sábado, 3 de março de 2018

Cresce o foco internacional para as picadas por serpentes

Uma nova iniciativa está em andamento para discutir a possibilidade de desenvolver soluções inovadoras que possam abordar os problemas associados à envenenamento por serpentes.

O evento interdisciplinar, que se realizará em Leiden, Países Baixos, em 21 e 22 de junho de 2018, tem como objetivo despertar a atenção para essa doença tropical devastadora e negligenciada e buscar soluções e ações internacionais sobre prevenção e tratamento decorrentes de envenenamento por picada de cobra (ofidismo).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recentemente adicionou o ofidismo em sua lista de doenças tropicais negligenciadas e está trabalhando com especialistas internacionais para desenvolver uma estratégia objetivando reduzir e controlar o ônus das lesões e as mortes causadas por esse agravo.

A estratégia da OMS visa priorizar ações e intervenções chaves com recursos adequados que possam melhorar substancialmente os resultados para os pacientes e suas comunidades. A estratégia está prevista para o final deste ano.

O envenenamento por picada de cobra é uma doença tropical negligenciada que causa a morte de 81.000-138.000 pessoas em todo o mundo a cada ano. Os acidentes por serpente afetam cerca de 5,5 milhões de pessoas por ano, principalmente em comunidades pobres de países de baixa a média renda em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Segundo a OMS, mais de metade das vítimas de ofidismo provavelmente precisarão de tratamento médico específico, incluindo a administração de antivenenos, cirurgias corretivas, próteses e reabilitação.

A OMS estima que cerca de 400 mil pessoas por ano permaneçam permanentemente incapacitadas após picadas de cobras, com muitas cicatrizes psicológicas, incapacitadas para o trabalho, se sustentar ou à sua família e, muitas vezes, com dívidas e estigmatização social.

A reunião de junho de 2018 em Leiden, Países Baixos, é intitulada "Snakebite - from Science to Society" (Picada de cobra - Da Ciência à Sociedade), e está sendo organizada pelo Naturalis Biodiversity Center. Ao invés de ser uma reunião científica formal, está sendo projetada como um fórum onde idéias inovadoras e soluções científicas podem ser discutidas e desenvolvidas entre um amplo grupo de partes interessadas das ciências, agências governamentais, sociedade civil e organizações de ajuda humanitária.

Fonte: OMS.

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