quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O profissional da saúde diante do suicídio

A psicóloga Soraya Rigo fala sobre suicídio.
(Foto: Valdélia Santos)
“Ato de coragem ou de covardia?” A primeira indagação da Psicóloga Soraya Rigo sobre o suicídio já dava indícios do diálogo essencial para o entendimento do ato. Conforme aponta o Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (NEPS), do Centro Antiveneno da Bahia (CIAVE), o Brasil ocupa o 10º lugar no ranking em números absolutos de suicídio, registrando, em média, um suicídio por hora.

O tema chamou a atenção de estudantes, trabalhadores, profissionais, professores e gestores da Saúde que lotaram na tarde de terça-feira (28/10), o auditório da Escola de Formação Técnica em Saúde (EFTS), na 8ª Sessão Temática promovida pela Escola Estadual de Saúde Pública (EESP), que teve como questão “O que pode o profissional da saúde diante do suicídio? limites e possibilidades".

A explanação foi feita pela Psicanalista e especialista em Psicologia Hospitalar, Soraya Carvalho Rigo, que atua na Coordenação (NEPS/CIAVE) e possui um vasto currículo ligado ao tema. Rigo também é autora do livro “A morte pode esperar? Clínica psicanalítica do suicídio", que alimenta o debate sobre o ato de interrupção da vida.

Fatores de risco de suicídio, sinais de ideação suicida e sua interligação com depressão e outras patologias foram algumas das abordagens sobre o assunto. A explanação também salientou a importância da família no contexto suicida e, em especial, foco na instrumentalização do profissional de saúde para reconhecer os sinais e sintomas, bem como encaminhar o paciente à rede especializada. Após a apresentação, o tema foi debatido entre os presentes.
Fonte: EESP.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Envenenamento por peixe baiacu em Duque de Caxias (RJ)

Na tarde da quarta-feira (22/10), onze pessoas (sete adultos e quatro crianças) de duas famílias que se reuniram em um almoço de confraternização em Campos Eliseos, distrito de Duque de Caxias (RJ), foram atendidas na rede pública de saúde com sintomas de intoxicação alimentar decorrente da ingestão de baiacu, também conhecido como peixe-balão ou peixe-bola, animal que armazena uma neurotoxina (a tetrodotoxina) capaz de provocar a morte da vítima.
Baiacu (Foto: Correio do Estado)
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, seis adultos foram internados no Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, sendo que quatro já receberam alta; três crianças foram internados no Hospital Infantil Ismélia Silveira, tendo uma recebido alta; e duas outras crianças e um adulto, que se encontravam em estado grave, foram transferidos para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, onde encontram-se no Centro de Terapia Intensiva – CTI.
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, técnicos das Vigilâncias Epidemiológica e Sanitária do município foram ao bairro para conversar com os moradores que participavam do encontro familiar. O objetivo foi identificar a presença do pescado no local e também a pessoa que teria doado o peixe para o consumo das famílias. A equipe descobriu que os peixes tinham sido doados por pescadores.
Segundo relato de familiares, a pessoa que preparou o alimento tinha o costume de cozinhá-lo de forma segura e que as pessoas começaram a passar mal logo depois da ingestão.
Os baiacus são peixes venenosos comuns na costa brasileira. São muito fáceis de identificar devido ao comportamento de aumentarem o volume do corpo através da ingestão de ar ou água, artifício utilizado para que os seus predadores não possam engoli-los. A sua carne é bastante apreciada em determinadas regiões do Brasil.
O envenenamento provocado pela ingestão de baiacus é uma das mais graves formas de intoxicação por animais aquáticos e o veneno (a tetrodotoxina), normalmente, está em maior concentração no fígado, baço, vesícula biliar e nas gônadas do animal, podendo provocar a morte em poucos minutos, após o consumo.
 A tetrodotoxina é uma toxina termo-estável, que não sofre ação pelo cozimento, lavagem ou congelamento. A sua concentração é maior em fêmeas em época reprodutiva.

As manifestações clínicas surgem em algumas horas após a ingestão, consistindo em dormência nos lábios e na língua, dormência na face e nas extremidades, tontura, dor de cabeça, diarreia, dor abdominal, fala arrastada, vômito e dificuldade para caminhar, dentre outros sintomas. Com o agravamento das manifestações neurológicas, surgem convulsões, dificuldade em respirar e parada cardiorrespiratória, que pode ocorrer nas primeiras 24 horas. A morte pode ocorrer devido à paralisia muscular, depressão respiratória e falência circulatória.
Fonte: Ciave. Leia mais.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Suicídio será tema de sessão temática da EESP

Levando em consideração que 40% das pessoas que se suicidam procuram um serviço de saúde geral entre dois e sete dias antes do praticar o ato, faz-se necessário a discussão em torno da questão, visando a instrumentalização do profissional de saúde para reconhecer os sinais e sintomas, bem como encaminhar o paciente à rede especializada.

