segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Consulta Pública Atualiza Substâncias Permitidas em Embalagens e Utensílios Plásticos para Alimentos

Está em consulta pública, desde a última quarta-feira (22/12), proposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que atualiza a lista de substância permitidas para fabricação de embalagens e utensílios plásticos que entram em contato com alimentos no Brasil. A lista de substâncias indicadas pela Agência é um compilado das legislações dos Estados Unidos e da União Européia sobre o tema.

Para facilitar a consulta dos usuários, uma das novidades é a forma de apresentação da lista das substâncias permitidas. Além do nome, há o número de referência, registro CAS (número de registro único no banco de dados do Chemical Abstracts Service que cada substância possui) e as restrições de uso de cada uma das substâncias.

Os interessados em participar da Consulta Pública 114/2010 da Anvisa devem encaminhar sugestões por escrito,para um dos seguintes endereços: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Gerencia Geral de Alimentos/Gerência de Produtos Especiais, SIA Trecho 5, Área Especial 57, Brasília- DF, CEP 71.205-050; ou para o Fax: (61) 3462-5315; ou para o e-mail: polimeros@anvisa.gov.br. A consulta pública ficará aberta por 60 dias.

Fonte: ANVISA. Leia mais.

Frases de Alerta em Embalagens e Bulas de Medicamentos

As embalagens e bulas de medicamentos poderão trazer frases de alerta quanto ao uso correto e seguro dos produtos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (27/12) uma proposta (CP 116/2010) com as informações que devem ser disponibilizadas para cada tipo de substância.

Além das frases de advertência, que trazem precauções, contraindicações críticas e medidas que favorecem o uso correto dos medicamentos, o documento propõe que também seja informado o grau de risco para uso na gravidez e aleitamento. A proposta traz uma lista com as frases que serão utilizadas nas bulas para pacientes, nas bulas para profissionais de saúde e na rotulagem (embalagem).

A Agência quer que as bulas tragam essas frases em negrito e com tamanho de fonte nunca inferior ao utilizado no restante da bula. Nas embalagens, as frases devem vir com dimensões que permitam fácil leitura e em negrito ou caixa alta. Já as farmácias de manipulação devem utilizar etiquetas ou rótulos nas embalagens com as informações necessárias.

Pela proposta, a lista das substâncias e as frases de alerta serão atualizadas periodicamente, a fim de atender às necessidades dos usuários de medicamentos.

Contribuições à CP 116/2010 podem ser enviadas por escrito para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – SIA trecho 5, área especial 57. CEP 71.205-050. Brasília - DF, ou fax: (61) 3462-5602 ou e-mail: cp116.2010@anvisa.gov.br. A proposta receberá sugestões por 120 dias.

Fonte: ANVISA. Leia mais.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Riscos dos Medicamentos "Naturais" para Emagrecimento

Com a chegada do verão, as pessoas procuram melhorar o seu visual, seja através do vestuário, seja através da estética. Para isto, algumas buscam perder os quilinhos a mais através de uma alimentação balanceada e exercícios. Outros, recorrem ao uso de medicamentos que prometem milagres e que são vendidos sem receita médica em farmácias e pela internet.

Neste domingo (19/12), o programa Fantástico (Rede Globo) trouxe à tona a problemática dos medicamentos ditos naturais utilizados para emagrecimento. Alguns destes não possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), tendo, desta forma, a sua venda ilegal no país.

A matéria do Fantástico mostrou o medicamento vendido como um produto natural denominado de Divine Shen, vendido sem receita médica em farmácias e de grande procura pelos clientes para emagrecimento.

De acordo com a reportagem, há um mês a promotoria criminal de São Paulo recebeu uma denúncia anônima. De acordo com o documento, a fórmula do produto em questão era diferente da declarada na embalagem.

Três amostras foram compradas em pontos diferentes da capital e analisadas pelo Instituto de Criminalística de São Paulo. De acordo com os resultados, as três amostras apresentaram em sua composição a sibutramina, uma droga sintética utilizada no tratamento da obesidade, de comercialização controlada (tarja preta) com a venda sob apresentação e retenção de prescrição médica.

A sibutramina, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), possui efeitos colaterais sérios, principalmente para pessoas com doença cardiovascular, incluindo coronariopatias, acidente vascular cerebral ou isquemia transitória, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca congestiva, doença arterial periférica e hipertensão arterial.

Ainda conforme a reportagem, o Ministério Público encaminhou os laudos para a Policia Federal e para ANVISA. “A comercialização de substâncias adulteradas dentro do sistema de saúde publica é mais grave do que o tráfico de cocaína, que o tráfico de crack, que o trafico de maconha. Nós vamos contar a partir de agora com apoio da própria vigilância sanitária porque esse produto precisa ser imediatamente retido, retirado do mercado”, garantiu o promotor José Reinaldo Carneiro.

“Com esses laudos em mãos, nós vamos fazer a interdição cautelar do produto em todo território nacional, vamos abrir um processo administrativo, fazer uma análise fiscal e, dependendo do resultado encontrado nessa análise fiscal, o produto pode ser proibido. A importação do produto ou até mesmo o registro do produto”, explica Antônia Aquino, gerente de produtos especiais da ANVISA.

Assim como o Divine Shen, outros produtos tem sido comercializados irregularmente. Um exemplo é a Caralluma, que é extraída de um cacto de origem indiana. O produto ajudaria a reduzir o apetite e acelerar a queima de gordura, entretanto, não existem estudos científicos que comprovem essas alegações. Este produto é comercializado como isento de efeitos colaterais e não possui registro na ANVISA.

Vale ressaltar a afirmação do Dr. Márcio Mancini, presidente do departamento de obesidade da SBEM e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (ABESO): “nenhum suplemento, nenhum remédio vendido como natural serve para acelerar um emagrecimento. Produtos naturais para emagrecer, ainda não foi inventado nenhum que realmente funcione”.

“A ANVISA não recomenda a utilização de medicamentos que não tiveram a sua eficácia e segurança comprovadas, exatamente por nós não sabermos os males que esse medicamento pode trazer”, reforça Monica da Luz Soares, gerente de tecnologia farmacêutica da ANVISA.

Fonte: CIAVE. Leia mais.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

CIAVE realiza confraternização natalina

Aconteceu nesta quinta-feira (16/12), às 17 horas, no auditório do Centro de Informações Antiveneno (CIAVE), a confraternização de final de ano dos servidores do Centro com a participação dos ex- e atuais estagiários, colaboradores e parceiros.

O evento teve o objetivo de promover a confraternização entre aqueles que atuam junto ao CIAVE, criando um ambiente mais fraterno e solidário.

Durante a festa, foram homenageadas as doutoras Daisy Schwab Rodrigues e Ana Maria de Souza Teles, que se aposentaram recentemente, além da realização de “amigo-secreto”.

Fonte: CIAVE.

CIAVE participa de reunião da RENACIAT

Nos dias 14 e 15 deste mês (terça-feira e quarta-feira, respectivamente), ocorreu em Brasília mais uma reunião da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (RENACIAT), coordenada pela ANVISA através da Gerência Geral de Toxicologia da ANVISA.

A reunião teve como objetivo discutir a atualização da RDC/ANVISA nº 19, de 3 de fevereiro de 2005, que criou a RENACIAT e aprovou as diretrizes para qualificação dos centros de informação e assistência toxicológica (CIATs), bem como definir a composição dos grupos de trabalhos.

 
Representantes de vários CIATs estiveram presentes, entre eles o Dr. Daniel Rebouças – diretor do CIAVE-BA.

