terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Aberto processo seletivo para estágio não obrigatório no Ciave

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), através da Superintendência de Recursos Humanos (SUPERH), por meio da Escola Estadual de Saúde Pública (EESP), informa que estão abertas, no período de 24 de fevereiro a 16 de março de 2014, as inscrições do processo seletivo para o programa de estágios não obrigatório da SESAB, incluindo vagas no Centro Antiveneno da Bahia (Ciave).

O processo seletivo é regulamentado pelo Edital 003/2014. O qual encontra-se disponível no endereço eletrônico www.noroesteconcursos.com.br, onde as inscrições deverão ser realizadas no período já mencionado. São 35 vagas para o Ciave em diversas áreas: Ciências Biológicas, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Medicina Veterinária e Psicologia.


Fonte. EESP. Leia mais.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Intoxicação de 60 banhistas interdita praia

Manchas da contaminação em Búzios.(Foto: Índio da Costa/Secretaria Estadual do Ambiente)
Pelo menos 60 banhistas que frequentaram a Praia da Tartaruga, em Búzios, na Região dos Lagos fluminense, foram atendidos no Hospital Municipal Dr. Rodolpho Perissé com sintomas de intoxicação. Na manhã desta sexta-feira, 21, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente interditou a praia para uso e visitação desde o acesso na Avenida José Bento Ribeiro Dantas, a 1 km de distância.
"Orientamos as pessoas a não frequentarem a praia porque a substância se decompõe muito rápido. De ontem (quinta) para hoje (sexta), a mancha já sumiu da água, mas ainda é possível sentir o produto químico no ar", afirmou o secretário de Meio Ambiente e vice-prefeito de Búzios, Carlos Alberto Muniz. Lançada longe da costa, a substância ainda não identificada chegou à orla pelas correntes marinhas.
Por volta das 19h de quinta-feira, 20, a Secretaria de Saúde constatou que dezenas de banhistas, entre crianças, idosos e estrangeiros, chegavam ao hospital com náuseas, irritação nos olhos e problemas nas vias respiratórias que variaram de dor de garganta a quadro de bronquite. Por causa da pequena estrutura do hospital, alguns pacientes tiveram que ser levados para hospitais de cidades vizinhas.
A principal hipótese para a intoxicação é que um navio que ficou atracado na orla de Búzios até quinta, tenha despejado no mar um produto usado na caixa coletora de banheiros químicos para evitar mau cheiro. O navio seguia em direção ao Rio. Na Praia da Tartaruga não há banheiros químicos.
Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) encontraram manchas nas pedras perto da praia com tonalidade alaranjada e aspecto oleoso, o que reforça a hipótese de produtos químicos. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente descartou a possibilidade de que o produto seja esgoto porque a água não tinha mau cheiro e permanecia com a aparência normal.
Duas amostras da água foram recolhidas, uma no fim da noite de quinta e outra na manhã de sexta, e serão analisadas em caráter de urgência. O laudo ficará pronto na próxima quarta-feira, 26.
Guardas municipais e ambientais orientam e informam frequentadores sobre a interdição. Donos e funcionários de quiosques e os poucos moradores da Praia da Tartaruga também foram orientados a deixar o local e não atender turistas.
O secretário Muniz esteve no hospital e conversou com os banhistas. Eles contaram que a mancha era contínua e tinha 150 metros de comprimento e 40 metros de largura. Pela manhã ele esteve na Praia da Tartaruga e apresentou os mesmos sintomas dos banhistas.
"Os banhistas disseram que a mancha tinha uma substância pegajosa, que flutuava e exalava um cheiro forte. Eles reclamaram de gosto metálico e contaram que sentiam ardência nos olhos e desconforto nas vias respiratórias quando mergulhavam".
Segundo o secretário, no verão de 2013 uma mancha semelhante apareceu na Praia de Manguinhos, mas por causa da rápida decomposição, na época os técnicos não conseguiram identificar a substância. Nos dois casos só havia um navio atracado em Búzios, mas a quantidade de pessoas afetadas na Praia da Tartaruga foi maior.
"Ninguém vai para uma praia paradisíaca para ser atingido por produtos químicos. Esse episódio desgastou a imagem do município e pode ter impactos na quantidade de turistas que visitam a cidade. Vamos apurar as causas e processar os responsáveis", afirmou Muniz. Ele afirmou que "o causador do desequilíbrio" pode receber multa (entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão) e o comandante do navio poderia ser preso pela poluição.

