terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Comércio de Medicamentos Falsificados no Brasil


Cerca de 30% dos medicamentos que circulam no Brasil são medicamentos falsificados. O alerta vem do presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, ETCO, Roberto Abdenur, com base em dados oriundos da Organização Mundial da Saúde, OMS.

“Esse comércio ilegal envolve cifras que oscilam anualmente entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões, provenientes do comércio de medicamentos que resultam de roubo, contrabando, distribuição de remédios falsos ou ilegais. Apenas os falsos chegam a cerca de 30% dos remédios em circulação no Brasil, de acordo com a OMS”.  


E acentua,  “no mundo, a taxa média é de 10%. Para se ter uma ideia da força dessa indústria do risco, apenas no primeiro semestre de 2011 a apreensão de mercadorias por contrabando, falsificação e pirataria aumentou em 51% em relação ao mesmo período de 2010, segundo a Receita Federal”, e acrescenta: “Um dado por si só alarmante, mas que fica ainda pior quando se dirige um olhar apenas às cargas de medicamentos apreendidas e se chega ao assustador crescimento de 180,5% em comparação com o ano anterior”.
 
Roberto Abdenur ressalta que a situação envolvendo medicamentos falsificados percorre a América Latina, Sudeste da Ásia e África. Segundo ele, dados da OMS apontam que 30% da comercialização de medicamentos nessas localidades são ilegais. Abdenur destaca a situação que põe em cheque a saúde do brasileiro.
 
 “Podemos observar tanto a atuação de falsificadores em menor escala quanto do crime organizado, uma vez que a fabricação de medicamentos falsificados tornou-se extremamente rentável. 
 
Na maioria dos países as sanções contra a produção de medicamentos falsificados são muito mais brandas do que aquelas aplicadas às drogas ilegais”. 
 
O presidente-executivo do ETCO cita também uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência para a Interfarma no fim de 2011. 
 
“Depois de ouvir 2.002 pessoas em todo o País, o estudo revelou que um quinto da população brasileira compra remédios sem receita médica. No Nordeste, essa população sobe para quase um quarto, mais exatamente 24%”, diz. 
 
Ele faz duras críticas a esse problema. “Compete ao governo investir na conscientização da população sobre os malefícios dos remédios ilegais. A auto medicação é um hábito muito comum no Brasil. Unir esforços em torno da produção de campanhas educativas é uma missão que se impõe aos atores do setor”.

Fonte: Tribuna da Bahia. Leia mais.

Brasil: Destaque Positivo em Relatório Internacional Sobre Drogas


As ações do governo brasileiro no combate ao uso de drogas tiveram destaque positivo no relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) 2011, divulgado nesta terça-feira (28/2), em Brasília. Durante o anúncio, o representante regional da Jife no Brasil, Bo Mathiasen, destacou o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack lançado no último ano e a articulação dos órgãos de governo em torno do tema.
Ao contrário dos anos anteriores, o relatório não fez referência crítica à venda indiscriminada de medicamentos controlados, mostrando que o Brasil conseguiu avançar no controle do uso destes produtos. De acordo com o diretor da Anvisa, Jaime Oliveira, uma série de ações da Agência têm contribuído para aumentar o controle de medicamentos e a segurança no seu uso. Ele citou o controle de receitas pela internet, por meio do Sistema de Gerenciamento de Produtos Controlados, e a retirada dos medicamentos anfetamínicos do mercado. “Todo o controle tem que ser balanceado com a garantia do acesso ao medicamento, para que não afete o tratamento dos pacientes”, afirmou Jaime Oliveira.
O representante da Jife também destacou a preocupação do órgão com o comércio de medicamentos pela internet, destacando que este tem sido um canal dos vendedores ilegais para atingir os jovens, especialmente na Europa. No Brasil a venda de medicamentos pela internet é permitida somente para as farmácias que existem fisicamente, sendo que a venda de medicamentos controlados é totalmente proibida.
O diretor da Anvisa destacou ainda o trabalho que a Anvisa realizou para regulamentar as Comunidades Terapêuticas. Até 2011, estas comunidades seguiam as mesmas regras adotadas para serviços de saúde, apesar de não terem um enfoque na assistência à saúde e sim na terapia ocupacional de dependentes de drogas. As comunidades fazem parte da estratégia de combate ao crack e a atualização da norma permitiu que estas unidades fossem regularizadas.
Fonte: Anvisa. Leia mais.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Anvisa Determina Suspensão de Produtos de Beleza