Fonte: CIAVE.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Avaliação de Risco Toxicológico e Aspectos Metodológicos da Abordagem RBCA

Matéria publicada no Intertox nesta quarta-feira (15/12), escrita por Carlos Eduardo, aborda o assunto “Avaliação de Risco Toxicológico e Aspectos Metodológicos da Abordagem RBCA (Risk-based Corrective Action). Confira:

"Nos últimos anos, muitos estudos evidenciaram a toxicidade de substâncias de uso extremamente difundido, e, com isso, muitos governos, tendo como função a proteção de suas populações, desenvolveram-se na questão do risco toxicológico, inserindo programas relacionados à segurança toxicológica; fazendo cooperação com agências reguladoras em estudos de toxicidade e definição de limites de exposição; realizando e revisando ações de caráter regulatório; entre outros. O processo de avaliação de risco toxicológico passou ser primordial no atual contexto mundial da utilização química.

A avaliação de risco, embora seja abordada com diferentes enfoques por determinadas agências e governos, é composta por quatro etapas básicas: identificação do perigo; avaliação dose-efeito e dose-resposta; avaliação da exposição; e por fim, a caracterização do risco. O processo busca estabelecer a probabilidade da ocorrência do efeito tóxico como conseqüência da exposição a um ou mais agentes, e sob as condições do estudo, abre caminhos ao gerenciamento do risco, com medidas de redução/neutralização/controle do risco. A avaliação do risco pode ser feita em local com suspeita/confirmação de contaminação, ou de maneira preventiva, com cenários conservadores, antes da construção de um empreendimento, o que garante à empresa a antecipação de planos de ação concretos para casos de emergências e incidentes químicos futuros."


Fonte: INTERTOX. Leia mais.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Prática Perigosa de Mistura de Energéticos com Álcool

A prática cada vez mais comum de associação de bebidas alcoólicas e energéticas é bastante perigosa para jovens e adolescentes.

Em artigo publicado em novembro no American Journal of Preventive Medicine , Dr. Howland e colegas destacaram o escopo do problema das bebidas alcoólicas e cafeinadas, sugerindo áreas de investigação que podem ajudar a resolver a questão.

A raiz do problema da cafeína de bebidas alcoólicas pode ter começado com a mania de bebida energética. "O mercado de bebidas energéticas é uma indústria multibilionária que atinge adolescentes e jovens adultos", afirmam os autores.

Como resultado da "agressiva e inovadora" tática de marketing voltada para os jovens, é atualmente estimado que 31% dos adolescentes e jovens e até 51% dos adultos jovens de 18-21 anos de idade consumam regularmente bebidas energéticas.

Um levantamento entre adolescentes, nos Estados Unidos, encontrou que 76% usam bebidas energéticas para aumentar a energia e atenção. Outra pesquisa de estudantes universitários mostrou que 67% usam bebidas energéticas devido à falta de sono, 65% utilizam para obter energia e 54% as ingerem com álcool quando há festa. Dezessete por cento dos entrevistados disseram que usam bebidas energéticas para combater a ressaca, apesar de qualquer evidência de que a prática funcione.

Dependendo da marca, as bebidas energéticas contêm estimulantes diversos, principalmente a cafeína, mas também guaraná, taurina, açúcar e derivados. Das 577 bebidas cafeinadas listadas no site Energy Fiend (EUA) em 2008, pelo menos 130 continham mais do que o limite de 0,02% de cafeína permitido pela FDA, segundo os investigadores.

A combinação de bebidas energéticas com álcool se tornou popular quando os comerciantes alimentaram a idéia de que as bebidas energéticas neutralizam os efeitos sedativos do álcool e do prejuízo relacionado, permitindo aos indivíduos continuar a beber mais.

"Embora evidências continuam a mostrar que ingerir bebidas alcoólicas e cafeinadas é um negócio arriscado, até o momento, as conseqüências à saúde não são bem compreendidas", diz Dr. Howland.

No artigo, os pesquisadores citam um estudo que descobriu que freqüentadores de um bar que consumiram bebidas cafeinadas alcoólicas foram três vezes mais propensos a deixarem o bar altamente embriagados em comparação com aqueles que consumiam álcool sem cafeína. Eles também foram quatro vezes mais propensos a dizer que pretendiam pegar o volante depois de sair do bar.

Outro estudo descobriu que os estudantes que consumiram bebidas alcoólicas e cafeinadas tinham aproximadamente o dobro do risco de sofrer ou cometer agressão sexual, andar com um motorista embriagado, ter um acidente relacionados com o álcool ou necessitar de atendimento médico.

Mas, apesar dos estudos descritivos que revelam os efeitos nocivos do álcool e da associação entre bebidas alcoólicas e cafeinadas, “pouco se sabe sobre os mecanismos subjacentes a estes riscos", disse o Dr. Howland.

Ele enfatiza que não tem conhecimento de quaisquer estudos que tenham sido conduzidos para este olhar. "Existem várias hipóteses que são perfeitamente razoáveis, mas elas não foram testadas": "será que ingerir bebida alcoólica com cafeína significa que você bebe mais porque a cafeína pára a sensação de sonolência ou as conseqüências fisiológicas habituais do álcool?”

"É razoável pensar que a cafeína o mantêm mais alerta e distorce a sua percepção de quanto você está intoxicados e então você bebe mais, mas nós realmente não sabemos e devemos fazer a pesquisa para descobrir", disse o Dr. Howland.

Ele acrescentou que seu grupo de pesquisa está buscando financiamento para realizar estudos para responder a muitas destas perguntas.



Fonte: Medscape. Leia mais.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

ABRACIT Realizará a Última Webconferência do Ano

A Associação Brasileira de Centros de Informação e Atendimento Toxicológico e Toxicologistas Clínicos -ABRACIT realizará na próxima terça-feira, dia 14/12/2010, às quatorze horas e trinta minutos, a webconferência sobre "Intoxicações por Êxtase", ministrada pela Dra. Adriana Melo Barotto, médica do Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina, através da Rede Universitária de Teleconferência.

Os técnicos do CIAVE participarão da webconferência, a qual deverá ser a última do ano de 2010. Em 2011, as conferências serão reiniciadas em março com discussões de casos clínicos. Os interessados que queiram assistir poderão contactar o Núcleo de Estudos e Pesquisas do Centro (3387-4343).

Fonte: CIAVE.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Erro de Administração de Medicamento Faz Mais Uma Vítima Fatal

Os erros de administração de medicamentos (EAM) podem ser resultantes da utilização adequada, inadequada ou, ainda, da falta de acesso àqueles fármacos clinicamente necessários.

“Os erros de administração de medicamentos não ocorrem apenas no ambiente domiciliar, mas também no meio hospitalar”, é o que afirma o farmacêutico e Coordenador de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do Centro de Informações Antiveneno (CIAVE), Jucelino Nery da Conceição Filho.

O farmacêutico ressalta que, diversos estudos na literatura mostram que a falta de atenção, estresse, desconhecimento sobre o preparo e administração, sobrecarga de trabalho, prescrição médica ilegível ou alterada são fatores que contribuem para o erro de administração no serviço hospitalar.

Ainda de acordo com Jucelino Nery, este tipo de ocorrência, além de gerar custos excedentes ao serviço de saúde, gera riscos aos pacientes, podendo até mesmo levá-los à morte, como ocorreu com a jovem Stephanie, na última sexta-feira (03/12). A criança de 12 anos morreu após receber na veia 50 mL de vaselina, produto utilizado para hidratar a pele e de outros usos externos, em um hospital na Zona Norte de São Paulo.

A menina foi levada pela mãe ao Hospital por apresentar dor de cabeça e vômitos. Stephanie recebeu soro e apresentou melhora, mas começou a passar mal quando uma terceira bolsa de soro foi aplicada. Posteriormente, a garota foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia, onde os médicos pouco puderam fazer.

De acordo com o médico toxicologista Anthony Wong, com a administração de vaselina na veia “acontece o fenômeno chamado embolia, ou seja, a adição de substância que não se mistura com sangue e acaba formando microgotículas. Nesse caso, a vaselina vai provocando obstrução ou entupimento de várias veias e artérias, começando pelo pulmão e depois coração, cérebro, rins e todos os órgãos do corpo”.

De acordo com a Santa Casa de São Paulo, que administra o hospital onde teria ocorrido o evento, toda a equipe médica envolvida no atendimento à menina foi afastada temporariamente. Do ponto de vista policial, o caso foi registrado e está sendo investigado como homicídio culposo, aquele em que não há intenção de provocar a morte.

