segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cientistas da Costa Rica Estudam Proteoma de Veneno de Serpentes

No laboratório do Instituto Clodomiro Picado Twight, na Costa Rica, pesquisadores estudam a estrutura e função das proteínas, incluindo sua forma de atuar e interagir dentro das células para entender melhor como atuam os venenos no organismo.

Embora a proteômica analisa proteínas de todo tipo de células, esse Instituto, avaliado em US$ 1,2 milhões, se dedica unicamente ao estudo dos venenos das serpentes, sua área de especialidade. Único na América Central, opera há menos de um ano, mas já decodificou o proteoma do veneno de nove serpentes da Costa Rica, e por sua vez estuda o veneno da taipam, de Papua Nova Guiné, e de cinco cobras africanas procedentes da Nigéria.

Suas descobertas, que no início foram concluídas graças à colaboração do Laboratório de Proteômica Estrutural do Instituto de Biomedicina (Espanha), foram publicadas na imprensa especializada como "Journal of Proteomics" e "Journal of Proteome Research".

Para o coordenador do laboratório, o doutor em microbiologia Bruno Lomonte, a possibilidade de fazer ciência desta complexidade em um país em desenvolvimento como Costa Rica "ajuda a reduzir o buraco em pesquisa e geração de conhecimento" que enfrentam as nações de recursos limitados.

O primeiro passo do processo é preparar as mostras através do processo de liofilização. Pequenas quantidades, então, são analisadas em avançados equipamentos (espectrômetro de massas e cromatógrafos) que separarão os componentes do veneno das proteínas.

O espectrômetro de massas se encarrega de “quebrar” as proteínas com um raio laser que ioniza a amostra e a corta em segmentos para analisá-los, de modo que "podemos comparar esses registros com bases de dados para identificar de qual se trata", assinala Lomonte.

Um cromatógrafo tem a mesma função, mas fraciona a amostra com eletricidade. As duas provas são necessárias, pois a informação que produzem é complementar, o que permite ter certeza dos resultados.

Não é possível ver uma imagem da cadeia de proteínas, por isso que os cientistas armam um quebra-cabeças do proteoma baseado em registros numéricos de peso molecular. Estes mapas de proteínas mostram que, na média, os venenos das serpentes costarriquenhas têm entre 30 e 40 proteínas diferentes, embora há exceções, como o da cobra coral, que é "bastante complexo" pois tem mais de 60 proteínas.

Olhando para ao futuro, Lomonte vislumbra muito trabalho para o Instituto; os pesquisadores esperam decifrar o proteoma do veneno entre outras seis ou sete serpentes da Costa Rica e pretendem analisar amostras de outras, assim como de animais venenosos fora do país.

Além disso, começaram a analisar as proteínas de seus próprios soros antiofídicos, que chegam à América do Sul, Europa, África e Ásia, para encontrar pontos fracos que devam ser melhorados à luz dos achados com os venenos.

Fonte: IG. Leia mais.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Risco do Uso do Paracetamol em Crianças

Muitos se questionam: a dose terapêutica de paracetamol em crianças representa um risco de lesão hepática? Existe muitas discussões acerca deste assunto.

Em matéria publicada no Medscape, em 20/01/2011, o Dr. William F. Balistreri - professor de Pediatria da Universidade de Cincinnati College of Medicine, diretor médico do Programa de Transplante Hepático do Centro Infantil de Cincinnati's Hospital Medical (EUA) - discute a questão.

Conhecemos bem a ocorrência da hepatotoxicidade aguda como resultado de overdose de paracetamol em crianças. Segundo o Dr. Balistreri, na maioria das vezes a overdose é decorrente de excesso na dose recomendada baseada no peso corpóreo.

Segundo Balistreri,quando a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos (EUA), em 2009, realizou uma reunião da comissão consultiva para lidar com o problema da lesão hepática pelo uso de paracetamol, tanto em medicamentos de venda livre (OTC) quanto em produtos sobre prescrição, as estratégias eficazes foram desenvolvidos para evitar overdoses acidentais por cuidadores e ingestão por crianças sem supervisão. O Comitê Consultivo recomenda aumento das restrições sobre o uso de paracetamol para proteger as pessoas de todas as idades a partir de hepatotoxicidade potencial.

