sábado, 15 de setembro de 2012

Acidente com Abelhas Causa Óbito em Salvador




Foi registrado em Salvador mais um caso grave de acidente com abelhas. Na manhã desta sexta-feira (14/09), no bairro de Mussurunga, dois homens foram atacados por um enxame. Uma das vítimas, apesar de ter sido socorrido pelo Samu, não resistiu à ação do veneno, morrendo no local do incidente. A outra vítima foi conduzida ao Hospital  Roberto Santos com picadas em diversas partes do corpo. 

O homem atacado fatalmente tinha sido contratado para realizar um trabalho no quintal da segunda vítima, quando foi alvo do enxame. O dono do quintal tentou ajudá-lo, quando também foi atacado.

Os acidentes por abelhas são freqüentes e levam sérios riscos às vítimas, é o que afirma o farmacêutico Jucelino Nery da Conceição Filho, Coordenador de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do CIAVE. Segundo Jucelino, têm-se registrado na Bahia uma média de 360 casos/ano (194 só em Salvador), alguns destes com vítimas fatais, como o que aconteceu em 2010, no bairro de Politeama, que acometeu mais de 20 pessoas e levou uma senhora de 83 anos a óbito.

Jucelino explica que quando da picada, o ferrão da abelha fica preso à pele juntamente com a glândula de veneno envolta por uma membrana pulsátil. Quanto mais tempo o ferrão permanece preso, mais veneno será inoculado. Segundo o farmacêutico, a retirada dos ferrões da pele deverá ser feita por raspagem com lâmina (de barbear, por exemplo) ou utilizando-se uma pinça de sobrancelha e não pelo pinçamento com os dedos ou pinça comum, pois a compressão dos ferrões poderá comprimir a glândula ligada a ele e inocular no paciente o veneno ainda existente.

A vítima deve ser conduzida imediatamente a um serviço médico, podendo-se ligar para o CIAVE através do número 0800 284 4343 para obtenção de orientações.

Nos acidentes provocados por ataque múltiplo de abelhas desenvolve-se um quadro tóxico generalizado denominado de Síndrome de Envenenamento, por causa da quantidade de veneno inoculada. Há dados indicativos de hemólise intravascular e rabdomiólise. Alterações neurológicas como torpor e coma, hipotensão arterial, oligúria/anúria e insuficiência renal aguda podem ocorrer. Distúrbios graves hidroeletrolíticos e do equilíbrio ácido-básico, anemia aguda pela hemólise, depressão respiratória e insuficiência renal aguda são as complicações mais relatadas.

Fonte: Ciave. 

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