segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Representantes de órgãos públicos discutem projeto de extensão para estudantes de graduação da área da saúde

Com o objetivo de discutir e elaborar um projeto de extensão a ser realizado na área de gestão da saúde, ocorreu na quinta-feira (01/12) o segundo encontro com representantes da Escola Estadual de Saúde Pública (EESP), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador, tomando como base para elaboração do projeto, a necessidade de articular as necessidades dos serviços de saúde e da formação de futuros profissionais para o SUS.
A proposta em questão é a construção de um projeto piloto, de caráter multidisciplinar, que permita a inserção de estudantes de diferentes graduações da saúde das universidades públicas de Salvador na rede pública de saúde, nas esferas estadual e municipal, visando a ampliação de experiências de integração ensino-serviço no âmbito da gestão em saúde.

Fonte: EESP

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O tema "intoxicações" foi abordado durante o 7º Simbravisa

Com cerca de 1.000 inscritos, o 7º Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária, realizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) no período de 27 a 30 de novembro, no Hotel Bahia Othon Palace, em Salvador, teve quase 100 atividades entre conferências, discussões, mesas redondas, etc., visando o aprofundamento do diálogo entre academia, os serviços de vigilância sanitária e a sociedade.

Integrantes dos Grupos de Trabalho sobre Agrotóxicos da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estiveram reunidos com membros dos Grupos Temáticos Saúde e Ambiente, Saúde do Trabalhador e Vigilância Sanitária da Abrasco, dentre outros, no dia 26, no auditório do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da UFBA, para discutir a questão do uso de agrotóxicos e os seus riscos.

Os profissionais discutiram, ainda, sobre o relatório 2013-2015 do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no dia anterior, resultando na elaboração de um manifesto técnico-político.

A Sesab contou com um stand da Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa), onde o Centro de Informações Antiveneno (Ciave) realizou uma exposição com exemplares de animais peçonhentos e outros agentes tóxicos, divulgando as suas ações de toxicovigilância, bem como de diagnóstico e tratamento das intoxicações agudas, com a participação de técnicos e estagiários do Centro.

Na tenda Maria Felipa, no dia 29, O Dr. Daniel Rebouças, médico e diretor do Ciave, e a psicóloga Soraya Carvalho, coordenadora do Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (Neps) do Ciave, participaram da roda de conversa intitulada “Intoxicações  Acidentais e Intencionais”, o que despertou grande interesse e participação do público presente.

Fontes: Ciave, Sesab, Abrasco.

Manifesto do 7º Simbravisa acerca do relatório do Programa de Análise de Resíduo de Agrotóxicos em alimentos (PARA/2013-2015) divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa

No dia 25 de novembro recente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa – publicou através de seu site (anvisa.gov.br) o relatório PARA 2013-2015. Trata-se do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos que avalia os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos de origem vegetal. A forma como o relatório foi publicado e a incorporação de nova metodologia pegou de surpresa muitos pesquisadores, trabalhadores que atuam no Sistema Único de Saúde e sociedade civil, justamente dias antes do início do 7º Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária (Simbravisa). Como atividade pré-simpósio, no dia 26 de novembro estiveram reunidos integrantes dos Grupos Temáticos Saúde e Ambiente, Saúde do Trabalhador e Vigilância Sanitária da Abrasco, além do Grupo de Trabalho sobre Agrotóxicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de Vigilâncias Sanitárias de alguns estados do país e da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. A pauta desse encontro, que era bem mais ampla que o PARA, foi tomada pela análise da divulgação do Relatório PARA 2013-2015 e este manifesto técnico-político é resultado deste encontro.

Acesse o documento em PDF

Vale registrar que o PARA existe desde 2001 e abrange todos os Estados da federação. As atividades do PARA têm por objetivos principais a promoção e proteção da saúde mediante incentivo ao consumo de alimentos de qualidade e a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) secundárias à ingestão cotidiana de quantidades perigosas de agrotóxicos. O Programa tem fornecido inúmeras contribuições tais como: subsídios à tomada de decisão para restrição e banimento de agrotóxicos perigosos para a população; desenvolvimento de ações de controle dos agrotóxicos pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária; estabelecimento de uma rede de laboratórios com capacidade para analisar resíduos de agrotóxicos; construção de ferramentas informatizadas e bancos de dados para agilizar as ações dos estados; qualificação das ações de capacitação.

