quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Lançado o atlas "Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia"

Ocorreu nesta segunda-feira (27/11) o lançamento do "Atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Européia", elaborado pela Profa. Larissa Mies Bombardi, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Trata-se de um levantamento detalhado de dados sobre o consumo de agrotóxicos no Brasil, baseado em fontes oficiais, e compara a situação no Brasil com o que acontece na União Européia. O atlas é rico em infográficos, os quais facilitam a compreensão e a visualização das informações abordadas.

Consiste em um material rico em informações e que deve ser lido por todos, independente da área de atuação, pois consiste em um importante instrumento de conscientização, além de servir de suporte para políticas públicas que envolvam a proteção da população exposta aos agrotóxicos.

O Atlas é disponibilizado no formato digital para download gratuito no link: https://drive.google.com/file/d/1ci7nzJPm_J6XYNkdv_rt-nbFmOETH80G/view  ,
ou para compra no formato impresso, a partir do dia 11/12/2017, no blog https://www.larissabombardi.blog.br/atlas2017 .

Fonte: Ciave.

sábado, 25 de novembro de 2017

1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde é adiada

A etapa nacional da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNS) foi adiada. A data do evento, que iria ocorrer entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro deste ano, ainda não está definida.

O adiamento foi motivado por judicializações no processo licitatório para a realização da Conferência.

Encontro

A proposta da 1ª CNS é reunir representantes de todas as regiões do país para discutir uma política nacional de vigilância em saúde, que inclui também a vigilância sanitária. Para a Conferência, a Anvisa organizou nove propostas de diretrizes para consolidar as ações de promoção e proteção da saúde da população.

As propostas da Anvisa são voltadas para a construção de uma política nacional e que considerem o tamanho do país e suas diferenças. O texto foi construído a partir de discussões realizadas com estados e municípios. Ao todo foram três conferências livres que ocorreram em junho deste ano.

Conheça as propostas da Anvisa para a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde.

Simpósio aborda a Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos

Salvador sedia entre os dias 5 e 7 dezembro, o Simpósio Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos, o Expo VSPEA. O evento irá apresentar as experiências de sucesso desenvolvidas no País neste segmento. Dos 20 trabalhos selecionados para apresentação, cinco são de técnicos da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Desde 2008, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, o que vem gerando impactos adversos na saúde humana e no meio ambiente. Segundo Ruy Muricy de Abreu, técnico da Coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental (Coviam) da Sesab, vários estudos científicos em diversos países têm evidenciado a relação entre o uso de agrotóxicos e diversas doenças, a exemplo de leucemias e outros cânceres; alterações neurológicas (como Doença de Parkinson); lesões no fígado, pele e pulmão; alergias, alterações hormonais, problemas comportamentais e de saúde mental.

Outros estudos ainda sugerem alterações genéticas e má formação em animais. “Esses venenos estão presentes no nosso dia a dia e podem contaminar, também, o solo, o ar, os alimentos, a água e a vida animal”, afirma Ruy Muricy, que é engenheiro agrônomo. Ele ressalta que ainda há uma invisibilidade para a dimensão do problema. “Existe uma subnotificação de casos de intoxicação, sobretudo, do trabalhador rural e seus familiares, que diariamente se expõem aos venenos agrícolas”, destaca.

Além da mostra de trabalhos, o Expo VSPEA terá palestras do agrônomo Luiz Cláudio Meirelles, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e da coordenadora geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, Thais Cavendish.

Palestras
O tema da palestra de Meirelles será “A Realidade Silenciosa dos Impactos dos Agrotóxicos na Saúde Humana e no Meio Ambiente”. Já Cavendish vai falar sobre “A Implementação da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA)”.

O objetivo principal do Expo VSPEA é a troca de experiências e capacitação de profissionais de saúde para fortalecer as ações integradas e articuladas em saúde pública.

O simpósio é promovido através de uma parceria entre a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS). O evento é voltado para profissionais da saúde pública que atuam em Vigilância e Atenção à Saúde nas diferentes esferas: municipal, regional, estadual e federal.

Haverá representantes dos nove Núcleos Regionais de Saúde e 40 municípios prioritários da Bahia. As inscrições são gratuitas. Quem ainda não foi comunicado sobre o evento e tem interesse em participar pode procurar os coordenadores regionais de saúde ou a secretaria municipal da cidade onde atua. Também pode entrar em contato com a Coviam pelo e-mail: divisa.coviam@gmail.com ou pelo telefone (71) 3270-5772/ 5806. O local em Salvador onde será realizado o Expo VSPEA será divulgado em breve.

Programação:

 

 


Fonte: Divisa/Sesab.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O CIAVE esteve presente no I Congresso Norte-Nordeste de Medicina de Emergência

O CIAVE teve representação no I Congresso Norte-Nordeste de Medicina de Emergência, I Congresso Norte-Nordeste de Enfermagem de Emergência e I Congresso Norte-Nordeste das Ligas Acadêmicas de Emergência, que ocorreram em Teresina (PI), no período de 16 a 18 de novembro.

