terça-feira, 25 de novembro de 2014

Inmetro estabelece certificação para mamadeiras livres de BPA

Depois das notícias de risco sobre ftalatos em pingentes utilizados em pulseiras coloridas de elásticos, muito apreciadas por crianças e adolescentes, agora temos em foco as mamadeiras.

Desde 2012 é proibido vender mamadeiras com bisfenol A (BPA) – que tem o nome químico de 2,2-Bis (4-hidroxifenil) propano -  no Brasil. A substância química foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a partir de estudos que indicam que ela pode ser cancerígena, causar problemas hormonais e cardíacos, além do fato de que o sistema de eliminação da substância pelo corpo humano não é muito desenvolvido em crianças de zero a 12 meses.

Estudos tem constatado que, quando o plástico que contém BPA é aquecido ou congelado, pode liberar moléculas dessa substância, contaminando os alimentos. Não só as mamadeiras, mas também os copos, potes de armazenamento de alimentos, talheres e pratos plásticos podem conter BPA.

A proibição do uso de bisfenol A em mamadeiras destinadas à alimentação de lactentes foi determinada em setembro de 2011 pela Anvisa, através da RDC nº41/2011. Entretanto, a certificação que verificará se as mamadeiras e bicos produzidos e vendidos no Brasil estão mesmo livres de bisfenol só saiu no dia 06 de novembro, através da Portaria nº 490/2014, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

De acordo com a Portaria, as mamadeiras e bicos produzidos e importados deverão ser livres de BPA dentro de 12 meses, ou seja, a partir de novembro de 2015. Segundo nota emitida pela Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur), o bisfenol A já tinha sido excluído dos produtos há três anos, por iniciativa dos próprios fabricantes.

É comum encontrarmos nas lojas de produtos infantis mamadeiras à venda com a informação “livre de BPA”, entretanto, não havia uma regulamentação para a realização de testes para medir se essas mamadeiras realmente não possuem essa substância. A Portaria vem definir a metodologia para esses testes, permitindo a certificação pelo Inmetro e definindo como prazo para que as fabricantes de mamadeiras interrompam a venda de produtos com Bisfenol A ao comércio o mês de novembro de 2015.

A saída das mamadeiras com o elemento tóxico do mercado pode demorar mais. Segundo Leonardo Rocha, chefe da Divisão de Regulamentação Técnica e Programas de Avaliação da Conformidade do Inmetro, as mamadeiras serão retiradas do mercado de acordo com a sua data de validade. Ainda de acordo com Rocha, o escoamento dos produtos no mercado deve levar de um ano a um ano e meio.

As regras para a certificação de brinquedos também ficarão mais rigorosas. O Inmetro está realizando uma consulta pública para atualizar as normas, que tiveram sua última edição em 2007.

O chefe da Divisão explica que periodicamente o Inmetro realiza uma análise crítica do regulamento, a partir de monitoramento de acidentes no Brasil e no mundo. A proposta em consulta prevê mais ensaios de produtos, com critérios mais rigorosos, para reduzir o risco de acidente. Há um foco na presença de compostos químicos, como metais pesados presentes nas tintas e os ftalatos, que dão maleabilidade aos plásticos, devido ao aspecto de contaminação vir se confirmando como um dos maiores causadores de incidentes.

Entre os itens que estão sendo revistos a faixa etária e restrição etária de brinquedos, o ensaio de mordida e a redução da família de brinquedos, que hoje chegam a estar entre 50 e cem itens, para aumentar o número de ensaios de produtos.


domingo, 23 de novembro de 2014

Substâncias cancerígenas detectadas em acessórios de pulseiras coloridas

Acessórios das pulseiras coloridas de elástico.
Recentemente têm circulado notícias sobre o risco dos pequenos anéis de elásticos coloridos utilizados para fazer pulseirinhas  e outros produtos de artesanato, e que atualmente viraram moda entre crianças e adolescentes de todo o mundo. No Brasil, a loom band é conhecida como pulseira loom, pulseira de elástico loom, rainbow loom, entre outras designações.