Os seus resultados sempre suscitaram discussões sobre o direito à informação e atuação da União, Estados e Municípios no controle dos impactos dos agrotóxicos construindo, assim, uma teia de relacionamento e trabalho entre os serviços nas três esferas de governo, e ainda com diversos setores da sociedade. A visibilidade e o acesso aos resultados da atuação do PARA fomentou as pesquisas e aumentou o número de publicações sobre o tema no Brasil.

Mesmo com a importância que possui, o Programa teve sua última divulgação datada de 2012. Assim, a sociedade esteve sem acesso aos dados e informações sobre a qualidade dos alimentos frente ao uso crescente de agrotóxicos por aproximadamente quatro anos. Também cabe informar que neste ano, 2016, não foram realizadas coletas de amostras para realização das análises laboratoriais, o que representa quebra da série histórica do mais antigo e contínuo programa de monitoramento de impactos dos agrotóxicos no Brasil. É neste contexto de fragilização do Programa que é publicado o “Relatório PARA 2013-2015” e sobre o qual nos manifestamos abaixo.

1. A metodologia adotada de forma unilateral pela ANVISA, sem a efetiva participação das Vigilâncias Sanitárias (VISA) estaduais, da comunidade acadêmica e da sociedade civil restringe o escopo de análise técnica e leva à ocultação dos perigos à saúde da população e irregularidades ocorridas no processo de produção de alimentos;
2. O relatório final, também, não foi previamente apresentado e debatido com as VISAs estaduais e municipais;
3. O indicador de risco agudo de intoxicação utilizado pela ANVISA não se encontra amparado pela legislação sanitária brasileira, conforme citação do próprio relatório do PARA;
4. Apesar destas limitações, o relatório foi comunicado pelo site da ANVISA, e reproduzido pelos meios de comunicação de massa, induzindo a uma falsa percepção da sociedade sobre os perigos do consumo de alimentos com agrotóxicos. Relativizar o 1% das amostras que apresentam risco de efeito agudo, do ponto de vista da Saúde Pública, significa ocultar que a cada 100 alimentos ingeridos, 1 pode causar intoxicação e até a morte em 24 horas;
5. Outro ponto relativizado pela comunicação da ANVISA foi a não consideração da absorção sistêmica dos agrotóxicos pelas culturas onde esses produtos são aplicados. Existem diversos estudos que apontam a absorção dos agrotóxicos pela raiz das plantas. Isto quer dizer que mesmo retirando ou lavando as cascas não são medidas suficientes para diminuir o perigo na ingestão desses alimentos. Outro aspecto desconsiderado é o cultural, já que no Brasil é costume a utilização de cascas no preparo de chás, doces, sucos e outras formas de preparo de alimentos;
6. O relatório ainda desconsidera o efeito crônico dos agrotóxicos, potencialmente relacionados a vários tipos de câncer e outras doenças degenerativas;
Por fim, consideramos que, no país campeão mundial no uso de agrotóxicos, onde se consome cerca de 1,2 milhão de toneladas desses produtos por ano, com milhares de casos de intoxicação, centenas de mortes e contaminações ambientais, é imperativo que se faça um amplo debate com os setores acadêmicos, dos serviços de saúde e da sociedade civil sobre a vigilância de alimentos e do relatório do PARA.

Ressaltamos ainda que os riscos à saúde e impactos do uso de agrotóxicos para além da contaminação direta dos alimentos e da água para consumo humano; existem exposições de trabalhadores e moradores em áreas de pulverização e outras que são atingidas em todo o país, não somente na agricultura, mas na área urbana, em toda cadeia produtiva, desde a produção, comércio, circulação, transporte, uso na agricultura, veterinária, na saúde pública e silvicultura; essa amplitude de utilizações e exposições não pode ser desconsiderada quando se fala de agrotóxicos. Os perigos e os riscos devem ser sempre explicitados e alertados para que as políticas públicas e a população esteja sempre atenta as medidas de defesa da saúde e do meio ambiente. O alimento é diário, envolve bebes, crianças, pessoas com diferentes susceptibilidades às toxicidades. Não somos seres médios. 1% de risco de intoxicação aguda é inaceitável! Dizemos não ao ocultamento de riscos por métodos que desconsideram as exposições crônicas.

