terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Hupes tem primeiro ambulatório multidisciplinar de doença hepática induzida por drogas do Brasil

O Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (Complexo Hupes | Ufba) conta com um ambulatório multidisciplinar voltado para pacientes com doença hepática induzida por drogas, fitoterápicos, insumos vegetais (chás), medicações para fitness ou suplementos alimentares. Para ser atendido no serviço, o paciente, com suspeita diagnóstica de Doença Hepática Induzida por Droga (DILI), deve ser encaminhado pelo médico da rede SUS, por meio de um relatório.

No ambulatório de Hepatotoxicidade, o paciente é avaliado por uma equipe multidisciplinar, que envolve o setor de farmácia, clínica médica e hepatologia, e será direcionado para o tratamento. O professor Raymundo Paraná, médico gastroenterologista do HUPES, que está à frente do serviço, ressalta que, no Brasil, é o primeiro ambulatório multidisciplinar com este perfil.

Professor Raymundo Paraná encaminhará para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os dados obtidos no ambulatório, a fim de municiá-la com as informações necessárias para executar políticas e ações nesta área.

Poucos são os dados sobre a epidemiologia da doença hepática induzida por medicamentos ou complementos alimentares no Brasil. Uma pesquisa realizada pelo Programa de Pós-graduação em Medicina e Saúde da Ufba coletou dados de 12 Centros de Transplante Hepático, no período de 1999 a 2014. Foram identificados 207 casos de Insuficiência Hepática Fulminante, sendo que 35% do total (72/207) foram relacionados a medicamentos.

O atendimento no novo ambulatório iniciou no mês de dezembro e acontece às quintas-feiras, das 13h às 18h, no 4º andar do Ambulatório Magalhães Neto (AMN). O professor Raymundo Paraná é responsável pelo ambulatório e coordenador do Serviço de Hepatologia, que pertence à unidade de Gastrohepatologia, coordenada pelo professor André Lyra.

Fonte: Ascom/HUPES.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Redução dos atendimentos por intoxicação alcoólica no Carnaval de Salvador

De acordo com dados da Secretaria de Saúde de Salvador, os módulos assistenciais à saúde montados nos circuitos do carnaval  pela Prefeitura contabilizaram 6.343 atendimentos durante os oito dias de evento, sendo 12,9% maior que na folia momesca do ano passado. Segundo o secretário de saúde José Antonio Rodrigues Alves, "em geral, tivemos um aumento no número de atendimentos, mas é importante ressaltar que esse ano a Prefeitura promoveu mais um dia oficial de Carnaval, que foi a quarta-feira".

Contrastando com este aumento, a redução dos casos de intoxicação alcoólica chamou a atenção das equipes de saúde que atuaram nos módulos assistenciais. Foram contabilizados 621 ocorrências por embriaguez, uma redução de 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, a quantidade de mulheres com quadro de intoxicação alcoólica (58%) foi superior a de homens com o mesmo quadro.

Os procedimentos clínicos permaneceram como a principal causa dos atendimentos com 75% do total de ocorrências. Os procedimentos bucomaxililofaciais (9,7%), as intervenções cirúrgicas (7,9%) e procedimentos ortopédicos (6%) responderam pelo restante das admissões.

Fonte: SMS-Salvador.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O Abuso de Bebidas Alcoólicas no Carnaval


O Carnaval é um período de festa e folia. Neste período costuma-se exagerar no consumo de bebidas alcoólicas, muitas vezes resultando em intoxicação, a conhecida bebedeira. o que nem sempre é reconhecida como intoxicação. A ingestão de álcool etílico (etanol) é seguida de rápida absorção gastrointestinal, provocando vários níveis de depressão do sistema nervoso central e alterações do comportamento. Altas doses podem levar à coma alcoólico.

Para aproveitar esta folia e retornar das festas com segurança é importante controlar os abusos durante o Carnaval. O álcool é o principal responsável pelos acidentes neste período.

Algumas atitudes práticas ajudam bastante os foliões a não terem problemas com as bebidas em meio à festa. Deve-se evitar misturar bebidas, principalmente as fermentadas, como cerveja e vinho, com as destiladas, como cachaça, vodka e uísque. Essas combinações atacam facilmente o organismo. O ideal para quem estiver bebendo é alternar o consumo de bebidas alcoólicas com as não alcoólicas.

