quinta-feira, 27 de junho de 2013

Especialização em Ciências Forenses

A Sociedade Brasileira de Ciências Forenses (SBCF) está promovendo, através da Universidade de São Paulo (USP), o curso Especialização em Ciências Forenses, sob a coordenação dos professores e doutores Bruno Spinosa de Martinis e Jesus Antônio Velho.
O curso tem como público-alvo os profissionais graduados em Química, Farmácia, Biologia, Odontologia, Medicina, Biomedicina e áreas afins que atuem ou pretendam atuar diretamente em instituições voltadas para análises periciais, interessados em compreender e acompanhar o debate, as metodologias, os instrumentos, as definições e as tendências da área de análises forenses.
Com uma carga horária total de 360 horas, a especialização tem início previsto para agosto de 2013 e término para maio de 2015, com aulas ministradas em dois finais de semana por mês, às 6ª feiras (19:00 às 22:30 horas) e sábados (08:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00 horas).
As inscrições serão feitas no período de 10/07 a 09/08/2013. Mais informações podem ser obtidas através do site da Sociedade ou através dos e-mails martinis@usp.br, jesus@ffclrp.usp.br e marcelex@ffclrp.usp.br.
A SBCF é uma associação sem fins econômicos, voltada à promoção de pesquisas e ensino em Ciências Forenses, a estimular o contato entre profissionais da área, e o progresso das Ciências Forenses no Brasil.
Foi fundada em vinte e um de março de 2013, por professores da área forense do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFCLRP) da Universidade de São Paulo e está aberta a todos os profissionais e empresas que de alguma forma estejam ligados às Ciências Forenses, sejam técnicos, peritos, pesquisadores, estudantes, assistentes técnicos, juristas ou fornecedores de equipamentos.
Fonte: SBCF. Leia mais.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O vinagre e o gás lacrimogênio

Têm-se ouvido frequentemente na mídia sobre a utilização do vinagre, nas manifestações que vem ocorrendo no país, como tentativa de amenizar os efeitos do gás lacrimogêneo, geralmente a base de cloroacetofenona.

Segundo o toxicologista Flávio Zambrone, de Campinas (SP), apesar de relatos de que o vinagre (ácido acético) causa a sensação de alívio, ele não protege contra o gás. Explica, ainda, que o vinagre não neutraliza as queimaduras e pode aumentar a irritação na pele e principalmente na região dos olhos. Segundo Zambrone, a recomendação pode ser considerada um mito.

O médico toxicologista Anthony Wong, diretor do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São Paulo), assim como Dr. Eduardo De Capitani, coordenador do Centro de Controle de Intoxicações (CCI) da Unicamp (SP)afirma que nunca tinha ouvido falar sobre essa suposição. 

Wong ressalta que se usado em grandes quantidades, inclusive, o ácido acético pode provocar ainda mais dano às mucosas afetadas pelos componentes irritantes do gás lacrimogêneo. Ele ainda comenta que, há pouco tempo, foi divulgado que o líquido ajudaria a burlar o bafômetro, o que também é mentira.

Segundo De Capitani, o vinagre já foi utilizado para tratar pessoas com ardência na pele por causa da capsaicina, substância derivada da pimenta vermelha e usada no spray de pimenta. “Não tem nenhum trabalho que considere o uso de vinagre contra gás. Para gás lacrimogêneo, eu nunca vi nada para amenizar os sintomas”, disse o toxicologista.

Zambrone explica que o gás é um derivado do cloro e causa reação ao entrar em contato com a água das mucosas, queimaduras na pele, nariz e boca. “Nos pulmões provoca um aperto no peito, como se fosse uma sensação de respirar dentro de um saco plástico. Para quem tem enfermidades cardíacas e respiratórias, inalar o gás pode provocar até a morte”, disse. Outro reflexo são tosses, vômitos, queimaduras e glaucoma nos olhos.

