sexta-feira, 8 de julho de 2011

Anvisa Pretende Reduzir Teores de Iodo no Sal Brasileiro


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicou na última quinta-feira (07/07) proposta para redução da  quantidade de iodo presente no sal brasileiro através da Consulta Pública nº35. De acordo com a proposta, somente o sal que possuir entre 15 e 45 mg de iodo a cada quilo do produto será considerado próprio para consumo humano.
 
Atualmente, o teor permitido de iodo no sal comercializado no Brasil deve estar entre 20 e 60 mg / Kg de produto, valores estes estabelecidos em 2003. De acordo com a Agência, a intenção de reduzir estes teores é decorrente de existirem indícios de que o consumo excessivo de iodo poder aumentar o número de casos de tireoidite de Hashimoto - doença auto-imune caracterizada pela inflamação da tireóide, causada por um erro no sistema imunológico. Dentre os principais sintomas da doença estão fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que, nos países em que a população consume em média 10g de sal por dia, a quantidade de iodo a cada quilo de sal esteja entre 20 e 40mg. No Brasil, a última Pesquisa de Orçamentos Domiciliares do Ministério da Saúde, de 2003, apontou que o brasileiro possui, em média, o consumo domiciliar diário de sal de 9,6 g. Esse valor somado ao sal proveniente de alimentos processados e dos alimentos consumidos fora de casa perfazem um consumo de 12g de sal ao dia.

Ainda de acordo com a OMS, a tireoidite de Hashimoto pode ocorrer quando as pessoas estão expostas ao consumo excessivo de iodo durante cinco a dez anos. Além disto, a ingestão de mais de 300 microgramas (mcg) de iodo por dia pode ocasionar doenças auto-imunes da tireóide. 

As necessidades diárias de iodo variam, em média, de 90 microgramas (mcg), em crianças de 0 a 59 meses, a 150 mcg, em crianças a partir de 12 anos e adultos. Entre gestantes, as necessidades são mais altas e chegam a 250 mcg por dia. 

A proposta de Resolução está disponível na no site da Anvisa e as sugestões deverão ser encaminhadas por meio do formulário do FormSUS ou mediante preenchimento de formulário próprio, com posterior envio por correio para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/GGALI - SIA Trecho 5, Área Especial 57, Brasília- DF, CEP 71.205-050; ou por Fax: (61) 3462-5315; ou para o e-mail: pro.iodo@anvisa.gov.br.

Fonte: ANVISA. Leia mais.


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