Nesta perspectiva, a Escola Estadual de Saúde Pública (EESP) promove a 8ª Sessão Temática tendo como foco: "O que pode o profissional da saúde diante do suicídio? limites e possibilidades".

O evento ocorrerá no próximo dia 28, de 13h30m às 17h00, no auditório da Escola de Formação Técnica em Saúde Professor Jorge Novis (EFTS). O horário entre 13h30m e 14h00 será destinado ao credenciamento dos participantes.

O encontro será conduzido através da apresentação da psicóloga Soraya Rigo Carvalho, psicanalista e especialista em Psicologia Hospitalar; idealizadora e coordenadora do Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (NEPS), serviço ligado ao Centro Antiveneno da Bahia (Ciave); membro da Associação Científica Campo Psicanalítico de Salvador; membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano - Brasil; membro da IF - Internacional dos Fóruns; Membro do GT de Suicídio da ULAPSI - União Latino-americana das Entidades de Psicologia, e autora do livro "A morte pode esperar? - Clínica psicanalítica do suicídio".

Após a apresentação, o tema será debatido com a plenária para a troca de experiências no contexto do SUS. O evento tem como público-alvo: estudantes, trabalhadores, profissionais, professores e gestores da Saúde e/ou aqueles que tenham interesse no tema proposto.

As inscrições para participação serão exclusivamente presenciais, no horário já citado. Os primeiros inscritos terão prioridade, de acordo com a capacidade física do local em que será realizado o evento. O evento é gratuito. Todos os participantes serão certificados.

A EFTS fica na Avenida Cardeal da Silva, Nº. 1339, Federação, próximo à Escola Gurilândia.

Fonte: EESP 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

PRF apreende 3 toneladas de agrotóxicos ilegais

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, no final da tarde de sexta-feira (17), três toneladas de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai.  A carga ilegal e totalmente prejudicial à saúde humana e do meio ambiente estava em uma carreta Volvo/FH, conduzida por um homem de 42 anos.

O motorista foi interceptado durante uma fiscalização de rotina da PRF no km 258 da BR-364, próximo ao município de Juscimeira (a 165 km de Cuiabá). A carga dos defensivos agrícolas é avaliada em quase R$ 1,5 milhões.

Segundo a PRF, o carregamento seria levado a Sinop (a 500 km de Cuiabá). O condutor da carreta foi detido e a ocorrência foi encaminhada à Polícia Rodoviária de Rondonópolis.  

De acordo com policial rodoviário, Ênio Cléber, o crime é de natureza gravíssima, pois os agrotóxicos não são selecionados e podem provocar sérios danos à saúde humana e ao meio ambiente ao contaminar o lençol freático.

Para  exemplificar os malefícios do produto ele citou a pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso que, há dois anos, detectou presença de agrotóxicos no leite materno de mulheres  de Lucas do Rio Verde (a 333 km de Cuiabá) – município que  é referência no Estado em produção agrícola. “Ou seja, os danos à sociedade que esses agrotóxicos podem causar são imensuráveis”.

Fonte: O Documento

domingo, 19 de outubro de 2014

Professor da FG publica pesquisa sobre efeitos neuropsicológicos em adultos expostos ao manganês

professor gustavoO Manganês (Mn) é um elemento essencial aos seres humanos e, devido a esta essencialidade, seus níveis são mantidos em concentrações biológicas ótimas através de um mecanismo homeostático eficaz. O excesso de Manganês no organismo, por outro lado, é prejudicial e pode desencadear alterações no sistema nervoso central, já que trata-se de um elemento potencialmente neurotóxico.
A avaliação da exposição ambiental ao Manganês foi tema de pesquisa feita pelo professor Gustavo Viana, docente do colegiado de Farmácia da FG. Com o tema “Avaliação da exposição ambiental ao manganês por marcadores não invasivos e efeitos neuropsicológicos em adultos”, o trabalho foi apresentado no V Congresso Brasileiro de Toxicologia Clínica, que ocorreu em setembro de 2014, em Salvador.

