quinta-feira, 23 de maio de 2013

População revoltada com envenenamento de cães em Biguaçu (SC)


Moradores do bairro Jardim Janaína, em Biguaçu-SC, estão há um ano sofrendo com a matança de animais e, até o momento, ainda não viram o autor ser penalizado. Nos últimos 12 meses, cinco cães de uma mesma família morreram envenenados. “Sempre que vejo o veneno ser jogado chamo a polícia, mas eles nunca vêm. Já fizemos boletim de ocorrência e estamos aguardando que alguma coisa seja feita”, reclamou a dona dos cães mortos, Tuca Viana.
Mesmo tendo a comercialização proibida, o raticida conhecido como “chumbinho” é usado para rechear bolinhos de carne e linguiça que são jogados todas as noites nas ruas do bairro. Segundo moradores, para evitar que os cães comam, os proprietários saem durante as madrugadas para retirar as iscas. “Isso acontece por volta da meia noite. Não consigo mais dormir e não deixo mais meus animais dormir na rua, pois tenho medo que eles possam comer”, disse Tuca, enquanto acariciava um de seus bichinhos que conseguiu escapar de três envenenamentos.
O delegado de plantão na Polícia Civil de Biguaçu, Alan Amorim, não soube informar o número de registros na unidade relacionados aos envenenamentos. Em entrevista à RICTV, a delegada Ana Claúdia Pires revelou que nos últimos doze meses 227 boletins de ocorrência denunciando maus tratos à animais foram feitos na Grande Florianópolis. “A denúncia acompanhada de registros do crime é de imenso valor. As pessoas devem filmar, fotografar e ter testemunhas”, ressaltou a delegada.
Município prepara denúncia ao MP
Mesmo sem um centro de zoonoses, o município de Biguaçu atende casos como o dos cães do bairro Jardim Janaína. Segundo Gilnei Gomes Garcez, médico veterinário e responsável técnico, o Castramóvel realizou mais de 650 cirurgias em animais da cidade desde janeiro de 2012. “Queremos levar para o Ministério Público, para isso trabalhamos para conscientizar a população da importância das denúncias, sempre ressaltando que precisamos de provas, como fotos”, ressaltou Garcez.
Salientando que o cão que sobreviveu a três envenenamentos não faz parte do cadastro da vigilância epidemiológica, o médico veterinário afirmou que o município tem uma pequena cota com uma clínica veterinária para casos em que o proprietário não tem condições de arcar com as despesas.
Fonte: Notícias do Dia. Leia mais.

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