Pacientes são atendidos com suspeita de intoxicação alimentar
em Alpinópolis (Foto: Reprodução EPTV / Erlei Peixoto)
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Pelo
menos 150 pessoas foram atendidas na última segunda-feira (23/09) em
Alpinópolis (MG) com suspeita de intoxicação alimentar. Durante a madrugada da terça-feira
(24/09), os leitos do Hospital Cônego Ubirajara Cabral ficaram cheios. Macas
também tiveram que ser improvisadas no necrotério da cidade para que todos
pudessem ser atendidos. Segundo os médicos, a suspeita é de que uma maionese
caseira de duas lanchonetes tenha causado a intoxicação.
Na tarde dessa quarta-feira, 15 pessoas ainda permaneciam em observação
no pronto-socorro do Hospital. Alguns pacientes relataram que os sintomas
começaram a ser sentidos logo na manhã da segunda-feira. Vera Lucia Candido
Amorim de Souza é mãe de dois adolescentes que também passaram mal. Um deles
trabalhou entregando lanches na noite do domingo. Ela conta que, segundo o
filho, foram servidos cerca de 500 lanches naquela noite.
A Vigilância Sanitária de Alpinópolis interditou as lanchonetes
na segunda-feira. Amostras de todos os alimentos do estabelecimento foram
recolhidas para análise em Belo Horizonte (MG). Ainda de acordo com a
Vigilância Sanitária, a fiscalização é feita pelo menos uma vez ao ano antes do
vencimento do alvará de funcionamento. As lanchonetes interditadas
estavam com a licença de funcionamento em dia. Funcionários da Secretaria de
Estado de Saúde foram para a cidade para ajudar no trabalho de pesquisa dos pacientes.
Apesar disso, a venda de maionese caseira em bares, restaurantes
e lanchonetes, e também por ambulantes, está proibida em Minas Gerais
desde junho deste ano, por uma resolução da Secretaria de Estado da Saúde.
O dono dos dois estabelecimentos lamentou o ocorrido e informou
que preparava a maionese todos os dias. Ele também afirmou que não vai mais
trabalhar com maionese caseira.
O diretor administrativo do hospital de Alpinópolis confirmou
que havia apenas um médico de plantão quando os pacientes começaram a chegar
com suspeita de intoxicação, mas que outros médicos e enfermeiros foram
chamados pra ajudar no atendimento. Nesta terça-feira, o hospital está
trabalhando com três médicos, mas, de acordo com a própria administração,
o número de pacientes ainda é superior à capacidade de atendimento.
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