segunda-feira, 30 de dezembro de 2013


Pesquisadores brasileiros e estrangeiros avaliam aditivos do tabaco

Um grupo de pesquisadores de renome irá avaliar 121 substâncias que atualmente são permitidas como aditivos do tabaco. A definição do grupo está publicada na edição do dia 26/12 do Diário Oficial da União. O grupo reúne oito pesquisadores, sendo cinco de universidades brasileiras e três de centros estrangeiros.


Os especialistas irão avaliar os aditivos listados na Instrução Normativa 06/2013 e que a indústria do fumo alega serem essenciais para o processo de fabricação dos seus produtos. O grupo vai produzir um relatório sobre a utilização do aditivos e que deve auxiliar na definição das alegações  reconhecidas de cada uma das substâncias.

O prazo de funcionamento do grupo de trabalho será de oito meses.

Conheça os membros:

     1. Carlos Gil Moreira Ferreira - Instituto Nacional do Câncer

     2. Dâmaris Silveira - Universidade de Brasília

     3. Dorothy K. Hatsukami - Universidade de Minnesota (Estados Unidos da América)

     4. Francisco Roma Paumgartten - Fundação Oswaldo Cruz

     5. Geoffrey T. Fong - Universidade de Waterloo (Estados Unidos da América)

     6. Maria Beatriz de Abreu Glória - Universidade Federal de Minas Gerais

     7. Maria Cecilia de Figueiredo Toledo – Universidade Estadual de Campinas

     8. Reinskje Talhout - Instituto Nacional para Saúde Pública e Meio Ambiente da Holanda

Histórico


Em agosto de 2013 a Anvisa avaliou um questionamento da indústria do tabaco para que aditivos específicos fossem autorizados no país, sob a alegação de que são essenciais ao processo produtivo. Naquele momento a Agência decidiu que as 121 substâncias poderiam se utilizadas em caráter excepcional pelo prazo de 12 meses. Também ficou decidido que um grupo de especialistas avaliaria as substâncias dentro deste período para que a Anvisa possa tomar uma decisão final sobre o tema.

Fonte: Anvisa. Leia mais.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Eventos de massa terão norma para serviço de saúde ao público

O funcionamento de serviços de saúde em eventos de massa será regulamentado pela Anvisa. A Agência publicou nesta quinta-feira (26/12) uma proposta de norma que define requisitos mínimos para o atendimento ao público em eventos de grandes proporções.
O trabalho surgiu como uma necessidade diante dos grandes eventos previstos para o país nos próximos três anos, mas será um legado para todos os demais eventos realizados no Brasil. Entre as experiências utilizadas na elaboração do texto estão os trabalhos das vigilâncias locais e da Anvisa durante o carnaval do Recife, Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude e o Rock in Rio, realizados neste ano.
Segundo o diretor presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, a norma vai atender a diversidade de públicos de cada situação. “Os eventos têm características específicas e por isso o serviço de saúde precisa ser adequado à natureza do evento, queremos uma norma que dê o respaldo para as autoridades locais trabalharem com a realidade de cada situação”, explica Barbano.
De acordo com o texto da Consulta Pública (CP) 58/13, os organizadores deverão providenciar com 120 dias de antecedência do evento todas as informações relativas ao atendimento de emergência. Isso inclui a indicação do perfil e estimativa do público, mapa do local do evento e das áreas de atendimento médico, descrição dos procedimentos de atendimento e encaminhamento aos hospitais, entre outras exigências.
A norma permite que o serviço de saúde seja terceirizado, mas exige um contrato formal entre o organizador do evento e o prestador do serviço.
Todas estas informação serão utilizadas para que a Anvisa e as autoridades locais avaliem  se a estrutura de urgência e emergência está compatível com o tipo do evento e o público esperado.
Segundo Dirceu Barbano, a experiência com eventos acompanhados pela Anvisa nos últimos 12 meses mostrou que o atendimento de saúde precisa ser planejado com antecedência para garantir que o público tenha a assistência de urgência e emergência necessária.