Caso esteja tomando cerveja, deve-se beber um pouco de água nos intervalos. Isso ajuda a reidratar o corpo. A alimentação também é fundamental. Nunca se deve beber de estômago vazio, pois isso faz com que o álcool aja mais depressa no organismo e aumente a rapidez da intoxicação. 

Deve-se procurar aumentar os intervalos de tempo entre uma dose e outra, intercalando com água. Evite tomar bebidas clandestinas, vendidas na rua. Elas podem conter ingredientes muito tóxicos. Recomenda-se dar preferência às bebidas industrializadas, em que se abre a lata ou a garrafa e se conhece o conteúdo. É importante evitar situações de conflito, pois o indivíduo estará com seu autocontrole afetado pela bebida. E, principalmente, jamais dirigir ao ingerir álcool. Essas e outras medidas fazem parte do conceito de “redução de danos”, que é muito importante para a abordagem dos problemas com álcool e outras drogas.

As bebidas alcoólicas apresentam diferentes teores de etanol. Como percentagem aproximada em alguns produtos, temos:
  • ·         Cerveja – 4 a 6%
  • ·         Uísque – 40 a 50%
  • ·         Vodka – 40 a 50%
  • ·         Vinho – 10 a 20%

Na relação da determinação da concentração do álcool no sangue, no ar exalado ou na urina com os efeitos clínicos – respeitando-se as tolerâncias individuais, a regularidade e a quantidade de ingestão alcoólica - tem-se que:

· níveis baixos (50-150 mg%) provocam leves sintomas de intoxicação, com desinibição, euforia, incoordenação motora leve a moderada — estes níveis geralmente não exigem a intervenção do médico;
· níveis moderados (150 a 300 mg%) acometem o sistema límbico e o cerebelo, originando sonolência, instabilidade emocional, fala arrastada, ataxia e diminuição das respostas motoras; 
· níveis acima de 300 mg% acompanham-se de depressão mais acentuada das áreas anteriormente citadas e mais do sistema reticular ativador ascendente. Aumentam as disfunções motoras e cognitivas; há diminuição progressiva do estado de consciência, com letargia, estupor e coma;
· com níveis muito altos (em torno de 500 mg%), predominam o acometimento bulbar com aprofundamento do coma, hipotermia, hipotensão e depressão respiratória. A morte ocorre raramente, estando associada à ingestão concomitante de outros depressores e aos comas prolongados (8-10 h); ao ocorrer, geralmente sobrevém a morte por parada respiratória.

Em alguns indivíduos hipersensíveis, pode ocorrer o que se denomina intoxicação alcoólica patológica, provavelmente associada à epilepsia do lobo temporal. Após uso de pequenas quantidades de álcool, manifesta-se agitação extrema, acompanhada de confusão mental, desorientação e, às vezes, grande violência. Geralmente segue-se amnésia.

Fonte: Ciave.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Bahia inaugura primeiro Centro de Atendimento a Múltiplas Vítimas do país

O Centro de Atendimento a Múltiplas Vítimas do Hospital Geral do Estado (HGE), o primeiro a ser implantado no Brasil, foi inaugurado pelo Governo da Bahia nesta quarta-feira (3). Com investimento de mais de R$ 800 mil, o centro está preparado para receber e tratar mais de 25 vítimas simultaneamente.

Durante a inauguração, médicos, enfermeiros, auxiliares e corpo administrativo demonstraram como o estacionamento se transforma, em poucos minutos, em mais um núcleo de atendimento do hospital. As ambulâncias chegando uma atrás da outra e o volume de pacientes recebidos ao mesmo tempo impressionaram até quem já sabia que era uma simulação, dando a dimensão das dificuldades enfrentadas quando ocorre algum desastre de grandes proporções.

Para o secretário da Saúde do Estado, Fábio Villas-Boas, a capacidade de atendimento ao grande número de pessoas simultaneamente é importante para um estado com as características da Bahia, que abre nesta quarta-feira o Carnaval, maior festa a céu aberto do planeta.

"A Bahia recebe centenas de milhares de pessoas a mais, que se aglomeram em pequenos espaços, o que expõe e torna possível um acidente com múltiplas vítimas simultâneas. Algo que afetaria até dez pessoas, aqui pode vitimar centenas. Por isso é importante que Salvador tenha espaço para o atendimento de múltiplas vítimas", afirmou o secretário.