Os efeitos levam entre 20 a 45 minutos para passar. Por esse motivo, a recomendação do toxicologista é de lavar o local em que o gás atingiu, buscar ar puro e manter a calma. "O melhor conselho é se afastar de áreas que espalham o gás, pois os componentes ficam no ar e os riscos são grandes de queimaduras", alerta o toxicologista. Em casos mais críticos, a orientação é procurar o atendimento médico.

Segundo Zambrone, para combater as substâncias reativas podem ser utilizadas máscaras com filtro de carvão ativado. “O carvão usado em churrasco, mas de uma forma mais seca", disse. Uma forma caseira de fazer uma proteção é ultizar um pano de tecido de algodão com o carvão ativado moído e colocar no rosto próximo da boca e do nariz para evitar inalar o composto.

Entretanto, o toxicologista Anthony Wong esclarece que a proteção improvisada não seria suficiente para proteger os olhos e a pele:  "Logo após a explosão, os componentes do gás lacrimogêneo ainda estão em estado líquido e podem provocar queimaduras graves", alerta o toxicologista. Portanto, o conselho dele é mesmo se afastar de possíveis locais onde essas bombas possam ser usadas. 

Zambrone ainda sugere como medida paliativa o uso de óculos que são vedados como o de motociclista, de mergulho e de piscina. Em casos de aspirar o gás, pode ser feita uma preparação com bicarbonato de sódio com água que melhoraram a inalação, no entanto o toxicologista afirma que o método não tem comprovação científica.

Sobre a divulgação em redes sociais de que a oleosidade da pele poderia facilitar o processo de queimadura feita pelo gás, Zambrone afirma que não há estudos que comprovem essa teoria. “A queimadura é muito rápida. O banho é sempre bom, mas neste caso não ajuda em nada”, explica. Para a prevenção pode ser aplicado um protetor físico e também pasta d’água e produtos utilizados para amenizar assaduras de crianças.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, ensina as pessoas a tirarem as roupas imediatamente após a exposição ao gás lacrimogêneo. As peças devem ser envolvidas em sacos plásticos e entregues às equipes responsáveis pelo atendimento a vítimas de exposição, pelo risco de provocar irritações graves em quem tocar nelas. 

Fonte: G1 e Uol NotíciasLeia mais.

terça-feira, 18 de junho de 2013

O Ciave na Copa

O Centro Antiveneno da Bahia – CIAVE, estará funcionando em regime especial nos dias 20, 22 e 30/06, quando teremos jogos da Copa das Confederações em Salvador, tendo uma equipe de sobreaviso, além daquela que trabalha normalmente nos plantões.

O Ciave integra o Plano Operacional das Ações da Área de Saúde para o evento, ações estas que serão coordenadas pelo Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde - CIOCS de Salvador. Caberá ao Centro Antiveneno:

  • Prestação de informações sobre os riscos de exposição ao(s) produto(s) químico(s) e animais peçonhentos envolvidos em incidentes;
  • Prestação de orientações sobre condutas de redução de contaminação das vítimas expostas;
  • Prestação de orientações sobre avaliação, diagnóstico, tratamento e prognóstico das vítimas intoxicadas;
  • Realização de análises toxicológicas ou encaminhamento de amostras para a sua execução, de acordo com seu elenco de procedimentos analíticos e os estabelecidos com laboratórios parceiros;
  • Fornecimento de orientações quanto à indicação, disponibilidade e uso de antídotos / soros específicos;
  • Toxicovigilância.
Podendo atuar como ponto focal para a ação em caso de acidentes químicos, o Centro deve estar preparado para fornecer informações adequadas rapidamente nas fases agudas, com o auxílio de bases de dados que contenham informações toxicológicas sobre animais peçonhentos e produtos químicos propensos a envolvimento em acidentes na região.

A toxicovigilância, ação constante do Ciave, permite identificar a associação do incidente com a contaminação química, uma vez que em alguns casos a associação entre estes eventos não é imediatamente identificada. Nesta ação, o Centro trabalhará em sintonia com Coordenação Estadual de Vigilância às Emergências em Saúde Pública – Cevesp, também da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia – Sesab.