Como participar

O prazo para participação da Consulta Pública 58/13 começa na próxima quinta-feira (2/1) e ficará aberto por 30 dias. Qualquer cidadão ou instituição pode mandar sugestões. As contribuições podem ser enviadas por formulário eletrônico ou por carta.

Fonte: Anvisa.

Peritos russos descartam envenenamento de Yasser Arafat

Os peritos russos encarregados de analisar amostras do corpo do líder palestino Yasser Arafat excluíram a hipótese de ele ter sido envenenado e concluíram que a morte foi natural, informou nesta quinta-feira (26) o chefe da equipe. “Concluímos todas as análises. A pessoa teve morte natural e não por radiação”, disse Vladimir Uiba, chefe da Agência Federal de Análises Biológicas da Rússia, em entrevista coletiva.
O corpo de Arafat, que morreu em 2004, foi exumado em 2012 e cerca de 60 amostras foram distribuídas a três equipes de peritos – uma russa, uma suíça e uma francesa – a pedido da viúva Suha Arafat. O grupo francês também descartou a hipótese de envenenamento, mas a equipe suíça detectou altos níveis de polônio 210, substância altamente radioativa, nas amostras analisadas.
Vladimir Uiba disse à imprensa que a sua agência não recebeu qualquer pedido para repetir os exames: “Concluímos a avaliação e todos concordaram. Além disso, os suíços retiraram as suas conclusões e os franceses confirmaram as nossas”, acrescentou.
O embaixador da Palestina em Moscou, Faed Mustafa, informou que, apesar das conclusões dos peritos russos, as autoridades do país não vão encerrar a investigação sobre a morte de Arafat. “Só posso dizer que já foi decidido continuar” a investigação, disse Mustafa. “Respeitamos a posição deles, valorizamos muito o seu trabalho, mas decidimos continuar a trabalhar”, acrescentou.

Arafat começou a ter problemas gastrointestinais em 12 de outubro de 2004 e, depois de uma série de complicações, foi transferido da Cisjordânia para um hospital militar de Paris, onde morreu em 11 de novembro. À época, o corpo não foi autopsiado a pedido da viúva, Suha Arafat. Em julho de 2012, no entanto, ela apresentou à Justiça francesa uma queixa contra desconhecidos, depois da descoberta de níveis anormais de polônio, uma substância radioativa altamente tóxica, nos objetos pessoais do marido.
Fonte: DCI. Leia mais.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Ciave promove confraternização natalina

O Centro Antiveneno da Bahia (Ciave) realizou nessa quinta-feira (19/12), a confraternização de Natal com os servidores, estagiários e colaboradores. Num clima de muita descontração, o diretor em exercício Jucelino Nery saudou os presentes e ressaltou a relevância daquele momento, oportunidade de reflexão e congraçamento. Além da comemoração dos aniversários do mês, foram exibidos vídeos de motivação, seguidos de brincadeiras e trocas de presente.

