Diariamente, várias crianças sofrem intoxicações no ambiente doméstico. Aquelas menores de 5 anos são as principais vítimas, cerca de 18% dos casos registrados anualmente pelo Centro Antiveneno da Bahia (CIAVE). Geralmente, os produtos são deixados ao alcance das crianças por seus responsáveis. Dentre os produtos causadores de intoxicação está a bebida acoólica.
No interior de São Paulo, a 333 Km da capital, um garoto de 2 anos deu entrada na tarde deste domingo (26/09), na Santa Casa de Sertãozinho, com suspeita de coma alcoólico, segundo o hospital. O pai da criança, um lavrador, e a mãe, uma dona de casa, foram presos em flagrante no assentamento onde moram, no bairro Vila Garcia, próximo à zona rural da cidade. Ambos negaram ter dado bebida alcoólica ao menor.
De acordo com a médica que atendeu o menino, este chegou ao hospital “inconsciente, não respondia aos estímulos e tinha hálito etílico.” A clínica-geral afirmou, ainda, que “ele entrou em coma alcoólico. Pode ter prejuízo neurológico”, sem esconder a revolta com o caso, por isso precisa ficar em observação para saber se apresentará seqüelas.
Uma amostra de sangue da criança foi recolhida e encaminhada para o Instituto Médico Legal de Ribeirão Preto, para confirmar a alta dosagem alcoólica. Segundo o delegado Plaucio Fernandes, foi realizada uma vistoria na casa e foi encontrada uma garrafa de cachaça vazia e com indício de uso recente.
De acordo com o delegado, testemunhas já foram ouvidas e foi concluído que os pais davam bebidas ao garoto, inclusive aos outros quatro filhos. O casal vai responder pelo crime descrito no artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sobre a entrega para um menor de substância que causa dependência física ou psíquica. Os outros filhos do casal foram recolhidos pelo Conselho Tutelar e entregues a uma avô.
Fonte: A Tarde / Globo. Leia mais.
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