De acordo com o farmacêutico Jucelino Nery, em estudo feito por ele e sua equipe em 2007, o CIAVE registrou no período de 2002 a 2006 quinhentos casos de erro de administração de medicamentos, o equivalente a 7,2% do total de registros envolvendo este tipo de agente. Trinta e nove casos (7,8%) ocorreram em serviços de saúde e destes, três evoluíram para óbito. Em 2009, de acordo com dados preliminares, foram registrados cinco casos, sem nenhum óbito.

Jucelino Nery ressalta que a subnotificação destes eventos é muito grande, principalmente porque os profissionais ficam com receio de punição pelo erro e, em consequência, não o notifica.


Fonte: CIAVE. Leia mais.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Estudo sobre Cobra Voadora

Foto: Getty Images
No sul e sudeste da Ásia são encontradas cinco espécies de serpentes que vivem em árvores e que são conhecidas como "cobras voadoras". elas pertencem ao gênero Chrysopelea.

Para o biólogo Jake Socha, da Vírgínia Tech, esses curiosos répteis são algo como uma maravilha da biomecânica. A fim de entender como eles fazem e o que eles "fazem", Socha e seus colegas estudaram recentemente as cobras Chrysopelea paradisi ao se lançarem de uma torre de 15 metros de altura.

Quatro câmeras gravaram essas cobras enquanto elas deslizavam. Isso os permitiu criar e analisar reconstruções em 3D das posições do corpo do animal durante o vôo. As reconstruções foram acopladas a um modelo analítico de dinâmicas de deslizamento e às forças que agem sobre o corpo das cobras. As análises revelaram que os répteis, apesar de viajarem até 24 metros até o “pouso”, nunca atingiram um estado de “equilíbrio de deslizamento” – no qual as forças geradas por seus corpos ondulantes neutralizam exatamente a força que empurra esses animais para baixo, fazendo com que os mesmos se movam a uma velocidade constante e em um ângulo constante a partir do horizonte.

Elas manipulam o seu corpo de forma a obter um efeito aerodinâmico. "Parece que elas estão deslizando pelo ar, como um chicote se mexendo para a esquerda e para a direita", disse Jake Socha, principal autor do estudo.

Socha e colegas descobriram que a cobra Chrysopelea paradisi inclina seu corpo cerca de 25 a 30 graus em relação ao fluxo de ar para permanecer com a maior aerodinâmica possível. A maior distância que uma cobra conseguiu percorrer da torre foi cerca de 24 metros.

A pesquisa, financiada pelo Pentágono, pode ser útil para engenheiros que tentam criar veículos mais eficazes em busca e resgate, como um robô rastejante que também seja capaz de voar. "Há muito interesse em criar um pequeno voador; algo que possa chegar ao topo de um prédio e ver o que há ali", disse Socha.

O estudo foi publicado no jornal Bioinspiration and Biomimetics numa edição especial que destaca nove projetos de pesquisa que usam a natureza como guia para melhorar o design de veículos. Os outros estudos incluem pesquisas com lagartixas, gaivotas e beija-flores.

Fonte: IG e HowStuffWorks. Leia mais.                    Vídeo do vôo da Chrysopelea.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cientistas Contestam Pesquisa sobre Desenvolvimento de Bactérias com Arsênio

Foto: Divulgação/Science
A revista Science publicou na última quinta-feira, dia 02/12, o trabalho de pesquisa patrocinado pela NASA onde cientistas coletaram na Califórnia bactérias que cresceram no laboratório em um meio onde o fósforo - elemento considerado como essencial para a vida - foi substituído pelo arsênio, elemento altamente tóxico.

Este resultado tem impacto sobre diversas áreas da Ciência, pois gerar a possibilidade de existência de outros tipos de vida extraterrestre e, principalmente, abala um dos conhecimentos mais sólidos dos bioquímicos que consiste no princípio de que o carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e fósforo (conhecidos como CHONPS) são os elementos essenciais da vida, presentes em DNA, proteínas e lipídios.

De acordo com o estudo, o arsênio foi incorporado ao DNA das bactérias, substituindo o fósforo. Este fato tem gerado questionamentos por parte de cientistas importantes da área. Jack W. Szostak, ganhador do Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina do ano passado e pesquisador da Universidade de Harvard, afirmou em entrevista ao IG não estar convencido de que há arsênio no DNA da linhagem bacteriana estudada. De acordo com Szostak, a substituição de arsênio por fósforo é quimicamente improvável, uma vez que os compostos formados se quebram rapidamente na presença de água. O cientista afirma ainda que “as afirmações do trabalho são completamente infundadas por seus dados. Não há um único experimento em que eles tenham isolado um metabólito ou uma molécula específica mostrando que o arsênico substituiu o fósforo”.

Segundo ainda Szostak, o nível detectado de arsênio no DNA é extremamente baixo, tanto para as células que cresceram com fonte de arsênio quanto para as que cresceram com fonte de fósforo, nível este que poderia ser explicado por uma possível contaminação de reagentes usados nos experimentos.

Outro cientista descrente no estudo é Steven Benner, da Foundation for Applied Molecular Evolution em Gainesville, Florida. O cientista trabalha com formas alternativas de DNA e afirmou em entrevista ao iG que, mesmo quando dois elementos são vizinhos na tabela periódica (como o silício e carbono e o arsênio e fósforo), as diferenças de suas reatividades tornam as substituições desafiadoras para os cientistas. Ele afirma que substituir o fósforo por arsênio no DNA torna as estruturas instáveis, principalmente na presença de água. Explica ainda que em uma das figuras do trabalho da Science, o DNA aparece estável na água e se comporta como um DNA padrão. “Isso é um forte indício de que o que eles estão vendo não é DNA cujos fósforos foram substituídos por arsênio”.

Por sua vez, Sam Kean, autor do livro “The Disappearing Spoon”, best-seller do New York Times que conta histórias inusitadas sobre cada um dos elementos da tabela periódica, afirma que não é incomum bactérias, outros microrganismos e formas mais complexas de vida incorporarem elementos da tabela periódica ao seu metabolismo. Segundo ele, “algumas bactérias usam até urânio”.

Procurada pelo iG, Felisa Wolfe-Simon, responsável pela pesquisa, disse, via assessoria de imprensa da Nasa, que precisaria de alguns dias para responder às alegações de Szostak e Benner.

Fonte: IG. Leia mais.

Brasil Avança no Controle de Resíduos em Alimentos

Estabelecer os critérios para controle de substâncias que migram das embalagens plásticas para os alimentos. Esse é objetivo da Resolução RDC 51/2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada nesta terça-feira (30/11­).

A norma estabelece critérios para verificar se substâncias prejudiciais à saúde humana estão migrando, em teores maiores do que os autorizados pela legislação, de embalagens e utensílios plásticos para os alimentos. Esses critérios também serão utilizados por todos os países membros do Mercosul.

Além disso, a nova regulamentação da Anvisa segue padrões de referência utilizados por laboratórios dos Estados Unidos e União Européia no controle sanitário de alimento. “O Brasil está alinhado com o que há de mais moderno no mundo no que diz respeito à legislação para o controle de migração de substâncias para alimentos”, explica a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito.

Os corantes também passaram por processos de análises quanto ao teor da substância nos alimentos. A RDC 52/2010, publicada nesta quarta-feira (1º/12), no Diário Oficial da União, trata sobre os critérios para utilização de corantes em embalagens e equipamentos plásticos destinados ao contato com alimentos.

Os critérios incluem limites para migração de substâncias das embalagens para os alimentos e métodos para determinação desta migração, assim como critérios de pureza e níveis máximos permitidos para o uso de alguns corantes.

No Brasil, o controle sanitário de alimentos expostos ao consumo humano é realizado pelas Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios. Esses órgãos realizam coleta de alimentos no varejo e encaminham para análise em laboratórios oficiais.