Entretanto, a preocupação é que a lesão hepática possa ocorrer com a administração terapêutica do paracetamol. O Dr. Balistreri ressalta que relatos de caso sugerem que esse fenômeno pode ocorrer, mas poucos relatos contêm dados suficientes para sustentar a relação causal provável. Além disso, o impacto da exposição crônica a esta droga, que é amplamente utilizado em crianças, não é conhecido.

Esta questão foi recentemente abordada em dois estudos distintos: o primeiro concluiu que as susceptibilidades individuais em resposta à droga e toxicidade pode ocorrer com o uso de paracetamol; o segundo, que analisou as características e resultados de crianças com insuficiência hepática aguda (IHA) para determinar o papel potencial da exposição crônica do paracetamol, constatou a relação dos perfis bioquímicos de crianças com IHA com a exposição crônica ao fármaco. Estes foram caracterizados por níveis séricos de bilirrubina menores e níveis de alanina aminotransferase maiores. Os resultados dessas crianças também foram piores do que àqueles com exposição única a paracetamol.

O pediatra ressalta que os prestadores de cuidados pediátricos devem continuar a educar os pais e pacientes sobre o uso seguro de paracetamol, inclusive informando sobre a incorporação generalizada deste fármaco em muitos produtos OTCs e de venda sob prescrição comercializados para o tratamento da dor. “Estudos em andamento vão ajudar a determinar os fatores que podem contribuir para a susceptibilidade individual ao paracetamol induzida por lesão hepática. Essas observações devem conduzir a uma utilização mais segura da droga e espero que os esforços preventivos contribuam para reduzir a exposição”, finaliza Dr. Balistreri.

Fonte: Medscape. Leia mais.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os Cursos de Especialização em Toxicologia Finalmente Chegam à Bahia

Curso de Especialização da Bahiana
Finalmente a Bahia é contemplada com cursos de especialização em Toxicologia, área esta que vem se expandindo através do trabalho desenvolvido pelo Centro de Informações Antiveneno (CIAVE-BA) e das demandas decorrentes dos eventos ambientais registrados nos últimos anos no Estado.

O primeiro curso de pós-graduação nesta área, na Bahia, foi o de especialização em Análises Clínicas e Toxicológicas, organizado pelo Centro de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Oswaldo Cruz e coordenado por Dra. Alice Chasin, e que teve início em julho de 2010. O curso foi concebido considerando o contínuo avanço tecnólogico e desenvolvimento de novos marcadores laboratoriais e terapêuticos que continuamente são incorporados à prática da Medicina, quer em seu caráter preventivo quer no diagnóstico e tratamento das infecções e doenças.

Atualmente, encontram-se abertas as inscrições para o curso de Especialização em Toxicologia, com ênfase em Toxicovigilância, organizado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e coordenado pelo Prof. Me. Matheus Santos de Sá. O curso terá uma carga horária de 420 horas, com duração de 18 meses, e visa capacitar profissionais de saúde para o reconhecimento de situações de risco químico e oferecer qualificação técnica para a utilização de critérios da atenção primária, secundária e terciária, além das ferramentas e instrumentos da Toxicovigilância. As aulas terão início em março.

Estes cursos permitirão a capacitação de um maior número de profissionais de saúde em Toxicologia, área tão pouco conhecida pelos mesmos - uma vez que, praticamente, apenas os cursos acadêmicos de Farmácia e Medicina Veterinária possuem em sua grade esta disciplina - facilitarão a disseminação dos conhecimentos na prevenção, diagnóstico e tratamento das intoxicações.

Os cursos bastante esperados também pelos profissionais que já atuam na área são os de mestrado (strictu sensu).

Fonte: CIAVE. Leia mais.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Intoxicação por Acetona Cianidrina Leva Trabalhador a Óbito

O operador, Manoel Lima Barbosa, de 57 anos, provavelmente exposto à acetona cianidrina (mistura de ácido cianídrico e acetona), faleceu na última quarta-feira (19/01), após passar mal por volta das 9h, enquanto trabalhava na empresa Acrinor, no Pólo Petroquímico de Camaçari (BA). De acordo com informações obtidas, o trabalhador carregava um isotanque com o produto químico.

