Cerca de 300 toneladas de água altamente
radioativa vazaram de um tanque da usina nuclear de Fukushima, complexo operado
pela Tokyo Electric Power Company (Tepco), no Japão, nos últimos dias. Segundo
a operadora, há poças com níveis extremamente elevados de radiação, de 100
millisieverts por hora (mSv/H), o que significa que em uma hora o
indivíduo fica exposto ao nível de radiação permitido para um trabalhador de
uma usina nuclear em cinco anos, de acordo com informação de um porta-voz da
empresa.
O
vazamento ocorrido essa semana foi classificado em nível 3, em uma escala de 0
a 7, correspondente a um "incidente grave" na escala internacional de
eventos nucleares. Outros três vazamentos já ocorreram desde o tsunami que atingiu Fukushima, quando um
colapso elétrico na central nuclear paralisou a refrigeração dos reatores. O ocorrido em 11 de março de 2011, atingiu o
nível 7, o mais elevado e que define efeitos consideráveis para a saúde e o
meio ambiente. Porém, o vazamento mais recente é
o pior em termos de volume de material radioativo no interior da
instalação.
De
acordo com um porta-voz da empresa, uma delegação da agência reguladora do
setor nuclear visitará, na manhã desta sexta-feira (23/08), a central de Fukushima para
verificar as poças radioativas, a importante quantidade de água presa há mais
de dois anos no subsolo entre os prédios dos reatores e o mar.
Segundo
informações, a água se infiltrou no solo e chegou parcialmente ao oceano
Pacífico, a mais de 500 metros do local, há meses.
A
delegação será constituída por 15 pessoas, entre elas está o dirigente da
agência Toyoshi Fuketa e cinco especialistas independentes.
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