Fonte: Ciave.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013


Maconha intoxica cada vez mais cães nos EUA

Com cada vez mais estados onde o uso da maconha é permitida para fins medicinais, os Estados Unidos começam a enfrentar um problema bastante incomum até os dias de hoje: a intoxicação de cães pelo uso da droga.
Embora o uso e a venda da planta para uso terapêutico ainda seja proibido em grande parte do país, já é possível comprar a droga com a receita de um médico em locais como Califórnia, Colorado e Washington, sendo que os dois primeiros Estados citados são, justamente, os que mais registram casos de cachorros atendidos por complicações relacionadas ao uso da erva.
Segundo os médicos veterinários destas regiões, a maioria dos acidentes ocorre em função do descuido dos donos dos pets; que deixam biscoitos com a droga ou mesmo a própria planta em locais aos quais seus cães têm acesso, facilitando a ingestão acidental e provocando uma série de sintomas típicos de intoxicação que, se não tratados, podem, inclusive, levar o animal à morte.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Veterinary Emergency and Critical Care – publicação americana especializada na saúde animal – o registro de casos do tipo cresceu cerca de quatro vezes entre 2005 e 2010 no Colorado; sendo que, ao longo dos últimos anos, profissionais veterinários da região afirmam que há um paralelo claro entre o número de intoxicações de cães e a quantidade de novos pontos que disponibilizam a maconha medicinal. 
Entre os principais sinais apresentados pelos cães que comem a maconha, se destacam tremores, problemas de coordenação motora, vômitos, apatia, incontinência urinária, alteração dos batimentos cardíacos e pupilas dilatadas, entre outros.
Contando com uma taxa de mortalidade bastante pequena, a recomendação para tratar os casos de intoxicação de cães pela erva é a de deixar o animal em algum local com pouca luz até que os efeitos cessem. No entanto, casos mais graves e de ingestão muito grande da planta devem ser acompanhados por um profissional para garantir a saúde do pet.

Fonte: Dr. Fábio Toyota apud Terra. Leia mais.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cientistas brasileiros isolam neurotoxina da carambola

Foto: Wikipedia
Cientistas brasileiros conseguiram isolar e caracterizar uma neurotoxina presente na carambola, que atua no sistema nervoso quando não filtrada pelo rim. A neurotoxina recebeu o nome de caramboxina.
O trabalho, que mereceu a capa da revista científica Angewandte Chemie International, foi publicado por pesquisadores da Faculdade de Medicina e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, ambas da USP.
"Se uma pessoa sadia ingere a carambola, a toxina é absorvida pela digestão, filtrada pelo rim e eliminada na urina. Mas em pacientes com problemas renais, como o funcionamento do rim está comprometido, a toxina, que é um aminoácido modificado, cai na corrente sanguínea," explica o professor Norberto Peporine Lopes.
Se chegar à corrente sanguínea, a caramboxina liga-se a receptores do sistema nervoso central "e inicia uma sequência de eventos que incluem soluços, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões e até a morte", explica Norberto.
Segundo o pesquisador, mesmo pessoas sem histórico de problemas renais devem consumir a fruta moderadamente, já que a carambola possui também ácido oxálico, que pode causar cálculos renais.
A eventual intoxicação com a carambola é tratada com bastante sucesso com hemodiálise se o diagnóstico for precoce.
Quanto à neurotoxina caramboxina, sua concentração na fruta é bastante baixa. Para conseguir 0,3 miligrama da substância foram necessários 20 quilos de carambolas, colhidas de árvores que não passaram por tratamentos com pesticidas.
Os pesquisadores também confirmaram que a neurotoxina sofre degradação quando misturada e conservada por um longo período em água.

Pesquisa diz que solvente na gasolina causa perdas visuais em frentistas

Os frentistas de postos de combustível podem estar com a visão em risco pela exposição aos solventes existentes na gasolina. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) observou perdas visuais significativas – principalmente relacionadas à capacidade de discriminar cores – em um grupo de 25 trabalhadores. Eles foram avaliados por meio de uma nova metodologia capaz de detectar problemas que passam despercebidos em exames oftalmológicos convencionais.