Fonte: Abrasco.

sábado, 5 de novembro de 2016

Impactos do uso do “chumbinho” são discutidos em sessão científica

Chumbinho: agrotóxico comercializado clandestinamente
como raticida. (Foto: JNCF)
Os impactos do uso do “chumbinho” na segurança e saúde pública foram abordados na 6ª edição do projeto Café com Ciência, promovido pelo Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DPT), nesta quinta-feira (3), no Centro de Estudos da Instituição.

O projeto tem como objetivo principal promover integração entre os profissionais do DPT através da apresentação de estudos de casos de perícias e discussão interna entre peritos criminais, médicos e odontólogos legistas. Devido ao amplo interesse do tema, técnicos do Centro de Informações Antiveneno (Ciave), além de outros órgãos da Secretaria da Saúde do Estado, foram convidadosa participar.

A perita criminal da Coordenação de Toxicologia Forense do DPT, Maiana Teixeira, explicou que ao contrário do que as pessoas imaginam, o “chumbinho” não é um raticida e quando é utilizado como tal é ineficiente, uma vez que não mata a ninhada. Como ele mata de imediato o rato que o ingere, os demais observam e não comem o alimento envenenado. Diferentemente, os raticidas legalizados, à base de anticoagulantes, provoca o envenenamento lento. Dessa maneira, a morte do animal não é associada ao alimento ingerido, o que faz com que todos os ratos da colônia comam o veneno, resultando na eliminação da ninhada.

Ainda segundo Maiana Teixeira, é grande o número de amostras relacionadas a acidentes, suicídios e homicídios recebidas para perícia pelo DPT que contêm o “chumbinho”. As análises realizadas nestas amostras têm evidenciado que, além do aldicarbe (nematicida do grupo dos carbamatos, de elevada toxicidade), o terbufós (organofosforado igualmente tóxico) e o carbofurano (carbamato utilizado como inseticida) estão presentes na composição deste produto.

A perita ressaltou que em 2012 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu  a produção e venda de qualquer agrotóxico à base de aldicarbe. A proibição foi motivada pela alta incidência de intoxicações, devido ao desvio de uso do referido agrotóxico pela população no combate a ratos.

Representando o Ciave, o coordenador técnico e farmacêutico, Jucelino Nery, relatou grande número de casos de intoxicação por “chumbinho” atendidos anualmente pelo Centro. Só em 2015 foram 240 ocorrências, das quais 24 evoluíram para óbito.

O farmacêutico ressaltou ainda a importância da interlocução entre as diversas instituições envolvidas na questão como o Ministério Público, o DPT, o Ciave, os órgão de vigilância sanitária estadual e municipal e a Secretária Municipal de Ordem Pública (Semop), de forma a se planejar e desenvolver ações para coibir o comércio destes produtos. Segundo Jucelino, o Ciave intermediou há alguns anos esta interlocução, o que resultou naquele momento em uma repressão dessa comercialização ilegal através de fiscalizações e apreensões do produto, porém, este tipo de ação requer continuidade para ser efetivo.

Fonte: Ciave

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Centros de toxicologia se reúnem para discutir protocolos terapêuticos

Jucelino Nery e Dr. Daniel Rebouças foram recebidos por
 Dr. Délio Campolina, coordenador do CIAT-BH.
Representantes do Centro Antiveneno da Bahia (Ciave) participaram esta semana, em Belo Horizonte, da reunião técnica dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica e Toxicologistas Clínicos - Abracit. O evento, de grande relevância para os Centros de Informação e Assistência Toxicológica, chamados CIATox, teve como tema principal a padronização de condutas nos acidentes com animais peçonhentos, soroterapia e atualizações na abordagem inicial ao paciente intoxicado, e teve a presença de representantes do Ministério da Saúde (MS), Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos da UNESP (Cevap).

O biólogo e representante da Organização Panamericana de Saúde (Opas) junto ao MS, Flávio Dourado, falou sobre a atual crise na produção e no abastecimento de soros antivenenos no país, situação que deve começar a ser normalizada a partir de novembro. Dourado recomendou ainda a divulgação das novas recomendações do MS em relação à soroterapia para os acidentes por serpentes do gênero Bothrops e os acidentes escorpiônicos, que foi divulgada às secretarias estaduais de saúde através da Nota Informativa nº 25/2016-SVS-MS.