Alimentos com substâncias irregulares são proibidos


A Anvisa proibiu no dia 17 quatro Alimentos para Atletas que contém fórmulas não autorizadas no país, conforme define a resolução RDC 18/2010.  Os produtos são o Isofast- MHP, Alert 8-hour-MHP, Carnivor e Probolic –SR-MHP.


O Carnivor, fabricado pela empresa MuscleMeds, apresentou teores de Vitamina B12 e B6, acima da ingestão diária recomendada, o que só é aceito para medicamentos. Além disso, foram encontradas substancias que não tem comprovação de segurança para o uso em alimentos: a Glutamina (alfa-cetoglutarato) e a Ornitina (alfa-cetoglutarato e alfa-cetoisocaproato).

Já o Probolic –SR-MHP, fabricado pela Maximum Human Performance Inc., foi suspenso por possuir ácido linoleico conjugado, substancia não considerada segura para uso em alimento. A rotulagem original também indica que o poduto possui aminoácidos de cadeia ramificada, que não devem ser indicados para atletas.

No caso do Isofast- MHP e Alert 8-hour-MHP, também fabricados pela Maximum, os problemas foram a presença de BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) e Taurina.

Todos os produtos são distribuidos pela Nutrition Import Comercio Atacadista de Suplementos Ltda., e não podem mais ser comercializados no Brasil. Com a suspensão, as Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais farão a fiscalização.


Fonte: Anvisa.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Novas drogas são incluídas na lista de substâncias proibidas

Já chegaram ao Brasil novas drogas sintéticas (fabricadas em laboratório) parecidas com LSD e ecstasy, entretanto muito mais perigosas. Em novembro de 2013, duas dessas drogas foram apreendidas em São Paulo, as quais a polícia pensava se tratar de ecstasy e LSD.
As drogas foram levadas para análise no instituto de criminalística e os resultados mostraram se tratavam de outras drogas ainda novas no Brasil: a droga que os policiais imaginavam ser ecstasy, na verdade, se chama metilona; enquanto aquela que parecia ser LSD é conhecida como 25I-NBOMe, também chamada de 25I.
Segundo a Polícia Federal, a metilona já foi encontrada em São Paulo e também no Rio Grande do Norte. A 25I, em São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso. De acordo com Renato Pagotto Carnaz, delegado da Polícia Federal, “as drogas são sintetizadas na Índia e na China. Mas o caminho obrigatório para vir para o Brasil é Europa. Elas vêm pela Europa e chegam aqui”. No Brasil, elas são vendidas livremente na internet.
A 25I é parecida com o LSD, tanto no aspecto quanto nos efeitos: causa alucinações intensas. A metilona lembra o ecstasy, só que muito mais perigosa. “Se provocado ou submetido a algum trauma, ele reage violentamente. Essa violência não tem controle. A pessoa é dotada de uma força sobre-humana. Ele fica com tanta força que dez pessoas não conseguem segurar”, alerta o toxicologista Anthony Wong.
Segundo o toxicologista, “são drogas extremamente potentes, extremamente agressivas, são causas de morte e também de despersonalização. Ou seja, a pessoa fica de uma forma tão alterada, que, muitas vezes, não consegue mais voltar à realidade”, diz, toxicologista.
A metilona foi proibida nos Estados Unidos em abril do ano passado. A 25I, há apenas três meses. Reino Unido e Dinamarca também baniram as duas.  Outros países, como Rússia, Israel e Canadá, proibiram pelo menos uma delas.
No Brasil, nenhuma das duas substâncias era considerada ilegal. A lista de drogas proscritas (proibidas), estabelecida pela Portaria 344/98, que define as regras para substâncias de controle especial e substâncias proibidas no Brasil, é de responsabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A sua última atualização havia ocorrido em 2012.
Segundo a Anvisa, no ano passado a agência recebeu pedidos da Polícia Federal de inclusão da metilona e da 25I na lista de drogas proibidas. Somente em 2014, mais de 30 drogas desconhecidas foram levadas para análise no Instituto Nacional de Criminalística, no Distrito Federal.
Em reunião nesta terça-feira (18/02), realizada para discutir o assunto, a Anvisa aprovou a inclusão de 21 substâncias na lista de drogas proibidas no País. Com esta decisão da Diretoria Colegiada da Agência é feita a atualização da Portaria 344/98.
Além disto, a Anvisa aprovou atuar em sintonia com as decisões sobre substâncias ilícitas adotadas por agências congêneres ou por polícias científicas internacionais, para agilizar o trâmite desta matéria, e atualizar a lista de substâncias proscritas à medida que os pedidos cheguem à Agência e não em um único processo, como acontecia até agora.
A atualização da lista partiu de solicitações da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), ligada à Organização Mundial de Saúde (ONU), do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. “As 21 substâncias são drogas novas, criadas para burlar as listas de drogas ilícitas publicadas no mundo. Nenhuma delas tem utilidade como medicamento, são produtos que simulam efeitos semelhantes ao de outras drogas ilícitas já conhecidas, como ópio, heroína e LSD, que agem sobre o sistema nervoso central e podem provocar alucinações”, explicou o Diretor presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.
De acordo com o diretor de Regulação Sanitária da Anvisa, Renato Porto, relator do processo votado nesta terça-feira, as análises começaram a ser feitas no ano passado e apontaram outras proibições necessárias. “Tivemos dois pedidos feitos pela polícia e, após análise criteriosa feita pela Agência, esse número foi aumentado para garantir que formas semelhantes destas drogas também fossem incluídas”, explicou Porto.