O estudo foi realizado no âmbito de um Projeto Temático coordenado pela professora Dora Selma Fix Ventura, do Instituto de Psicologia da USP.
“Avaliamos a capacidade de discriminar cores e contrastes e fazemos medidas de campo visual por meio de testes psicofísicos computadorizados. A atividade elétrica da retina também é medida com um exame não invasivo, o eletrorretinograma, que consiste na colocação de um eletrodo no olho para medir a resposta elétrica da retina a um determinado estímulo visual”, contou.
Os testes também já foram aplicados em pacientes que sofreram exposição ao mercúrio e em portadores de doenças como diabetes, glaucoma, Parkinson, esclerose múltipla, autismo, distrofia muscular de Duchenne e neuropatia óptica hereditária de Leber – uma patologia genética que costuma causar perda súbita de visão.
A pesquisa com o grupo de frentistas da capital foi realizada durante o mestrado de Thiago Leiros Costa, bolsista da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e os resultados foram publicados na revista PLoS One.
“Esses trabalhadores têm contato diário com solventes da gasolina, como benzeno, tolueno e xileno, e não há um controle normativo forte. Há estudos que estabelecem limites de segurança para a exposição a solventes, mas de forma isolada. Não há parâmetros de segurança para a exposição à mistura de substâncias presentes na gasolina e praticamente ninguém faz uso de equipamentos de proteção individual”, disse Costa.
Experimento
Os voluntários passaram por exames oftalmológicos que descartaram qualquer alteração estrutural na córnea, no cristalino ou no fundo do olho. Ainda assim, o desempenho dos frentistas nos testes psicofísicos foi significativamente inferior quando comparado ao do grupo controle. A hipótese dos pesquisadores é que o impacto na visão seja decorrente do dano neurológico causado pelas substâncias tóxicas do combustível, absorvidas principalmente pelas mucosas da boca e do nariz.
“Encontramos alterações em todos os testes de visão de cores e de contrastes. Foi uma perda difusa de sensibilidade visual e isso sugere que foram afetados diferentes níveis de processamento do córtex visual”, explicou Costa.
Em quatro dos frentistas testados, a perda de sensibilidade para cores foi tão significativa que os pesquisadores precisaram realizar um exame genético para descartar a possibilidade de daltonismo congênito.
“Todos os voluntários trabalhavam em postos controlados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e, em princípio, deveriam estar de acordo com as normas de segurança. Isso sugere que, atualmente, o trabalho de frentista não é tão seguro quanto o proposto. Se os solventes estão de fato afetando o cérebro, não é apenas a visão que está sendo comprometida”, avaliou Costa.
O pesquisador destacou, ainda, outras categorias de trabalhadores que podem sofrer perdas visuais pela exposição crônica a solventes orgânicos, como funcionários da indústria gráfica e de tintas.
Mercúrio
A investigação conduzida por Costa foi um desdobramento de um trabalho anterior feito com trabalhadores expostos ao mercúrio durante o mestrado de Mirella Telles Salgueiro Barboni, também com bolsa da Fapesp.
“Existe um grupo de pacientes acompanhado no Hospital das Clínicas da USP que sofreu exposição ocupacional ao vapor de mercúrio, a maioria em fábricas de lâmpadas fluorescentes. Eles apresentam diversos prejuízos neuropsicológicos e problemas de memória e atenção. Nós queríamos saber se a visão também havia sido afetada”, contou Barboni.
Intoxicação diminui campo da visão periférica
Estudos anteriores feitos no Japão, disse a pesquisadora Mirella Telles Salgueiro Barboni, haviam mostrado que a intoxicação por mercúrio pode causar uma constrição no campo visual, ou seja, diminuir a visão periférica. O grupo da USP decidiu então usar a nova metodologia para descobrir se poderia haver danos também na região central da retina.
“Apresentávamos pequenos discos de luz cada vez mais fracos sobre um fundo iluminado. Queríamos medir qual era a menor intensidade de luz que o voluntário conseguia enxergar nas diferentes regiões do campo visual. Em seguida, fazíamos o eletrorretinograma”, contou.
Os resultados mostraram que a visão central também estava bastante prejudicada no grupo de 35 pacientes estudados. Segundo a pesquisadora, todos tiveram desempenho significativamente inferior ao do grupo controle em todos os testes.
“Com base nos resultados do grupo controle, composto por pessoas saudáveis, nós criamos faixas de normalidade. Nas regiões mais periféricas do campo visual, 71% dos expostos ao mercúrio tiveram resultado abaixo do limite inferior normal, ou seja, de cada dez voluntários, sete não tinham nem sequer o pior desempenho do grupo controle. Na região central, o índice ficou em torno de 25%”, explicou a pesquisadora.
Os resultados da pesquisa foram divulgados em artigo publicado na revista Environmental Research. A visão de cores e de contrastes foi avaliada durante os projetos de mestrado de Claudia Feitosa-Santana e Marcos Lago, respectivamente, que também observaram perdas significativas.
Fonte: D24am.com. Leia mais.