A origem dos alertas está na pesquisa feita na Europa pelo Birmingham Assay Office, na Inglaterra, e divulgada pela rede de notícias BBC, em 29 de agosto desse ano, o qual analisou os acessórios das famosas pulseiras de elásticos coloridos, os quais são conhecidos como “loom band charms”, e detectou elementos nocivos aos humanos presentes nesse produto e apontaram um pingente contendo 40% de ftalatos em sua composição, enquanto a legislação da União Europeia estabelece o limite máximo de 0,1%.

Com base nessa notícia, a Associação de Consumidores - Proteste, no Brasil, enviou um ofício ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 10 de setembro, pedindo que os órgãos fiscalizassem e recolhessem do mercado os acessórios e elásticos usados para fazer as pulseiras e anéis conhecidos como "loom band charms".

O Inmetro, por meio de sua Divisão de Metrologia Química, vinculada à Diretoria de Metrologia Científica, realizou em outubro a análise de amostras de “kit de pulseiras de elástico”, visando detectar a presença de metais pesados e ftalatos. Os resultados encontrados nestas amostras indicaram concentrações "abaixo do limite de detecção" e não apresentaram riscos químicos significativos.

O órgão alerta que foi considerado brinquedo, devido ao seu caráter lúdico, apenas o kit "Fábrica de Pulseiras", da Estrela, que inclui elásticos e utensílios, como tear, para a confecção das pulseiras por crianças.

O Inmetro esclarece ainda que, em relação à denúncia feita no Reino Unido de que produtos semelhantes às pulseiras (bijuterias) possuíam alto teor de ftalatos, esta não diz respeito às pulseiras em si e sim aos pingentes (“charms”) que são pendurados como acessórios ao produto. A denúncia teve como alvo os produtos piratas vendidos no mercado informal daquele país.

Os ftalatos são um grupo de compostos químicos derivados do ácido ftálico, utilizado em centenas de produtos como aditivo para deixar o plástico mais flexíveis, como embalagens de alimentos, algumas mamadeiras e brinquedos. Tal grupo de compostos é tido como cancerígeno, podendo causar danos ao fígado, rins e pulmão, além de anormalidade no sistema reprodutivo, também provocam alterações hormonais.

No Brasil, a presença de ftalatos em brinquedos é regulamentada pela Portaria nº 369/2007. O seu texto determina que os ftalatos de di-(2-etil-hexila) (DEHP), de dibutila (DBP) e de benzilbutila (BBP) "não devem ser utilizados como substâncias ou componentes de preparações em concentrações superiores a 0,1 % em massa de material plastificado, em todos os tipos de brinquedos de material vinílico". Os mesmos ftalatos e mais os de di-isononila (DINP), de di-isodecila (DIDP) e de di-noctila (DNOP) "não devem ser utilizados como substâncias ou componentes de preparações em concentrações superiores a 0,1 % em massa de material plastificado, em brinquedos de material vinílico destinados a crianças com idade inferior a 3 anos".

O limite estabelecido no país (0,1%) está alinhado à concentração máxima para esse tipo de composto praticado nos Estados Unidos e na União Europeia, conforme o Inmetro. Assim, os produtos devidamente certificados que são encontrados no mercado brasileiro com o Selo de Identificação da Conformidade do Órgão apresentam adequado grau de confiança e, portanto, podem ser utilizados sem oferecer risco à saúde de seus usuários.

De qualquer forma, vale o alerta para que os pais estejam sempre atentos para evitar que as crianças levem estes e outros objetos à boca, pois há sempre o risco à saúde, seja por contaminação ou por ação mecânica ao engolí-los.


Fontes: BBC, Proteste, O Globo e Inmetro.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Seminário discute os impactos dos agrotóxicos na Chapada Diamantina

O Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FBCA) realizará no dia 3 de dezembro o Seminário Impactos Causados por Agrotóxicos no Território da Chapada Diamantina, no Centro de Cultura de Mucugê, município da Chapada Diamantina, localizado a 448 Km de Salvador.

