segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Exposições e seminário nos 36 anos do CIAVE

Considerado referência na área de toxicologia para todo o Nordeste, o Centro Antiveneno da Bahia (Ciave), unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), completa 36 anos de funcionamento no próximo dia 30, data em que também transcorre o Dia Estadual de Conscientização para a Prevenção da Intoxicação por Substâncias Químicas, instituído através da lei 9.205, de agosto de 2004.

Contabilizando, durante o ano passado, cerca 7.300 atendimentos, sendo 65% dos casos ocorridos em ambiente doméstico, o Ciave presta assistência a pacientes e orientação toxicológica especializada a profissionais de saúde, em plantões ininterruptos. Do total de atendimentos registrados no ano passado, 43 % foram por acidentes com animais peçonhentos, 24% por intoxicações por medicamentos e 6% por agrotóxicos de uso agrícola.

Em comemoração aos 36 anos de serviços prestados pelo Ciave à saúde da população, acontece a 2ª Semana Estadual de Prevenção às Intoxicações, de 27/08 até o próximo dia 1º de setembro, com uma série de atividades educativas e científicas, com o objetivo de divulgar a legislação nacional, estadual e municipal que regulamenta o uso de substâncias químicas, os cuidados necessários na utilização de substâncias químicas e as formas de prevenção de acidentes que possam provocar intoxicação.

As atividades começaram no sábado (27), às 8 horas, no Centro Comunitário Clériston Andrade (avenida Garibaldi), com uma exposição de animais peçonhentos, plantas tóxicas e outros materiais relacionados às atividades desenvolvidas pelo Ciave. As atividades seguem até 12 horas, com distribuição de material educativo e orientações sobre intoxicações em geral, com ênfase especial às ações preventivas e primeiros socorros.

Na segunda-feira, dia 29, às 8 horas, no auditório do Ciave, térreo do Hospital Geral Roberto Santos, será realizado um café da manhã, com apresentação sobre os 36 anos de história do centro, situação atual e perspectivas. No dia seguinte, terça-feira, durante todo o dia, no saguão do Hospital Roberto Santos, haverá exposição de animais peçonhentos e plantas tóxicas, distribuição de material educativo e orientações à população. A programação será encerrada no dia 1º de setembro, de 14 às 17 horas, no auditório da Hemoba, com palestras sobre o tema "Dialogando sobre intoxicações: da prevenção à assistência",em parceria com a Escola Estadual de Saúde Pública.

Referência

Segundo o médico toxicologista Daniel Rebouças, diretor do Ciave, a ocorrência de envenenamentos é um grave problema de saúde pública em todos os países, tendo duplicado nas últimas décadas. Em termos globais, estima-se que 1,5 a 3% da população é vitimada todos os anos. No Brasil, os registros alcançam cerca de 4,8 milhões de casos anualmente e destes, 0,1 a 0,4% evoluem para óbito. Na Bahia, as notificações chegam a 19 mil casos/ano.

Segundo serviço de toxicologia do país a entrar em funcionamento, o Ciave é responsável pela normatização, regulação e controle de atividades ligadas à toxicologia; orientação toxicológica em geral para prevenção, diagnóstico e tratamento de intoxicações exógenas; atendimento médico de urgência e acompanhamento de pacientes intoxicados; realização de análises toxicológicas de urgência em pacientes atendidos na rede pública de saúde e monitoramento terapêutico de fármacos; manutenção do laboratório de animais peçonhentos e controle e manutenção de bancos de antídotos, entre outras atividades relacionadas à toxicologia.

O serviço conta ainda com o Núcleo de Estudos e Prevenção do Suicídio (NEPS), criado em 2007, que além do acompanhamento psicológico, disponibiliza atendimento psiquiátrico ambulatorial, terapia ocupacional e reuniões informativas para familiares de pacientes que tentaram suicídio. A coordenadora do Núcleo, Soraya Carvalho, conta que o serviço é voltado ao atendimento de pacientes com depressão grave e risco de suicídio. "Atualmente, somos referência na Bahia e também estamos exportando o modelo para outros centros no Brasil", revela a psicóloga.

Destaque também, no Ciave, para o jardim de plantas venenosas, fundamental para identificar as espécies de plantas que causam envenenamento ou algum tipo de intoxicação, garantindo o tratamento adequado às vítimas.

Fonte: ASCOM/SESAB.

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