Paraná lança protocolo inédito para atendimento a intoxicação por agrotóxicos

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná lançou na semana passada, em Curitiba, protocolo pioneiro no país que direciona o atendimento, diagnóstico e vigilância dos casos de intoxicação crônica por agrotóxico em todo o Estado. O documento servirá de base de procedimentos para profissionais das unidades de saúde.
“A intoxicação crônica é silenciosa e geralmente é diagnosticada tardiamente. Queremos reverter isso, diagnosticando o problema de forma precoce e iniciando o tratamento o mais cedo possível”, explicou o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
Esta é a primeira vez que um documento completo sobre o tema é organizado por um governo estadual. “Este protocolo será modelo para o país, visto que não há nada parecido no Brasil e o risco de intoxicação crônica por agrotóxico está presente em todas as regiões”, enfatizou o secretário.

Liderança no ranking de consumo de agrotóxicos.
O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e o Paraná é o terceiro do país, por conta da forte atividade agrícola. De 2007 a 2011, o Estado registrou média de 1.300 casos de intoxicações ao ano, sendo apenas 0,8% do tipo crônica.
Estima-se ainda que, anualmente, existam mais de 400 mil pessoas contaminadas por agrotóxicos no país, com cerca de 4 mil mortes. Apesar disso, o banco de dados do Ministério da Saúde registra apenas 7.676 casos e 204 mortes, segundo as informações de 2010. Esta subnotificação pode estar ligada à dificuldade de diagnóstico.
A intoxicação pode trazer danos à saúde do paciente e acarretar sequelas irreversíveis. Os problemas mais comuns são câncer, distúrbios de comportamento, problemas de pele e outros relacionados ao sistema neurológico, respiratório e digestivo.

Alerta aos riscos
Segundo o diretor do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador, José Lúcio dos Santos, o próximo passo agora é incorporar o protocolo nas unidades de saúde e hospitais inseridos nas regiões de risco. “É importante que o profissional fique atento aos sintomas e sinais de alerta apresentados pelo paciente. Caso a pessoa resida ou trabalhe em áreas que usem ou produzem agrotóxicos, é preciso que se faça o nexo causal”, destacou.
Entre as atividades e condições com maior risco de intoxicação estão trabalhadores da agricultura, indústria, comércio e transporte de agrotóxicos, jardinagem, pecuária, silvicultura, controle de endemias, vetores e pragas urbanas, bem como moradores do entorno de unidades produtivas e de manuseio de agrotóxicos.
No início de 2014, a Secretaria Estadual da Saúde vai iniciar o processo de capacitação dos profissionais da atenção primária para ampliar o alcance do protocolo. O objetivo será apresentar as informações do documento, tirar dúvidas dos profissionais e melhorar as condições de diagnóstico precoce deste tipo de intoxicação.

Histórico
A elaboração do protocolo foi coordenada pela professora Heloísa Pacheco Ferreira, referência nacional nesta área. Todo o trabalho foi realizado ao longo de dois anos e se baseou em um amplo estudo de campo realizado pela Secretaria Estadual da Saúde, em parceria com o Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná (NESC/UFPR), Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), além de profissionais do Hospital do Trabalhador, Hospital de Clínicas e secretarias municipais de Saúde de Curitiba, Céu Azul, Cascavel, Vera Cruz do Oeste e Anahy.

Fonte: CBN Foz. Leia mais.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Divast e Ciave realizam Curso de Toxicologia dos Agrotóxicos em Barreiras

A Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador - Divast/Suvisa e o Centro Antiveneno da Bahia - Ciave/SAS, em parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Barreiras (Cerest-Barreiras), promoveram na Região Oeste da Bahia o Curso de Toxicologia dos Agrotóxicos, com o objetivo de capacitar / atualizar os médicos e enfermeiros do Hospital do Oeste e Samu de Barreiras, além da equipe de enfermagem, da vigilância em saúde e outros profissionais da rede básica e hospitalar dos municípios da 25ª Dires.