O projeto de pesquisa foi fruto de uma parceria entre o Laboratório de Toxicologia da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Instituto de Psicologia da UFBA. A pesquisa foi desenvolvida na região de Simões Filho, interior baiano, em duas comunidades expostas ambientalmente por via atmosférica ao Manganês.
Na pesquisa, foi demonstrado um comprometimento na memória e em funções cognitivas em adultos expostos, de forma que quanto maiores os níveis biológicos do Manganês, maior o comprometimento nessas funções neuropsicológicas. A pesquisa ainda contou com um caráter inédito em nível internacional, pois os resultados sugerem novos biomarcadores para se avaliar o comprometimento neuropsicológico de pessoas expostas ambientalmente a este metal neurotóxico.
Os resultados também foram publicados recentemente em uma revista de alto impacto internacional, a Toxicology Letters – revista especializada na área da toxicologia, que tem por objetivo publicar resultados de pesquisas inovadoras na referida área. Trata-se de uma revista indexada com alto fator de impacto e com a maior avaliação dentre os critérios estabelecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – Qualis A1.
A pesquisa contou com a co-autoria de pesquisadores da UFBA; e com a participação dos pesquisadores Chrissie Ferreira, Lorena Nunes, Juliana Rodrigues, Nathália Ribeiro, Diego Almeida, Junia Ferreira, Neander Abreu e José Antonio Menezes Filho.
O professor Gustavo Viana destaca a importância do incentivo à pesquisa científica ainda na graduação para a produção de conhecimento. “A participação em eventos científicos como este é de grande importância para o docente, pois é uma oportunidade para apresentar os resultados de seus trabalhos de pesquisa e, ao mesmo tempo, se atualizar na área”, afirmou.

Fonte: Faculdade Guanambi.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Trabalhos de Técnicos do Ciave Recebem Menção Honrosa

Na tarde da quarta-feira (15/10), ocorreu o encerramento do "Curso de Aperfeiçoamento em Metodologia do Trabalho Científico em Saúde", promovido pela Escola Estadual de Saúde Pública Professor Francisco Peixoto de Magalhães Netto (EESP), da Superintendência de Recursos Humanos da Saúde (SUPERH), Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), com a presença da Vice-diretora da EESP, Jamile Lima, da Coordenadora do Curso, Adriana Brendler Romano, além das mediadoras Cristiane Firpo, Cristiane Sampaio e Lilia Lima.

O curso totalizou 198 horas de atividades ao longo de sete meses, dividas em 11 oficinas presenciais e o cumprimento de uma parte da carga horária à distância e teve o objetivo de qualificar trabalhadores, residentes e estudantes da saúde e afins para o desenvolvimento da pesquisa científica nas áreas de trabalho em que atuam.

Nos dias 14 e 15, dezessete trabalhos desenvolvidos pelos discentes ao longo do curso foram julgados e certificados por uma banca formada pelo corpo docente da EESP e convidados de outras instituições. Dentre os trabalhos analisados, cinco receberam menção honrosa pela sua estruturação e conteúdo. Os destaques foram para os discentes Jucelino Nery da Conceição  Filho (Ciave), Sabrine Cortiana Rodrigues Lima, Itamar de Almeida Cardoso, Edilúcia da Souza Salomão (Ciave) e Larissa Brito Macedo.

O farmacêutico Jucelino Nery apresentou o projeto de pesquisa intitulado “Determinação de Valores de Referência da Atividade das Colinesterases Sérica e Eritrocitária na População de Salvador” e a enfermeira Edilúcia Salomão, “Perfil dos Adolescentes que Tentaram o Suicídio por Ingesta de Substâncias Tóxicas”.


Fonte: Ciave.

Técnicos do Ciave participam de Curso de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos

Técnicos do Ciave participaram como tutores do Curso de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos para construção de Metodologias e Práticas Integradas, realizado em Salvador pela Diretoria de Vigilância à Saúde (Divisa), em parceria com a Diretoria de Vigilância à Saúde do Trabalhador (Divast), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), no período de 8 a 10 de outubro, no Hotel Bahiamar.


Participaram do evento representantes das Diretorias de Vigilância à Saúde (Divisa/Saúde Ambiental), de Saúde do Trabalhador (Divast), de Vigilância Epidemiológica (Divep), de Informação em Saúde (DIS), da Atenção Básica (DAB) e do Centro Antiveneno (Ciave), órgãos da Sesab, além de técnicos de Diretorias Regionais de Saúde (Dires) e municípios prioritários, na questão dos agrotóxicos, da 25ª Dires (Barreiras, Luis Eduardo Magalhães, São Desidério, Riachão das Neves e Formosa do Rio Preto); da 26ª Dires (Correntina, Côcos e Jaborandi); da 18ª Dires (Itaberaba); da 13ª Dires (Jaguaquara) e 15ª Dires (Canudos).

