram contabilizados mais de um milhão de suicídios no mundo, o que representa uma média de um suicídio a cada 35 segundos. Para cada suicídio consumado, estima-se de 15 a 25 tentativas.
No Brasil, embora a taxa média de suicídio - 6,6 suicídios por 100 mil/hab - seja considerada pouco expressiva em relação a outros países, deve-se atentar que devido ao seu vasto território, essas taxas podem apresentar uma acentuada oscilação, como pode ser verificado nos índices entre as capitais brasileiras que variam de 1,9 a 15 suicídios por 100 mil/hab, em Salvador e Boa Vista respectivamente. "Em números absolutos, o Brasil está entre os 10 países com o mais elevado número de suicídios no mundo, registrando 24 suicídios por dia, ou seja, uma média de um suicídio a cada hora", conta a coordenadora do NEPS.
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