sábado, 5 de novembro de 2011

Corante Tartrazina Pode ser Proibido


Estrutura química da tartrazina, C16H9N4Na3O9S2

O uso do corante Amarelo Tartrazina pelas indústrias farmacêutica, cosmética e alimentícia pode ser proibido no Brasil se for aprovado o Projeto de Lei (PL1271/11) que tramita na Câmara Federal. As indústrias terão prazo de um ano, a partir da sanção da lei, para eliminar a substância, prevê o PL.


A PROTESTE Associação de Consumidores tem alertado para os riscos à saúde há anos, ao detectar a presença desse aditivo em diversos alimentos testados. A tartrazina aparece na rotulagem dos produtos alimentícios com a sigla INS 102. É importante sua substituição por corantes naturais.

A tartrazina é o corante que provoca mais reações alérgicas (crises de asma, urticária, dermatites, eczema), principalmente em asmáticos, pessoas com intolerância ao ácido acetil-salicílico ou que sofram de urticária. Além disso, é suspeita quanto à hiperatividade e déficit de atenção em crianças.

No ano passado a PROTESTE analisou 31 produtos consumidos por crianças, sendo 16 biscoitos salgados, 12 doces (balas, chicletes, chocolate e gelatinas) e 3 bebidas (refrigerante e suco). Todos apresentavam algum tipo de aditivo que altera a textura, cor, tempo de conservação e aparência dos alimentos.

A quantidade de aditivos que pode ser consumida em um dia é calculada em função do peso. Como as crianças pesam menos elas facilmente consomem mais do que o limite estabelecido como seguro em um dia.

A recomendação da Associação é levar a lista de aditivos às compras para saber quais os principais que devem ser evitados e quais podem causar reações alérgicas. São relacionados os aditivos mais comuns que se deve evitar e como identificá-los na rotulagem dos alimentos.

Em teste com 24 refrigerantes realizado em 2009 a PROTESTE detectou a presença de benzeno e também dos corantes amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo, presentes, respectivamente, nos refrigerantes sabores uva e laranja.

A PROTESTE disponibiliza no site informações sobre os riscos que os aditivos podem trazer à saúde (http://www.proteste.org.br/alimentacao/perigo-no-abuso-de-aditivos-alimentares-s484281/dossies-p168886.htm).

Quanto mais industrializado o produto, mais aditivos químicos ele terá. Por isso, o ideal é preparar os produtos frescos em casa. Como isso nem sempre é possível, para diminuir o consumo é importante ler o rótulo e escolher os produtos com menos aditivos. Esta informação está na lista de ingredientes, que é apresentada em ordem decrescente de concentração no produto. Evite produtos com cores muito vivas, que revelam a presença de corantes.

Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já determina que o consumidor seja alertado da presença do Amarelo Tartrazina, mas o aviso vale somente para medicamentos, deixando de fora alimentos e cosméticos.

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