O curso foi planejado para capacitar as equipes regionais e municipais para o desenvolvimento de ações integradas de Vigilância da Saúde de Populações Expostas aos Agrotóxicos em áreas definidas como prioritárias, incluindo a identificação no território a utilização de agrotóxicos e seus impactos na saúde da população; capacitação para o manejo dos sistemas de informações de interesse para a vigilância da saúde de populações expostas aos agrotóxicos; capacitação em metodologias integradas de intervenção em vigilância da saúde (utilizando a metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas - ABP); revisão e validação dos fluxos de atenção e vigilância da saúde de populações expostas aos agrotóxicos e pactuação e planejamento das ações de acompanhamento e monitoramento das ações e fluxos nos territórios e construção dos planos de ação na região de saúde.

A opinião dos participantes era unânime ao final do curso, considerando que este foi um sucesso e muito rico! A equipe de técnicos da Sesab irão se reunir em breve para realizar uma avaliação do curso e definir os encaminhamentos.

A programação do evento:
08 de Outubro
8h – 8h30: Abertura
8h30 – 8h45: Dinâmica de apresentação dos participantes
8h45 – 11h30: Construção em grupos do levantamento de 3 problemas prioritários das regiões (importância e governabilidade) - a partir da cartografia elaborada previamente pelas equipes (SMS - Visau, AB/SF e Cerest e Dires)
11h30 – 12h30: Construção coletiva da árvore de problemas
12h30 – 14h00: Almoço
14h – 17h Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) (estudo de 3 casos relacionados ao uso e exposição a agrotóxicos - atividade em grupo orientada por equipe de tutores/facilitadores)

09 de Outubro (2º dia)
8h – 12h: Discussão em plenária dos trabalhos em grupos relativos ao estudo de casos
12h – 13h30: Almoço
13h30 – 15h - Apresentação e exercício sobre os principais sistemas de informação em Saúde como ferramenta para a Vigilância e Assistência à Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos
15h – 15h40 - Mapeamento de território - exposição dialogada
15h40 – 17h - Discussão sobre a produção e manejo das informações de interesse para a VISAU e atenção à saúde de populações expostas a agrotóxicos

10 de Outubro (3º dia)
8h – 8h15: Apresentação da Metodologia do trabalho sobre fluxos
8h15 – 10h - Discussão dos fluxos
10h – 10h30 - Apresentação dos resultados dos trabalhos dos grupos
10h30 – 11h - Discussão dos resultados apresentados
11h – 12h - Painel com debatedores para discutir metodologias e práticas integradas de atenção e vigilância e intervenção
12h – 13h: Almoço
13h – 15h - Painel com debatedores para discutir metodologias integradas de atenção e vigilância e intervenção (continuação)
15h – 16h - Pactuação e planejamento das ações de acompanhamento e monitoramento das ações e fluxos nos territórios
16h - Encerramento

Fonte: Ciave

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Bahia registra mais um óbito por ataque de abelhas: Serra Preta

Mais um óbito por ataque de abelhas foi registrado no Estado. Desta vez, a vítima foi o lavrador Afonso Araújo, lavrador de 73 anos, residente no distrito de Ponto, em Serra Preta, a 155 km de Salvador.
O idoso foi atacado no final da madrugada desta quarta-feira (15/10), sendo encontrado sem vida por volta das 5h30min. Segundo o seu irmão, que o encontrou, as abelhas eram criadas por um apicultor em um pasto próximo e moradores já tinham solicitado a retirada dos insetos para evitar ataque aos gados e a pessoas.

Segundo relato, a sobrinha do lavrador, Laiane dos Santos Silva, 28 anos, já tinha sido atacado anteriormente pelo enxame quando estendia roupa no varal.

Equipe do Corpo de Bombeiros de Feira de Santana esteve no local para fazer a retirada da colmeia, pois, quem tentava se aproximar também era atacado. O corpo do lavrador foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana.

De acordo com o Centro de Informações Antiveneno (CIAVE), órgão da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), só no primeiro semestre desse ano foram notificados 260 casos de acidentes causados por abelhas.

