quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Jogo digital ajuda pais e filhos a se prevenirem contra a intoxicação no ambiente doméstico

Férias! O que é para ser um ótimo momento em família pode se tornar um período de sustos e preocupações. Segundo especialistas, a casa é o local onde as crianças correm mais riscos. Para alertar pais e jovens, o Polo de Jogos e Saúde, do Multimeios/Icict e o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas – Sinitox transformaram em algo lúdico a campanha de prevenção contra acidentes por intoxicação: a equipe criou o jogo digital “Quem deixou isso aqui?”.

O jogo, lançado durante o seminário “Prevenção de intoxicações em foco: panorama das intoxicações infantis e ações educativas” do Centro de Estudos do Icict e o Sinitox, realizado em dezembro último, vem atraindo a atenção de pais e filhos pela facilidade com que pode ser jogado e as informações que fornece. A ideia é manter a personagem central – Aninha, uma menina de três anos – longe de coisas que podem intoxicá-la como medicamentos, plantas, materiais de limpeza e até mesmo alimentos e bebidas alcóolicas. Ao se depararem com o número elevado de ocorrências em intoxicações domésticas em crianças, os integrantes do Polo – Marcelo de Vasconcellos e Flávia de Carvalho, que já tinham desenvolvido outras parcerias com o Sistema, avaliaram a necessidade de abordar o assunto: “vimos que a intoxicação doméstica era um problema muito mais sério. Assim, a contribuição do Sinitox foi essencial para uma escolha certeira do tema e para verificação técnica de todas as informações”, diz Vasconcellos.

Apesar da personagem ser uma menininha, o jogador encarna um adulto que tem que protegê-la dos riscos de uma intoxicação. “O jogo foi direcionado a pais e responsáveis, uma vez que são eles que precisam aprender sobre os riscos da intoxicação doméstica. Esta abordagem vem da nossa visão sobre a mídia dos jogos, de que ela não é algo restrito para crianças, mas que pode ser atraente e educativo para qualquer pessoa”, explica Flávia de Carvalho. A coordenadora do Sinitox, Rosany Bochner, acredita que o jogo “é pioneiro no que se refere à prevenção de intoxicações” e apesar de ter sido “desenvolvido para jovens, adultos e pais, com certeza as crianças também vão acabar se interessando pelo seu modo dinâmico de jogar”.

Vasconcellos afirma que esse jogo foi um “grande aprendizado” para a equipe envolvida, onde todos puderam se dar conta sobre os mais variados riscos. Afinal, é comum as pessoas relatarem casos de intoxicação de crianças na família ou na vizinhança. “O assunto nos chamou a atenção tanto para nossa vida doméstica, quando repensamos a organização de nossas próprias casas, quanto para nossa experiência profissional como designers gráficos, pois o risco da intoxicação muitas vezes é agravado pelo projeto gráfico dos produtos”, explica.

Fonte: ICICT/FIOCRUZ

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017


Hospital Juliano Moreira discute sobre o uso de agentes tóxicos na tentativa de suicídio

Em evento comemorativo ao Dia do Farmacêutico, 20 de janeiro, profissionais discutem na manhã de hoje sobre o uso de agentes tóxicos na tentativa de suicídio. O tema será apresentado pelo farmacêutico Jucelino Nery, coordenador técnico do Centro Antiveneno (Ciave).

Em 2016, foram registrados 3.094 casos de intoxicação exógena através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan, sendo 23,6% decorrentes de tentativa de suicídio. Segundo o farmacêutico JucelinoNery, o produto mais frequentemente utilizado é o medicamento (45%) e os raticidas (25%), principalmente o raticida clandestino conhecido como "chumbinho".

Como medida preventiva da tentativa de suicídio, o farmacêutico ressalta a necessidade de se estar atento aos sinais de alerta de formação da ideia suicida: automutilação e/ou práticas autodestrutivas; mudanças marcantes no comportamento ou nos hábitos; isolamento social; interesse por sites e/ou redes sociais sobre suicídio; na adolescência: comportamentos típicos dessa fase, como agressividade, irritabilidade e impulsividade podem camuflar um quadro depressivo; em idosos: diminuição ou ausência de cuidados com o corpo, isolamento social e doenças crônicas.