O objetivo é verificar se os alimentos não apresentam risco para a saúde da população. A partir de agora, os critérios estabelecidos pela Resolução RDC 51/2010 da Anvisa devem ser utilizados para determinar a migração de substâncias de embalagens e equipamentos plásticos para os alimentos.

Fonte: ANVISA. Leia mais.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

02 de dezembro: Dia Panamericano da Saúde

O dia Panamericano da saúde é comemorado no dia 02 de dezembro para enfatizar a importância dos cuidados com a qualidade de vida e saúde.

O corpo humano é uma máquina composta de substâncias químicas e que usa outras substâncias para funcionar, como água, açúcar, sal, proteínas etc. Mantê-las em equilíbrio é vital para nosso corpo.

Mas não é só desta forma que manteremos a saúde em dia, precisamos ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos, pois exercícios ajudam no processo de emagrecimento, combatem o estresse, melhoram o sistema imunológico e reduzem riscos do desenvolvimento de algumas doenças.

A saúde mental também afeta a saúde física, doenças como úlcera gástrica, inflamação no nervo ciático, enxaquecas, pressão alta e até mesmo gripes e dificuldades digestivas estão muitas vezes ligadas ao estresse.

É muito importante também consultar periodicamente o médico para verificar se a saúde está em dia, pois muitas vezes podemos estar doentes e não apresentar nenhum sintoma.

Para se ter boa saúde também é necessário equilíbrio, ou seja, não exagerar na hora de comer, nem comer de menos, não exagerar nos exercícios físicos, não deixar de utilizar a mente, lendo ou até mesmo trabalhando.

É importante se manter longe de vícios, ingerir bastante líquido e evitar longas exposições ao sol. Cuide da sua saúde, não só no dia 02/12, mas durante todos os dias do ano!


Fonte: BoaVida. Leia mais.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

CIAVE Participa do Lançamento do IDB Bahia

O diretor do Centro Antiveneno - CIAVE, Dr. Daniel Santos Rebouças, juntamente com os técnicos Jucelino Nery e Carlos Augusto Menezes, representaram o CIAVE no lançamento da primeira edição do IDB-Bahia 2010 (Indicadores e Dados Básicos para a Saúde), ontem (30/11), no Grande Hotel da Barra, durante a Sexta Oficina de Trabalho Interagencial, que contou com a presença do Secretário Jorge Solla; Sr. Joilson Rodrigues de Souza - supervisor de Disseminação de Informação do IBGE na Bahia; Dr. José Batista Risi – membro emérito da RIPSA - e outras autoridades.

O IDB é o resultado do esforço conjunto desenvolvido por diversas instituições participantes que compõem a Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA) na Bahia, como a DIS, SUVISA, CESAT, DIVISA, CIAVE, CES, DETRAN, IBGE, ISC, entre outras. O projeto RIPSA-Bahia no Estado foi uma iniciativa importante para os gestores e técnicos que lidam com informações de saúde. A Sesab exerce a função de coordenação geral da RIPSA, através da Diretoria de Informação em Saúde – DIS.

O IDB reúne um conjunto de indicadores demográficos, socioeconômicos, de mortalidade, de morbidade e fatores de risco, de recursos e de cobertura, selecionados e construídos a partir de sistemas de informação ou de estudos de abrangência nacional. Os dados que são coletados, são desagregados por regiões de saúde e outras características importantes que refletem as condições de saúde da população, tais como faixa etária, sexo e renda.

Para a coordenadora da RIPSA-Bahia, Márcia Mazzei, “o trabalho é de uma importância ímpar, já que com o conhecimento dos dados mais detalhados poderemos planejar ações municipais e estaduais de maneira mais eficaz e eficiente. O IDB ainda não está implantado nos 417 municípios da Bahia, mas vamos continuar trabalhando para consolidar todas as informações que estão sendo produzidas”.

Os dados do IDB estão disponíveis no site do RIPSA Bahia http://www.ba.ripsa.org.br/.

Fonte: CIAVE e ASCOM/SESAB. Leia mais.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

EPA Divulga Lista de Substâncias que Deverão ser Avaliadas Quanto aos Potenciais Efeitos Tóxicos no Sistema Endócrino

A EPA (Environmental Protection Agency) instituiu uma nova lista com 134 substâncias que deverão ser avaliadas quanto aos potenciais efeitos no sistema endócrino. Após consulta pública, serão emitidas ordens de avaliação aos fabricantes e responsáveis por registro dos produtos, obrigando-os a gerar informações sobre a interferência dos agentes químicos em vias do sistema endócrino, incluindo distúrbios estrogênicos, androgênicos e da tireóide. Notificações sobre inclusão ou exclusão de substâncias na lista, serão aceitas até 17 de dezembro de 2010.

Estão incluídas na lista de substâncias aquelas utilizadas em produtos como solventes orgânicos, em plásticos, produtos de uso pessoal; da produção farmacêutica, como etileno glicol, eritromicina, quinolina, nitroglicerina; substâncias consideradas prioritárias pela Safe Drinking Water Act (SDWA) ou “Lei da água potáveis segura”; e inclusive, praguicidas que já vinham sendo avaliados desde 2009, pelo programa de revisão de registro (que vem definindo e revisando padrões regulatórios). Uma primeira lista com 67 substâncias foi divulgada em abril de 2009, incluindo ingredientes ativos e inertes de praguicidas e de alto volume de produção.

Segundo a agência americana, os dados gerados pelo programa designado como Endrocrine Disruptor Screening Program (EDSP), fornecerão informações científicas sistemáticas e consistentes, úteis na identificação da necessidade de testes adicionais ou de outras etapas, para obtenção de conhecimento quanto aos efeitos tóxicos das substâncias ao sistema endócrino. Sabe-se bem que efeitos tóxicos no sistema endócrino resultam em problemas no desenvolvimento e na reprodução. A EPA tem expandido a avaliação, para incluir efeitos em hormônios masculinos, e efeitos em peixes e outras espécies da vida selvagem.

Fonte: InterTox. Leia mais.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Experiências de Sucesso em Vigilância Sanitária são Publicadas pela ANVISA

A ANVISA elaborou um hotsite com as experiências de sucesso apresentadas durante os Fóruns Regionais de Vigilância Sanitária, realizados em 2010, e o disponibilizou ao público em sua página eletrônica, onde estudantes, profissionais e pesquisadores poderão conhecer iniciativas regionais de promoção da saúde da população e combate ao risco sanitário.

Os fóruns regionais são realizados pela ANVISA em parceria com as vigilâncias sanitárias dos estados e municípios e têm como objetivo promover a troca de conhecimento entre os profissionais.

Dentre os resumos dos trabalhos disponibilizados, têm-se:

• Análise das Práticas do Uso dos Agrotóxicos no Distrito de Lagoa das Flores, Vitória da Conquista- BA
• Avaliação micológica e micotoxicológica de amostras de arroz;
• Capacitação para Boas Práticas de manipulação de alimentos dos vendedores ambulantes do Estádio Metropolitano de Pituaçu em Salvador, Bahia;
• Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde - Conhecimento dos trabalhadores da saúde e as implicações socioambientais;
• Perfil dos trabalhadores das vigilâncias sanitárias municipais do estado da Bahia, em 2010;
• Protocolo de Atenção Integral à Saúde da População Exposta aos Metais Pesados em Santo Amaro, Bahia;
• Qualificação dos laboratórios da rede-SUS frente a RDC 302;
• Desdobramento de ações conjuntas no combate do uso indiscriminado de agrotóxicos em alimentos comercializados na Paraíba - PB no ano de 2009

Fonte: ANVISA. Leia mais.



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Riscos Toxicológicos de Alguns Produtos Infantis

Nesta quinta-feira (25/11), a Intertox publicou em seu site uma interessante matéria sobre “Riscos Toxicológicos de Alguns Produtos Infantis”, escrita por Carlos Eduardo - um dos membros do seu corpo técnico.