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou na última quarta-feira (22/12), no Diário Oficial da União, a suspensão da distribuição, fabricação, comércio e uso de alguns cosméticos clandestinos. A medida é válida em todo o território nacional. As empresas fabricantes dos produtos não possuem registro e Autorização de Funcionamento da Anvisa.
A suspensão é definitiva e tem validade imediata. As pessoas que já tiverem adquirido algum produto suspenso devem interromper o uso.
Produtos
         Fabrica
Resolução
·         Liss Perfect Redutor Térmico de Turmalina Beauté

Bion  Cosméticos LTDA
RE  629/12
·         Bottox Injection - Reconstrução Diamond Profissional –Vasti  

Indústria Brasileira Bena Hair
RE 630/12
·         Onyx Termo Reduction
·         Perfume Verdany Canela (10ml)
·         Perfume Verdany Pequeno (20ml) ou Formato de Batom
·         Refil (25ml) para Perfume Pequeno e Canela Verdany
·         Perfume Verdany Grande (60ml)
·         Shampoo, Condicionador Verdany (300ml)
·         Hidratante Verdany (300ml)
·         Kit Blend Gel
·         Gloss Transformação 1L
·         Máscara Neutralizadora 1K
·         Kit Shampoo, Condicionador, Máscara e Tônico de crescimento
·         Tônico estimulante para crescimento de sobrancelhas (30ml)
·         Kit Transformação Blend Gold (Shampoo 1L + Leavin Transformação 1L + Queratina ½ L)
Verdany Perfume e Cosméticos LTDA
RE 631/12

Fonte: Anvisa. Leia mais.

A SBTox sob Nova Direção


No último dia 10 de fevereiro tomou posse a nova Diretoria da Sociedade Brasileira de Toxicologia -  SBTOx para o biênio 2012-2013, já realizando a sua primeira reunião de trabalho.

Sai o Dr. Carlos Augusto de Mello Silva e assume o Dr. José Luiz da Costa como presidente da Sociedade. Segundo o Dr. José Luiz “esta nova formação da Diretoria representa uma marca histórica: pela primeira vez a Sociedade Brasileira de Toxicologia será dirigida exclusivamente pela “terceira geração” de toxicologistas brasileiros – aqueles que foram alunos dos que aprenderam diretamente com os fundadores da Toxicologia Brasileira”.

O Dr. João Luiz afirma ainda que “não há dúvida que esta formação atual deve muito ao Dr. Délio Campolina e ao Dr. Carlos Augusto de Mello Silva, que desde 2007 deram abertura para que “novos” toxicologistas pudessem trabalhar junto com seus mestres nas decisões centrais da SBTOx”.

O novo presidente da SBTox reforça o apoio incondicional às Professoras Renata Limberger e Solange Garcia, anfitriães para o XVIII Congresso Brasileiro de Toxicologia, o qual será realizado em Porto Alegre em 2013.

“Completando 40 anos, vemos que a SBTOx precisa se reinventar. Precisamos que nossa Sociedade seja mais atuante, forte e visível, e isso só será possível a partir de uma maior participação de todos os membros, desde nossos mestres, profissionais já consagrados, aos estudantes que estão iniciando suas carreiras na Toxicologia” afirmou o novo presidente.

Diretoria biênio 2012-2013

Presidente: José Luiz da Costa (SP)
Vice-Presidente: Daniel Junqueira Dorta (SP)
Secretaria-Geral: Rafael Linden (RS)
1o. Secretário: Sergio Rabello Alves (RJ)
2o. Secretário: Luiz Carlos da Cunha (GO)
1o. Tesoureiro: Fabriciano Pinheiro (SP)
2o. Tesoureiro: Maurício Yonamine (SP)


Fonte: SBTox. Leia mais.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Cevap Abre Inscrições para Cursos sobre Animais Peçonhentos