Ainda segundo informações, o operador entrou em contato com a sala de controle através do rádio de comunicação, avisando que não se sentia bem. Socorrido e levado à Unidade de Atendimento Médico de Emergência (PAME) do Pólo, o operador - que tinha 23 anos na empresa - veio a falecer.

De acordo com dados do Programa Internacional de Segurança Química (IPCS), a toxicidade da acetona cianidrina parece ser predominantemente atribuível à dissociação da molécula de cianeto.

Não existem dados sobre as concentrações ambientais de acetona cianidrina e não há base para modelar as concentrações ambientais, uma vez que o composto é um intermediário, que rapidamente se dissocia, e é fabricado e utilizado em sistemas fechados.

A rápida formação de cianeto de hidrogênio a partir de acetona cianidrina é preocupante e o efeito adverso crítico à saúde é a letalidade aguda. Contudo, ao nível previsto de exposição humana, pode haver ausência de efeitos sistêmicos. O produto químico não é genotóxico ou tóxico para o desenvolvimento ou o sistema reprodutivo.

Dependendo da avaliação da exposição nos locais de trabalho, medidas de protecção individual podem precisar ser aumentadas.





CIAVE Recebe Donativos para População Carioca Desabrigada

O CIAVE e seus servidores, sensibilizados com a situação de desastre na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, buscam ajudar a população carioca que ficou desabrigada e aderem à campanha que está sendo organizada pelo Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (SECOPA) e da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (SEAGRI).

O Centro está arrecadando alimentos não perecíveis, água mineral, materiais de higiene, limpeza e higiene pessoal. Os donativos podem ser entregues em horário administrativo e estes serão posteriormente encaminhados à SESAB. Qualquer informação, procurar o setor administrativo através do telefone 3387-3414.


RELAÇÃO DOS MATERIAIS QUE PODEM SER DOADOS:

- Material de higiene e limpeza: vassoura, pano de chão, sabão em barra, sabão em pó, rodo, detergente, desinfetante e cloro;

- Material de higiene pessoal: pasta de dentes, escova de dentes, papel higiênico, absorventes, fraldas descartáveis, escova de cabelo, sabonete, shampoo e condicionador.

- Alimentos não perecíveis: arroz, feijão, fubá, macarrão, leite em pó, açúcar, pó de café, enlatados, massas e sopas desidratadas, biscoitos, cereais e água mineral.


- Roupas: roupas de cama e de banho.


Fonte: CIAVE. Leia mais.

O “Fumacê” no Combate a Dengue e a Toxicologia

Geralmente no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos, aumenta a incidência de pernilongos - tanto o comum (Culex) quanto o da dengue (Aedes aegypti). Em conseqüência, é comum a população solicitar aos poderes públicos a passagem do “fumacê” em seu bairro objetivando o combate aos mosquitos, não sabendo que O “fumacê” deve ser empregado apenas durante as epidemias, uma vez que a aplicação de inseticidas não acaba com os criadouros.

O farmacêutico-bioquímico do CIAVE, Jucelino Nery da Conceição Filho, explica que o conhecido “fumacê” consiste em um inseticida à base de cipermetrina, um piretróide de toxicidade moderada, dispersado no ar em ultra-baixo volume (UBV) e que, por isto, o risco de intoxicação é muito pequeno em condições normais de exposição. Mas ressalta que a pessoa exposta pode se intoxicar em exposição direta e demasiada, como ocorre quando crianças correm atrás ou se penduram nos veículos do “fumacê”. Nestas situações, há uma exposição mais longa e alcança-se uma maior concentração do inseticida no organismo, podendo atingir níveis tóxicos, como aconteceu no caso de um garoto, atendido pelo CIAVE há alguns meses atrás, que percorreu toda a rua que morava pendurado no veículo que aplicava o produto e acabou se intoxicando.

