quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Romênia confirma que é o nono país a detetar ovos contaminados

Nenhum produto terá sido colocado à venda, segundo as autoridades romenas

A autoridade sanitária-veterinária da Romênia (ANSVSA) anunciou esta quinta-feira ter descoberto num armazém da região oeste do país uma tonelada de gemas de ovos contaminadas com um pesticida tóxico (fipronil), provenientes da Alemanha.

Com esta descoberta, a primeira na Europa de Leste desde que este caso foi divulgado no início de agosto, eleva para nove o número de países europeus onde a presença de ovos contaminados foi detetada até à data.

"Nenhuma quantidade deste produto foi colocada à venda", indicou a ANSVSA, precisando que as gemas de ovos, importadas da Alemanha, serão incineradas.

A apreensão do produto, realizada num armazém em Timisoara (oeste), "surge na sequência de um alerta específico transmitido pela Comissão Europeia", no âmbito do Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais (RASFF) da União Europeia (UE), explicou, em declarações à agência noticiosa francesa France Presse, a porta-voz da ANSVSA, Alina Monea.

"Os nossos inspetores vão prosseguir com os controlos nas explorações avícolas em todo o país", acrescentou.

Em grandes quantidades, o fipronil, usado para eliminar ácaros e insetos, é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como "moderadamente tóxico" para o homem. O uso deste pesticida é expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano.

As suspeitas indicam que este caso terá começado na Holanda e que poderá envolver a distribuição de milhões de ovos contaminados, de acordo com os investigadores responsáveis por este dossiê.

Este escândalo alimentar está a ser alvo de investigações criminais na Bélgica e na Holanda, onde dois suspeitos foram detidos hoje pela presumível utilização indevida do fipronil.

A par da Roménia, foram detetados ovos contaminados em outros oito países europeus: Holanda, Bélgica, Alemanha, França, Suíça, Reino Unido, Luxemburgo e Suécia.

Em Portugal, segundo a Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV), os ovos em causa não estão à venda.

Fonte: Diário de Notícias (Portugal).

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