O CIOCS em Salvador, coordenado pelo médico Ivan Paiva, está interligado aos demais Centros instalados nas outras cidades sedes da Copa das Confederações e com a central que está funcionando em Brasília. Do local, os profissionais terão capacidade de monitorar as ambulâncias e os espaços de atendimento. Os veículos de comunicação também serão monitorados, para que a cobertura ao vivo seja utilizada na antecipação de qualquer intercorrência.

Fonte: Ciave/Sesab. Leia mais.

domingo, 16 de junho de 2013

O risco de intoxicação no trabalho artístico

Os conhecimentos básicos de Toxicologia, ciência que estuda os venenos e suas consequências no organismo, devem ser conhecidos e aplicados por todos no nosso dia-a-dia. Seja na limpeza da casa - com o uso de produtos sanitários; no salão de beleza, com o uso do formol e outras substâncias; ou na aplicação de inseticida no quarto, horas antes de dormir. Nestas e em outras situações está presente o risco de envenenamento.

O pintor José Rosário Souza, em seu blog, além de mostrar belas pinturas, postou um texto interessante que trata dos riscos de intoxicação na manipulação de produtos utilizados em trabalhos artísticos. O artista aprendeu sobre estes riscos da forma mais dolorosa, vivenciando-os.

Em 2003, uma série de transtornos com garganta e sistema respiratório o fez rever comportamentos referentes ao processo de execução de seu trabalho, a pintura a óleo. A recorrência destes problemas se dava pelo uso constante de substâncias como a terebintina, secante de cobalto e querosene ou thinner para limpeza de pincéis. 

Resolveu logo estes problemas de saúde com o afastamento da fonte de exposição por 4 meses. Como ele próprio relata: "até então, ignorava os efeitos danosos desses produtos sobre o organismo e nunca havia pensado na possibilidade de ser intoxicado por eles. Creio que esse seja o raciocínio errôneo de muitos artistas, mundo afora."

Vejamos, então, o seu texto:

“... fazer arte requer alguns cuidados na sua execução, tanto para aqueles que a praticam ocasionalmente, e principalmente por aqueles que a fazem em sua rotina diária. É que grande parte dos materiais utilizados para a confecção de qualquer obra de arte esconde grandes perigos, devido ao seu alto grau de toxicidade.

Uma grande parte dos pigmentos utilizados na fabricação das cores tem em sua composição elementos agressivos à saúde humana, como os metais pesados; além de diluentes ou solventes para se tornarem estáveis e manipuláveis. Dependendo da técnica, esses materiais podem ser manipulados sob controle e não proporcionam perigo. Mas, na busca por uma técnica mais apurada e por efeitos além dos tradicionais, tem-se utilizado exageradamente métodos que põe em risco a saúde de quem os manipula. Vê-se cada vez mais, o uso abusivo de veladuras e transparências conseguidas graças ao uso de resinas, vernizes e toda sorte de diluentes e solventes. São esses últimos, os maiores vilões nessa história.

A presente matéria traz um alerta, não no sentido de amedrontar e provocar pânico. Os materiais estão aí para serem utilizados e são os nossos maiores aliados para a produção daquilo que idealizamos e trazemos para a realidade. O que pretendo é sensibilizar que todas as coisas nos oferecem riscos. Como disse Saint Exupéry em “O Pequeno Príncipe”: Até uma rosa pode nos ferir, tudo depende da maneira como dela nos aproximamos. Assim também, qualquer material utilizado para fazer arte pode se tornar o nosso maior aliado ou nosso maior inimigo, tudo depende da maneira como os utilizamos.

...

A concepção de um ateliê todo em desordem, com uma série de tintas e produtos espalhados por todos os lados, e o artista tão sujo e desorganizado quanto ele, pode parecer meio romântica e aludir à sensação que o artista e sua arte estão completamente integrados. É uma cena bonita na ficção. Na prática, esse mau hábito pode trazer consequências sérias para a saúde do artista. As biografias de vários artistas nos relatam o mal que tais produtos já proporcionaram. Um dos exemplos mais famosos entre nós é o de Portinari, que faleceu cedo, em decorrência da exposição errônea e prolongada a tais produtos.