Neste artigo, ressalta-se a grande preocupação internacional com os produtos infantis (brinquedos, kits, copos com desenhos e outros), como resultado do fato de que muitas empresas têm excedido os limites de concentração estabelecidos para estes produtos, como no caso do chumbo, encontrado em concentração de até 1000 vezes maior em produtos infantis, segundo matéria do Environmental Health News.

Ainda segundo a matéria: “Nos Estados Unidos, a U.S. Consumer Product Safety Comission (CPSC) disponibilizou para consulta a lista de produtos infantis que foram proibidos, por conta de seus perigos físicos (choque elétrico, estrangulação e outros) e toxicológicos, como no caso de intoxicação por chumbo, apresentando juntamente uma foto do produto. Podemos verificar na lista grande quantidade de produtos que violaram o limite estabelecido de chumbo em pinturas.

Além do chumbo, a agência americana EPA (Environmental Protection Agency) recebeu petições acerca do cádmio em bijuterias de metal, considerando a exposição de crianças pela via oral. Em reposta à petição, a EPA, em ação conjunta com a CPSC, afirmou, em agosto deste ano, que iria propor regras exigindo estudos de segurança e saúde destes produtos. Sabe-se que o cádmio é classificado como do grupo B1, provável carcinógeno humano; tóxico para o desenvolvimento e que a exposição oral crônica pode causar doença renal.

O chumbo inorgânico pode ser absorvido pelo trato gastrintestinal (TGI), pela via inalatória e pela pele, sendo a absorção pelo TGI mais eficiente, alcançando facilmente o tecido nervoso. O chumbo interfere na síntese de hemoglobina e no desenvolvimento dos eritrócitos, além de causar danos ao sistema nervoso e na função renal, sendo as crianças ainda mais susceptíveis, podendo apresentar hiperatividade, diminuição da atenção, deficiências mentais e danos à visão mesmo em níveis baixos de exposição.

Algumas empresas, que são motivo de preocupação por parte das agências reguladoras, como as do ramo “fast-food”, estão presentes mundialmente. Casos de copos com desenhos de personagens do cinema infantil, com altos níveis de chumbo e cádmio têm sido relatados na imprensa internacional.”

O autor do artigo salienta que “no caso dos produtos infantis, torna-se necessária maior vigilância no país, incluindo, obviamente, o contexto toxicológico, já que se conhece que a faixa etária é considerada grupo de maior susceptibilidade. Cabe aos fabricantes e empresas avaliarem seus produtos, e, no mínimo, buscar conhecimento sobre suas matérias-primas, limites de concentração seguros exigidos, abrangendo o ciclo do produto e os riscos toxicológicos oferecidos (do âmbito ocupacional ao ambiental), objetivando controlá-los e informá-los aos usuários.”

Fonte: InterTox. Leia mais.

CESAT Apóia a Campanha “Completar o Tanque de Gasolina só até o Automático”

“Completar o tanque de gasolina só até o automático” é a campanha institucional desenvolvida pelo Fórum de Proteção ao Meio Ambiente de Trabalho do Estado da Bahia (Forumat), Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador (Cesat) e Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis do Estado da Bahia (Sinposba). A Campanha, retomada no dia 4 de outubro, pretende lutar por um meio ambiente saudável nos postos de gasolina e pela defesa da saúde e segurança do trabalhador e do consumidor.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece o benzeno como uma substância carcinogênica e que tem sido objeto de intenso controle no âmbito mundial, dada sua característica de contaminante universal e seus potenciais efeitos à saúde humana. O benzeno é considerado a quinta substância de maior risco, segundo os critérios do programa das Nações Unidas de Segurança Química. Não há limite seguro de exposição. Estudos comprovam a exposição ao benzeno em Postos de Combustíveis e sinalizam sobre a necessidade de se fazer acompanhamento da saúde destes profissionais.

A Campanha “Completar o tanque de gasolina só até o automático” quer conscientizar a todos que completando o tanque de gasolina até o automático minimiza o contato com esta substancia prejudicial à saúde. A luta do Sinposba para mudar esta realidade é antiga. No ano de 2008, o Sindicato realizou o I Seminário de Saúde, Trabalho e Meio Ambiente em Postos de Revenda de Combustíveis a Varejo do Estado da Bahia, que reuniu químicos, representantes da Procuradoria Geral do Trabalho, da ANP, do Ministério da Saúde, além do Fórum de Proteção ao Meio Ambiente de Trabalho do Estado da Bahia (Forumat). Naquela ocasião, foi levantada a informação de que a contaminação do solo e do lençol freático em áreas de posto de revenda de combustíveis ou sob sua influência tem sido considerada como um dos principais problemas ambientais identificado nas áreas urbanas e que tem exposto um número considerado de pessoas, principalmente os que residem na circunvizinhança desses empreendimentos.

É necessário o apoio de toda a população a esta campanha, afinal todos estão sujeitos ao contato com benzeno ao abastecer seu veículo. O Sinposba quer, através desta Campanha, chamar a atenção dos empresários, consumidores, poder público e, principalmente, dos trabalhadores que estão expostos diariamente a esta substância que faz tanto mal à saúde e ao meio ambiente.

Fonte: CESAT/SESAB. Leia mais.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Uso de Energéticos e o Risco de Alcoolismo

Uma nova pesquisa feita nos Estados Unidos verificou uma importante associação entre o consumo de bebidas energéticas e o risco de desenvolver alcoolismo.

O estudo, que será publicado na edição de fevereiro da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research, avaliou dados de mais de mil estudantes universitários, dos quais 10,1% disseram ingerir energéticos pelo menos uma vez por semana.

Segundo o trabalho, aqueles com elevado consumo de energéticos (52 vezes ou mais por ano) apresentaram risco significativamente maior de desenvolver dependência de bebidas alcóolicas e se embebedavam mais e mais cedo (com relação à idade) do que os demais.

O estudo destaca que os energéticos contêm bastante cafeína e podem levar ao desenvolvimento de outros problemas, além da perda de sono. Segundo o trabalho, uma importante preocupação é que a mistura de energéticos com bebidas alcóolicas pode levar a um estado de “embriaguez desperta”, na qual a cafeína mascara a sensação de embriaguez sem reduzir os prejuízos causados pelo estado.

O resultado é que o usuário se sente menos bêbado do que realmente está, o que pode levar a consumir quantidades ainda maiores de bebida. “Os resultados reforçam a necessidade de maiores investigações a respeito dos possíveis efeitos negativos para a saúde das bebidas energéticas e dos riscos de seu consumo misturado com o álcool”, destacaram os autores.

“A cafeína não se opõe ou cancela os prejuízos associados com a embriaguez, ela apenas disfarça os marcadores mais óbvios desse estado. O fato de que não há regulação a respeito da quantidade de cafeína nas bebidas energéticas é desconcertante”, disse Amelia Arria, da Universidade de Maryland, um dos autores da pesquisa.

Fonte: InovaBrasil. Leia mais.

Butantan Abre Vaga para Doutor na Área de Imunologia

O Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, está selecionando um recém-doutor na área de imunologia para atuar durante dois anos no projeto “Anticorpos monoclonais e recombinantes: estudo das relações entre estrutura e função de toxinas e avaliação do uso em soroterapia”.

O trabalho será desenvolvido do Laboratório de Imunologia e comporá o Programa de Pós-Graduação em Toxinologia do Butantan.

Os candidatos devem ter obtido título de doutor em imunologia em instituição que tenha conceito Capes entre 5 e 7. O selecionado deverá dedicar-se integralmente às atividades do projeto e ao programa de pós-graduação, conduzir experimentos, co-orientar alunos, envolver-se em colaborações internacionais e interagir com outros grupos de pesquisa.

O pesquisador receberá bolsa Capes de pós-doutorado no valor de R$ 3,3 mil durante os 24 meses de duração do projeto e há ainda R$ 12 mil anuais como recursos de custeio a serem aplicados nas atividades do bolsista.