O Cevap - Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos, da Universidade Estadual Paulista, localizado em Botucatu-SP e coordenado por Dr. Benedito Barraviera, abriu matrículas para os cursos de extensão "Acidentes com Animais Peçonhentos" e "Serpentes brasileiras - biologia, manejo, venenos e produção de soros". Esses cursos são totalmente à distância, com a possibilidade de palestras on-line.
Os cursos de Extensão Universitária são abertos à comunidade, independente do nível de escolaridade, ou seja, ensino médio, técnico, graduação ou pós-graduação.
Ambos os cursos terão início em 19 de março e serão ministrados pelos doutores Rui Seabra Ferreira Júnior (médico veterinário, pesquisador colaborador do Cevap e do Instituto Butantan) e Benedito Barraviera (professor titular do Departamento de Doenças Tropicais e Diagnóstico por Imagem e Chefe do Serviço de Infectologia da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP e diretor do Cevap).
Detalhes dos cursos podem ser obtidos em um dos sites do Cevap (www.cevap.unesp.br e www.cevap.org.br) ou através dos telefones (14) 3811-7241 / 7108,  (14) 3814-5555 / 5446.

Fonte: Cevap. Leia mais.

Novo Regulamento para Rede de Laboratórios do País


Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram na semana passada (14/2), o regulamento que dispõe sobre o funcionamento da Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde (Reblas).
Com a RDC nº 12/2012, a Agência restabelece as atividades da Rede, que é formada por laboratórios públicos e privados habilitados pela Anvisa e acreditados pelo Inmetro. Instituída em 1999, a Reblas teve suas atividades suspensas em 2009 para reformulação e revisão dos atos normativos.
“A Rede tem por finalidade oferecer análises com qualidade, confiabilidade e rastreabilidade”, explica a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito. Segundo ela, a diretoria da instituição está empenhada em captar recursos e promover capacitação para aprimorar os serviços prestados por estes estabelecimentos.
Com o novo regulamento, os laboratórios que quiserem fazer parte da Rede terão que cumprir dois requisitos: possuir Alvará ou Licença Sanitária expedida pela vigilância sanitária local e a acreditação emitida pelo Inmetro para os ensaios que solicitam a habilitação na Reblas.
Os laboratórios que já eram habilitados poderão manter-se na Rede apenas com o encaminhamento à Anvisa da acreditação e da licença sanitária, no prazo de 120 dias contados a partir da publicação da resolução. A Rede será coordenada pela Gerência Geral de Laboratórios de Saúde Pública da Anvisa (GGLAS).
Também foi aprovada uma resolução com os requisitos técnicos e organizacionais para o funcionamento de laboratórios públicos e privados que realizam ensaios em produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária. Esses laboratórios são responsáveis por realizar verificações de qualidade de produtos, validação de metodologias e padrões, entre outros.
RDC nº 11/12 preenche uma lacuna regulatória, oferecendo diretrizes para nortear a inspeção de laboratórios analíticos por estados e municípios, assim como a emissão de Alvará ou Licença Sanitária. A norma define, por exemplo, como deverá ser a política de qualidade, infra-estrutura, condições ambientais, recursos humanos, procedimentos e documentação para os laboratórios, além de indicar a necessidade de auditoria interna, medidas corretivas e preventivas, visando a obtenção de resultados seguros e rastreáveis.
Fonte: Anvisa. Leia mais.

Casos de Botulismo no Paraná


A Secretaria da Saúde do estado do Paraná determinou na última quarta-feira, dia 22/02, a interdição cautelar de todos os lotes do Salsichão Piquiri em nylon, fabricado pela Indústria e Comércio de Carnes e Frios Richter Ltda de Alto Piquiri, e alerta aos consumidores que possuem o produto em casa para que não o consuma.

Segundo investigação da Secretaria, o produto está relacionado com quatro casos de botulismo nos municípios de Alto Piquiri e Iporã, sendo que em três deles há confirmação clínica e histórico de ingestão do produto.

Dois pacientes morreram e dois encontram-se em recuperação, após receberem o soro antibotulínico. O primeiro apresentou sintomas em 14 de janeiro, recebeu tratamento, mas morreu em 25 de janeiro, não sendo à época diagnosticado como caso de botulismo. O segundo demonstrou sintomas no dia 25 de janeiro e após receber o soro antibotulínico apresentou resposta terapêutica positiva, com estabilização do quadro e melhora até obter alta hospitalar na semana passada. O terceiro caso apresentou sintomas no dia 12 de fevereiro, sendo internado em 15 de fevereiro, tendo o quadro se agravado por ser portador de outras patologias (anemia e problemas renais) e morreu em 20 de fevereiro. O quarto caso apresentou sintomas graves em 21 de fevereiro e encontra-se internado em um hospital do município paranaense de Umuarama. 