O curso foi realizado no auditório do Hospital do Oeste, em Barreiras, em dois momentos: no dia 02/12 para os médicos e enfermeiros das unidades de média e alta complexidade, abordando a questão do diagnóstico e tratamento, e no dia 03/12 para os demais profissionais.

A abertura foi realizada pela secretária de saúde do município de Barreiras, Regina Rocha Figueiredo Nogueira, dando um breve relato da importância do evento frente à problemática dos Agrotóxicos na região.

O farmacêutico-bioquímico e diretor em exercício do Ciave, Jucelino Nery, enfatizou a problemática da subnotificação das intoxicações exógenas no Estado. Segundo o toxicologista, uma prova clara da subnotificação é o fato de apenas cerca de 20% dos casos de intoxicação por agrotóxicos registrados pelo Ciave terem sido notificados através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

O Dr. Osvaldo Aurélio de Santana, médico do Ciave e Divast, abordou os aspectos clínicos da intoxicação por agrotóxicos, ressaltando que praticamente inexistem estudos científicos acerca dos impactos à saúde humana decorrentes da exposição ao benzoato de emamectina, agrotóxico que será utilizado na região para combate à praga Helicoverpa armigera, sendo os dados disponíveis baseados em testes em animais. Este fato reforça a necessidade de um cuidado maior na sua utilização.

Além de médicos e enfermeiros dos hospitais e Samu, estiveram presentes técnicos da Atenção Básica, Vigilância Sanitária (Visa), Vigilância Epidemiológica (Viep), Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Barreiras (Cerest), 25ª Diretoria Regional de Saúde (25ª Dires), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).


Fonte: Ciave. Leia mais.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Seis pessoas internadas no México com sintomas de envenenamento por radiação

Seis pessoas estão internadas no Hospital Geral de Pachuca, em Hidalgo, no centro do México, com sintomas de envenenamento por radiação, confirmou o secretário de Saúde daquele estado, Pedro Luis Noble Monterrubio, citado pelo jornal “El Universal”.
Estas pessoas estarão relacionadas com o roubo de um caminhão com equipamento médico que continha uma cápsula com material radioativo – cobalto 60 – roubado na segunda-feira. A cápsula foi localizada, mas aberta, o que quer dizer que quem a abriu corre perigo de vida. O hospital está cercado pela polícia federal.
As pessoas internadas apresentam sintomas como vômitos, náuseas e enjôos, diz a AFP, pelo que as autoridades suspeitam que possam ter tido contato com o elemento químico cobalto 60, usado para fazer tratamentos de radioterapia. “Estão com sérios problemas de saúde”, afirmou José Antonio Copca García, o responsável de saúde da região.
Uma família tinha sido colocada sob vigilância, sob suspeita de exposição ao material radioativo. As autoridades mexicanas não esclareceram ainda se as pessoas internadas têm alguma coisa a ver com esta família.
Foi estabelecido um perímetro de segurança de 500 metros de raio no município de Hueypoxtla, a cerca de 70 km da Cidade do México, uma localidade de 40 mil habitantes onde foi encontrado o caminhão abandonado e o material radioativo, num campo deserto.
A Comissão Nacional de Segurança Nuclear e Salvaguardas acusou a empresa de transporte de negligência, por não feito acompanhar por uma escolta de segurança o caminhão que transportava esta carga radioativa.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), informou que o caminhão foi roubado em um posto de gasolina e que o equipamento de radioterapia pertencia à agência de saúde pública do México e não estava mais em uso, disse Ricardo Maza, funcionário do setor de proteção civil do Estado de Veracruz, um dos quais onde o alerta foi emitido. A cápsula do material radioativo estava blindada com chumbo, afirmou ele.
Segundo Maza, os ladrões provavelmente queriam o caminhão e não sabiam o que ele carregava. O equipamento era transferido para um centro de estocagem para detritos radioativos quando o veículo foi roubado.
O material foi lacrado de forma apropriada e não representa risco, contanto que a cápsula onde foi colocado não seja quebrada ou alterada, informou, em comunicado, a Comissão Nacional para Segurança Nuclear da Secretaria de Energia do México.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Capacitações em manejo e controle de escorpiões já apresenta resultado positivo