As inscrições vão até o dia 3 de dezembro e os interessados devem enviar os seguintes documentos: curriculum vitae completo e atualizado modelo Lattes-CNPq, carta de apresentação indicando a razão do interesse na bolsa e com um breve relato de experiência e duas cartas de recomendação.

Os documentos devem ser enviados para a secretaria do Programa de Pós-Graduação em Toxinologia através de e-mail .

A seleção será realizada entre os dias 6 e 10 de dezembro. Após a análise do currículo serão feitas entrevistas com os finalistas. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (11) 3726-7222, ramal 2064, com Kimie Simokomaki.


Fonte: InovaBrasil. Leia mais.

Maconha Sintética Leva a Aumento no Número de Atendimentos nos Centros Antiveneno dos EUA

Produtos sintéticos da maconha estão sendo comercializados em estações de gás, em lojas de conveniência e em algumas outras lojas nos Estados Unidos (EUA). Em conseqüência, mais de 2.000 chamadas telefônicas foram realizadas para os centros de atendimento toxicológico daquele país.

A maconha sintética, introduzida no mercado sob nomes como “Spice”, “K2”, “Genie,” de “Fogo de Yucatan”, “Sentido”, “Fumo,” “Skunk” e “Zohai”, tem levado ao aumento de telefonemas aos centros de atendimento toxicológico de 49 estados e o distrito de Colômbia. Até a última segunda-feira (22/11), os centros relataram 2.304 chamadas acerca dos produtos, de acordo com a Associação Americana dos Centros de Controle de Envenenamento (AAPCC) e do Sistema Nacional de Dados sobre Envenenamentos (NPDS) dos EUA, equivalente ao Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas (SINITOX) existente no Brasil.

“Estes produtos apresentam um risco de saúde que não é significativo para seus consumidores”, disse o diretor médico do Centro de Controle de Envenenamento de Missouri, Anthony J. Scalzo, que observou primeiramente o aumento das chamadas sobre estes produtos. “Os produtos são produzidos para criar uma reação similar à maconha, mas, na verdade, os pacientes relatam freqüentemente o oposto - uma rápida aceleração dos batimentos cardíacos, elevação da pressão sanguínea e náusea”.

Estes produtos foram introduzídos no mercado tipicamente como incenso ou mistura e são vendidos desde 2006 por, aproximadamente, 30 a 40 dólares o saquinho de três gramas. Scalzo alerta que os pais devem ficar atentos ao uso de incensos no quarto e, quando isto for feito, devem verificar se suas crianças parecerem mais ansiosas do que o usual.

De acordo com Dr. Alvin C. Bronstein, diretor de toxicovigilância da AAPCC, as estatísticas do NPDS mostram que este é um fenômeno emergente. Ainda segundo ele, “os sintomas podem ser uma ameaça à vida”.


Fonte: AAPCC. Leia mais.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Manganês: Problema de Saúde Pública no Leste de Liverpool

Níveis de manganês no ar no leste de Liverpool é um perigo para a saúde pública e deve ser reduzido, afirma a agência de saúde pública federal. A Agência de Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças (ATSDR) trabalhou com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e do estado de Ohio (EUA) para verificar se a poluição do ar no leste de Liverpool, incluindo metais, pode causar problemas de saúde.

A ATSDR descobriu que em certas épocas e lugares, os níveis de manganês no ar foram próximos aos níveis que poderiam causar problemas de saúde. Os níveis mais elevados foram próximos àqueles que causaram efeitos no sistema nervoso em pessoas que trabalharam com o metal.

"As pessoas expostas ao manganês através do ar no leste de Liverpool não vão, necessariamente, ficar doentes por isso", disse Mark Johnson, Coordenador da Região 5 da ATSDR. "No entanto, estamos recomendando medidas para reduzir os níveis de manganês no ar para proteger a saúde das pessoas no leste de Liverpool."

A EPA de Ohio e a EPA dos EUA estão trabalhando para reduzir a quantidade de manganês no ar. Áreas ao redor da cidade foram testadas para a qualidade do ar entre 1999 e 2009.

O manganês é um metal que ocorre naturalmente em rochas e solos. Pequenas quantidades são importantes para uma boa saúde. Alimentos como feijão, nozes e chá têm manganês. Atividades industriais e outras atividades humanas também pode liberar manganês no ar.

Respirar ou ingerir muito manganês pode causar problemas ao sistema nervoso. Em adultos, os efeitos incluem problemas com atividades motoras, tais como o controle do movimento da mão. Em crianças, níveis muito elevados podem provocar problemas de aprendizagem ou de memória.

A ATSDR recomenda que as agências continuem trabalhando juntas para avaliar se as exposições de manganês estão causando problemas de saúde na comunidade.


Fonte: ATSDR. Leia mais.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vazamento de Amônia no Paraná

Seiscentos funcionários estavam trabalhando em um frigorífico no interior do Paraná, quando começou, na casa de máquinas, o vazamento de amônia, fluido que é utilizado para refrigeração. O gás atingiu rapidamente todas as áreas da fábrica, causando mal estar em muitos funcionários.

Como foi noticiado no Jornal da Globo do dia 17 de novembro, pelos menos cem funcionários passaram mal. De acordo com o Hospital Cemil, que atendeu 16 pacientes, a maioria já havia recebido alta. Segundo o hospital três pessoas ainda estavam em observação no dia 18/11. Outros 12 trabalhadores foram levados para o Hospital São Paulo, também em Umuarama. Quatro vítimas ainda permaneciam na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) e outras seis estavam internadas em observação.

Outro paciente foi encaminhado para o Hospital Nossa Senhora Aparecida e permanecia em observação. Em entrevista à imprensa, um dos funcionários internados contou: “estávamos trabalhando normalmente até sentir um cheiro estranho e muito forte no nosso setor. Depois que os supervisores pararam tudo começamos a deixar o local”. Outro trabalhador disse que teve dificuldades em deixar o local. “Cheguei a desmaiar por esperar tanto tempo atendimento. O pior foi sair por uma porta pequena”, revela. Ambos ainda sentiam dores de cabeça e tontura.

A perícia para apontar a causa do vazamento começou dia 18 de novembro. Conforme divulgado no site da Globo: “Um cano se rompeu. A gente ainda não sabe o motivo. Mas assim que for identificado, nós vamos tomar todas as medidas pra que isso não volte a acontecer", disse João Paulo Santos, gerente de exportação do frigorífico.

A amônia, ou nitrogênio amoniacal como também pode ser chamada, é um gás irritante que pode causar sensação de queimação, tosse, dor de garganta e falta de ar. No caso de uma exposição um pouco mais prolongada, pode causar edema pulmonar.

Fonte: InterTox / Paraná On Line. Leia mais.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Estudo Aponta Grande Quantidade de Sódio em Alimentos Industrializados

A quantidade de sódio encontrado na batata palha pode variar em até 14 vezes de marca para marca. Já nos salgadinhos de milho, essa diferença chega a 12,5. É o que revela estudo apresentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quinta-feira (18/11), em Brasília. O estudo verificou a quantidade de sódio, gordura saturada, gordura trans e açúcares em mais de 20 categorias de alimentos industrializados.

O caso do macarrão instantâneo com tempero também chamou atenção pela grande quantidade de sódio encontrada. “Em algumas amostras ficou constatado que, ao comer uma única porção desse alimento, a pessoa está ingerindo 167% do sódio recomendado para ser consumido durante todo dia”, explica a diretora da Anvisa Maria Cecília Brito.

Quando analisados isoladamente, o macarrão instantâneo e os temperos para macarrão instantâneo, além da grande quantidade de sódio, apresentam uma grande oscilação desses teores de marca para marca. A variação chega a 7,5 na quantidade de sódio nos macarrões instantâneos e a 7,2 nos temperos.

De acordo com Maria Cecília, essa diferença encontrada nos teores de sódio, nas diferentes marcas de alimentos, comprova que a indústria pode produzir alimentos mais saudáveis. “Vamos encaminhar essa pesquisa para o Ministério da Saúde, para que seja pactuado entre Governo Federal e as indústrias de alimentos uma redução das quantidades de gorduras, açúcar e sal nos alimentos processados”, afirma a diretora da Anvisa.