Desde a semana passada, equipes da vigilância sanitária estadual e dos municípios estão percorrendo o comércio da região para a interdição do produto. Amostras do salsichão também foram colhidas para análise laboratorial. A empresa informou à Secretaria que paralisou a produção e irá recolher o produto do mercado.

O botulismo é uma doença grave causada pela ingestão da toxina botulínica presente em alimentos embutidos, enlatados e em conserva produzidos em condições sanitárias precárias, o que permite a germinação do esporo da bactéria Clostridium botulinum. Os principais sintomas são visão turva, visão dupla, saliva grossa, insuficiência respiratória, dificuldade para falar e engolir, náusea, vômito, diarréia, dor abdominal, vertigem, tontura e paralisia, que podem ocorrer entre 12 horas e 10 dias após a ingestão do alimento contaminado. O tratamento ocorre em regime hospitalar com soro específico. 60% dos casos sem tratamento evoluem para a morte.

Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Paraná. Leia mais.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Abuso de Bebidas Alcoólicas no Carnaval


Foto: Anvisa

O Carnaval é um período de festa e folia. Neste período costuma-se exagerar no consumo de bebidas alcoólicas, muitas vezes resultando em intoxicação, a conhecida bebedeira. A ingestão de álcool etílico (etanol) é seguida de rápida absorção gastrointestinal, provocando vários níveis de depressão do sistema nervoso central e alterações do comportamento. Altas doses podem levar à coma alcoólico.

Para aproveitar esta folia e retornar das festas com segurança é importante controlar os abusos durante o Carnaval. O álcool é o principal responsável pelos acidentes neste período.

Algumas atitudes práticas ajudam bastante os foliões a não terem problemas com as bebidas em meio à festa. Deve-se evitar misturar bebidas, principalmente as fermentadas, como cerveja e vinho, com as destiladas, como cachaça, vodka e uísque. Essas combinações atacam facilmente o organismo. O ideal para quem estiver bebendo é alternar o consumo de bebidas alcoólicas com as não alcoólicas.

Caso esteja tomando cerveja, deve-se beber um pouco de água nos intervalos. Isso ajuda a reidratar o corpo. A alimentação também é fundamental. Nunca se deve beber de estômago vazio, pois isso faz com que o álcool aja mais depressa no organismo e aumente a rapidez da intoxicação. 

O folião deve saber que se ele ficar bêbado vai aproveitar pouco a festa. Procure aumentar os intervalos de tempo entre uma dose e outra, intercalando com água. Evite tomar bebidas clandestinas, vendidas na rua. Elas podem conter ingredientes muito tóxicos. Prefira as bebidas industrializadas, em que você abre a lata ou a garrafa e conhece o conteúdo. Busque evitar situações de conflito, pois você estará com seu autocontrole afetado pela bebida. E, principalmente, jamais dirija se bebeu álcool. Essas e outras medidas fazem parte do conceito de “redução de danos”, que é muito importante para a abordagem dos problemas com álcool e outras drogas.

As bebidas alcoólicas apresentam diferentes teores de etanol. Como percentagem aproximada em alguns produtos, temos:
·         Cerveja – 4 a 6%
·         Uísque – 40 a 50%
·         Vodka – 40 a 50%
·         Vinho – 10 a 20%

Na relação da determinação da concentração do álcool no sangue, no ar exalado ou na urina com os efeitos clínicos – respeitando-se as tolerâncias individuais, a regularidade e a quantidade de ingestão alcoólica - tem-se que:
  • níveis baixos (50-150 mg%) provocam leves sintomas de intoxicação, com desinibição, euforia, incoordenação motora leve a moderada — estes níveis geralmente não exigem a intervenção do médico;
  • níveis moderados (150 a 300 mg%) acometem o sistema límbico e o cerebelo, originando sonolência, instabilidade emocional, fala arrastada, ataxia e diminuição das respostas motoras; 
  • níveis acima de 300 mg% acompanham-se de depressão mais acentuada das áreas anteriormente citadas e mais do sistema reticular ativador ascendente. Aumentam as disfunções motoras e cognitivas; há diminuição progressiva do estado de consciência, com letargia, estupor e coma;
  • com níveis muito altos (em torno de 500 mg%), predominam o acometimento bulbar com aprofundamento do coma, hipotermia, hipotensão e depressão respiratória. A morte ocorre raramente, estando associada à ingestão concomitante de outros depressores e aos comas prolongados (8-10 h); ao ocorrer, geralmente sobrevém a morte por parada respiratória.