Dr. Jucelino salienta ainda que, na exposição normal, alguns indivíduos expostos diretamente ao produto podem apresentar náuseas e aqueles sensíveis podem desenvolver alergia, cursando com dermatite, cefaléia, rinite, asma e pneumonite.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) esclarece que a aplicação de inseticida através do FUMACÊ é restrita à epidemias de Dengue e/ou Febre Amarela, como forma complementar às ações de combate ao potencial transmissor destas doenças, o Aedes aegypti. O uso sem critério do FUMACÊ impacta o meio ambiente, causando mortes dos insetos polinizadores, tais como abelhas, vespas e borboletas, além dos predadores naturais que exercem a função de controladores das populações de vetores.

Outra conseqüência negativa é a seleção de populações de mosquitos resistentes ao produto utilizado, dificultando a interrupção da transmissão através do controle químico, quando realmente for necessário.

A DIVEP ressalta que o uso do FUMACÊ só elimina insetos alados, ou seja, os ovos e as larvas não são atingidos e renovam sempre a população dos adultos. Os insetos do gênero Culex (muriçoca) se reproduzem em ambientes ricos em matéria orgânica, tais como, esgoto, água pluvial sem esgotamento, recipientes expostos em lixos, fossas abertas, etc. Portanto, para combater as muriçocas são necessárias medidas de saneamento básico.

É importante esclarecer à população a importância da sua contribuição, como por exemplo, manter caixas d’águas e recipiente contendo água fechados, evitar acúmulo de pneus e outros objetos que possam servir de criadouros de larvas, abrir as portas na hora da passagem do carro fumacê, inclusive portas dos quartos e movimentar objetos que possam servir de esconderijo do mosquito, para facilitar a exposição deles ao inseticida. Outra recomendação é com relação aos alimentos, que devem ser protegidos para evitar que sejam atingidos por partículas do inseticida. Além disso, os pais não devem deixem as crianças correrem atrás do veículo, como geralmente acontece, para evitar acidentes e intoxicações.

Fonte: CIAVE e DIVEP/SESAB. Leia mais.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Dia do Farmacêutico: 20 de Janeiro

O Centro de Informações Antiveneno da Bahia (CIAVE-BA) parabeniza os farmacêuticos por seu dia, 20 de janeiro. A data comemorativa foi instituída pelo Senado, a partir do projeto de Lei PLC 145/08, em 3 de novembro de 2010 como o Dia Nacional do Farmacêutico no Brasil.

O dia foi escolhida em função de um marco histórico na área que foi a fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (A.B.F.), no Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1916. A partir daquela data, sempre havia uma reunião de confraternização, até que em 1942 o Dr. Otto Cezar Granado, com a aprovação dos demais colegas de profissão, resolveu oficializá-la como o Dia do Farmacêutico.

Recentemente, a Federação Internacional Farmacêutica - FIP, órgão máximo da profissão no mundo, e da qual o Conselho Federal de Farmácia é membro, instituiu, por meio de votação, 25 de setembro como o Dia Internacional dos Farmacêuticos. A decisão não altera as datas já sacramentadas por cada país para comemorar o Dia consagrado à profissão.

Como relata o Dr. Jaldo de Souza Santos - Presidente do Conselho Federal de Farmácia – em artigo na Revista Pharmacia Brasileira, nº 78, o profissional farmacêutico é um aliado da vida, promovendo a cura das pessoas. Conforme o livro Eclesiástico 38, “o farmacêutico promove a cura e mitiga a dor, faz perfumes e compõe ungüentos úteis à saúde, e o seu trabalho não terá fim”.

O CIAVE conta em seu quadro com três farmacêuticos que desenvolvem atividades relevantes no Centro: Jucelino Nery da Conceição Filho, coordenador de apoio diagnóstico e terapêutico, Carlos Augusto Menezes, responsável pelo Laboratório de Toxicologia de Urgência, e Cícero Leite Magalhães, que responde pela Farmácia. Além das atividades específicas, atuam na formação de futuros profissionais através da orientação e supervisão de estagiários de Farmácia.