A complexidade da produção dos soros antiveneno foi abordada por Maurício Abreu Santos, gerente da Divisão de Produção de Imunobiológicos da Funed. Ele explicou como está sendo feita a produção compartilhada destes soros entre os laboratórios oficiais (Funed, Instituto Butantan, IVB e CCPI), o que tem amenizado o problema do abastecimento destes insumos.

Uma boa notícia foi dada pelo pesquisador Rui Seabra Ferreira Júnior, do Cevap, que explanou sobre o denominado Estudo APIS, desenvolvido em parceria com o Instituto Vital Brazil (IVB), que produziu um soro contra o veneno de abelha (soro antiapílico). Atualmente, o projeto está em fase de estudo clínico (Fase 2). Ao final dessa fase, será concluído ou não se o soro poderá ser administrado normalmente em seres humanos. Para que a pesquisa seja válida, é necessário que os pacientes não apresentem efeitos adversos ou qualquer tipo de reação.

No segundo dia, foram apresentadas e discutidas as condutas terapêuticas para os acidentes por animais peçonhentos. O médico toxicologista Daniel Rebuças, diretor do Ciave e ex-presidente da Abracit, falou sobre questão relacionada aos acidentes por Latrodectus (aranha viúva-negra) e por Lachesis (serpente surucucu).

Outros assuntos, como medidas de descontaminação do paciente intoxicado, a inclusão dos CIATOx no grupo gestor da Rede de Urgência e Emergência e sistemas de registro de intoxicações também foram discutidos.

A Abracit, instituição organizadora do evento, segundo o diretor do Ciave, tem como principal objetivo representar os CIATox e seus profissionais junto a órgãos e conselhos governamentais executivos e legislativos, na busca de medidas de efetivo reconhecimento e valorização destes Centros.

No terceiro dia, o Daniel Rebouças e Jucelino Nery, farmacêutico e coordenador técnico do Ciave, realizaram visita técnica ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Belo Horizonte (CIAT-BH), localizado no Hospital João XXIII, o segundo Centro mais antigo do Brasil, acompanhados do seu coordenador do serviço e atual presidente da Abracit, Délio Campolina.

Fonte: Ciave

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Acidentes com crianças crescem na Bahia nos últimos 15 anos

Para enfrentar o crescimento de acidentes com produtos e serviços, órgãos públicos e entidades da sociedade civil formaram a Rede Consumo Seguro e Saúde para desenvolver ações em conjunto.
Durante todo ano são realizadas operações de fiscalização e orientação a população. O mês de outubro será dedicado para alertar sobre riscos com crianças, com ações do Ibametro, Procon, Codecon, Corpo de Bombeiros, dentre outros órgãos.
 A Semana Criança Segura será realizada entre os dias 04 a 11 de outubro em escolas das redes municipal e estadual, faculdades, shopping, finalizando com um seminário no dia 11 na Escola Superior da Defensoria Pública.

A Realidade dos acidentes na Bahia
Enquanto a média nacional aponta para redução das mortes em acidentes em -23,67%, entre o público de 0 a 14 anos, na Bahia a situação piorou com um crescimento no número de mortes em 5,02%.
Quando são analisados os números de internações, a situação se repete. Enquanto nacionalmente, as internações atingiram a média de 8%, na Bahia houve um crescimento de 14,81%.
Chamam atenção, os dados de mortes com sufocação ou esgasgamento, ou seja, obstrução das vias aéreas, quando a criança acidentalmente aspira um corpo estranho como uma peça de brinquedo, objetos pequenos, como botões, grãos, moedas e balões de borracha.
Na Bahia, o índice aponta para um crescimento assustador de 337,50%, enquanto que na média nacional houve uma redução dos casos na ordem de – 1%.
Para o diretor geral do Ibametro, Luiz Freire, este tipo de acidente é a principal causa de morte de bebês com até um ano de idade.
“Devemos também estar atentos à faixa etária de zero a seis anos, período em que as crianças começam a descobrir o mundo a sua volta e tendem a conhecê-lo levando objetos à boca, originando os acidentes graves. Os pais devem obedecer às restrições de idade em determinados brinquedos e não consumir produtos pirateados que representam grave ameaça às crianças”, alertou Freire.
Outro tipo de acidente crescente na Bahia é relativo a quedas. Enquanto nacionalmente houve uma redução de – 3%, a Bahia apresentou, neste período, um crescimento de óbitos na ordem de 3%.

