quarta-feira, 8 de maio de 2019

CIAVE presente em debate na ALBA sobre "Valorização da Vida e Prevenção ao Suicídio"


Audiência Pública “Valorização da Vida e Prevenção
do Suicídio” (Imagem: ALBA).
Em audiência pública realizada nessa segunda-feira (06/05),  intitulada “Valorização da Vida e Prevenção do Suicídio”, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa (ALBA), a psicóloga e coordenadora do Núcleo de Estudos e Prevenção do Suicídio (NEPS), do Centro Antiveneno da Bahia (CIAVE/SESAB), Soraya Carvalho, abordou sobre o suicídio.

Segundo Soraya Carvalho, a tentativa de suicídio constitui um fenômeno multideterminado, resultante de questões psíquicas, transtornos mentais, contexto social e, possivelmente, genético. Ainda de acordo com a coordenadora do NEPS, “os  índices estão se tornando alarmantes, não só pelo aumento das notificações, mas também por conta do imperativo de sucesso, de satisfação, de felicidade colocado para os jovens. Você não pode errar, você não pode fracassar, chorar, ser infeliz, você tem que ser, sempre, bem-sucedido. Então, isso torna a vida do ser humano, principalmente dos jovens, impossível”.

De acordo com o farmacêutico Jucelino Nery, diretor do CIAVE, o Centro atendeu 1.481 casos de tentativa de suicídio em 2018, correspondendo a 16% de todos os atendimentos, constatando-se um aumento de 21% em relação a 2017. Jucelino alerta, ainda, para o crescimento dessas ocorrências entre as crianças, crescimento esse que foi de 23% em 2018 em relação ao ano anterior.

Durante a 10ª reunião ordinária do colegiado da ALBA, na  manhã da terça-feira (07/05), foi aprovada pela Comissão a proposta de moção de aplauso ao Núcleo Estadual de Prevenção ao Suicídio (NEPS) e ao Centro de Valorização da Vida.

O NEPS propõe uma ação interdisciplinar, incluindo psicoterapia, psiquiatria, terapia ocupacional individual e de grupo, visitas domiciliares e reuniões familiares de caráter informativo, incluindo orientação e acolhimento. Para isso, conta com psicóloga, psiquiatras e terapeutas ocupacionais.

Fonte: CIAVE/SESAB

CIAVE realiza acolhimento de novos estagiários

Teve início nesta segunda-feira (06/05) a primeira turma de 2019 do estágio não obrigatório no Centro de Informações Antiveneno (Ciave), com estudantes oriundos do Programa Partiu Estágio. São acadêmicos de diversos cursos da área de saúde. O acolhimento foi realizado no auditório da Unidade, quando Jucelino Nery, diretor da Unidade, deu as boas vindas e falou sobre o Ciave e a relevância do campo de estágio. Em seguida, os estudantes conheceram as estruturas físicas do Centro.

Há 38 anos o Ciave disponibiliza campo de prática na área de Toxicologia, contribuindo para a formação de médicos, farmacêuticos, biólogos, veterinários, psicólogos, enfermeiros e terapeutas ocupacionais.

Os universitários têm a oportunidades de atuarem juntamente com a equipe multidisciplinar do Ciave, centro estadual de referência em Toxicologia, e conhecerem melhor essa área. Apenas os cursos de Farmácia e Medicina Veterinária possuem essa disciplina em sua matriz curricular, o que torna mais relevante este campo de estágio.

O fato de o Ciave estar localizado em uma unidade hospitalar e de emergência faz com que os seus profissionais estejam em constante exercício dos seus conhecimentos teóricos, o que lhes garantem mais prática e segurança para a prestação de uma orientação toxicológica confiável, frente aos inúmeros e diversificados agentes causadores de intoxicação. Além disso, esta prática contribui para a formação de novos profissionais que virão a atuar em outras unidades de saúde do SUS.

Segundo o Diretor do Ciave, Jucelino Nery, só em 2018 foram registrados no Estado mais de 30.000 intoxicações/envenenamentos. principalmente por animais peçonhentos e medicamentos, apesar da acentuada subnotificação.

Fonte: CIAVE/SESAB.