Confira a lista completa de inclusões na Portaria 344/98
Substância
Enquadramento
Tapentadol
Lista A1 (entorpecentes)

Teriflunomida

Lista C1
4-bromo-2,5-dimetoxifeniletilamina

Lista F2 (proscrito) – Foi remanejado da lista A3 para F2
25I-NBOMe,
25C-NBOMe,
25D-NBOMe,
25B-NBOMe,
25E-NBOMe,
25N-NBOMe,
25P-NBOMe,
25T2-NBOMe,
25T2-NBOMe,
25T7-NBOMe
25H-NBOMe;
Metilona;
4-cloro-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-C)
4-metil-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-D)
4-etil-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-E)
4-fluor-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-F)
4-iodo-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-I)
4-etil-tio-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-T-2)
2,5-dimetoxi-4-propiltiofeniletilamina (2C-T-7)
MXE (metoxetamina)
5IAI (5-iodo-2-aminoindano)
Lista F2 (proscritos)

Fontes: Globo e Anvisa. Leia mais.

Acidente na Castelo Branco causou vazamento de 29 mil litros de ácido

Aproximadamente 29 mil litros de ácido clorídrico vazaram nas pistas da Rodovia Castelo Branco, na altura de Itapevi, por causa do acidente entre dois caminhões na manhã desta terça-feira, 18. De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a colisão provocou o rompimento das válvulas traseiras do caminhão-tanque e o ácido vazado percorreu cerca de 50 metros. Um pequeno córrego próximo à via, que foi liberada pouco antes das 11h, foi contaminado.
Às 13h30, apenas a faixa da direita da pista, no sentido interior, ainda estava bloqueada para a remoção do ácido e dos veículos envolvidos na batida. Ela foi reaberta por volta das 14h40. Técnicos da Cetesb jogaram cal na via para neutralizar o poder corrosivo do ácido.
A equipe ainda avalia a qualidade da água e também prepara uma solução alcalina para evitar maior contaminação do córrego. Em contato com as mucosas, o ácido clorídrico pode causar queimaduras. O Corpo dos Bombeiros e a Polícia Rodoviária Estadual também atenderam à ocorrência.
Não houve registro de pessoas que passaram mal por causa do contato com o ácido. No entanto, a equipe médica da concessionária CCR recomendou que qualquer pessoa que tenha passado pelo local do acidente procure um hospital caso sinta dor de cabeça, náuseas ou dores abdominais.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Abertas inscrições para residência em Toxicologia Médica em BH

Em dezembro de 2012 houve a inclusão da Toxicologia Médica na relação das Áreas de Atuação na Medicina reconhecidas no país, através da Resolução nº 2.005/2012, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que deu nova redação aos Anexos II e III da Resolução CFM nº 1.973/2011, a qual celebra o convênio de reconhecimento de especialidades médicas firmado entre o CFM, a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

Ainda hoje, a Toxicologia é disciplina obrigatória apenas no curso de Farmácia e de Medicina Veterinária. Com essa Resolução do CFM, essa ciência é introduzida no âmbito da Medicina e passa a ter interface com as especialidades de Clínica Médica, Medicina Intensiva, Pediatria e Pneumologia. 