Ciave alerta para riscos com Medicamentos e Saneantes
Segundo Jucelino Nery, farmacêutico e coordenador de apoio terapêutico do Centro Antiveneno (Ciave), órgão da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), mais de 30% das vítimas dos casos de intoxicação registrados pelo centro são crianças, principalmente por exposição a medicamentos.
O farmacêutico alerta, ainda, que mais de 70% destas intoxicações ocorrem no ambiente doméstico.

Corpo de Bombeiros fará demonstrações de primeiros socorros
Como parte da estratégia de sensibilização dos riscos e orientação sobre os primeiros socorros com crianças que sofreram algum tipo de acidente, o Corpo de Bombeiros, membro da Rede de Consumo Seguro e Saúde – Bahia, irá sensibilizar estudantes da rede municipal e estadual durante a Semana Criança Segura.
Para o comandante do Corpo de Bombeiros, o coronel Francisco Luiz Telles de Macedo, a parceria com vários órgãos contribuirá para que a população fique mais atenta aos riscos de acidentes que geralmente ocorrem dentro dos próprios lares.
“O Corpo de Bombeiros lida com essas ocorrências cotidianamente e acreditamos que a orientação visando a prevenção é o melhor caminho para o enfrentamento destes acidentes”, comentou Telles.

Defensoria Pública monitorará crescimento de casos na Bahia
Preocupada com a escalada de óbitos e internações, a Defensora Pública, Carmem Albuquerque, que atua na proteção de crianças e adolescentes, afirmou que a instituição estará acompanhando os casos na Bahia envolvendo produtos e serviços perigosos que afetem crianças.  
“É direito da criança não sofrer qualquer tipo de acidente com os produtos que estão no mercado. Esta responsabilidade é do fabricante e estaremos cobrando relações de consumo mais seguras”, comentou Carmem.
Os consumidores que sofrerem algum tipo de acidente com produto ou serviço, os conhecidos acidentes de consumo, podem relatar no site www.ibametro.ba.gov.br.

ADI questiona pulverização aérea de produtos químicos no combate ao mosquito Aedes aegypti

Dispositivo da Lei federal 13.301/2016 que admite o uso de aeronaves para dispersão de substâncias químicas no combate ao mosquito Aedes aegypti foi questionado no Supremo Tribunal Federal (STF). A matéria é objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5592, ajuizada com pedido de liminar pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O artigo 1º, parágrafo 3º, inciso IV, da Lei 13.301/2016 admite a pulverização aérea, desde que a medida seja aprovada pelas autoridades sanitárias e conte com comprovação de eficácia por parte da comunidade científica. Segundo a norma, tal uso pode ser admitido diante de iminente perigo à saúde pública pela presença de vírus causadores de dengue, zika e febre chikungunya, transmitidos pelo mosquito.

O procurador-geral alega violação do direito ao ambiente equilibrado previsto no artigo 225, caput, da Constituição Federal, segundo o qual preservação e proteção do ambiente se impõem ao poder público e à coletividade, por considerar que os danos causados são frequentes, irreversíveis e irreparáveis ou de difícil reparação.

Sustenta ainda afronta ao direito à saúde, por avaliar que “a pulverização aérea de produtos químicos, além de não contribuir de maneira eficaz para combater o Aedes aegypti, provoca importantes malefícios à saúde humana”.

Assim, considerando possíveis danos ao meio ambiente e à saúde, pede a concessão de liminar para suspender a eficácia do dispositivo questionado. No mérito, pede que o STF declare sua inconstitucionalidade.

Fonte: STF.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

SSP promove painel sobre prevenção ao suicídio

A Secretaria da Segurança Pública (SSP), através do Núcleo de Estudos e Atenção ao Uso de Drogas (Nead), da Superintendência de Prevenção à Violência (Sprev), realizará, na terça-feira (27), o painel 'Suicídio: como abordar e prevenir', no auditório do Centro de Operações e Inteligência, Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

Para dar evidência à campanha Setembro Amarelo, ação que ocorre desde 2014, o evento busca conscientizar e alertar à população sobre o suicídio. As inscrições serão feitas no dia, a partir das 8h30. A mesa de abertura contará com a terapeuta ocupacional do Núcleo de Estudos e Prevenção do Suicídio, Maíra Oliveira, que vai discutir 'As dimensões Psicossociais do Fenômeno do Suicídio'.