Fonte: ANVISA. Leia mais.
 

ANVISA Esclarece Novas Regras para Retenção e Escrituração de Medicamentos Antimicrobianos

A Coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – (CSGPC) informa que foi publicada no dia 28 de outubro de 2010 no Diário Oficial da União a Resolução-RDC nº 44, de 26 de outubro de 2010 que dispõe sobre o controle de medicamentos a base de substâncias classificadas como antimicrobianos. Esclarecemos abaixo alguns pontos importantes desta resolução que estão relacionados ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC.

A RDC nº 44/2010 estabelece o controle para todos os antimicrobianos de uso sob prescrição. Desta forma todas as formas farmacêuticas comercializadas que possuem tarja vermelha e são de venda sob prescrição, deverão obrigatoriamente ser escrituradas no SNGPC, incluindo antimicrobianos de uso dermatológico, ginecológico, oftálmico e otorrinolaringológico.

Com relação à escrituração dessas substâncias no SNGPC, todas as empresas que já utilizam esse sistema bem como aquelas que não o possuem deverão realizar a escrituração somente a partir do dia 25 de abril de 2011 (180 dias contados da data de publicação da resolução). Antes deste prazo não é necessária a escrituração no SNGPC, apenas a retenção da receita (receita de controle especial – duas vias), a qual passará a ser obrigatória a partir do dia 28 de novembro de 2010.

Antes do prazo para iniciar a escrituração (25/04/2011), a coordenação do SNGPC  irá publicar um informe técnico contendo todos os procedimentos que deverão ser adotados pelos estabelecimentos para inclusão dos medicamentos antimicrobianos no SNGPC.

As retenções e escriturações de receitas deverão ser realizadas em todas as farmácias e drogarias, públicas ou privadas, entretanto, somente realizarão a escrituração no SNGPC as farmácias e drogarias privadas. As farmácias e drogarias públicas deverão realizar a escrituração em Livro de Registro Específico para medicamentos antimicrobianos ou por meio de sistema informatizado previamente avaliado e aprovado pela Autoridade Sanitária competente. Esta escrituração também deverá ocorrer somente a partir do dia 25 de abril de 2011.

Em relação à guarda dos medicamentos antimicrobianos, continua da forma com esta, ou seja, estes deverão continuar nas prateleiras. Diante disso, não será necessária a guarda destes em armários ou salas exclusivas, assim como, as farmácias e drogarias não terão que fazer nenhuma petição de alteração de AFE ou AE para comercializar os antimicrobianos.

A Agência reforça os esclarecimentos, reafirmando que nas farmácias e drogarias públicas a retenção de receita deverá ocorrer a partir do dia 28//11/2010 e a escrituração a partir do dia 25/04/2011. A escrituração deverá ser realizada em Livro de Registro Específico para Medicamentos Antimicrobianos ou por meio de sistema informatizado previamente avaliado e aprovado pela Autoridade Sanitária competente.

A ANVISA esclarece, ainda, que estão excluídas do controle previsto na RDC nº 44/2010 as farmácias hospitalares ou quaisquer outras unidades equivalentes de assistência médica, tais como postos de saúde, postos de medicamentos, etc.


Fonte: Anvisa. Leia mais.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Os Antidepressivos e o Risco de Ideação e Comportamento Suicida em Adolescentes

Segundo a Dra. Maria Cristina Bechelany Dutra, psiquiatra, mestre em psicologia social e preceptora da residência de psiquiatria do Hospital de Ensino Instituto Raul Soares/FHEMIG, Belo Horizonte, o suicídio foi recentemente considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das prioridades globais de saúde pública. O número de vidas perdidas por suicídio anualmente chega perto dos 900.000 (bem documentados), mas, se considerarmos toda a gama de comportamentos suicidas, este número pode atingir de 9 a 35 milhões de casos anuais de tentativas de suicídio. Embora o comportamento suicida possa ser considerado muito heterogêneo em diversos aspectos, alguns fatores comuns podem ser assinalados como predisponentes e precipitantes. Dentre eles, podemos destacar a constituição genética, fatores demográficos (como sexo, idade e situação conjugal), fatores nosológicos (principalmente a presença de doenças crônicas causadoras de muito sofrimento ou a presença de transtornos mentais, como a esquizofrenia, a depressão e o alcoolismo e/ou o abuso de drogas), fatores psicológicos (perdas afetivas ou materiais) e fatores sociais e ambientais (como o isolamento social ou condições de vida adversas).

Segundo a psiquiatra, diante desta realidade, o fato de se detectar a presença de um transtorno mental como fator precipitante de um comportamento suicida denota a possibilidade de intervenção e prevenção. Os quadros depressivos, sejam eles unipolares ou bipolares, relacionam-se fortemente ao comportamento suicida e são passíveis de intervenção. Neste sentido, o papel dos antidepressivos no tratamento destes transtornos é de extrema importância. Entretanto, os antidepressivos poderiam estar associados a um aumento do risco de ideação e comportamentos suicidas em adolescentes. Um dos aspectos que poderiam se relacionar a este fato diz respeito ao uso de antidepressivo em monoterapia em quadros depressivos agitados. Estes quadros diferenciam-se dos quadros depressivos típicos por apresentarem aumento da psicomotricidade, pensamentos acelerados, pressão para falar e são comumente acompanhados por importante ideação suicida. O uso de antidepressivos em monoterapia pode agravar este quadro e, consequentemente, agravar o risco de suicídio. Trata-se de quadro não raro e o clínico deve atentar-se para esta possibilidade.

Fonte: Medical Services. Leia mais.

Consultas Públicas em Toxicologia

A fim de se estabelecer uma governança mais aberta e acessível, antes da publicação de uma nova norma, resolução ou regulamento, a Anvisa consulta a população para saber sua opinião sobre a questão a ser discutida. Todos os assuntos que estão sendo debatidos na Agência ficam abertos à população pelo prazo de sessenta dias, para que esta tenha o conhecimento e possa expressar a sua opinião. Eles são igualmente discutidos em um fórum virtual. Terminado o prazo da consulta, todas as contribuições enviadas são analisadas.

Esse processo contribui para a transparência e participação da sociedade e auxilia a Anvisa na elaboração do texto final do regulamento proposto. É indispensável que todos aqueles que têm interesse no assunto acessem o Portal e encaminhem suas críticas e sugestões, garantindo, desta forma, a participação social na regulação sanitária. Para conhecer o fórum de consultas públicas, pode-se acessar o endereço eletrônico http://www.anvisa.gov.br/forum/cp/.

Recentemente, a Agência tornou pública para consulta, até o início de janeiro de 2011, a proposta de Resolução que dispõe sobre o Regulamento Técnico para a rotulagem de produtos saneantes (Consulta Pública nº 102, de 03 de novembro de 2010). Com a nova Resolução a Anvisa pretende padronizar os rótulos desses produtos a fim de se adequar ao Sistema Globalmente Harmonizado (Global Harmonized System - GHS) para a Rotulagem e Classificação de Produtos Químicos. A Anvisa acredita ainda que a padronização da rotulagem de saneantes reduzirá os casos de intoxicação para esta classe. Atualmente, cada categoria tem sua própria norma de rotulagem. Segundo a Anvisa, essa diversidade confunde o consumidor na hora de confirmar se o produto tem registro na Vigilância Sanitária local. O rótulo proposto também deverá apresentar um selo para confirmar o registro na Agência, além de dados do fabricante, da composição e a finalidade do produto.

Em contrapartida, algumas consultas públicas estão sendo questionadas na Justiça por empresas do ramo, como é o caso dos agrotóxicos (praguicidas). A Anvisa abre, igualmente, consultas públicas para a reavaliação dos produtos agrotóxicos comercializados no país, com a finalidade de se os retirar do mercado ou restringir o uso dos mesmos. A mudança no registro pode ocorrer por diferentes motivos: quando pesquisas apontam para novos riscos à saúde humana ou ao meio ambiente; no caso de uma perda de efetividade do agrotóxico, ou ainda se produtos menos tóxicos são desenvolvidos para substituir os antigos. À Anvisa deve ser garantido seu poder de regular os agrotóxicos no Brasil e à sociedade brasileira o direito de participar dos debates e decidir sobre a utilização desses venenos no seu cotidiano.