Infraestrutura

O estacionamento coberto já é equipado com toda a infraestrutura de oxigênio, rede elétrica e demais características de uma emergência hospitalar. As vítimas chegam, passam por uma triagem e são encaminhadas rapidamente para as áreas verde, amarela e vermelha, identificadas e adequadas à gravidade dos ferimentos. Os familiares também são recebidos por uma equipe de assistentes sociais.

"O HGE tem equipes distintas de domingo a domingo, com seu coordenador médico, de enfermagem e todas as demais especialidades. Todas essas equipes estão sendo treinadas para atuar, independente do dia, para o atendimento de emergência em grandes desastres, sem prejuízo do atendimento normal do dia a dia", explicou o diretor-geral do HGE, André Luciano Andrade.

Parceria entre Bahia e Alemanha

O equipamento é o resultado de uma parceria entre os governos do Brasil e da Alemanha. "Nós estamos trabalhando não somente com a Europa, mas também com a Ásia, na Coreia e na China, onde vamos em março buscar investimentos para a Bahia", acrescentou Fábio Villas-Boas.

De acordo com a cônsul da Alemanha, Petra Shaeber, a parceria é um legado da Copa do Mundo. "Na preparação da Copa, sempre falamos dos legados, tanto na Alemanha, em 2006, como no Brasil. E nessa preparação, houve uma iniciativa dos dois governos de fazer um treinamento nas cidades sede para atendimento a múltiplas vítimas. E aqui foi disponibilizado este espaço, é um grande prazer estar aqui hoje e ver isso funcionando".

Fonte: Secom-HGE.

Inmetro estabelece limites para cádmio e chumbo em bijuterias e joias

Após passar por consulta pública, com a participação de toda a sociedade, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) publica no Diário Oficial da União o regulamento que estabelece limites de cádmio e chumbo na fabricação de bijuterias e joias comercializadas no Brasil. A intenção é proteger o meio ambiente contra metais pesados, resguardar a saúde do consumidor e incentivar o mercado nacional, prejudicado com a concorrência desleal dos produtos de baixa qualidade.

Integram a portaria bijuterias e joias, de uso adulto ou infantil, contas metálicas e componentes metálicos para fabricação de peças de joalheria; artigos de joalheria e de bijuteria metálicos, como acessórios para o cabelo; pulseiras, colares e anéis; piercings; relógios de pulso e outros adornos para os pulsos; abotoaduras e brincos.

O regulamento é fruto de uma articulação junto à Receita Federal e representantes da indústria do setor. No mercado nacional, bijuterias e joias não poderão ter concentrações de cádmio e chumbo iguais ou superiores respectivamente, em peso, a 0,01% e 0,03%, do metal presente no produto individualmente considerado.

"O regulamento brasileiro está alinhado com os dos Estados Unidos e Europa. Até mesmo para que o país não seja rota de produtos rejeitados em mercados mais exigentes e que possam consequentemente causar mal à saúde do consumidor brasileiro", comenta o chefe da Divisão de Articulação Externa e Projetos Especiais, Gustavo Kuster.

Segundo Kuster, resultados de ensaios em laboratórios do Inmetro com amostras de bijuterias, principalmente as importadas, acusaram a presença de metais pesados em níveis elevados. "Apesar de a migração dessas substâncias para o corpo humano ser baixa, a maior preocupação é com a contaminação do meio ambiente, principalmente quando do descarte em grandes quantidades desses produtos”, complementa.

Prazos de adequação e fiscalização com Receita Federal nas aduanas

Fabricantes, importadores terão 36 meses para adequação, após a publicação da portaria definitiva do regulamento, estando, após esse prazo, sujeitos às penalidades previstas na lei. Posteriormente, o Inmetro, por meio dos órgãos delegados, os Institutos de Pesos e Medidas em cada estado, iniciará a fiscalização.

“Será uma fiscalização técnica, onde não é verificada a presença do selo do Inmetro. Vamos recolher amostras de bijuterias e joias para avaliar a presença destes metais pesados. Teremos uma atuação muito forte em portos e aeroportos, em parceria com a Receita Federal. Um trabalho de inteligência para impedir que o produto irregular, não conforme, entre no País”, resume Gustavo.

Fonte: Inmetro.