De acordo com o Superintendente da Sprev, coronel Admar Fontes, o intuito do painel é auxiliar os servidores a refletirem sobre a problemática do suicídio e contribuir com a atuação deles na prevenção.“É pela valorização da vida”, explicou.


Fonte: Excelsior Rádio AM.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Seminário "Suicídio: estigma e enigma social"


SESAB recebe exposição do Centro Antiveneno

Foi realizada na segunda-feira (12/09), de 9 às 16 horas, no saguão da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) uma exposição promovida pelo Centro de Informações Antiveneno (Ciave) com demonstração dos principais agentes tóxicos envolvidos em intoxicações, a exemplo de medicamentos, animais peçonhentos, produtos de limpeza, raticidas e outros; além de antídotos utilizados no tratamento destes eventos.

Técnicos e estagiários do Centro distribuíram material educativo e orientaram quanto às medidas preventivas e de primeiros socorros em caso de intoxicações, despertando grande interesse dos visitantes.

A exposição integrou a programação alusiva aos 36 anos de criação do Ciave, que foi criado em 1980 e integra a rede de centros de informação e assistência toxicológica constituída de 30 centros em atividade, de acordo com a Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica – Abracit.

Considerado referência na área de Toxicologia para todo o Nordeste, o Ciave é uma unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Durante o ano passado, o serviço contabilizou cerca 7.300 atendimentos, sendo 65% dos casos ocorridos em ambiente doméstico e a maioria deles causados por medicamentos.

Fonte: CIAVE.

Servidores da Sesab e visitantes conheceram um pouco mais sobre intoxicações.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

"Suicídio é um problema mundial evitável", alerta psiquiatra do Hospital Roberto Santos

Comemorado em 10 de setembro, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é uma importante data para alertar a população para a gravidade deste ato, que atinge cerca de cem mil pessoas por ano, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar dos dados alarmantes, diagnóstico e tratamento adequados podem evitar mortes. Para garantir assistência ampla e qualificada aos pacientes com transtornos mentais, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) implantou, no último semestre, o serviço de psiquiatria na unidade.

De acordo com o coordenador da psiquiatria hospitalar no HGRS, Lucas Argolo, o suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas causas, que até hoje suscita grande debate na sociedade: "um tema que pode ser abordado numa visão filosófica, sociológica, religiosa ou clínica".

A depressão, como destaca o psiquiatra, é o principal transtorno mental associado ao suicídio, acompanhado de transtorno bipolar, abuso e dependência a álcool e outras drogas, esquizofrenia e transtornos de personalidade. "Pacientes com diagnóstico de transtorno psiquiátrico e os que já tentaram suicídio previamente estão entre os pacientes com maior risco de suicídio", afirma Lucas.

A OMS estima, ainda, que, até 2020, o número de mortes cresça para 1,5 milhão. Para cada suicídio consumado, segundo Botega et al, três tentam suicídio, cinco planejam, e 17 pensam no suicídio. "Estudos mostram que apenas 3,2% não têm um diagnóstico de transtorno psiquiátrico. Há uma alta prevalência de pessoas sob risco, mas o suicídio é um problema de saúde pública mundial que pode ser evitável. Isso se houver um diagnóstico correto, se fatores de risco agudos e crônicos forem reconhecidos e mitigados, e se houver tratamento adequado", explica o médico.

Psiquiatria Hospitalar no HGRS

Inaugurado em julho deste ano, o serviço de psiquiatria do Hospital Geral Roberto Santos cumpre seu papel no diagnóstico e na estratificação de risco de suicídio dos pacientes que são admitidos nos diversos setores da instituição e que são avaliados na interconsulta psiquiátrica, quando o parecer do psiquiatra é solicitado. "Todo paciente com indício de ideação suicida deve ser abordado e avaliado pelo profissional para o correto diagnóstico e a implementação de medidas precoces a fim de prevenir o suicídio", enfatiza Lucas Argolo.

Atualmente, os leitos destinados à psiquiatria hospitalar estão no segundo andar do HGRS, em ala contígua a outras especialidades. Com o fim da reforma iniciada na instituição, há previsão de expansão de estrutura física, crescimento da equipe e enfermaria própria.

