sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Intoxicação e mortes por cádmio na China

A imprensa chinesa informou que desde 2009 centenas de moradores das proximidades da antiga fábrica de produtos químicos Changsha Xianghe, em Shuangqiao, na província de Hunan, na China, se intoxicaram por cádmio, metal altamente tóxico para o organismo humano.
Pelo menos 26 pessoas foram a óbito, no período, em decorrência da exposição. Vinte destas morreram de câncer.
De acordo com o jornal local, ChinaYouth Daily, análises realizadas pelas autoridades de saúde detectaram altos níveis do metal em 500 dos 3.000 moradores das proximidades da fábrica abandonada. Amostras do solo, por sua vez, apresentaram níveis de cádmio 300 vezes acima do permitido.
Desde 2007 os moradores da província reclamavam que a fábrica despejava poluentes na água que é usada para irrigar as plantações locais. Uma grande De acordo com as informações, a fábrica foi fechada no início de 2009, pouco antes da morte de duas pessoas.
Uma enorme pilha de resíduos químicos permanecia no local, provocando um odor persistente. De acordo com o jornal local, este evento é um dos 10 maiores incidentes de poluição do país.

O jornal cita ainda o problema de contaminação por chumbo vivido pela mesma comunidade, onde várias crianças apresentam problemas neurológicos em decorrência da exposição a esse metal.

Um outro evento envolvendo cádmio foi noticiado pela imprensa chinesa na última terça-feira (31/07). Desta vez, o despejo de cádmio por indústrias químicas em um rio no sul do país, na região autônoma de Guangxi.

A contaminação atinge um trecho de 100 quilômetros do rio Longjiang e teve início na cidade de Hechi. De acordo com a imprensa oficial, a contaminação foi notada pela primeira vez há duas semanas e ameaça o abastecimento de água potável de milhões de moradores.

A análise da água apontou que, em alguns pontos, os níveis de cádmio encontram-se 25 vezes acima do limite permitido no país e põe em risco a água potável da região.

Como consequência, as autoridades chinesas detiveram sete dirigentes industriais suspeitos de serem responsáveis pelo despejo.

Os executivos administram fábricas químicas na região autônoma de Guangxi, informou Feng Zhennian, responsável das autoridades locais encarregadas da proteção ao meio ambiente, citado pela agência Nova China.


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