Fonte: Ciave. Leia mais.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Ibama cria sistema de comunicação de acidentes ambientais em tempo real


Foto: Dipro/Ibama
O Ibama lançou um novo Sistema de Comunicação de Acidentes, pelo qual os empreendedores têm de informar emergências ambientais imediatamente após o ocorrido.   A Instrução Normativa instituindo o Sistema Nacional de Emergências Ambientais – Siema foi publicada nesta terça-feira (07) no Diário Oficial da União. A nova ferramenta vai permitir a qualquer cidadão, empresa ou governo fazer comunicados sobre acidentes ambientais e acompanhar as medidas tomadas, além de consultar mapas interativos, dados estatísticos em todo o País.

Fernanda Pirillo, coordenadora geral de emergências ambientais, explica que o Siema vem modernizar a forma de comunicação utilizada até o momento. O Siema gerará relatórios e dados estatísticos sobre os acidentes, agilizando a análise das informações e direcionando as ações de controle ambiental. 

A Lei 9.966, de 28 de abril de 2000, obriga no artigo 22 que qualquer incidente ocorrido em portos organizados, instalações portuárias, dutos, navios, plataformas e suas instalações de apoio, que possa provocar poluição das águas sob jurisdição nacional, deverá ser imediatamente comunicado ao órgão ambiental competente, à Capitania dos Portos e ao órgão regulador da indústria do petróleo, independentemente das medidas tomadas para seu controle. O registro dos acidentes passam por uma análise do Ibama para as providências necessárias e acompanhamento das medidas de contingenciamento.Os comunicados que não se configurarem em acidente ambiental serão arquivados.

Os casos de comunicação obrigatórias são o derramamento de óleo e demais casos exigidos no licenciamento ambiental federal. Os dois casos exigem tipos de registro diferentes. O preenchimento dos formulários de comunicação não são obrigatórios para  Estados e município,  caso de empreendimentos ou atividade envolvida tenha sido licenciada por eles. Os órgãos estaduais e municipais que se interessarem por esse Sistema, poderão também fazer uso do Siema por meio de acordo de cooperação firmado previamente com o Ibama, conforme parágrafo único do art. 6° da IN. 

O sistema já está disponível no site do Ibama, porém a Instrução Normativa n.° 15/2014 dá o prazo máximo de 90 dias para que os empreendimentos ou atividades licenciadas ou autorizadas pelo Ibama se adequem a norma. 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Cidadãos vítimas de abelhas têm dificuldade de obter socorro


Quem eventualmente sofrer ataque de abelhas ou encontrar colmeias em áreas não públicas terá dificuldade de obter ajuda de órgãos governamentais. Atualmente, Salvador não tem instituições públicas oficialmente com esta atribuição.

Em setembro, moradores de residências no Campo Grande e Federação foram atacados por abelhas de colmeias existentes em terrenos baldios próximos. No Campo Grande, quatro cães morreram e três pessoas ficaram feridas; na Federação, duas pessoas foram hospitalizadas. A orientação das autoridades foi que procurassem serviços particulares para a retirada das colmeias.

O preço do serviço varia de R$ 300 a R$ 700, nem sempre ao alcance de muita gente. Segundo a assessoria de comunicação do Centro de Controle de Zoonoses (vinculado à Secretaria Municipal de Saúde - SMS), o órgão não atua nessas ocorrências.

Já a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental e o Corpo de Bombeiros deram resposta semelhante. Ambos seguem artigo 8º da Instrução Normativa nº 141 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que apenas faculta o serviço aos órgãos de segurança pública. A instrução é de 19 de dezembro de 2006, publicada no Diário Oficial da União.

"A Polícia Militar da Bahia, quando não há prejuízo do cumprimento da sua atividade, atende na medida do possível às demandas, em solidariedade à população, devido a existência de lacuna no referido atendimento", informou a assessoria, em nota.

Período favorável

A docente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Maria das Graças Vidal atribui os ataques à chegada da primavera. "Este é o período de reprodução da abelha, o que causa aumento da população e maior recorrência da formação de enxames", ressaltou.

Advertiu que não se deve jogar água, pedras nem fazer barulho perto das colmeias. Quando notadas, um serviço especializado deve ser acionado. "A distância mínima a ser mantida por seres humanos é de 200 metros. Para animais de estimação, 500 metros", alertou a especialista.

Fonte: A Tarde.com .