Atualmente, no Brasil, os quase 140 mil farmacêuticos exercem 74 diferentes atividades regulamentadas pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Cada uma delas exige um nível de excelência e capacitação técnico-científica diferenciado. Estas atividades vão da assistência prestada nas farmácias, drogarias e hospitais públicos e privados à genética, passando pela pesquisa de uma molécula que dará origem a um novo medicamento; pelas indústrias (de medicamentos, alimentos e cosméticos), análises clínicas e toxicológicas; citopatologia, radiofarmácia, fiscalização, vigilância sanitária, controle de qualidade, magistério, entre outras.

Neste mês comemorativo à profissão farmacêutica, o Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia (CRF-BA) realizou solenidade plenária na noite do dia 17, segunda-feira, no salão nobre do Hotel Vila Galé, onde foram agraciados com o diploma e a Medalha de Comenda ao Mérito por reconhecimentos pelos seus relevantes serviços prestados à Profissão Farmacêutica e a Farmácia Brasileira, os profissionais Dr. Edmar Caetité Júnior, Dra. Eliete da Silva Bispo, Dr. Leandro Carneiro da Silva, Dr. Lucas Carneiro da Silva e Dra. Maria de Fátima Gargur. Ainda conforme a agenda do Conselho, amanhã (21/01) será realizada uma festa comemorativa à data no Unique Eventos, na Avenida Tancredo Neves, sendo necessária a apresentação do convite para acesso.

O Conselho Federal, por sua vez, realiza hoje, às 19h30, no Memorial JK, em Brasília (DF), a solenidade comemorativa ao Dia do Farmacêutico. Na oportunidade, farmacêuticos, autoridades e personalidades ligadas à área da Saúde serão homenageados com a Comenda do Mérito Farmacêutico. A Comenda é a maior honraria concedida no setor farmacêutico, no Brasil, e foi criada, em 1998, por Resolução do CFF para homenagear pessoas que colaboraram para o engrandecimento da profissão, ou que contribuíram para o desenvolvimento da saúde, no País. É constituída de uma medalha e um diploma, e entregue a pessoas de todas as Unidades da Federação indicadas por Conselheiros Federais cujos nomes foram aprovados pelo Plenário do CFF. Entre os homenageados está o Dr. Eustáquio Linhares Borges, farmacêutico-bioquímico, atual vice-presidente do CRF-BA e um dos fundadores do CIAVE-BA.

Fontes: CRF-BA, CFF, Portal Farmacêutico. Leia mais.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Veneno do Niquim Serve de Base para Medicamento Contra a Asma

Pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, desenvolveram uma nova droga contra a asma. A substância, à base de veneno de peixe, já foi aprovada na primeira fase de testes e não tem os efeitos colaterais dos remédios normalmente usados contra a doença.

Esse é o resultado de 14 anos de pesquisa. Uma substância transformada em pó que promete ser um grande alívio pra quem sofre de asma, doença que atinge pelo menos 16 milhões de brasileiros. Diluído em água e absorvido por inalação, o remédio foi testado em camundongos inoculados com uma proteína que provoca a asma. Horas depois, todos se livraram dos sintomas da doença.

O remédio foi descoberto durante uma pesquisa sobre um dos peixes venenosos que existem no Brasil, o niquim. Quando se sente ameaçado, ele sobe dois espinhos que têm um veneno muito forte e que provoca ferimentos muito graves na vítima. O peixe se esconde na areia. As pessoas não percebem e acabam se machucando.

Ao pesquisar o veneno deste peixe, a cientista Mônica Lopes Pereira, do Instituto Butantan, descobriu que ele tem uma substância muito parecida com o anti-inflamatório usado para combater uma série de doenças, entre elas, a asma.

A substância encontrada no peixe serviu apenas como referência para os pesquisadores chegarem ao remédio, sintetizado em laboratório. Como ele é praticamente igual a substância natural, o novo medicamento não provoca efeitos colaterais, e ainda apresenta outras vantagens, segundo a pesquisadora.

“Sarar aquela crise num indíviduo asmático é uma possibilidade de nós evitarmos que aquele indivíduo que já é asmático entre em crise”, diz.

O Instituto Butantan já patenteou a droga no Brasil. Mas, antes de virar remédio, a substância tem que ser testada em humanos. Se tudo der certo, o medicamento deve chegar às farmácias em, no máximo, três anos.

Fonte: Globo.com. Leia mais.