Como pioneiro no país, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Belo Horizonte - CIAT/BH, no Hospital João XXIII, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), em Belo Horizonte, está oferecendo duas vagas para residência em Toxicologia Médica. O período de inscrição é de 7 a 12 de fevereiro e a prova está marcada para o dia 16 deste mês.

O candidato interessado deverá ter concluído Residência Médica Credenciada pela CNRM ou concluí-la até o dia 28/02/2014. O Edital do processo seletivo pode ser visitado no site da Associação de Apoio a Residência Médica de Minas Gerais – AREMG (www.aremg.org.br) ou no site da FHEMIG (http://fhemig.mg.gov.br).

A Toxicologia é uma ciência de campo de ação multidisciplinar e multiprofissional, compreendendo um vasto campo de conhecimentos básicos e aplicados. É desenvolvida por especialistas com diferentes formações profissionais que oferecem contribuições específicas em diversas áreas de atividade. Até então, o profissional médico não tinha esta área reconhecida pelas entidades de classe como área de atuação.

A exemplo do CIAT/BH, atualmente são 34 os Centros especializados em Toxicologia no país e que integram a Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica e Toxicologistas Clínicos (Abracit). Essa associação tem como presidente o Dr. Daniel Rebouças, atual diretor do Centro Antiveneno da Bahia (Ciave), órgão da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e centro de referência estadual em Toxicologia na Bahia.

Fonte: Ciave. Leia mais.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Médico dá diagnóstico baseado em episódio de série "House"

Hugh Laurie no papel de Dr. House
Um médico alemão encontrou em um seriado de TV a resposta para um paciente que não tinha diagnóstico. O paciente, de 55 anos, apresentava problemas cardíacos, além de sintomas como febre, cegueira, surdez e inchaço dos gânglios linfáticos. Os sintomas coincidiram com os que aparecem em um episódio de “Dr. House”, ficção em que o médico Gregory House, interpretado pelo ator britânico Hugh Laurie, identifica um envenenamento por cobalto, após perceber problemas na prótese de quadril de sua futura sogra.

De acordo com a Associated Press, diversos médicos que examinaram o caso disseram que era necessário um transplante de coração. Até que o médico Jürgen Schäfer, fã do seriado, realizou testes que determinaram alto nível de cobalto. Segundo o especalista, alguns fragmentos da prótese de quadril do paciente se soltaram e ocorreu vazamento de cobalto e cromo, que entraram na corrente sanguínea. Quando a peça foi substituída, os problemas se atenuaram.


A experiência foi descrita nesta sexta-feira (7) na revista científica “Lancet”. Segundo Schäfer, o caso teria se resolvido mesmo se o episódio de “House” não existisse, e alertou os médicos a ficarem atentos a casos de envenenamento por cobalto em pacientes com as mesmas próteses.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Após vazamento de amônia, 22 pessoas são atendidas no PS de Tatuí

A assessoria de imprensa do Pronto-Socorro de Tatuí (SP) confirmou que 22 pessoas foram atendidas na unidade após um vazamento de amônia em uma indústria alimentícia da cidade. O incidente ocorreu na manhã do dia 3, na Vila Angélica.

De acordo com a unidade médica, 10 pessoas foram atingidas diretamente pelo gás e precisaram ser levadas pelas equipes do Corpo de Bombeiros ao hospital. Os outros pacientes procuraram a unidade para se certificarem de que não estavam contaminados. Todos passaram por avaliação e foram liberados.

