Genebra - Novos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam o
problema mundial e crescente da intoxicação alimentar. O órgão divulgou, nesta
semana, números mostrando que, anualmente, 582 milhões de pessoas adoecem e,
destas, 351 mil morrem por ingerirem alimentos contaminados. As regiões mais
afetadas são África e o Sudeste Asiático. Mais de 40% dos doentes são crianças
com menos de 5 anos.
“A produção de alimento foi industrializada e seu comércio e
distribuição foram globalizados”, afirma a diretora-geral da OMS, Margaret
Chan, em comunicado. “Estas mudanças trazem várias novas possibilidades de o
alimento vir a ser contaminado com bactérias, vírus, parasitas ou substâncias
químicas. Um problema local de segurança alimentar pode rapidamente se tornar
uma emergência global”.
A contaminação pode causar mais de 200 tipos de doenças,
desde diarreia a câncer. Os principais agentes são Salmonella typhi, E. coli
e norovírus. Exemplos de opções
inseguras incluem alimentos de origem animal crus, frutas e vegetais
contaminados com fezes e mariscos contendo biotoxinas marinhas. A insegurança
alimentar também representa grandes perdas econômicas. A OMS citou um caso de
2011, quando houve um surto de E.coli na Alemanha, o qual provocou perdas de
US$ 1,3 bilhão para agricultores e indústrias.
A OMS diz que governos precisam implementar medidas para se
proteger contra a contaminação alimentar e responder rapidamente aos surtos.
Consumidores, por sua vez, deveriam ficar mais atentos à
escolha dos produtos, à prática e à higiene no trato com o alimento. Em 7 de
abril, a OMS celebra o Dia Mundial da Saúde, e este ano o órgão diz que focará
na segurança alimentar. Os números são iniciais e referentes a 2010, os mais
recentes disponíveis por enquanto. Um relatório completo sairá em outubro.
Recomendações
Para ficar longe do problema, o mais indicado é sempre
consumir alimentos preparados em casa e aqueles que você sabe que foram
manipulados com total higiene.
No entanto, fazer refeições com comida caseira parece ser
privilégio de poucos hoje em dia. A rotina diária força muitas pessoas a um
cardápio recheado de opções como sanduíche natural, churrasquinho, cachorro-quente,
pastel, enfim, alimentos encontrados facilmente nas lanchonetes, bares,
barracas, quiosques, feiras e até mesmo nas ruas.
Como nem sempre é possível saber como os alimentos foram
preparados e se os ingredientes estavam armazenados da maneira correta, é
fundamental estar sempre de olho em tudo o que você come e tomar alguns
cuidados para evitar a intoxicação alimentar.
Se precisar comer fora de casa, escolha sempre locais de
confiança. Procure observar sempre as condições de higiene do ambiente e também
do vendedor. A lata de lixo do local deve permanecer sempre fechada. Verifique
se as roupas do vendedor estão limpas, se as unhas estão bem cortadas, se o
vendedor manuseia os alimentos e recebe o dinheiro ao mesmo tempo, sem lavar as
mãos.
Fonte: D24am
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