Técnicos da 20ª Dires, Lacen e Ciave em Vitória da Conquista
O Centro Antiveneno da Bahia (Ciave) encerra 2013 com a realização do terceiro curso de capacitação em manejo e controle de escorpiões, promovido em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública Prof. Gonçalo Moniz (Lacen). Tendo como público-alvo os técnicos de entomologia e coordenadores de vigilância epidemiológica da 20ª Diretoria Regional de Saúde (Dires) e dos municípios que a integram, além dos seus agentes de combate às endemias, o evento foi realizado em Vitória da Conquista no período de 19 a 22 de novembro.
Os técnicos do Ciave e Lacen estão treinando profissionais das Dires e municípios para atuarem como multiplicadores nas regiões que atuam, visando a estruturação do programa para Controle e Manejo de Escorpiões no Estado. Uma vez habilitados através do curso, os agentes de endemias poderão desenvolver, incorporadas à sua rotina, as ações de manejo ambiental para controle de escorpiões, contribuindo para a redução do número de acidentes, bem como da sua morbi-mortalidade.
Seguindo a mesma programação que os cursos anteriores, o evento contou com aulas teóricas e práticas, abordando-se a epidemiologia dos acidentes escorpiônicos no Estado, medidas preventivas e primeiros socorros neste tipo de acidente,  sistemática e taxonomia das espécies de escorpiões de importância médica, monitoramento dos fatores de risco do contato da população humana com o agente do acidente, morfologia, ecologia e comportamento desses animais, técnicas de coleta, acondicionamento, manejo e fluxo dos escorpiões.
As Dires priorizadas foram aquelas que apresentaram uma maior frequência de casos, tendo sido contemplados este ano a 20ª Dires–Vitória da Conquista, a 24ª Dires–Caetité, a 26ª Dires–Santa Maria da Vitória e a 30ª Dires–Guanambi. O programa terá continuidade em 2014, contemplando as demais Dires.
Como parte dos resultados positivos desses treinamentos, diversos espécimes capturados pelos profissionais treinados têm sido encaminhados ao Lacen para identificação.
De acordo com o Ciave, a Bahia registrou a ocorrência de 5.074 casos de acidente escorpiônico no primeiro semestre de 2013, com 15 óbitos. A regional de Vitória da Conquista, por sua vez, foi a terceira em notificações deste tipo de agravo, com 451 ocorrências notificadas através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o que equivale a 8,9% de todos os casos notificados no Estado por este tipo de agravo.
Algumas espécies de escorpiões, em decorrência da sua grande capacidade de adaptação aos ambientes alterados pelo homem, tem se proliferado nas áreas urbanas. Em decorrência das alterações climáticas, em algumas regiões, eles têm se apresentado ativos durante todo o ano. Nos períodos com forte calor e de chuvas frequentes, os escorpiões saem dos esconderijos em busca de alimento, situação esta que aumenta o risco de acidentes.
Medidas simples podem reduzir a sua ocorrência próxima dos domicílios como manter  limpos quintais e jardins; não acumular folhas secas e lixo domiciliar; acondicionar o lixo em sacos plásticos ou  outros  recipientes apropriados e fechados; não jogar lixo em terrenos baldios; manter os terrenos baldios limpos; evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como acúmulo de materiais de construção, entulhos e pedaços de madeira; rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos ou frestas, dentre outras. Nos casos de acidentes, a vítima deve procurar um hospital o mais rápido possível.

Fonte: Ciave. Leia mais.