Em alguns indivíduos hipersensíveis, pode ocorrer o que se denomina intoxicação alcoólica patológica, provavelmente associada à epilepsia do lobo temporal. Após uso de pequenas quantidades de álcool, manifesta-se agitação extrema, acompanhada de confusão mental, desorientação e, às vezes, grande violência. Geralmente segue-se amnésia.


Fontes: Ciave, Brasil Medicina e Manual de Urgências em Pronto-Socorro - 5a. Ed. - 1996. Leia mais.

Cigarros com Sabor Deverão ser Retirados do Mercado Brasileiro


Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegaram, na última terça-feira (14/2), a um consenso quanto à proibição do uso de aditivos nos produtos derivados do tabaco comercializados no Brasil.  No entanto, a proposta, apreciada em reunião pública da Diretoria Colegiada do órgão, não foi votada, pois os dirigentes decidiram aprofundar as discussões quanto ao uso de açúcar nesses produtos.

A pauta volta a ser debatida na próxima reunião pública da Diretoria Colegiada da Agência, em março. A proposta da Anvisa, quando for publicada, dá o prazo de 18 meses para os cigarros com sabor saírem do mercado nacional.

 “A resolução terá impacto direto em uma das principais estratégias da indústria para incentivar que jovens comecem a fumar, já que a adição de substâncias como mentol, cravo e canela mascara o gosto ruim da nicotina e torna o tabaco um produto mais atraente para esse público”, afirma o diretor da Anvisa, Agenor Álvares. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que 45% dos fumantes de 13 a 15 anos consomem cigarros com sabor.

A norma da Anvisa prevê, ainda, que sejam retiradas dos  produtos derivados do tabaco substâncias que potencializam a ação da nicotina no organismo, como acetaldeído, ácido levulínico, teobromina, gama–valerolactona e amônia.  “Evidências científicas apontam que muitos desses aditivos aumentam o poder da nicotina, fazendo com que os cigarros fiquem mais viciantes”, explica o diretor da Agência.

Cerca de 600 aditivos são utilizados na fabricação de cigarros e de outros produtos derivados do tabaco. O cigarro contém, em média, 10% da massa composta por aditivos. Essas substâncias são adicionadas intencionalmente nos produtos derivados do tabaco para mascarar o gosto ruim da nicotina, disfarçar o cheiro desagradável, reduzir a porção visível da fumaça e diminuir a irritabilidade da fumaça para os não fumantes.

Outra novidade, que consta na norma,  é a proibição da utilização de qualquer expressão que possa induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos em todos os produtos fumígenos. É o caso de termos como: ultra baixo(s) teor(es), baixo(s) teor(es), suave, light, soft, leve, teor(es), entre outros.  Essas expressões já são proibidas nas embalagens de cigarro desde 2001.

Entre 2007 e 2010, o número de marcas de cigarros com sabor, cadastradas na Anvisa,  cresceu de 21 para 40. Pesquisa realizada pelo Instituto DataFolha, em 2011, apontou que 75% dos entrevistados concordaram com a proibição de aditivos para diminuir a atratividade de produtos para fumar.

No Brasil, o tabagismo é responsável pela morte de 200 mil pessoas todos os anos. Atualmente, existem cerca de 25 milhões de fumantes e 26 milhões de ex-fumantes em nosso país. A prevalência de fumantes é de 17,2% da população de 15 anos ou mais.

Fonte: ANVISA. Leia mais.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O Risco da Espuma de Carnaval


Fonte: Revista Mais Cidades on line

As chamadas neves, serpentinas ou espumas de carnaval também merecem preocupação nessa época, sobretudo no que diz respeito ao uso por crianças. Vários municípios no país já proibiram a sua comercialização.

Esses produtos contêm várias substâncias químicas, incluindo a cocobetaína (surfactante utilizado para garantir a quantidade e estabilidade da espuma) e resinas acrílicas, que podem causar irritação e sensibilização à pele e membranas mucosas. Os sintomas podem ser ainda mais sérios na delicada pele das crianças. Portanto, o contato prolongado deve ser evitado. A fim de se evitar tais problemas, quando aplicados sobre a pele ou mesmo nos olhos, deve-se lavá-los com água corrente o mais rápido possível.