De acordo com os bombeiros, o vazamento de amônia ocorreu após o rompimento de uma válvula de compressor do sistema de refrigeração da indústria. O incidente ocorreu na sala de máquinas. Os brigadistas da empresa controlaram o vazamento e acionaram o Corpo de Bombeiros, que fez a vedação.

A empresa foi evacuada já que a amônia é altamente tóxica. O produto pode levar às vítimas à morte por sufocamento. As vias de acesso ao local também foram bloqueadas até que o produto se dissipasse. Como a empresa fica afastada de casas, não houve intervenção com moradores. A operação para liberação da área durou mais de uma hora.

De acordo com a assessoria de imprensa da indústria, no local estavam 350 funcionários. As causas do vazamento estão sendo apuradas.


Fonte: G1. Leia mais.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Notificação de acidentes de consumo já está em funcionamento


Começou a funcionar no último dia 29 de janeiro o Sistema de Notificação de Acidentes de Consumo (SIAC). Criado pelos Ministérios da Justiça (MJ) e da Saúde (MS), o sistema está disponível para que os profissionais de saúde possam notificar acidentes provocados por produtos ou serviços inseguros. A expectativa é que situações de risco sejam identificadas rapidamente pelos profissionais que fazem o atendimento nos serviços de saúde.

Os dados serão consolidados e monitorados pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do MJ, que vai atuar em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Todos este órgãos regulam ou certificam produtos de uso cotidiano da população. A partir das notificações de acidentes identificadas no atendimento às vítimas será possível tomar medidas mais rápidas em relação a um produto defeituoso ou serviço que possa trazer danos.

Fruto de um acordo de cooperação feito por meio da Portaria Interministerial nº 3.082, de 25/9/13, o Siac está disponível no site do MJ, no endereço http://siac.justica.gov.br/. Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros profissionais de saúde que participam da fase piloto no estado do Mato Grosso, por meio do Procon Estadual e do Hospital Municipal de Cuiabá, já podem informar e relatar acidentes ocasionados por produtos e serviços.

O Ministério da Justiça prevê cursos para os profissionais de saúde na alimentação do sistema. A adesão dos estados será feita de forma gradativa.

Fonte: Anvisa e Ministério da Justiça. Leia mais.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Diretor do Ciave alerta para a falta de médicos especializados em Toxicologia

Fundado há 33 anos, o Centro de Informações Antiveneno (Ciave), gerido pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), localizado no bairro do Cabula, em Salvador, é referência nacional em Toxicologia. Aproximadamente 90% do seu público são médicos e outros profissionais de saúde que utilizam o serviço de plantão ininterrupto para receber orientação em diagnósticos e tratamentos em pacientes intoxicados.

Além de orientar profissionais, o Ciave oferece diversas ações conjuntas com outros órgãos públicos e privados, como estágio para estudantes de saúde, atendimento psicológico para pacientes que tentaram suicídio, vigilância sanitária e ambiental, análises toxicológicas, entre outras. Ainda assim, sua atuação poderia ser muito mais ampla no Estado se o quadro de médicos especializados fosse maior. Quem identifica esta falha é o diretor do Centro, Daniel Santos Rebouças, que vem lutando, junto a outros médicos, integrantes da Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Abracit), para que a Toxicologia seja incorporada à Medicina como uma especialidade. De acordo com o diretor, a falta de médicos especializados não é exclusividade do Ciave e, sim, um problema nacional que, aos poucos, vem sendo superado: “No ano passado o CFM – Conselho Federal de Medicina – reconheceu a Toxicologia como área de atuação médica, o que representou um grande avanço para nós”. Segundo Rebouças, o ideal é que o Ciave tivesse um quadro de 14 médicos, mas atualmente apenas 10 estão trabalhando. Outra dificuldade enfrentada pelo Centro é a obtenção de antídotos. A este problema se credita, segundo o diretor, a quase inexistência de fabricantes deste produto.

Uma política pública voltada para a Toxicologia é uma saída apontada pelo diretor. “Tendo um programa do SUS específico, é possível conseguirmos mais investimento e atenção para que esta área se desenvolva. O trabalho de diminuição da quantidade de intoxicações em regiões do Brasil, com foco na prevenção e no atendimento, por exemplo, seria uma das ações possíveis através de um programa custeado pelo governo”, afirma o diretor.