Os Riscos do Cigarro Eletrônico

Os cigarros eletrônicos ou e-cigarettes, como são conhecidos nos Estados Unidos, estão amplamente disponíveis através da internet e em lojas de varejo. Geralmente fabricados para se assemelhar aos tradicionais cigarros de tabaco, os cigarros eletrônicos contêm um cartucho cheio de um líquido com sabor.

Quando o usuário inala esse líquido - que pode conter nicotina - suas partículas são vaporizadas por um elemento de aquecimento, o que proporciona uma dose de nicotina com potencial variável.

Embora comercializado como uma alternativa "segura" ou uma ajuda para parar de fumar o tabaco, o cigarro eletrônico não foi testado para verificar qualquer uma dessas alegações. O precedente jurídico atual sustenta que estes produtos não são dispositivos de distribuição de droga, impedindo a FDA (Food and Drug Administration) de regulamentar seu uso.

Os autores argumentam que os cigarros eletrônicos representam, pelo menos, dois grandes riscos à saúde pública: 1) Eles podem introduzir crianças e outros não-fumantes à nicotina e ao uso ritual de fumar. Mais preocupante ainda, é a disponibilidade de vários sabores - como o Apple (sabor artificial de maçã) - que pode agradar aos consumidores mais jovens; 2) O risco de toxicidade destes produtos não tem sido bem investigado. Um grande perigo são seus recipientes de solução, que muitas vezes vêm em frascos de 30 ml e podem conter 18 mg / mL de nicotina, ou mais. Em outras palavras, um frasco de 30 ml pode conter, pelo menos, 540 mg de nicotina. Uma vez que a dose letal mínima para crianças é estimada em 1 mg / kg, essa comercialização é bastante alarmante.

Em abril passado, a TPR (Total Physical Response) realizou estudo sobre os riscos de toxicidade criados pelas novas "pellets doces Tic-Tac", que continham nicotina. Estes novos cigarros eletrônicos recarregáveis parecem apenas amplificar esse risco.

Devido a este perigo, todos os profissionais de emergência e toxicologia devem estar familiarizados com os efeitos da nicotina:

- Gastrointestinais: náuseas, vômitos, salivação, diarreia
- Cardiovascular: hipertensão arterial, taquicardia, arritmia cardíaca
- Sistema Nervoso Central: letargia, confusão, convulsões, coma
- Sistema Nervoso Periférico: sudorese, fraqueza, tremores, fasciculação, paralisia
- Endócrinos: aumento da liberação de catecolaminas

Fonte: Intertox. Leia mais.

Pesquisadores Visam Construir o “Toxoma Humano”

O grupo americano EWG (Environmental Working Group) vem realizando pesquisas da exposição humana a substâncias químicas presentes no ar, água, alimentos e produtos de consumo diário (como cosméticos), visando a construir o “toxoma humano”, tentando estabelecer nexo entre as exposições e a ocorrência de doenças, e, também, obter conhecimento da influência do tempo de exposição e do sinergismo em misturas. Dentre os 20 grupos de substâncias do estudo, estão: alquilfenóis, inseticidas organoclorados e organofosforados, compostos orgânicos voláteis e semi-voláteis, metais pesados, ftalatos, dioxinas e furanos clorados, e substâncias contaminantes de alimentos como o bisfenol-A (BPA) e seu derivado, o bisfenol A diglicidiléter (BADGE).

No Human Toxome Project é feita a vigilância biológica de indivíduos, através da análise de sangue, tecidos, urina e leite materno. Os participantes são identificados quanto ao local de origem, estádio de desenvolvimento (In utero, recém-nascido, jovem, adulto ou idoso) e nome (alguns são anônimos). No estádio “In útero” é analisado o sangue do cordão umbilical, e posteriormente, os dados são organizados quanto às concentrações encontradas dos agentes químicos, rotas de exposição (água, alimentos, produtos, etc.), e possíveis efeitos à saúde.

Os possíveis efeitos à saúde humana são distribuídos segundo o nível de evidência, com referências e as classificações específicas das agências regulamentadoras. Embora sejam diferentes as circunstâncias, cenários e grau de exposição entre as populações, com diferentes padrões de consumo (ex: nível consumo de enlatados), entre outras diversas variáveis, é, sem dúvidas, sensato avaliar a exposição conjunta aos diversos agentes e a ocorrência de efeitos tóxicos.

Outros programas de biomonitorização são realizados em países desenvolvidos, como aqueles do CDC (Centers for Disease Control and Prevention, EUA), com maior amostragem que o do grupo EWG, no qual se avalia a exposição populacional a diversos agentes químicos ambientais. Um dos grandes desafios da toxicologia atual é estimar o risco da exposição múltipla aos diversos agentes químicos presentes no dia-a-dia da sociedade contemporânea, considerando-se as diversas variáveis de exposição (culturais, biológicas e outras). A obtenção de dados sobre perfil de exposição das populações às substâncias químicas fornece as bases para tomada de decisões próprias, específicas para determinado local. Cabe aos governos e setores responsáveis incentivar ações de toxicovigilância neste sentido, sob a ótica responsável do conhecimento sobre a exposição humana aos agentes tóxicos.

Fonte: Intertox. Leia mais.

Mente Estressada pode Adoecer o Corpo


Dr. Ricardo Brasil, psiquiatra
do Hospital Daher.

Na vida diária estamos constantemente expostos a situações estressantes que podem causar modificações emocionais. Não é raro pessoas sob muita pressão perceberem manifestações físicas involuntárias, como dor de barriga, calor, travamento dos dentes, insônia, síndrome do pânico, impotência sexual, dentre outras. O acúmulo de responsabilidades, problemas e preocupação em excesso pode adoecer o ser humano.

Segundo o psiquiatra do Hospital Daher, Ricardo Brasil, a dor é uma comunicação da mente com o organismo. “Quando a pessoa vive em constante estresse, pode sentir reflexos no corpo, numa tentativa do cérebro de desviar-se dos problemas. Psiquicamente, pode ser interpretado como um pedido de socorro”. De acordo com o médico, existem estudos que buscam comprovar a relação de doenças com o estresse.

“Uma mente estressada pode ser comparada a um corpo que corre incessantemente. Só que correr o tempo todo, desgasta o físico, da mesma maneira que o estresse desgasta a mente”. O estresse interfere na saúde física e pode até agravar doenças pré-existentes. Segundo o doutor Ricardo, o estresse é uma doença antiga e há séculos é responsável por mascarar doenças. “Independente do tipo da doença, o estresse tem o poder de agravar o diagnóstico e dificultar o tratamento”, disse o médico.

Cada indivíduo interpreta os problemas e pressões cotidianas de forma diferente. A personalidade é um fator determinante para superar as dificuldades ou fazê-las crescer. De acordo com Dr. Brasil, pessoas otimistas recuperam-se de doenças bem mais rápido, e melhor, em comparação às pessimistas. “O otimista adoece menos e responde melhor ao tratamento. Já para o pessimista, o problema dele é sempre pior e a dor é maior. Ele não sabe viver completamente são. É como se ele se sentisse mais seguro doente”, argumenta.

O estressado não consegue desfrutar as coisas boas da vida, como esporte, namoro, e viagens, pois está sempre ocupado com coisas “mais importantes”. Existem tratamentos farmacológicos para o estresse, mas o tratamento adequado consiste na busca do equilíbrio em todas as áreas. “Não podemos trabalhar demais e deixar de lado momentos de lazer. Devemos procurar o bem estar espiritual, mental e físico. Esse é o caminho para uma vida saudável”, afirma o médico.

Fonte: Hospital Daher. Leia mais.