O evento tem como objetivo promover a interlocução entre os representantes do poder público, trabalhadores, movimentos sociais e consumidores; Identificar, analisar e dar respostas aos problemas causados pelo uso de agrotóxicos, considerando a proteção a saúde do trabalhador, da população, do consumidor e do ambiente; e discutir e encaminhar os problemas levantados pelo uso de agrotóxicos.

Constituem o público alvo do Seminário as instituições e entidades participantes do FBCA; dirigentes e técnicos de instituições federais, estaduais e municipais; empresas, trabalhadores e produtores envolvidos com a temática; representantes de ONG’s e outros convidados.

As inscrições serão gratuitas e poderão ser feitas no local. Maiores informações poderão ser obtidas através do e-mail fbca.bahia@gmail.com.

O Fórum Baiano Contra os Impactos dos Agrótóxicos foi instalado em 2012 e consiste em uma  organização da sociedade que visa debater na Bahia as questões relacionadas aos agrotóxicos e transgênicos para fomentar ações integradas de tutela à saúde do trabalhador, do consumidor, da população e do ambiente. É constituído por cerca de trinta órgãos e entidades socioambientalistas, associações, órgãos públicos, sindicatos, e universidades.




























Fonte: FBCA.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Intoxicação de cães com veneno de sapo


Por serem animais lentos, os sapos tornam-se presas fáceis para os  cães. Quando um cão vê um sapo pulando, a tendência é que ele faça pelo menos uma investigação. Os felinos também podem se intoxicar, no entanto a casuística é bem menor.

Os sapos possuem glândulas venenosas na pele que quando pressionadas liberam uma secreção leitosa que contém potentes toxinas, dentre elas a bufotoxina, uma das mais conhecidas. Muitos cães se intoxicam mesmo não mordendo o sapo, bastando apenas o contato da mucosa bucal com a secreção para dar início a uma sequência de alterações que podem levar à morte.

De início, a primeira alteração que percebemos é uma intensa sialorréia (salivação) e uma área hiperêmica na mucosa bucal do animal, denunciando o local que entrou em contato com o veneno. Após a sua absorção, podemos ter inúmeras alterações que achamos pertinente enumerá-las  para que os proprietários possam ficar atentos. O animal pode ficar inquieto, ter taquicardia (aumento do batimento cardíaco) e taquipnéia (aumento da respiração), apresentar incontinência fecal e urinária, midríase (pupila dilatada), severas convulsões, prostação e morte. 

No final de semana passado, atendemos dois cães que chegaram convulsionando. Após 24 horas de internação seguindo o protocolo medicamentoso indicado, os dois tiveram alta sem nenhuma sequela. Lamentavelmente um terceiro cão que estava junto e que também se intoxicou, veio a óbito antes mesmo do dono buscar atendimento.

Podemos fazer algumas recomendações aos proprietários que certamente ajudarão nessa situação. Se você ver o exato momento do contato do cão com o sapo, pegue uma mangueira e lave imediatamente a boca e gengiva dele com bastante água corrente. Após isso,  se perceber  qualquer anormalidade, busque o veterinário. Agora, se você presenciar já os sinais em andamento (incoordenação, inquietude, tremores etc), não perca tempo tentando lavar a boca do animal. Busque imediatamente atendimento veterinário, pois as chances de reverter o quadro e salvar o animal são muito altas nesses casos.

Na época chuvosa, esses acidentes tendem a ocorrerem com mais frequência. Vale a pena a atenção dos donos de pets para que fiquem atentos para que esse encontro não aconteça, pois ele pode trazer desde pequenos inconvenientes até mesmo a morte dos animais.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Cerca de 50 operários passam mal após intoxicação alimentar em Itabuna

Foto: Reprodução/Secom Itabuna
Cinquenta e quatro operários de uma empresa de construção civil deram entrada na manhã desta terça-feira (18) no Hospital de Base de Itabuna com um quadro de intoxicação alimentar. Os trabalhadores, que são empregados da empresa Cidadelle, ficaram em regime de observação até estarem aptos a receberem alta médica.