No caso de contato do produto com os olhos, pode ocorrer dor ou sensação de presença de areia, e ainda piora da visão. A primeira providência é lavar imediatamente os olhos e procurar a ajuda de um oftalmologista para que não haja nenhum problema mais grave.

Esses produtos não devem ser inalados, ingeridos nem expostos a calor excessivo (mais de 50º C). Em caso de ingestão, não provoque vômito. Procure imediatamente o Centro de Intoxicações mais próximo ou o médico, levando o rótulo do produto.


O Centro de Informações Antiveneno da Bahia (CIAVE-BA) estará funcionando durante todo o Carnaval e poderá ser consultado no caso de necessidade através do telefone 0800 284 4343.

Desde 2007, a Anvisa estabelece critérios de segurança para a fabricação e comercialização desses produtos, impondo a obrigatoriedade de que eles passem por testes toxicológicos (RDC 77/2007).

Droga Contra Intoxicação Radioativa


Graças a um enorme investimento do governo americano, remédios para tratar intoxicação por radiação devem ser aprovados nos próximos anos. Por enquanto, o único tratamento disponível são as cápsulas de iodo que impedem a fixação de iodo radioativo no organismo. Mas não há qualquer terapia para os efeitos fisiológicos da radiação. Cinco drogas já apresentam resultados promissores (mais informações nesta página).
Em 2004, o congresso americano aprovou o Projeto BioShield e, dois anos depois, o Ato para Prevenção de Pandemias e Outras Ameaças. Na prática, bilhões de dólares foram liberados para pesquisas médicas úteis em situações de emergência, como ataques terroristas nucleares, químicos e biológicos. Cerca de US$ 500 milhões financiaram estudos relacionados ao tratamento e à prevenção da síndrome aguda da radiação (SAR), doença associada à exposição a altas doses de radiação ionizante em um curto período de tempo.
Os novos remédios também servirão para situações de crise nuclear, como o acidente na usina nuclear soviética de Chernobyl, em 1986, ou a catástrofe de Fukushima, no ano passado, quando um tsunami devastou a costa japonesa. No Brasil, essas drogas teriam ajudado, por exemplo, a diminuir os danos do acidente com o césio-137, em Goiânia, quando uma cápsula de material radioativo de um aparelho de raio-X foi desmontada em um ferro velho, um ano depois de Chernobyl. Onze pessoas morreram e cerca de 600 foram contaminadas.
De acordo com o cientista José Roberto Rogero, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), com pequenas adaptações, esses medicamentos também poderão ser úteis para diminuir os efeitos adversos associados à radioterapia. "Poderão servir, por exemplo, para proteger as células saudáveis do organismo."
Hoje, os tratamentos disponíveis só servem para diminuir os sintomas, que costumam variar de enjoo e dor de cabeça à síndrome hematopoiética - falência das células responsáveis pela produção do sangue, com a consequente diminuição no número de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Daí a necessidade de transfusões, antibióticos e suplementos de fluidos. Drogas oncológicas são usadas para estimular o funcionamento do sistema imune.

Se a exposição à radiação for maior, pode ocorrer a síndrome gastrointestinal, com hemorragias no sistema digestivo, mais difícil de ser tratada, que pode levar à morte em cinco dias. Nos casos mais graves, chega-se à síndrome do sistema nervoso central, quando neurônios - as células mais resistentes à radiação - morrem. O quadro de agonia dura poucas horas e é sempre fatal.
Rogero recorda que o principal efeito da radiação é a produção de radicais livres. "A radiação atinge as moléculas de água e oxigênio, abundantes no organismo, e produz os radicais livres, que começam a reagir e alterar diversas estruturas celulares, como o DNA e a membrana", afirma. "A maioria das novas drogas atua como antioxidante, ou seja, tenta diminuir o estrago causado pelos radicais livres. O ideal, portanto, é que sejam tomadas antes da exposição para evitar os danos."
No País, alguns pesquisadores estudam a atividade do resveratrol, um antioxidante natural presente no suco de uva e no vinho. Rogero, por exemplo, testa a substância em culturas de células expostas à radiação. "Já percebemos que em pequenas doses, ele possui uma ação radioprotetora", descreve o cientista. "Em doses maiores, funciona como radiosensibilizador, amplificando o efeito da radiação."
Aquilino Senra, vice-diretor da Coppe-UFRJ, prevê que a criação de medicamentos eficazes para tratar a síndrome pode diminuir o temor nuclear. Em 2011, a Alemanha anunciou que pretende desligar todas suas usinas nucleares até 2022. "É uma medida inconsistente", afirma Senra. "Ela ainda vai comprar energia de matriz nuclear da França e da República Checa."
"Ainda não sabemos qual será o mercado dessas drogas", afirma Ramesh Kumar, presidente da Onconova, uma das empresas que desenvolvem os novos medicamentos. Ele aponta que os principais compradores serão os governos, mas teme um mercado excessivamente restrito.
Fonte: O Estado de São Paulo. Leia mais.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Segurança de Materiais Utilizados em Embalagens de Alimentos

