A imprensa chinesa informou que
desde 2009 centenas de moradores
das proximidades da antiga fábrica de produtos químicos Changsha Xianghe, em Shuangqiao, na
província de Hunan, na China, se intoxicaram por cádmio, metal altamente tóxico para o organismo humano.
Pelo menos 26 pessoas foram a óbito, no período, em decorrência da exposição. Vinte destas morreram de câncer.
De acordo com o jornal local, ChinaYouth Daily, análises
realizadas pelas
autoridades de saúde detectaram altos níveis do metal em
500 dos 3.000 moradores das proximidades da fábrica abandonada. Amostras do solo, por sua vez, apresentaram níveis de
cádmio 300 vezes acima do permitido.
Desde 2007 os moradores da
província reclamavam que a fábrica despejava poluentes na água que é usada para
irrigar as plantações locais. Uma grande De
acordo com as informações, a fábrica foi fechada no início de 2009, pouco antes da morte de duas pessoas.
Uma enorme pilha de resíduos químicos
permanecia no local, provocando um odor persistente. De acordo com o jornal
local, este evento é um dos 10 maiores incidentes de poluição do país.
O jornal cita ainda o problema
de contaminação por chumbo vivido pela mesma comunidade, onde várias crianças
apresentam problemas neurológicos em decorrência da exposição a esse metal.
Um outro evento envolvendo cádmio foi noticiado
pela imprensa chinesa na última terça-feira (31/07). Desta vez, o despejo de
cádmio por indústrias químicas em um rio no sul do país, na região autônoma de
Guangxi.
A contaminação atinge um trecho de 100
quilômetros do rio Longjiang e teve início na cidade de Hechi. De acordo com a
imprensa oficial, a contaminação foi notada pela primeira vez há duas semanas e
ameaça o abastecimento de água potável de milhões de moradores.
A análise da água apontou que, em alguns
pontos, os níveis de cádmio encontram-se 25 vezes acima do limite permitido no
país e põe em risco a água potável da região.
Como consequência, as autoridades chinesas detiveram
sete dirigentes industriais suspeitos de serem responsáveis pelo despejo.
Os executivos administram fábricas químicas na
região autônoma de Guangxi, informou Feng Zhennian, responsável das autoridades
locais encarregadas da proteção ao meio ambiente, citado pela agência Nova
China.
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