Procurada, a Cidadelle informou que o serviço de alimentação é prestado por uma empresa terceirizada e que no cardápio servido nesta terça não havia nenhuma refeição diferente das que geralmente são consumidas.
Em nota divulgada à imprensa, explicou que já notificou a empresa Stering Cozinha Industrial LTDA, terceirizada responsável pelo fornecimento da alimentação. A empresa de construção civil informou ainda que já tomou todas as medidas pertinentes para apurar o ocorrido o mais rápido possível e que ainda essa semana fará imediata substituição  da empresa fornecedora da alimentação.
O presidente da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (Fasi), mantenedora do Hospital de Base, médico Paulo Bicalho, disse que os operários foram atendidos pelas equipes integradas por médicos clínicos e até cirurgiões que reforçaram o atendimento. “Houve todo um esforço para que os pacientes tivessem atendimento, após a triagem. Tudo funcionou bem”, disse Paulo Bicalho, acrescentando que pelo menos outros 20 pacientes estava na unidade para atendimentos de rotina.

Fonte: Correio.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ceatox (PB) realizará curso sobre Toxicologia Clínica para Atenção Primária

O Centro de Informações e Assistência Toxicológica (Ceatox) de Campina Grande (PB), em parceria com o Hospital de Trauma realiza nesta quinta-feira (13/11), o 1º curso de Capacitação em Toxicologia Clínica para Atenção Primária.
O evento será realizado no auditório do hospital e tem como público alvo profissionais do Programa de Saúde da Família (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de Saúde), agentes de saúde ambiental, agricultores e representantes de associações de produtores rurais, profissionais de saúde que atuam nas unidades de pronto atendimento e hospitais regionais.
De acordo com a coordenadora do Ceatox, professora Sayonara Fook, o curso tem como objetivo capacitar os profissionais da região metropolitana de Campina Grande na prevenção, diagnóstico e tratamento das intoxicações agudas e crônicas (incluindo agrotóxicos) e acidentes por animais peçonhentos e orientar agricultores sobre boas paráticas agrícolas (BPA) e prevenção de intoxicações por agrotóxicos.
Programação:

8h às 9h30 – Acidentes por Animais Peçonhentos I - Escorpião/ Estudo de caso. Francisco Assis N. Júnior (Farmacêutico do Ceatox).
9h30 – Intervalo
10h às 12h – Acidentes por Animais Peçonhentos II – Serpente/ Estudo de caso. Francisco Assis N. Júnior (Farmacêutico do Ceatox).
14h às 15h – Intoxicação por Domissanitários. Agélise Porto (Farmacêutica do Ceatox).
15h às 16h – Intoxicação por Medicamentos. Agélise Porto (Farmacêutica do Ceatox).
16h às 16h30 – Raticida. Agélise Porto (Farmacêutica do Ceatox).
16h30 – Intervalo
17h às 17h30 – Acidentes por Animais Peçonhentos III – Abelha/ Estudo de caso. Francisco Assis N. Júnior (Farmacêutico do Ceatox).

Fonte: Secom-PB

domingo, 9 de novembro de 2014

Ciave articula enfrentamento dos eventos envolvendo abelhas e vespas

Reunião realizada no auditório do Ciave.
O Centro de Informações Antiveneno da Bahia (Ciave) promoveu na tarde dessa quarta-feira (05/11), no auditório do Ciave, a segunda reunião com o objetivo de promover a articulação de enfrentamento dos eventos envolvendo abelhas e vespas na Bahia. Dentre as diversas instituições convidadas, tiveram representantes presentes o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-Ibama-BA, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos-Inema, o Corpo de Bombeiros da Policia Militar da Bahia (CB-PMBA) e órgãos do município de Salvador (Diretoria de Vigilância à Saúde, Centro de Controle de Zoonoses-CCZ e Guarda Municipal-GMS), além de técnicos do Centro Antiveneno.