O Congresso de Medicina de Emergência foi promovido pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência - ABRAMED e teve como objetivo discutir as principais situações que envolvem o atendimento inicial ao paciente no Pré-Hospitalar e no Pronto-Socorro.

Emergências cardiológicas, politraumatismo, regulação de leitos foram alguns dos temas abordados no evento.

O tema "emergências toxicológicas", eventos com grande impacto nos serviços de saúde, foi abordado por Edilúcia Salomão, enfermeira do Ciave, em dois momentos: no mini curso pré-congresso de Atendimento Inicial ao Paciente Intoxicado (16/11) e em palestra sobre Emergências Toxicológicas (18/11).

Fonte: Ciave.

domingo, 19 de novembro de 2017

Soro contra picada de animais ganha regra específica

Produtos como o soro utilizado no tratamento de picadas de cobra e de escorpião ganharam regras específicas para sua fabricação e registro. A norma publicada pela Anvisa é a primeira que trata de forma específica este tipo de produto.

Conhecido como soros hiperimunes, estes medicamentos são fabricados de forma bem específica, com o uso do plasma (sangue) de outros animais. Entre os soros hiperimunes mais conhecidos estão os soros antiofídico, contra veneno de cobra, antirrábico, que protege contra a raiva e o antiescorpiano, contra picada de escorpião.

O antídoto para um veneno de cobra, por exemplo, é fabricado com a injeção do veneno de cobra em um animal como o cavalo. A partir daí o sangue do cavalo é coletado, separado e processado dando origem ao soro que será utilizado em pessoas vítimas de picada de cobra.

Por ter este tipo de produção tão diferente, a Anvisa decidiu editar uma norma específica para estes soros. Até então os soros hiperimunes seguiam as regras gerais para fabricação de medicamentos biológicos.

Uma das diferenças é a dificuldade de se elaborar estudos clínicos para estes produtos já que não existem comparadores no mercado. A nova norma traz critérios mais flexíveis para a comprovação de eficácia e segurança que levam em consideração as suas características de produção e uso.

Garantia de soro para o SUS
Em geral, soros deste tipo não despertam o interesse de grandes laboratórios, mas são fundamentais para garantir o tratamento às vítimas de animais e insetos peçonhentos.

Hoje existem 31 soros registrados no Brasil, todos de laboratórios público: Funed (MG), Instituto Butantan (SP), Instituto Vital Brasil (RJ) e o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI-PR).

A consulta pública que baseou a norma recebeu 123 contribuições, das quais 97 foram aceitas e consideradas na redação final. A nova resolução RDC 187/2017 não afeta os produtos que já estão no mercado.

Confira RDC 187/2017 que define regras para soros hiperimunes.

Confira os principais pontos e justificativas da norma sobre soros hiperimunes.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Ciave alerta para boato sobre aparecimento de nova espécie de cobra em Itaparica

Cobra do deserto. (Imagem: thewildhanbury) 
O Centro de Informações Antiveneno (Ciave), centro estadual de referência em Toxicologia e órgão da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), alerta para mais um boato que está circulando em diversos grupos de mídias sociais. Segundo a informação que está sendo propagada, “uma nova espécie de cobra está tirando a paz dos banhistas na ilha de Itaparica principalmente na praia de barra grande onde foi encontrado o maior numero da espécie ,pois se trata de uma espécie muito venenosa, muito cuidado ao trafegar na areia ,ela ataca com muita facilidade.”

Segundo Jucelino Nery, farmacêutico do Ciave e coordenador do Programa de Acidentes por Animais Peçonhentos na Bahia, esta notícia não passa de um “fake”, ou seja uma notícia falsa. Além dos fortes indícios de boato por conta das características da notícia e do vídeo divulgado mostrar uma víbora do Deserto do Saara, inexistente no Brasil, a questão foi verificada junto aos serviços de vigilância epidemiológica dos municípios de Itaparica e Vera Cruz, não havendo nenhum registro do suposto aparecimento.

Ainda segundo Jucelino Nery, no Brasil existem apenas quatro gêneros de serpentes peçonhentas: Bothrops (que são as jararacas), responsáveis por cerca de 90% dos acidentes ofídicos; Crotalus (as cascavéis), cerca de 8% das ocorrências; Lachesis (as surucucus), correspondentes a 1,5%; e o Micrurus (as corais), responsáveis por 0,5% dos acidentes.

No caso de picada por qualquer animal peçonhento (serpente, aranha, escorpião, abelha, ou qualquer outro deste grupo) deve-se procurar imediatamente uma unidade de saúde para o tratamento adequado. Jucelino ressalta que não se deve passar nada no local, além de água e sabão, muito menos usar torniquete, fazer cortes ou sugar o local da picada.

