segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Micos são encontrados mortos após serem envenenados em Cruz das Almas (BA)

Chumbinho
Os moradores de Cruz das Almas, no sul da Bahia, se depararam com uma cena triste ao encontrar alguns micos agonizando e outros mortos, no quintal de suas casas. De acordo com informações da ambientalista Telma Lobão, os animais morreram ao comer algumas frutas envenenadas com chumbinho. O caso ocorreu na rua Vitória, no centro do município. 
Os micos que estavam agonizando foram socorridos pela bióloga Raysa Martins, que tentou aplicar um antídoto mas não obteve êxito devido ao veneno já estar presenta na circulação sanguínea dos animais.
A bióloga tentou entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente e com uma ONG do município, mas não conseguiu. Ela apresentou uma denúncia no Ministério Público. 
Ainda de acordo com informações da ambientalista, essa é a primeira vez que animais silvestres são mortos por envenenamento em Cruz das Almas, mas é muito comum encontrar gatos mortos pela vizinhança. A população suspeita que os animais podem ter sido envenenados por moradores de rua. 
Conforme a Lei Federal 9.605/98, está enquadrado em crimes ambientais a prática de ato abusivo, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados nativos ou exóticos. Dentre as penas, a pessoa que cometer esse tipo de crime pode ficar presa no período de três meses a um ano, ou pagar multa. 
Fonte: R7.

Ciave presente em seminário sobre agrotóxicos realizado em Mucugê

Jucelino Nery, farmacêutico do Ciave.
Na quarta-feira (3/12), data que marca o Dia Internacional do Não Uso dos Agrotóxicos, foi realizado o Seminário “Impactos Causados por Agrotóxicos no Território da Chapada Diamantina”, no Centro de Cultura de Mucugê (BA), município da Chapada Diamantina.

O evento foi organizado pelo Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FBCA), com o apoio da Fundação Jorge Duprat e Figueiredo (Fundacentro), tendo como objetivos a promoção da interlocução entre os representantes do poder público, trabalhadores, movimentos sociais e consumidores, buscando identificar, analisar e discutir os problemas causados pelo uso de agrotóxicos, considerando a proteção à saúde do trabalhador, da população, do consumidor e do ambiente.

O Dr. Augusto César Carvalho de Matos, promotor de Justiça Regional Ambiental, representando a Dra. Luciana Khoury, presidente do FBCA, abriu o Seminário enfatizando a sua relevância e fazendo uma breve apresentação da problemática dos agrotóxicos.

Jucelino Nery, farmacêutico do Centro Antiveneno da Bahia (Ciave), falou sobre a atuação do Centro na área dos agrotóxicos, quinto principal agente causador de intoxicação no Estado, e ratificou o grave problema de subnotificação destes eventos. Ressaltou ainda a necessidade de capacitação dos profissionais responsáveis pelo atendimento das vítimas destes agravos, visando o seu diagnóstico e tratamento adequados, considerando as características de cada grupo destes produtos.

Com o auditório cheio, estiveram presentes a técnica Ana Luz, da 27ª Diretoria Regional de Saúde (27ª Dires), a secretária municipal de saúde de Mucugê, Silvana Silva Medrado, representantes das instituições e entidades participantes do FBCA (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), CIAVE, Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), Federações de Trabalhadores na Agricultura (Fetag) – Bahia e Fundacentro); dirigentes e técnicos de instituições locais,  trabalhadores e produtores envolvidos com a temática; professores e alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), dentre outros.

O Brasil se consagrou como o maior consumidor mundial de agrotóxicos desde 2008, ultrapassando os Estados Unidos. De acordo com estimativa, cada brasileiro consome 5,2 litros desses produtos todos os anos.


Fonte: Ciave.