Ao iniciar a reunião, o Dr. Daniel Rebouças, diretor do Ciave, ressaltou a relevância daquele evento e lembrou que as discussões tiveram início durante o V Congresso Brasileiro de Toxicologia Clínica, realizado em setembro, quando também estavam representados a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA); a Coordenação Executiva da Defesa Civil (Codesal); a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Metropolitano (Samu). Relatou, também, as dificuldades da COPPA em função da pequena equipe que desempenhava a remoção das colmeias e que hoje já existem empresas da iniciativa privada prestando este tipo de serviço.

Representante da Guarda Municipal de Salvador informou que em julho deste ano foi criado o grupamento ambiental, o qual está sendo capacitado para atuar na proteção do patrimônio público ecológico e ambiental na zona urbana, devendo também desenvolver ações nos eventos envolvendo abelhas e vespas, com o apoio dos demais órgãos.

O major Ramon Diego, do CB-PMBA, falou sobre as dificuldades enfrentadas pela corporação nestas atividades, como a falta de equipamentos adequados, e esclareceu que nos casos de ação dos enxames gerir a situação durante um ataque é bastante complicado, pois, muitas vezes, a população entra em pânico e o risco pode ser ampliado. É, portanto, necessário ter um plano de contingência para administrar a situação, que pode requerer a ação de diversos órgãos.

Foi consenso entre os representantes que é necessário elaborar um plano de contingência e a criação de uma cartilha de orientação à população, ação essa que será coordenada pelo CCZ, que tem agentes de mobilização e educação continuada e que poderá elaborar folhetos educativos sobre o tema, com a colaboração dos demais órgãos, além de buscar a participação e colaboração de associações de apicultores do Estado.

Dr. Daniel enfatizou que estas ações devem ser discutidas amplamente de forma a contemplar todo o Estado e que cada região tem uma realidade diferente e que, além das ações preventivas e de remoção das colmeias e enxames, deve ser dada a destinação adequada a esses animais, preocupando-se com a questão ambiental e preservação das espécies.

Representantes da Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros,
juntamente com o Diretor e técnicos do Ciave.
Ao final da reunião, foram definidos alguns encaminhamentos para buscar viabilizar a estruturação desses serviços e a elaboração de material informativo, sendo, posteriormente, feita uma visita às dependências do Ciave, quando os representantes conheceram também o Laboratório de Animais Peçonhentos e Plantas Venenosas do Setor de Biologia do Centro, acompanhados do Dr. Daniel Rebouças, Alfredo Neto e Sônia Helena (biólogos) e Adriana Cavalcanti (veterinária).

Os acidentes por abelhas têm sido cada vez mais divulgados pela mídia. Segundo Jucelino Nery - farmacêutico do Ciave e coordenador do Programa de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos no Estado da Bahia - foram notificados através do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) a ocorrência de 514 casos de acidentes por abelhas no Estado em 2013, onde 37 foram em Salvador. Já no primeiro semestre de 2014, ocorreram 261 casos (16 em Salvador). O coordenador ressaltou, ainda, que estes números não refletem muito bem a realidade, tendo em vista que esses eventos não são notificados, muitas vezes, apesar da obrigatoriedade. 

Fonte: Ciave.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A Toxicovigilância na Bahia é tema de sessão científica

Os sistemas de informação em saúde e a toxicovigilância na Bahia foi o tema da sessão científica do Centro de Informações Antiveneno da Bahia (Ciave) deste mês, mediada pelo farmacêutico Jucelino Nery. 