Fonte: CIAVE

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017


Manejo clínico em acidentes por animais peçonhentos é tema de webpalestra

Hoje (19/01) acontecerá a palestra “Manejo Clínico em pacientes após picada por animais peçonhentos”, pela internet, das 14:30h às 15:40h. A webpalestra, promovida pelo Núcleo Técnico-Científico do TelessaúdeBA,  visa capacitar os profissionais da atenção básica para o Manejo Clínico em pacientes após picada por animais peçonhentos e terá como palestrante o Dr. Daniel Santos Rebouças, médico toxicologista e diretor do Centro Antiveneno da Bahia (CIAVE-BA).

Poderão assistir à webpalestra os profissionais da Atenção Básica e demais interessados, bastando acessar o endereço http://www.telessaude.ba.gov.br/participe e entrar como convidado (não é necessário ter usuário e senha). Entretanto é indispensável que esteja instalado o Adobe Flash Player no computador onde será assistido o evento. Maiores orientações podem ser obtidas no site do TelessaúdeBA (http://telessaude.ba.gov.br/profissionais-ab/webpalestra/).

São registrados na Bahia, anualmente, uma média de 13.000 casos de acidentes por animais peçonhentos, principalmente por escorpiões e serpentes. O Ciave é o centro de referência estadual em Toxicologia e coordena o Programa de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos no Estado.

Fonte: Ciave

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Registrado primeiro medicamento à base de Cannabis sativa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do medicamento específico Mevatyl® (tetraidrocanabinol (THC), 27 mg/mL + canabidiol (CBD), 25 mg/mL), canabinoides obtidos a partir da Cannabis sativa, na forma farmacêutica solução oral (spray). É o primeiro medicamento registrado no país à base de Cannabis Sativa.

O novo medicamento Mevatyl®, registrado em outros países com o nome comercial Sativex®, é indicado para o tratamento sintomático da espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla, sendo destinado a pacientes adultos não responsivos a outros medicamentos antiespásticos e que demonstram melhoria clinicamente significativa dos sintomas relacionados à espasticidade durante um período inicial de tratamento com o Mevatyl®. O medicamento é destinado ao uso em adição à medicação antiespástica atual do paciente e está aprovado em outros 28 países, incluindo Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Suíça e Israel.                                                  

Mevatyl® não é indicado para o tratamento de epilepsia, pois o THC, uma de suas substâncias ativas, possui potencial de causar agravamento de crises epiléticas. O medicamento também não é recomendado para uso em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade devido à ausência de dados de segurança e eficácia para pacientes nesta faixa etária.

Conforme dados de estudos clínicos realizados com Mevatyl® a ocorrência de dependência com o seu uso é improvável. Mevatyl® será comercializado com tarja preta em sua rotulagem e a sua dispensação ficará sujeita a prescrição médica por meio de notificação de receita A prevista na Portaria SVS/MS nº 344/1998 e de Termo de Consentimento Informado ao Paciente.

O medicamento será fabricado por GW Pharma Limited – Reino Unido, e a detentora do registro do medicamento no Brasil é a empresa Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda., localizada em São Paulo (SP). Maiores detalhes podem ser obtidos por meio da Nota Técnica elaborada pela área de registro de medicamentos específicos, GMESP/GGMED.

O que é um medicamento específico?  

O termo “medicamento específico” aplica-se a produtos farmacêuticos, tecnicamente obtidos ou elaborados, com finalidade profilática, curativa ou paliativa não enquadrados nas categorias de medicamento novo, genérico, similar, biológico, fitoterápico ou notificado e cuja(s) substância(s) ativa(s), independente da natureza ou origem, não é passível de ensaio de bioequivalência, frente a um produto comparador.

A resolução RDC 24/2011 define os produtos que se enquadram na categoria de medicamentos específicos e dentre eles estão os fitofármacos, caso do medicamento Mevatyl®. Os fitofármacos são substâncias purificadas e isoladas a partir de matéria-prima vegetal com estrutura química definida e atividade farmacológica. São empregados como ativos em medicamentos com propriedade profilática, paliativa ou curativa. Não são considerados fitofármacos compostos isolados que sofram qualquer etapa de semisíntese ou modificação de sua estrutura química.

Fonte: Anvisa.