O Ciave conta com uma equipe de plantão 24 horas por dia, que pode ser contatada através do número 0800 284-4343, para prestar orientações à população quanto às medidas de prevenção e primeiros socorros, assim como aos profissionais de saúde em relação ao diagnóstico e tratamento referentes a envenenamentos.

Fonte: Ciave.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Sistema de toxicologia será apresentado nesta segunda

Na próxima segunda-feira (13/11), a Anvisa irá apresentar o Sistema de Peticionamento da Toxicologia, o Siptox. O evento será aberto ao público e irá ocorrer no auditório da Anvisa a partir das 9h. O encerramento está previsto para às 17h.

O Siptox dará suporte ao peticionamento simplificado eletrônico estabelecido na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 184/2017. A norma entra em vigor na sexta-feira, 17 de novembro.

O encontro tem por objetivo apresentar o sistema a pontos focais do setor regulado e responder dúvidas sobre o assunto. O treinamento irá abordar os pontos mais importantes da RDC, as definições trazidas pela norma, as condições para o uso do sistema, seus conceitos e como usar a ferramenta de peticionamento eletrônico para processos de registro e pós-registro que serão submetidos à avaliação toxicológica via peticionamento simplificado. Durante a apresentação, também será demonstrada a migração de petições convencionais para o novo modelo.

O evento também será transmitido, ao vivo, pelo link: https://join-noam.broadcast.skype.com/anvisa.gov.br/87f4677433594e71a8ef5b54c543ebe4. Também por este link, você poderá assistir à integra da reunião após o evento.

Fonte: Anvisa.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Concluída avaliação do Benzoato de Emamectina

As informações sobre o ingrediente ativo foram publicados nesta segunda-feira (6/11) no Diário Oficial da União.

A Anvisa publicou, nesta segunda-feira (06/11), a conclusão da avaliação toxicológica do ingrediente ativo Benzoato de Emamectina (B55) e do respectivo produto formulado Proclaim 50®, para fins de registro junto ao Ministério da Agricultura.  As informações estão no Diário Oficial da União.

O produto pertence ao grupo químico avermectina e à classe dos inseticidas, com uso agrícola para a aplicação foliar nas culturas de algodão, feijão, milho e soja. O ingrediente ativo foi enquadrado na Classe Toxicológica I, extremamente tóxico, devido ao resultado do estudo de irritação ocular.

Atualmente, este produto tem registro em vários países, incluindo Estados Unidos, Austrália, Japão e Comunidade Europeia.

A proposta de Resolução que incluiu o Benzoato de Emamectina na relação de monografias dos ingredientes ativos de agrotóxicos passou por 30 dias de Consulta Pública (CP 395/2017). Foram recebidas oito contribuições sobre o tema, sendo que cinco foram acatadas, duas não foram acatadas e uma se tratava de questionamento quanto a características toxicológicas do produto.

Histórico
Em 1 de abril de 2003, a Anvisa recebeu o primeiro pedido de avaliação toxicológica do Benzoato de Emamectina para fins de registro do produto como agrotóxico. A solicitação foi feita nos termos da Lei 7.802 de 1989, que não contemplava o alvo Helicoverpa armígera.

Este pedido foi indeferido em 10 de fevereiro de 2010, tendo em vista os efeitos neurotóxicos observados e a existência de outros produtos já registrados e com menor toxicidade utilizados para o mesmo fim.

Em 2013, após decretar emergência fitossanitária para conter a praga quarentenária A-1 Helicoverpa armígera, o Ministério da Agricultura liberou, em caráter emergencial, o uso do produto por meio da Instrução Normativa nº 13.  Na oportunidade foi protocolado pela empresa novo pedido de registro do referido produto.

Com isso, o Ministério da Agricultura, por meio do Ato nº 01/2016, incluiu o Benzoato de Emamectina na lista de produtos prioritários de análise. O fato determinou o início da avaliação toxicológica pela Anvisa. Este novo pedido trouxe outras questões relevantes do ponto de vista técnico-científico para o entendimento dos aspectos toxicológicos do produto em relação à saúde humana. Exemplo disso foram as novas evidências sobre neurotoxicidade, que afastaram os riscos antes identificados pela Anvisa em 2010, quando o produto foi indeferido.

Regras para registro
Para serem utilizados no Brasil, os agrotóxicos devem ser registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atendendo as diretrizes e exigências dos órgãos responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura. Neste processo, a Anvisa é responsável pela avaliação dos aspectos toxicológicos e de risco de exposição a este tipo de produto, o Ibama pelos aspectos ecotoxicológicos e a eficiência agronômica do produto é avaliado pelo Mapa.

Clique aqui e acesse a monografia do ingrediente ativo Benzoato de Emamectina (B55).

Fonte: Anvisa.