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Produtores são orientados a prevenir doença causada pelo cultivo do fumo

Foto: paranaagronegocio.blogspot.com
O início da colheita do fumo se aproxima e aumenta a preocupação com os casos de intoxicação dos agricultores por nicotina. Com vestimenta apropriada é possível evitar o problema.
A doença da folha verde do tabaco foi oficialmente registrada no Brasil pela primeira vez em 2007, na região fumageira de Arapiraca, em Alagoas. Em 2008 foram identificados casos na região central do Rio Grande do Sul.
A doença é causada por uma intoxicação e atinge os produtores que trabalham na colheita. Os sintomas são dor de cabeça, tontura, vômito, fraqueza e dor abdominal. O médico Jordel Alves é um dos especialistas sobre o assunto no Brasil e explica que a intoxicação acontece por meio da absorção da nicotina presente na folha do tabaco, que tem uma concentração maior.
Mesmo quando não há orvalho, nem chuva, há risco de contaminação porque a colheita acontece nos meses entre a primavera e o verão. Os dias quentes facilitam a transpiração e aí, se o suor entrar em contato com o tabaco, há liberação de nicotina.
Oladi Lúcio Schreder tem uma propriedade de 15 hectares em Vale do Sol, região central do Rio Grande do Sul. Ele não esquece do dia em que a mulher e os filhos ficaram doentes. “Ele sentia ânsia de vômito, tontura, diarreia e tinha pouco apetite”, diz.
Para evitar a doença, Oladi agora usa uma vestimenta que é o único método que impede a intoxicação. A roupa tem calça, blusa, luvas e botas. Todo o material é impermeável, para impedir que a nicotina entre em contato com a pele e a cor é um verde bem claro, para não ficar muito quente para o produtor na hora de fazer a colheita.
Devido aos altos índices da doença, o Sindicato das Indústrias do Tabaco está fazendo um trabalho de conscientização. Eles levam as roupas até as propriedades, que são vendidas a preço de custo, cerca de R$ 25, e também explicam para os produtores a importância de vestir todas as peças.
O uso da roupa de colheita ainda não é obrigatório por lei, mas Oladi já comprou 12 unidades e não deve tirar o uniforme até terminar de colher todo o fumo que está na lavoura. “Tem que usar porque é preventivo, para não adoecer e acontecer o mal estar. Na minha opinião tem que usar, queira ou não queira”, diz.
Fonte: Globo Rural.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Palmeira é retirada de escola em MT após intoxicação de alunos

Imagem: G1.
Uma palmeira foi retirada da Escola Municipal Renê Barbour, em Nova Olímpia, a 207 km de Cuiabá, após ter causado intoxicação nos alunos. Segundo a prefeitura da cidade, a medida foi tomada depois que os pais dos alunos e a direção da unidade procuraram o Ministério Público Estadual (MPE) pedindo providências com a alegação de que os estudantes teriam se intoxicado após contato com a planta.
A aposentada Laurinda Lima do Carmo disse que os pais se mobilizaram para que a palmeira fosse cortada antes que alguma criança tivesse outra lesão mais grave. “É um perigo e tem que ser cortada pela raiz, porque já é o segundo ano que acontece isso”, afirmou.
A direção da escola acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para socorrer as crianças que passaram mal no local. No hospital, após alguns exames foi comprovado a intoxicação pela palmeira. O número de crianças intoxicadas não foi informado.
Do lado de fora da escola, era possível ver de longe a palmeira que ficava no jardim do colégio. A planta era conhecida popularmente como 'rabo de raposa'. A estudante Lauriane Vieira Nunes, alegou que ficou com alergia depois de ter brincado com alguns frutos da palmeira. “Minha perna e minha boca começaram a adormecer. Tive falta de ar, minha mão ficou toda empolada e fui duas vezes ao médico”, contou.
Além das crianças, o auxiliar de serviços gerais da escola, João Júlio da Silva, que cortou os cachos da planta também teve alergia. “Eu cortei e arrastei para fora. Mas eu não estava aguentando porque começou a arder todo meu corpo”, disse o funcionário.
A diretora da escola Léa Brizolla de Camargo recorreu ao Ministério Público porque, à princípio, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente havia se recusado a eliminar a árvore. “Fiz um ofício e entreguei para o chefe do meio ambiente pedindo a retirada da palmeira, porque estava dando muitos problemas para as crianças. E ele mandou um documento dizendo que não iria cortar porque existia apenas a suspeita de que os sintomas fossem por causa da árvore”, afirmou.
Contudo, o coordenador do Meio Ambiente, Valdeci dos Anjos Gonçalves, disse ter orientado a prefeitura a retirar a palmeira da escola. “Decidimos evitar outros casos futuros e iremos retirar a palmeira de todos os centros educacionais", pontuou.
Fonte: G1.