Fonte: ASCOM/HGRS.

domingo, 4 de setembro de 2016

Proibido uso de agrotóxicos com Parationa Metílica

A utilização da Parationa Metílica está proibida no Brasil. A determinação foi publicada na segunda-feira (29/8), no Diário Oficial da União (DOU).

Na edição do Diário Oficial da União, a Resolução 2.297 determina o cancelamento dos informes de avaliação toxicológica de todos os produtos agrotóxicos a base do ingrediente ativo Parationa Metílica desde o dia 1º de setembro deste ano. Portanto, com a publicação da resolução a utilização da Parationa Metílica está proibida no Brasil desde então.

 A proibição se deve à conclusão da Anvisa de que o ingrediente ativo se enquadra nos seguintes critérios proibitivos de registro previstos na legislação brasileira:

É mutagênico;
Causa danos ao sistema reprodutor;
É mais perigoso para o homem do que demonstrado em testes com animais de laboratório;
Possui indícios de causar distúrbios hormonais.
A substância teve sua retirada programada do mercado brasileiro segundo os critérios dispostos na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 56/2015. A norma determinou que, a partir de 1º de junho de 2016, os agrotóxicos a base de Parationa Metílica não poderiam mais ser comercializados.

A RDC estabeleceu que, a partir de 1º de setembro de 2016, as empresas responsáveis pelos produtos deveriam iniciar o recolhimento dos estoques remanescentes em poder dos agricultores em um prazo máximo de 30 dias, não podendo se estender por mais de 90 dias.

De acordo com a decisão tomada pela Anvisa, a monografia da Parationa Metílica será mantida até 31 de dezembro de 2017, apenas para fins de monitoramento de seus resíduos em alimentos.

Fonte: Anvisa.

Intoxicações foi o tema discutido na Sessão Temática da EESP

A Escola Estadual de Saúde Pública Professor Francisco Peixoto Magalhães Netto (EESP), realizou na última quinta-feira (01), no auditório da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (HEMOBA), a sexta sessão temática de 2016, sob o tema "Dialogando sobre intoxicações: da prevenção à assistência".

Com 36 anos de atividades, o Centro de Informações Antiveneno da Bahia (Ciave) está localizado no complexo do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, e tem como principais atividades prestar informações e assistência toxicológica especializada, com plantões ininterruptos. O Centro Antiveneno está comemorando este mês o Setembro Amarelo, que é uma campanha de conscientização e prevenção ao suicídio e de valorização da vida.

A sessão iniciou com a participação de Jucelino Nery da Conceição Filho, coordenador técnico do CIAVE, farmacêutico coordenador do Programa Nacional de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos na Bahia, que falou sobre a toxicovigilância que consiste em ações desenvolvidas para eliminar ou reduzir as situações capazes de afetar a saúde pela exposição às substâncias químicas,além do diagnóstico e tratamento das intoxicações exógenas e da epidemiologia das intoxicações por conta da utilização de produtos químicos que, às vezes, são indispensáveis para o desenvolvimento de algumas atividades do homem, prevenção de algumas doenças e produtividade agrícola que, por conta da utilização constante e inadequada tem causado efeitos adversos à saúde humana e à integridade do meio ambiente, assim ocasionando acidentes individuais, coletivos e de grandes proporções.

Jucelino Nery também mostrou a lista de medicamentos que têm mais envolvimento nas intoxicações, mostrando dados do Sinitox e do Sinan de casos de todos os agentes tóxicos, os registros dos casos com circunstâncias mais frequentes e grupos que possuem alto risco e maior frequência por faixa etária, explicando as medidas preventivas. Por fim, o mesmo falou dos conceitos básicos acerca dos animais peçonhentos e não peçonhentos, como identificar as serpentes peçonhentas, como prevenir e o que fazer em caso de primeiros socorros.

Daniel Santos Rebouças, diretor do Ciave, médico cardiologista e toxicologista falou sobre os centros de informações e assistência toxicológica e seus desafios, juntamente com a sua atuação e veiculação, as formas de atendimento prestado (presencial e à distância), nível de atuação, o público-alvo do centro que atende todas as faixas etárias e quais os tipos de circunstâncias das vitimas (tentativa de homicídio, aborto, etc.). Rebouças também falou da quantidade e da variedade de agentes que é o maior desafio e as formas de intoxicações.


Fonte: EESP
Sessão Temática