Em grande parte das vezes, tais transtornos a saúde são gerados principalmente pela condição do ambiente onde se trabalha. Um ateliê adequado para o trabalho e que reduza quase que completamente os riscos de intoxicação, deve ter uma boa ventilação e nenhuma concentração de odores. Ambientes fechados e que não permitam boa troca de ar são ideais para o surgimento e agravamento de várias doenças e transtornos a saúde. Vale ressaltar também que algumas pessoas são mais tolerantes que outras, mas isso não impede que estejam sendo intoxicadas. Os danos virão, é só uma questão de tempo.

As substâncias tóxicas utilizadas no processo de diversos trabalhos artísticos podem penetrar no corpo através de várias maneiras: por ingestão, por respiração/aspiração e também podem ser absorvidos pela pele. De acordo com a natureza de cada pessoa, os danos provocados por essas substâncias podem ser agudos ou crônicos, também podem ser sanados tão logo sejam remediados ao serem descobertos, ou se tornarem irreversíveis. A exposição pode causar danos ao cérebro e provocar doenças mentais, assim como outros males e moléstias físicas e levar até mesmo à morte. Segundo Ralph Mayer, no livro O Manual do Artista, as cores artísticas mais tóxicas podem causar doenças agudas ou crônicas (inclusive o câncer), provenientes de carcinógenos conhecidos ou desconhecidos.

Fique atento se, ao utilizar seu material de trabalho, começar a sentir alguns sinais frequentes, tais como irritação e vermelhidão dos olhos, ressecamento das fossas nasais, dores de cabeça sem motivo aparente, coceiras e micoses principalmente nas mãos, frequentes irritações do sistema respiratório (amígdalas, laringe e faringe) e em casos mais sérios, náusea e mal-estar. A intoxicação pode ocorrer de modo abrupto ou lento, sem você perceber. Todas as duas variantes trazem vários problemas.

Mediante tais alertas, não custa tomar algumas precauções para que o fazer artístico, uma atividade tão especial na vida de muitas pessoas, não torne um problema. Citarei algumas providências que são de minha própria experiência e que se mostraram muito úteis:

. Não pinte em locais fechados ou com pouca ventilação, em nenhuma circunstância. Mesmo os produtos menos tóxicos tem seu potencial de toxicidade aumentado nessas condições.

. Não use panos ou trapos para a limpeza de pincéis, quando estiver pintando. Eles retém cheiro e partículas de tintas, que acabarão sendo inalados ou entrarão em contato com sua pele. Use papel toalha ou guardanapos de papel e jogue-os fora sempre que sujarem o suficiente.

. Mantenha a lixeira fora do ateliê. Ela retém cheiro e continuará exalando os produtos voláteis que você havia descartado.

. Caso sinta alergia nas mãos, pelo contato com algum produto, use luvas descartáveis.

. Ao manusear diluentes e solventes com maior risco de toxicidade, utilize uma máscara e lave bem as mãos ao término de cada atividade.

. No uso de tinta à óleo, evite solventes ou diluentes. Se a tinta se apresentar mais densa, use pequenas gotas de óleo de linhaça para quebrar um pouco sua consistência. Tente se adaptar a uma pintura mais simplificada, com menos efeitos mirabolantes e que dispense o uso de vernizes e resinas, pois esses sempre necessitam de diluentes e solventes para serem aplicados.

. Também para a limpeza dos pincéis usados com óleo, utilize apenas detergente neutro em água corrente. Retire o excesso em pentes próprios para limpeza.

. Hidrata-se sempre que possível. O organismo precisa de líquidos para eliminar impurezas e manter o bom funcionamento dos rins.

Essas são apenas algumas sugestões. Como disse anteriormente, cada caso tem suas particularidades e conveniências. Observando melhor suas reações diante de alguns produtos e certas atividades, você se conhecerá melhor e saberá como se precaver de certos transtornos.”