A InterTox publicou recentemente uma matéria interessante sobre a segurança de materiais utilizados em embalagens de alimentos. Confira:


TOXICOLOGIA – Segurança de materiais que entram em contato com alimentos: estamos atualizados?

O mercado de embalagens para alimentos tem passado por processo de célere desenvolvimento nas últimas décadas. A importância em se estabelecer um controle eficiente sobre os inúmeros componentes associados à fabricação de materiais que entram em contato com alimentos, bem como o perfil de segurança de tais materiais, necessita de atenção especial, uma vez que as substâncias empregadas podem migrar para os alimentos, representando potenciais riscos à saúde.

No contexto de substâncias potencialmente presentes em alimentos,  organizações internacionais realizam avaliações de risco, com o objetivo de estabelecer segurança, condições de uso e limites considerados aceitáveis. O comitê científico dasNações Unidas e da  Organização Mundial de Saúde (OMS)Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives (JECFA), é responsável pelos trabalhos de Avaliação de Segurança/Risco no contexto de alimentos, e, publica periodicamente monografias e relatórios toxicológicos com resultados das avaliações, cabendo a cada país atualizar suas listas permissivas e seus padrões de segurança.

No âmbito nacional, são diversas as Resoluções voltadas aos riscos de substâncias potencialmente presentes em alimentos. Quanto a embalagens, destaca-se a Portaria nº. 177/99 - Regulamento Técnico com Disposições Gerais para Embalagens e Equipamentos Celulósicos em contato com alimentos e seus Anexos, que dentre outras, apresenta em anexo a lista positiva (permissiva) de substâncias empregadas em materiais e limites de migração para os alimentos.
    No Brasil, a lista positiva não é atualizada paralelamente às  novas publicações de organizações internacionais. No entanto, pode ser feita a solicitação à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para a inclusão de novos componentes em listas positivas, a partir de critérios e avaliações de organizações internacionais, como a JECFA, European Food Safety Authority (Comunidade Européia) e FDA (Food and Drug Administration).

Com o atual ritmo de produção e desenvolvimento de novos materiais e embalagens, e da mesma maneira, com o surgimento de novos conhecimentos e evidências sobre o potencial de toxicidade de substâncias antes consideradas inócuas, ou das recentes avaliações de risco realizadas por agências internacionais em relação a novos produtos; torna-se necessário atualizar as listas positivas/restritivas de materiais que entram em contato com alimentos.

Os avanços tecnológicos, especialmente das tecnologias computacionais e da informação, também apontam para criação de bases de dados com informações toxicológicas atualizadas, que permitem ao setor público e à indústria de alimentos fazer consultas rápidas de informações atualizadas (dados toxicológicos, limites e segurança de materiais), para assim acompanhar a dinâmica e ritmo de desenvolvimento e produção de novos materiais, harmonizado aos novos avanços e alertas toxicológicos determinados por organizações internacionais, visando a proteção dos consumidores e o desenvolvimento econômico saudável.

REFERÊNCIAS:
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Alimentos - Legislação. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/alimentos/legis/especifica/regutec.htm>; Acesso em 23 de jan. 2011.
WHO - World Health Organization. Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives (JECFA). Assessment of chemical risks (JECFA). Disponível em: <http://www.fao.org/food/food-safety-quality/scientific-advice/jecfa/en/>; Acesso em 23 de jan. 2011.

Fonte: InterTox. Leia mais.