quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Japão registra mais de mil casos de intoxicação por malathion em alimentos

Produtos congelados da Aqlifoods, do grupo japonês Maruha
Nichiro Holdings 
(Jiji Press/AFP)
Mais de 1.000 pessoas em todo o Japão afirmaram ter ficado doentes por consumir alimentos congelados contaminados com pesticidas, anunciou nesta quarta-feira a agência de notícias japonesa Jiji. Até segunda-feira foram registrados 360 casos, mas desde que a imprensa divulgou a notícia foram feitas novas denúncias e o número de vítimas cresceu rapidamente. Autoridades acreditam que o número de casos ainda pode aumentar.
No fim de dezembro, a filial Aqlifoods do grupo japonês Maruha Nichiro Holdings, apontou a presença – ainda inexplicada – de um pesticida chamado malathion em diversos produtos congelados confeccionados em uma fábrica da cidade de Gunma, a noroeste de Tóquio. Vários clientes detectaram um odor estranho em alimentos, sobretudo em croquetes e pizzas, e avisaram a empresa. Os alimentos foram retirados da venda, mas pessoas que os ingeriram foram afetadas.
Um bebê de nove meses precisou ser hospitalizado de urgência depois de ter comido os croquetes contaminados. No total, mais de 1.000 pessoas de muitas cidades do Japão apresentaram sinais de diarreia, vômito e outros transtornos. Somente a cidade de Hokkaido, no norte do Japão, registrou mais de 200 casos.
A empresa decidiu retirar do mercado 6,4 milhões de artigos, mas até o momento só conseguiu recuperar 1,4 milhão, menos de um quarto do número total. A revelação da contaminação revoltou os consumidores e a empresa já recebeu mais de 630.000 chamadas de insatisfeitos. A polícia abriu uma investigação para determinar a origem da contaminação.
A quantidade de pesticida medida nos produtos afetados é tão alta que levantou a suspeita de uma introdução deliberada de malathion, um inseticida utilizado na agricultura e de fácil acesso para a população comum. No Japão, esse inseticida pode ser comprado livremente, por exemplo, em lojas de jardinagem, muito comuns no país.

Fonte: Veja. Leia mais.

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