quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Especialistas Discutem Uso do Mercúrio no Brasil


Especialistas se reuniram no auditório da Anvisa, em Brasília, para discutir os riscos do uso do mercúrio para a saúde da população brasileira. O encontro ocorreu na última segunda-feira (12/9) e teve como objetivo avaliar o impacto da substituição do mercúrio no país. 

A diretora da Anvisa Maria Cecília Brito reitera a importância do debate. “Os problemas sanitários têm inúmeras facetas. Não podemos prescindir do diálogo”, ressaltou. Maria Cecília pontuou, ainda, que as medidas não podem desconsiderar a Política Nacional de Resíduos Sólidos, publicada em 2010, e o contexto internacional.O mercúrio é um metal pesado utilizado em uma série de produtos, como  amálgama dental, manômetros, termômetros, interruptores elétricos, detergentes, desinfetantes, telas de LCD, entre outros. Na área de saúde, os produtos que utilizam o mercúrio com mais freqüência são os termômetros e os esfigmomanômetros, aparelhos utilizados para medir a pressão arterial.No uso diário, estes produtos são considerados seguros, mas acidentes podem provocar a exposição do usuário ao metal, seja nos serviços de saúde ou mesmo no ambiente doméstico.

Segundo Sérgia Oliveira, do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil não produz mercúrio internamente, mas exporta produtos que contém a substância em sua composição, como lâmpadas e computadores. “São muitas as incertezas que temos em relação às emissões do mercúrio no meio ambiente. Precisamos discutir com outros países e definir uma posição nacional em relação à estratégia a ser seguida daqui pra frente”, explicou.

Hoje, no país, não há restrição ao uso do produto, apenas limitações relativas ao uso da substância em alguns produtos. “Há uma movimentação global em prol da retirada do mercúrio do mercado. No entanto, não dispomos de muitos dados para subsidiar uma decisão unilateral. Por isso, é fundamental o envolvimento de diversas instituições na discussão”, destacou a chefe da Unidade de Tecnovigilância da Anvisa, Stela Candioto Melchior.

Fonte: ANVISA. Leia mais.

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