Dia Mundial do Terapêuta Ocupacional

Nesta quarta-feira, 19 de janeiro, comemora-se o dia Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional. O terapeuta ocupacional atua numa área do conhecimento voltada aos estudos, à prevenção e ao tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas, através da sistematização e utilização da atividade humana como base de desenvolvimento de projetos terapêuticos específicos.

O terapeuta ocupacional é um profissional dotado de formação nas Áreas de Saúde e Sociais. Sua intervenção compreende avaliar o cliente, buscando identificar alterações nas suas funções práxicas, considerando sua faixa etária e/ou desenvolvimento da sua formação pessoal, familiar e social. A base de suas ações compreende abordagens e/ou condutas fundamentadas em critérios avaliativos com eixo referencial pessoal, familiar, coletivo e social, coordenadas de acordo com o processo terapêutico implementado.

As atividades do profissional estendem-se por diversos campos das Ciências de Saúde e Sociais. Avalia seu cliente para a obtenção do projeto terapêutico indicado; que deverá, resolutivamente, favorecer o desenvolvimento e/ou aprimoramento das capacidades psico-ocupacionais remanescentes e a melhoria do seu estado psicológico, social, laborativo e de lazer.

O terapeuta ocupacional integra a equipe que compõe o Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (NEPS) do CIAVE, atuando, juntamente com os psicólogos e psiquiatras, no acompanhamento dos pacientes atendidos pelo Centro.


Fonte: COFFITO. Leia mais

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Abertas as Inscrições para o XVII CBTOX

Estão abertas as inscrições para participação no XVII Congresso Brasileiro de Toxicologia. As informações sobre o evento podem ser obtidas através do site www.cbtox.com.br/2011.

O congresso será realizado entre os dias 22 e 25 de junho de 2011, no Centro de Convenções de Ribeirão Preto-SP. O evento terá como tema central “A Toxicologia em uma economia emergente: os desafios para um mundo sustentável”. Assim, esta edição irá tratar do papel das diversas áreas da Toxicologia no desenvolvimento sustentável do mundo moderno. Para tanto, diversos temas serão abordados como nanotoxicologia, novos biomarcadores, Toxicogenômica e Epigenética. Além destes, temas tradicionais da área serão também abordados como Toxicologia Clínica, Forense, Ocupacional, Ambiental, entre outros.

Renomados profissionais da área, brasileiros e estrangeiros, participarão do evento como palestrantes, propiciando uma atmosfera científica rica para congregar as diferentes áreas da Toxicologia.

Fonte.: SBTox. Leia mais.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Instituto Butantan Abre Vaga de Pós-Doutorado na Área de Farmacologia

O Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, está com inscrições abertas até 9 de janeiro para a seleção de um bolsista de pós-doutorado na área de Farmacologia.

A vaga é para desenvolver pesquisas junto ao projeto “Caracterização dos possíveis mecanismos moleculares da ação da crotalfina, um novo peptídeo analgésico, em neurônios sensoriais”, sob coordenação de Yara Cury, do Laboratório Especial de Dor e Sinalização. O projeto faz parte do Programa de Pós-Graduação do Butantan em Toxinologia, coordenado por Norma Yamanouye.

Para participar, o candidato deve ser recém-doutor, com experiência em cultura celular e ensaios imunoquímicos e imunoenzimáticos. Será considerado como diferencial possuir experiência na área de dor e analgesia.

Na primeira etapa, a seleção compreenderá a análise do currículo e, na segunda fase, entrevista com os candidatos que tiveram os currículos selecionados. O resultado será divulgado em 11 de janeiro. O candidato receberá bolsa Capes de pós-doutorado no valor de R$ 3,3 mil.

Os interessados devem enviar curriculum vitae completo e atualizado para a Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Toxinologia, pelo e-mail: cpgibu@butantan.gov.br (com cópia para yarac@butantan.gov.br)

Mais informações: (11) 3726-7222, ramal 2064, com Kimie Simokomaki.