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Estudo mostra que intoxicação de crianças por maconha subiu após lei permissiva

Segundo um novo estudo, o afrouxamento das leis sobre maconha no estado do Colorado, nos EUA, causou um aumento significativo no número de crianças tratadas contra a ingestão acidental de biscoitos, balas, bolos e bebidas feitas com a droga.

A pesquisa foi publicada na segunda-feira (27/05) na revista científica JAMA Pediatrics. Os cientistas compararam o número de crianças com menos de 12 anos atendidas no pronto-socorro de um hospital infantil por terem consumido maconha acidentalmente antes e depois da modificação das leis de drogas do Estado.

No total, 1.378 pacientes atendidos no período por ingestões não intencionais de produtos diversos - 790 antes de 30 de setembro de 2009 e 588 depois de 1º de outubro de 2009, quando o número de pessoas com autorização para comprar maconha para uso médico aumentou muito.

No caso do primeiro grupo, nenhuma das crianças havia ingerido maconha. No segundo grupo, 14 haviam consumido a droga, oito delas na forma de comida. Problemas respiratórios, sonolência excessiva, dificuldade para andar e letargia estavam entre os sintomas apresentados por elas.

Muitas delas precisaram passar por uma bateria de exames custosos para diagnosticar o problema. 

Segundo o cientista que liderou o estudo, George Sam Wang, os produtos comestíveis feitos com maconha têm aparência e sabor parecidos aos dos doces tradicionais, o que aumenta o risco de serem ingeridos pelas crianças. Para ele, à medida que mais estados do país legalizarem a droga, o problema tende a aumentar.

Wang, que é pediatra do Children's Hospital Colorado e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Colorado, afirma que é preciso educar os usuários, a comunidade e os profissionais de saúde sobre os potenciais danos desse tipo de ingestão.

Ele acredita que a melhor solução é obrigar os fabricantes a embalarem esses produtos comestíveis em pacotes mais resistentes, que não possam ser abertos pelas crianças pequenas. A medida já é adotada, por exemplo, em relação à aspirina, o que reduziu em 40% a 95% o número de intoxicações pelo medicamento.


Fonte: G1. Leia mais.

domingo, 2 de junho de 2013

Crianças intoxicadas por chumbinho em escola de SP

Nove crianças com idades entre 7 e 9 anos foram atendidas há duas semanas (24/05) com intoxicação por "chumbinho", produto clandestino utilizado como raticida, dentro de uma escola estadual na região do Jabaquara, zona sul de São Paulo (SP)
Uma professora da Escola Estadual Professora Joanna Abrahão teria percebido que os alunos do 3º ano estavam consumindo uma substância, que teria sido oferecida por um colega durante a aula, e que poderia ser tóxica.
A escola chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e as crianças foram encaminhadas ao Hospital Municipal Arthur Ribeiro de Saboya. Segundo informações, as crianças teriam colocado o produto na boca, mas nenhuma o engoliu.

Os pais das crianças foram comunicados para acompanhar os filhos no atendimento, segundo informou a Secretaria Estadual de Educação. Além disso, a Ronda Escolar foi chamada para registro da ocorrência, assim como os responsáveis pelo aluno que levou o material à escola para esclarecimentos.
De acordo com a Secretaria, o caso seria encaminhado ao Conselho Tutelar e as crianças seriam enviadas, posteriormente, a uma unidade de saúde para que, se necessário, seja feito tratamento psicológico.
O chumbinho é um produto a base de agrotóxicos, principalmente o aldicarbe (um carbamato de alta toxicidade), sendo o seu uso e comércio enquadrado como uma atividade ilícita e criminosa. A comercialização do aldicarbe está proibida em todo o País. Em junho de 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o informe de avaliação toxicológica dos agrotóxicos a base de aldicarbe. Em outubro de 2012, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou o cancelamento do registro do Temik 150 (nome comercial do agrotóxico à base de aldicarbe).