Órgãos públicos atuam em conjunto no combate a acidentes de consumo na Bahia

A certificação compulsória de redes de proteção de janelas foi um dos temas da primeira reunião anual da Rede Consumo Seguro e Saúde RCSS-BA, realizada, na sede do Ibametro, ontem, dia 21. O assunto ganhou destaque, na mídia, após a morte de um menino de cinco anos, em novembro passado, proveniente da queda da janela de um prédio, no bairro de Brotas, em Salvador. Com isso, a RCSS-BA que acompanha os desdobramentos do caso, aprovou, na referida reunião, documento que formaliza solicitação ao INMETRO para que certifique compulsoriamente tais redes, já que atualmente elas não possuem nenhum tipo de controle no mercado. A Rede é uma articulação composta por 19 (dezenove) órgãos públicos das três esferas e entidades da sociedade civil que tem como foco o enfrentamento aos acidentes de consumo, ou seja, acidentes provocados com produtos ou serviços inseguros.

A RCSS-BA faz parte de um esforço internacional de organismos de Vigilância, Saúde, Metrologia e Defesa do Consumidor preocupados com a escalada de incidentes e lesões provocadas após utilização de determinados produtos e serviços. A Rede está acompanhando o epsódio envolvendo a morte da criança e avalia necessidade de uma certificação compulsória para o produto, envolvido em outros casos de mortes de crianças no Brasil. “Esses casos reacendem a discussão sobre essas redes de proteção no país. As pessoas se perguntam: elas são seguras? se fossem mais resistentes não impediriam acidentes? Principalmente os pais não conseguem confiar nesses equipamentos que deveriam zelar pela segurança de seus filhos. Então a nossa provocação para o Inmetro é que seja iniciado o processo de certificação compulsória desses produtos”, ressaltou o diretor-geral do Ibametro, Randerson Leal.

Estatísticas: Dados do Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac) mostram que, de 2006 a 2015, os produtos infantis respondem por 13,27 % desse tipo de ocorrência, e os eletrodomésticos lideram este ranking, com 17,92 % dos relatos. Com relação ao tipo de produto, acidentes com embalagens de lata lideram as estatísticas, com 14,6%. Superam os casos com fogões (11,5%), que vêm logo em seguida, e com escadas domésticas (3,8%).

Sobre a RCSS – BA: Coordenada pelo Ibametro, a Rede Consumo Seguro e Saúde - Bahia aprovou seu Plano de Ação para 2016 tendo como estratégias: o registro das ocorrências nos hospitais conveniados, operações conjuntas de fiscalização, adoção de sistema de alertas rápidos de acidentes, programas de orientação à população e judicialização de casos graves que lesionaram consumidores.

Como resultado da reunião de trabalho para 2016, foi deliberado que os eixos principais serão a fiscalização constante e a educação para prevenção. "Infelizmente os acidentes de consumo se tornaram uma realidade no cotidiano das pessoas. Nós entendemos que o consumidor tem o direito de não ser vítima de um acidente, ao adquirir um produto ou serviço que acreditava possuir um nível satisfatório de segurança. Nós iremos tirar do mercado e judicializar quem provocar danos ao consumidor", destacou Randerson Leal.

O consumidor poderá relatar seu acidente de consumo no site do Ibametro (http://www.ibametro.ba.gov.br/), clicando no ícone Acidentes de consumo: relate seu caso, disponível na home page.

Composição da Rede Consumo Seguro e Saúde-BA: Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade – IBAMETRO; Diretoria de Vigi-lância Sanitária e Ambiental – DIVISA; Superintendência de Proteção e Defesa do Consu-midor da Bahia – PROCON/BA; Ministério Público do Estado da Bahia, através do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Consumidor – CEACON; Defensoria Pública do Estado da Bahia; Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador – CDL Salvador; Hospital do Subúrbio; Universidade Federal da Bahia – UFBA; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia /Campus Salvador – IFBA; Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz – LACEN-BA; Centro de Informações Antiveneno da Bahia – CIAVE; Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (CVPAF) da ANVISA BAHIA; Associação Baiana de Defesa do Consumidor – ABDECON; Delegacia do Consumidor – DECON; Ordem dos Advogados do Brasil – OAB Seção Bahia, Sociedade Baiana de Pediatria – SOBAPE; Conselho Regional de Medicina da Bahia – CREMEB, Corpo de Bombeiros do Estado da Bahia e o Hospital Estadual da Criança.

Fonte: Ibametro.