Fonte:InovaBrasil. Leia mais.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Risco de Picadas por Abelhas

Os acidentes por abelhas são freqüentes e levam sérios riscos às vítimas, é o que afirma o farmacêutico Jucelino Nery da Conceição Filho, Coordenador de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do CIAVE. Segundo Jucelino, só em 2009 foram notificados através do SINAN 344 casos de acidentes por este tipo de animal peçonhento. Em 2010 foram mais de 330 casos, alguns deles coletivos como o que aconteceu no bairro de Politeama no último domingo, dia 02/01, que acometeu mais de 20 pessoas e levou uma senhora de 83 anos a óbito.

O farmacêutico esclarece que animais peçonhentos são aqueles que produzem veneno e possuem uma estrutura própria para a sua inoculação, como as presas (dentes mais desenvolvidos e ocos com canal interior por onde passa o veneno) das serpentes, o ferrão das aranhas, dos escorpiões (no final da cauda) e das abelhas (no final do abdômen).

As abelhas pertencem à ordem Hymenoptera, que inclui as vespas, marimbondos e formigas. O veneno das abelhas é uma mistura complexa de substâncias químicas com atividades tóxicas como: enzimas hialuronidases e fosfolipases, peptídeos ativos como melitina e a apamina, aminas como histamina e serotonina entre outras.

Jucelino explica que quando da picada, o ferrão da abelha fica preso à pele juntamente com parte do intestino do animal e a glândula de veneno envolta por uma membrana pulsátil. Quanto mais tempo o ferrão permanece preso, mais veneno será inoculado. Por isto, a retirada deve ser feita mais precocemente possível. A vítima deve ser conduzida a um serviço médico e, no caso de orientação, deve ligar para o CIAVE através do número 0800 284 4343.

As manifestações clínicas podem ser alérgicas (mesmo com uma só picada) e tóxicas (múltiplas picadas). Após uma ferroada, ocorre dor aguda local, que tende a desaparecer espontaneamente em poucos minutos, deixando vermelhidão, prurido e edema por várias horas ou dias. O edema flogístico evolui para enduração local que aumenta de tamanho nas primeiras 24-48 horas, diminuindo gradativamente nos dias subseqüentes.

Menos de 10% dos indivíduos que experimentarem grandes reações localizadas apresentarão as reações sistêmicas de anafilaxia, com sintomas de início rápido, onde podem estar presentes sintomas gerais como cefaléia, vertigens, calafrios, agitação psicomotora, sensação de opressão torácica, entre outros, e sintomas localizados em aparelhos e sistemas, como: prurido generalizado, eritema, urticária e angioedema; rinite, dispnéia, edema dos lábios, náuseas, cólicas abdominais ou pélvicas, vômitos e diarréia; hipotensão, palpitações e arritmias cardíacas e outros.

Nos acidentes provocados por ataque múltiplo de abelhas desenvolve-se um quadro tóxico generalizado denominado de Síndrome de Envenenamento, por causa da quantidade de veneno inoculada. Há dados indicativos de hemólise intravascular e rabdomiólise. Alterações neurológicas como torpor e coma, hipotensão arterial, oligúria/anúria e insuficiência renal aguda podem ocorrer. Distúrbios graves hidroeletrolíticos e do equilíbrio ácido-básico, anemia aguda pela hemólise, depressão respiratória e insuficiência renal aguda são as complicações mais relatadas.

O farmacêutico Jucelino alerta que nos acidentes, principalmente aqueles causados por grande quantidade de abelhas, a retirada dos ferrões da pele deverá ser feita por raspagem com lâmina (de barbear, por exemplo) e não pelo pinçamento com os dedos ou pinça comum, pois a compressão dos ferrões poderá comprimir a glândula ligada a ele e inocular no paciente o veneno ainda existente. O toxicologista ressalta ainda que os pacientes vítimas de enxames devem ser mantidos em UTI, em razão da alta mortalidade observada.

As vespas são também conhecidas como marimbondos. A composição de seu veneno é pouco conhecida. Seus alérgenos apresentam reações cruzadas com os das abelhas e também produzem fenômenos de hipersensibilidade. Ao contrário das abelhas, não deixam o ferrão no local da picada. Os efeitos locais e sistêmicos são semelhantes, porém menos intensos, e podem necessitar esquemas terapêuticos idênticos.

Fonte: CIAVE. Leia mais.