O evento é realizado mensalmente e tem como objetivo promover a atualização, a integração e a troca de saberes entre os técnicos e estagiários do Centro.
As acadêmicas Gessica Sacramento e Ueslaine Pereira, estagiárias de Farmácia, abordaram sobre a toxicovigilância e os sistemas de informação utilizados pelo Ciave, vigilância essa que consiste em um conjunto de ações que tem como objetivo eliminar ou diminuir as situações que possam comprometer a integridade física, mental e social dos indivíduos expostos às substâncias químicas. Enfatizou-se a sua importância para a saúde pública, ressaltando que o CIAVE, como centro estadual de referência em Toxicologia, tem promovido ações para o controle dos eventos toxicológicos, bem como contribuído para desenvolver e estimular a cultura de toxicovigilância no Estado.
Jucelino Nery ressaltou que, apesar de não se ter instituída oficialmente uma política de toxicovigilância na Bahia, as ações nessa área são desenvolvidas também por outros órgãos como a Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa), a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) e a Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador (Divast/Cesat), órgãos da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia.
Na abordagem sobre os principais sistemas de informação em saúde utilizados pelo Ciave, as estagiárias Graziely Pinheiro (estagiária de Veterinária), Maria Natália Soares (estagiária de Farmácia) e Marta Moura (estagiária de Enfermagem) falaram sobre o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e apresentaram os dados referentes às notificações das intoxicações por agrotóxicos de uso doméstico, produtos de baixa toxicidade aguda e concentração que visam o controle de pragas urbanas em ambientas domésticos.
De acordo com o Sinan, foram notificados 3.562 intoxicações exógenas ocorridos em 2013, sendo 51 por agrotóxicos de uso doméstico (1,4%). Maria Natália e Marta mostraram que há problemas de qualidade das informações. Jucelino Nery enfatizou que, ao se reavaliar a classificação dos agentes causadores da intoxicação dos casos notificados e corrigindo-se os erros, constata-se que o número deste tipo de agravo sobe para 84 casos (2,4%).
Raissa Matos, estagiária de Farmácia, em sua apresentação sobre o Sistema de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), focou a atual situação do sistema e alertou, também, para a importância de se ter informações com qualidade e confiáveis, de forma que se tenha parâmetros fidedignos para o planejamento e adoção de ações efetivas em saúde pública. Esclareceu para os demais estagiários como funciona o Sinitox e que, em relação à Bahia, o Ciave constitue em sua fonte de informações. Segundo o Centro, em 2013 foram registrados cerca de 7.280 casos (incluindo animais peçonhentos), sendo que 129 (1,8%) foram por causados por agrotóxicos de uso doméstico.
Jucelino reforçou, ainda, que a coleta, análise e o gerenciamento adequado destas informações permitem atuar em todas as áreas da prevenção e gerenciar adequadamente os incidentes envolvendo os agentes tóxicos, considerando sua complexidade, o que implica em ações multidisciplinares e intersetoriais, as quais consistem em intervenções específicas de promoção, prevenção e recuperação da saúde, além das políticas públicas.

A próxima sessão científica do Ciave está agendada para o dia 26/11, às 14 horas, e terá como tema a situação dos agrotóxicos na Bahia.
Fonte: Ciave.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Crianças são atacadas por abelhas em escola no interior da Bahia

Cerca de 20 crianças foram atacadas por abelhas em uma escola da zona rural do município de Aporá, a 190 km de Salvador, na manhã de quarta-feira (29), segundo informações da delegacia da cidade.
O ataque aconteceu durante o intervalo na Escola Municipal Rural do distrito de Itamira, após algumas das crianças terem jogado pedras em uma colmeia. Na escola primária, localizada no povoado conhecido como Sítio, estudam alunos de quatro a oito anos de idade.
“Algumas crianças estavam com estilingues e acabaram atingindo a colmeia, que estava em um terreno ao lado da escola. As abelhas se alvoroçaram, invadiram a escola e atacaram os alunos”, afirmou o secretário de administração da cidade, Jaivan Dantas de Moraes.
"Houve um alvoroço muito grande no povoado, mas conseguimos nos mobilizar e enviar uma equipe médica a tempo para dar o suporte necessário", afirma o secretário.
Um menino de quatro anos teve de ser levado para o Hospital Dantas Bião, na cidade vizinha de Alagoinhas. Não há informações sobre o estade de saúde dele. As demais vítimas foram atendidas na Unidade de Saúde da Família de Itamira e liberadas em seguida.
Fonte: G1.